Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!!! E se caso tiver algum erro de português me desculpem... =/
nos encontramos lá embaixo....
Andava apressada pelos corredores do hospital geral de Konoha, os saltos baixos deixavam rastros por onde passavam.
Parou em uma porta em particular e abriu com todo cuidado para não incomodar o sono merecido da pequena Yamashita Tsukimi, uma menina de sete anos que vem enfrentando a leucemia, possui cabelos loiros e olhos azuis claros, a menina se parecia muito com um anjo pelo seu jeito doce e sorridente.
Era sempre assim, depois de uma cirurgia vinha aqui para ver, conversar ou zelar o seu sono. Desde que entrara no hospital a pouco tempo pegou certo carinho pela pequena por sempre vê-la sorrindo, mesmo enfrentando um câncer.
Sentou-se na beirada do leito onde Tsukimi descansava e sorriu ternamente.
-Tia Sakura? – despertou pelo peso que sentiu na cama.
-Desculpe, se eu te acordei querida. – pediu sem jeito, deveria ser mais cuidadosa.
-Tudo bem tia Sakura, só estava cochilando mesmo. – coçou os olhos e logo em seguida bocejou demonstrando estar com sono.
Sakura sorriu, mentir não era o forte de Tsukimi.
-Sei muito bem que estava cochilando. – riu quando viu a menina fazer um bico. –Volte a dormir querida, eu já estou indo. – afagou os cabelos loiros da menina.
Tsukimi levantou-se até ficar cara a cara com a médica, sorriu e beijou a bochecha da mesma. Sakura alegrou-se com a demonstração de carinho vindo da pequena e em retribuição ajeitou a menina em seus braços, como um bebê.
Sentindo o calor vindo do corpo da médica, Tsukimi fechou os olhos e caiu no mundo dos sonhos. Observou a pequena dormindo tranquilamente, esqueceu-se por um momento da leucemia da menina, a procura por um doador de medula óssea compatível, o que via era apenas uma menina linda que dormia. Sorriu, não sabia o motivo, mas sempre que vinha vê-la o que fazia mais era sorrir. Uma lembrança passou pela sua mente.
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-Tia Sakura? – a voz infantil de Tsukimi chamou-a.
-Sim? – desviou sua atenção de um prontuário e encarou a menina que estava sentada na grama do pátio do hospital.
-Por que você sorri só de vez em quando? – perguntou inocentemente.
A pergunta a pegou desprevenida, como explicaria a uma menina de quase sete o mundo dos adultos? Sentiu os olhos inocentes da menina encarando-a fixamente.
-Já está na hora de entrar. – mudou de assunto.
Tsukimi franziu o cenho em desgosto.
-Eu não vou sair daqui até você me responder, por que sorri só de vez em quando! – bateu o pé no chão. Achou graça da birra da menina.
Mesmo assim percebeu que se não respondesse a menina, ela ficaria perguntando até a médica responder. Suspirou profundamente.
-Eu não sei sorrir.
-Sabe sim, outro dia eu estava voltando da minha caminhada pelo hospital e vi você sorrindo enquanto olhava os bebês.
-Meu sorriso é feio, ou melhor, quando eu sorrio fico feia.
-Mentira! Você é linda quando sorri tia Sakura!
Sentiu uma gota de suor escorrer pela nuca. Suas desculpas esfarrapadas estavam se esgotando. Encarou a menina que agora estava em sua frente apoiando-se em suas coxas, suas bochechas estavam rosadas pela irritação da tentativa de enrolá-la. Abaixou a cabeça.
-Eu apenas não gosto de sorri, porque não sinto a menor vontade de fazê-lo. – sussurrou, mas percebeu que a menina ouviu atentamente.
-Minha mãe sempre dizia que se você sorrisse mostraria para todos que era feliz e forte, mas principalmente que é linda, como a Lua ou uma flor.
Sentiu um aperto no coração.
-Então tia Sakura você tem que sorrir, porque você é feliz, forte e linda como uma flor. – a menina gritou e pulou no colo da Haruno.
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Aquele dia foi a primeira vez que Tsukimi vira a Haruno chorar. Era tanta emoção que simplesmente transbordou de seu coração. E depois daquele dia a amizade das duas se fortaleceu e Sakura sabia um dos motivos que sempre sorria quando se encontrava com Tsukimi. As duas eram felizes por estarem juntas, fortes pelo que o destino as fez passar e lindas como a Lua e a flor. E também a Haruno era grata por Tsukimi a fizer voltar a sorrir como nunca.
Saiu de seus devaneios quando olhou em seu relógio de pulso e viu que o seu dia de trabalho se encerraria a um minuto. Beijou a testa da menina que dormia em seu colo toda aconchegada e a colocou em sua cama.
-Boa noite pequena. – desejou e saiu do quarto com passos silenciosos.
Abriu a porta de sua sala, tirou o jaleco e o jogou em sua cadeira estofada e giratória. Pegou a sua bolsa e estava preste a sair da sala quando o toque escandaloso de seu celular preencheu a sala. Pegou o aparelho já sabendo quem era.
-O que foi Itachi? – suspirou cansada.
-Vem logo. A Karin está tendo ataque aqui em casa. – uma voz masculina soou do outro lado da linha.
-Não é minha culpa se ela está grávida. – respondeu sarcástica.
-Nem minha, a culpa é do Suigetsu. Mas ele está neste exato momento em Tóquio para uma entrevista de trabalho e sobrou pra gente. – balançava a cabeça de um lado para o outro enquanto ouvia Itachi reclamando.
-Só você mesmo para dizer uma coisa dessas! – ouviu um suspiro de pouco caso.
-Esse frango que não assa logo. Que porra! Eu tô’ com fome. Merda! – escutou Karin gritar. Riu com a atitude explosiva da amiga, ela já era impaciente por natureza, agora que estava grávida com os hormônios a flor da pele, Karin era mais insuportável que na TPM.
-Já estou indo. Em trinta minutos chego ai, até mais.
-Até lá vou tentar acalmar a fera ruiva que é a sua amiga! – e finalizaram a ligação.
Guardou o celular em sua bolsa e abriu, de novo, a porta de sua sala. Foi andando até o estacionamento. Sua casa era do outro lado da cidade, fazia o caminho em quinze minutos, mas como essa era a hora em que todos saíam de seus trabalhos e voltavam para os seus lares, o transito com toda a certeza estaria um caos. Suspirou pesadamente, só de imaginar que enfrentaria um transito estressante já perdia a vontade dirigir. Mas ela sabia que deveria enfrentar isso, ou se não Itachi ligaria para ele avisando que cometeria um suicídio por causa de Karin. Pegou as chaves do carro e desativou o alarme. Entrou e tratou de sair dali.
Sempre que ficava parada, sem fazer nada com a sua mente branca, os momentos felizes que passou ao lado de Sasuke iam e viam como flashes. Como fora feliz e amada naquela época!
-Sasuke-kun... – balbuciou com os olhos lacrimejando.
Uma farsa! Gritou sua mente. Acorde Sakura, aquilo tudo era uma enorme mentira.
Ouviu uma buzina de algum motorista e se deu conta que estava parada em pleno semáforo que estava verde. Meio sem graça, trocou de marcha e seguiu o rumo de sua casa.
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Em Tóquio, mais precisamente em um prédio empresarial, Uchiha Sasuke analisava um documento com certo mau humor, já que não voltava para casa a três dias e era movido a cafeína.
A porta foi aberta por uma loira esbelta de olhos verdes, Shiroki Kohana, sua atual namorada que trabalha como modelo.
-Sasuke. – sussurrou sensualmente no ouvido do moreno.
-O que quer? – respondeu sem direcionar o olhar a ela.
-Atenção, você pode me dar? – falou e abraçou-o pelo pescoço.
-Agora não Kohana, não vê que estou ocupado? – desvencilhou-se dos braços da modelo e a encarou irritado.
-Mas Sasuke... – falou manhosa. –Faz três dias que você não volta pra casa, eu sinto sua falta. – sorriu maliciosamente.
Uma veia saltou de sua testa, realmente Kohana conseguiu o tirar do sério.
-Kohana eu já vou embora, então pare de ser um incomodo! – levantou-se abruptamente de sua cadeira confortável e foi em direção da mesa onde a máquina de fazer café estava. Despejou certa quantidade em sua xícara e sentou-se em um sofá que tinha em sua sala.
Fechou os olhos e prendeu a sua cabeça para trás. Respirou fundo procurando-se acalmar. Ouviu o som do salto da Shiroki e suspirou pesadamente quando sentiu ela sentando-se ao seu lado.
-Sasuke, por favor. – pediu.
Bufou e bebeu seu café fumegante em um gole só, sentindo a queimação do liquido preto passar pela garganta.
Ainda de olhos fechados ignorou a presença da loira e sem que percebesse a imagem de sua rosada preencheu sua mente. O jeito doce e explosivo misturado a preocupação que ela tinha para com ele, quando o mesmo ficava até tarde na empresa, nos finais de semana o abrigava a ficar até tarde na cama descansando e como ficava linda quando ligavam do hospital dizendo ser uma emergência e ela resmungava e fazia um bico de birra. Seus cabelos róseos que ele adorava a mão e o rosto para sentir o aroma, os olhos verdes esmeraldas que ele se fascinava ao ver eles brilharem por qualquer coisa, as mãos pequenas e macias que sempre faziam um cafuné ou uma massagem, resumindo Haruno Sakura era a mulher perfeita para ele.
Um sentimento sereno tomou conta dele, mas Sasuke trincou os dentes logo em seguida, não queria lembrar-se dela, pois ela o humilhou em público, o abandonando em pleno altar sem motivo nenhum. A amava e sentia muita a sua falta, mas também a odiava e queria esquecer-se dela.
Balançou a cabeça tentando espantar aqueles pensamentos, mas não conseguia, porque mesmo tendo passado quase dois anos e meio só de pensar nela o seu peito doía. Levantou-se deixando a loira confusa, pegou seus pertences e foi andando até a porta, mas parou quando colocou a mão na maçaneta.
-Se não quiser ficar até amanhã trancada aqui, sugiro que vá embora. – falou ríspido.
-Mas Sasuke, eu quero ficar com você. –fez uma cara pidona.
O Uchiha bufou, sem paciência com a loira.
-Hoje não Kohana. – protestou cansado.
-Sinto tanto a sua falta.
-Hoje não!
-Poxa Sasuke, faz uma semana que não nos vemos, e quando temos um tempo do trabalho, não podemos curti-lo juntos.
-Já disse Kohana, hoje não. Estou cansado e a única coisa que eu quero é paz! – disse Sasuke cortante. –Até mais.
Girou a maçaneta e foi andando, deixando certa loira nervosa.
-Eu não fiz tudo àquilo para você me rejeitar quando bem entender! – disse. –Calma Kohana. – falou para si mesma respirando fundo. –Sasuke só está sendo difícil, quando não aguentar mais, ele será seu cachorrinho de coleira curta. – disse maliciosamente.
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Voltando para Konoha, Sakura tinha acabado de tomar o seu banho relaxante e desceu apenas para tomar um copo de leite antes de dormir. E em cinco minutos já havia tomado todo o leite que estava em seu copo. Lembrou-se que pegara essa mania dele, por causa da convivência com ele. Seu coração oscilou e um bolo se formou em sua garganta.
Respirou fundo para controlar a vontade de chorar e resolveu ir dormir. Não queria remoer o que havia acontecido a dois anos e meio atrás.
Apagou a luz da cozinha e subiu para o segundo andar.
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E agora, realmente acham que a Sakura é culpada?? Vimos o outro lado da moeda... O que irá acontecer agora?? (Eu sei, mas não vou contar porque é surpresa!! hahahah' =P)
Por favor, comentem dizendo a sua opinião, pode ser em uma palavra!! Não fiquem no animato... eu não mordo, então comente, por favor!! *----*
já né!