Presa.

Hyuuga Hinata olhava para o céu presa em uma enorme cruz feita de madeira, tristeza estampada em suas feições.

Tachada de bruxa pelos habitantes da bela vila de Konoha, a bela menina de madeixas negra foi condenada a ser crucificada no centro do local. É. Definitivamente isso ocorreu. Por quê? Como? Ah é uma história realmente intrigante.

A bela Hyuuga, que visitava Konoha, se apaixonou por um príncipe. Após perder o belo lenço que enfeitava seus cabelos por conta de uma ventania, o encontrou. Ele lhe estendia com um curto sorriso no rosto o tal lenço. Aquele garoto era encantador, mas Hinata não pretendia se apaixonar. No seu mundo a paixão era incurável, e ela não queria ser presa pelo feitiço do amor... Mas ele parecia destinado a conquistá-la.

A aparência adorável de Hinata intrigou o jovem príncipe ao vê-la a beira de uma crise por ter perdido um simples lenço. Os cabelos negro-azulados, alcançando sua cintura, eram lisos e perfeitos, com uma franjinha que lhe cobria a testa. Seus olhos, de um tom belo e raro, eram como pérolas. Emanavam doçura e meiguice, como se fosse um anjo. Sua pele pálida tinha um contraste intenso com seus cabelos e suas bochechas sempre estavam coloridas por uma tonalidade rosada, por ser muito tímida. O príncipe se apaixonou a primeira vista por aquela criatura inundada em doçura e beleza.

Ao entregar-lhe o belo objeto, os dois foram pegos nesse feitiço de amor.

Aquele casal foi à sensação na aldeia. Todos se sentiam felizes pelo príncipe, Uchiha Sasuke, ter enfim encontrado um verdadeiro motivo para estar feliz. E iria apoiá-lo, independente de qualquer coisa...

Doce mentira.

Haruno Sakura, filha do padre, era apaixonada por Sasuke. Em uma bela manhã enquanto andava pelas ruas de Konoha viu aquela cena. O Uchiha sorria para a Hyuuga, que estava corada, e se encontrava nos braços do mesmo.

Aquela cena foi o suficiente para destroçar o coração da Haruno. Ficou a espiá-los durante todos os dias, e viu que não era palhaçada. Não havia acreditado nos boatos de que seu príncipe havia se apaixonado, e muito menos nos boatos de que ele estava com uma companheira, mas vê-lo ali... Com aquela menina em seus braços comprovou todos eles.

Ele estava apaixonado. Ele estava com uma companheira.

E ela não permitiria isso.

E naquele momento o inferno começou.

FLASHBACK!

— Itachi-sama, eu temo que tenha uma bruxa em sua aldeia.

O Rei, Uchiha Itachi, ergueu-se sobressaltado de seu trono ao ouvir aquelas palavras saírem da garota de curtos cabelos róseos. Os orbes esmeraldinos se encontravam ocultos pelo manto branco que costumava usar com frequência, e neles estava expressa uma vaga tristeza.

Por culpa do seu amor, iria destruir o amor de seu príncipe.

Era egoísta o suficiente para não permitir que ele ficasse nos braços de outra mulher. Sasuke a pertencia, e para sempre seria assim.

— Uma bruxa, Sakura? Como pode ter tanta certeza?

 — Por que ela usou — mordeu o lábio inferior com força. — O feitiço do amor em Uchiha Sasuke...

“Perdoe-me por meu egoísmo... Sasuke-kun...”.

— S-Sasuke? Então... Hinata é a bruxa?

 — Isso mesmo...

Itachi retornou a sentar em seu trono, parecendo desolado.

Como assim? Não. Isso era impossível!

A doce Hinata era uma bruxa? Por que em sua mente isso era impossível?

Recordou da última bruxa que surgira em Konoha. Tinha catorze anos quando Tsunade anunciou que uma bruxa havia entrado na aldeia. Era uma simples garota, talvez até mais nova do que si, que fora condenada ao sacrifício. Seria presa a uma cruz e às 19h00m seria queimada. A menina chorava descontroladamente enquanto era carregava até a enorme cruz no centro da vila.

A bruxa era baixinha, com cabelos ruivos, sardas e olhos castanhos. Tremia e gritava, pedindo para que a soltasse, gritando que não era uma bruxa.

Mas de nada adiantou as suas suplicas, os seus pedidos. Amarram-na a cruz... E seu feitiço para fugir não conseguiu se concretizar.

O fogo a devorou.

Itachi não imaginava o mesmo destino daquela bruxa sob Hinata, e estava pronto para negar o pedido do sacrifício quando Uchiha Fugaku, antigo rei, invadiu o palácio.

Sabia sobre tudo porque ouvira por de trás da porta. E se uma bruxa havia invadido a sua aldeia, tinham que fazer o que devia ser feito.

 — Sacrifiquem-na! — ordenou.

~♥~

 — Sasuke-kun, aonde vai?

Uchiha Sasuke virou-se para a dona da voz e encontrou Haruno Sakura, que segurava um enorme cajado e uma bíblia. Seu costumeiro manto branco estava em sua cabeça, mas era visível seu rosto, seus olhos e Sasuke notou um brilho entristecido no fundo deles. Como se ela fosse cometer algo terrível... Algo que ela queria, mas achava terrível demais.

Egoísta demais...

Sasuke se prontificou na defensiva, e Sakura baixou os olhos, como se não quisesse que ele percebesse mais coisas.

Uma qualidade do príncipe era que ele sabia desvendar muito bem as pessoas.

 — Estou indo encontrar Hinata.

 — Ela... Ela foi condenada ao sacrifício, Sasuke-kun... — murmurou Sakura se aproximando de Sasuke com passos lentos. — Seu pai ordenou que ela fosse sacrificada e nós iremos fazê-lo.

Sasuke arregalou os olhos.

 — H-Hinata...? U-Uma bruxa? Como?

 — Você foi preso em um feitiço do amor, Sasuke-kun. Você foi enganado por sua magia sedutora, ela mentiu.

 — N-Não. Ela não...

 — Vingança... Vamos matá-la por tê-lo enganado... — sussurrou Sakura com os orbes esmeraldinos brilhando com tristeza.

 — H-Hinata... V-você...

FLASHBACK!

No dia 31 de Outubro Hinata foi condenada a ser uma bruxa.

Da varanda do palácio, Itachi observava tudo àquilo com tristeza, os belos orbes escuros encarando atentamente a Hyuuga. Ela ia ser morta... Ia ser sacrificada apenas por ter amado... Podia sim ser o rei, mas não podia ir contra as regras de seu pai. Ainda mais quando ele ordenava de frente. Ele queria que Hinata fosse morta.

Sasuke observava a figura presa à cruz com evidente agonia. Os orbes ônix estavam prontos para soltar todas as lágrimas do mundo, mas mantinha-se firme... Apenas por fora. A postura firme era o que esperava de si, mas ele queria correr para soltá-la e abraçá-la, para impedir que toda aquela atrocidade acontecesse.

Seu pequeno anjo estava para ser sacrificado.

Apenas... Por ser uma bruxa.

“Hinata... Se você for realmente uma bruxa... Se salve!”, pedia desesperado em pensamentos.

 — A MORTE ESTÁ PESANDO SOBRE VOCÊS! — gritou Hinata fitando a todos, lágrimas escorriam de seus olhos.

 — N-Não se apavore pessoal — pediu Sakura aos aldeões. — Ela apenas está tentando nos assustar para que a deixemos partir.

“Ninguém mandou tentar tirá-lo de mim...”.

 — S-Sakura... Se você vai tão l-longe para chamar o meu amor de bruxaria... EU ACENDEREI MINHAS CHAMAS DO ÓDIO! — gritava Hinata às lágrimas.

“Por favor, se salve Hinata!”, suplicava Sasuke.

 — C-Cale-se, bruxa! S-Suas a-ameaças não me assustam!

“Eu quero fugir... Eu preciso fugir... Ele me traiu... Ele mentiu para mim...”.

Os orbes perolados se encontravam com os ônix e mais lágrimas escorreram por sua pele alva ao vê-la tão inexpressivo, tão frio. Havia confiado seu amor a um simples garoto, e acreditava que o amor dele estava sendo confiado a si, mas viu que não. Ele a havia traído e havia enganado-a.

Tudo o que haviam passado juntos durante dias. Durante semanas. Durantes meses... Tudo aquilo parecia ser um nada para ele.

O amor que ele dizia sentir por si havia sido... Uma farsa.

FLASHBACK

— Obrigada... Eu pensei que ia perder meu lenço da sorte...

 — Imagina. Aqui.

Sasuke fez com que a morena se virasse e amarrou o belo lenço em seus cabelos, vendo-a sorrir ternamente com esse ato. As mãos pálidas e delicadas estavam paradas na frente dos seios, e a expressão era encantadora. Bela.

“Como um anjo...”.

~♥

 — E-Eu... Eu te amo, Sasuke-kun...

Os orbes ônix se arregalaram – tanto de surpresa quanto de felicidade – e o rapaz abraçou a menina de cabelos negros, que corou.

 — Eu também amo você, Hinata.

 — S-Sério? — perguntou baixinho.

“Ele me ama...? Eu... Eu sou amada...?”.

 — Eu sempre estarei contigo. Independente de qualquer coisa.

“Até se eu for diferente?”.

— Obrigada.

FLASHBACK!

 — Venha Sasuke-kun, vamos purificá-la. Segure esse cajado junto comigo.

 — V-Você... S-Sasuke-kun... — sussurrou Hinata.

“Se realmente existe magia... Salvem-na! Não aguento toda essa tortura sobre ela... Não sobre a minha Hinata!”, Sasuke fechou os olhos por alguns segundos e logo colocou a mão sobre o cajado.

Sakura ao ter seu pedido atendido relaxou um pouco e segurou o cajado com mais força, olhando firmemente na direção de Hinata, que os olhava assustada. Abriu sua bíblia na página apropriada para aquela situação, e começou a recitar o que estava escrito ali, seu tom firme e forte, fazendo todos se arrepiarem.

Iria fazer tudo para que a Hyuuga fosse destruída e assim Sasuke não teria mais ninguém.

Ele iria ser seu.

Uma forte ventania abateu sobre eles em meio as palavras de Sakura, fazendo com que o manto branco caísse de seus cabelos. Todos os aldeões se surpreenderam com aquela intensa ventania e ficavam a observar aquilo, ansiosos. Nervosos. Alguns até mesmo apavorados. Tudo estava ocorrendo de maneira tão enlouquecedora, que todos estavam apavorados. A última bruxa que aparecera em Konoha era apenas uma criança de treze anos, e nada disso acontecera.

A bruxa gritava em desespero.

Hinata queria fugir, como viveu fazendo. Grossas lágrimas caiam de seus olhos, manchando sua pele tão alva, e algumas gotas caiam no chão. Os pulsos estavam amarrados e os tornozelos também, o restante do corpo estava solto.

Sem cordas.

“E-Eles vão se arrepender!”, convicta, Hinata olhou para o céu novamente. “As vozes de orações desapareceram... Hm... Como posso fugir? Dê-me uma luz... Mamãe...”.

FLASHBACK

 — Hinata, você é diferente... — Sua mãe, Hyuuga Aya, dissera quando tinha seis anos de idade e estava brincando no jardim da mansão Hyuuga.

 — Diferente? Por quê? — perguntou docemente, virando-se para a bela mulher, que estava parada com as mãos cruzadas na frente do corpo um pouco distante.

 — Você pode fazer coisa que poucas podem fazer... Você pode fazer coisas incríveis... E você possui algo que nenhuma outra possui. — respondia com meiguice, se aproximando da filha e se abaixando ao lado dela, apoiando os braços sobre os joelhos.

Os orbes perolados, tão idênticos aos de Hinata, se fixaram no rostinho pálido da menina curiosa. Sorriu docemente, imaginando o que a filha passaria no futuro se acabassem sabendo que ela era especial.

 — O que eu possuo que ninguém mais possui kaa-chan? — indagou.

 — Você possui a magia que para o tempo. A única magia que pode te salvar.

 — A magia que para o tempo... — sussurrou Hinata admirada, as bochechas pálidas recebendo uma bela tonalidade rosada.

 — Use-a quando não tiver alternativa! Use-a, Hinata! E se salve.

FLASHBACK!

Magia que para o tempo...

A magia que possuía que podia salvá-la...

FLASHBACK

— BRUXA! Segurem-na!

Hinata, que estava junto de Sasuke ambos conversando, sentiu seus cabelos serem subitamente agarrado. A expressão de susto foi rapidamente substituída por uma de pavor, surpresa e... Choque. Seus belos fios negros caíram no chão em torno de si, mas a maior parte deles estava nas mãos de Sasuke, que mantinha a cabeça abaixada e uma espécie de adaga em sua mão direita.

Jurou ter visto, no momento que em que virou para fitá-lo, lágrimas escorrendo por seu rosto. Mas ele se virou no segundo seguinte e se afastou, segurando firmemente os fios escuros em sua mão, e no momento em que fez isso, os aldeões começaram a segurar-lhe.

Quando Sasuke sumiu de sua vista – depois de lhe lançar um olhar entristecido –, Hinata sentiu as lágrimas descerem por seu rosto.

Ele havia abandonado-a... Mesmo dizendo que ficaria ao lado dela independente de qualquer coisa. Ele não havia cumprido aquilo.

 — ARREPENDEI-VOS! — gritou Hinata esperando que ele escutasse.

E ele escutou.

No momento em que ouviu aquela doce voz gritar aquilo, Sasuke sentiu as lágrimas retornarem aos seus olhos, mas manteve-se firme já que ao olhar para cima – na direção da varanda do palácio dos Uchiha – viu seu pai o fitando.

“P-Perdoe-me... Eu não queria isso...”.

FLASHBACK!

Hinata abaixou o rosto.

As lágrimas pararam de escorrer, e parou de usar a força para tentar se soltar. Ficou ali, paralisada, ao ver que tinha salvação.

Sakura que havia abaixado o cajado e ainda recitava o que estava escrito em sua bíblia, notou a súbita paralisação da morena. Não deu importância – talvez tivesse desistido de lutar – e continuou. Por mais que se sentisse culpada por ter destruído o amor de seu príncipe, Sakura se sentia bem... Aliviada, se podemos dizer. Nada mais iria impedi-la de ficar com Sasuke, nada.

Na noite anterior, rezou. Rezou com toda a sua força.

Sabia que era culpada, que estava fazendo algo errado, mas... Mas... Era por uma boa causa. A aldeia iria se livrar de uma bruxa – que nada havia feito contra ela – e Sasuke iria ser seu. Todos estariam felizes.

Não é...?

Depois de rezar, ao abrir os olhos, uma lágrima escorreu por seu rosto, mas logo a secou e foi para poder enfrentar seu trabalho.

O olhar apavorado, surpreso e chocado da Hyuuga a deixou com receio de prosseguir, mas ao ver Sasuke se afastar, com evidente tristeza em seu semblante, ditou em sua mente que iria completar aquilo. Mesmo que não fosse certo.

Pelo amor que sentia por Sasuke, a Haruno iria tirar qualquer coisa de seu caminho.

E Hinata era uma dessas coisas.

 — Você será sacrificada! — ditou convicta. — Por ter vindo a assombrar nossa aldeia, por ter vindo enfeitiçar nosso príncipe, você será queimada.

“Enfeitiçar...? Não... Eu nunca fiz isso... Eu não o enganei...”.

  — Por esconder, por mentir, você pagará!

“N-Nunca fiz isso!”.

 — Por tentar controlar o amor do nosso príncipe!

“Não fiz isso! E-Eu... Cresci... Sendo uma garota diferente, não podia ficar muito tempo em um único lugar por logo notariam... Eu nunca usei feitiço! NUNCA AGI COMO UMA BRUXA!”.

Sakura ergueu o cajado ao céu quando...

 — Eu não serei sacrificada por algo que não fiz! — ditou convicta. — EU NUNCA AGI COMO UMA BRUXA EM KONOHA!

A rosada tremeu.

 — PARE DE ACHAR QUE O MEU AMOR FOI UMA BRUXARIA! Arrependei-vos! A morte pesara você!

 — Pare de falar coisas para deixar-nos confusos! — ordenou Sakura. — Eu estou certa do que digo. Deus não aceita bruxos!

 — Deus me fez diferente! Deus me fez uma bruxa!

 — Você usa seus poderes para o mau! É uma ameaça! Será sacrificada por pecar!

Os olhos perolados se estreitaram e recaíram em Sasuke.

Ele a fitava com os orbes negros suplicantes, como se desejasse que conseguisse fugir. Todos os momentos que passara com o príncipe retornaram a sua mente, e ela sorriu.

O sorriso que Sasuke amava.

O sorriso que o fizera se apaixonar.

Não havia sido feitiçaria, muito menos bruxaria. Sasuke definitivamente havia amado-a. Não era algo que sua mente dizia convicta, e sim seu coração. Seu coração dizia que amava aquela garota que estava sendo sacrificada por pecados não cometidos.

Mas... A ordem havia partido de Fugaku.

O sacrifício dela era inevitável.

“Use sua magia! Fuja!”.

“Minha magia... Está pedindo para se libertar... Como se algo tivesse... Eu posso fugir, e sei como o fazer... Por nós dois!”.

...

Dois corvos negros surgiram do nada e pousaram sobre a cruz. Os dois corvos abriram suas asas ao mesmo tempo em que enormes asas negras surgiam na bruxa que conseguiu se libertar das cordas que a prendiam a cruz.

A surpresa tomou todos.

E ela se foi.

 — Hinata! — gritou Sasuke erguendo uma das mãos ao vê-la desaparecer junto dos pássaros.

Penas foram às únicas coisas deixadas para trás.

 — Não se preocupe Sasuke-kun, você foi liberto... — disse Sakura, tocando-o no braço. — Aquela bruxa nunca mais irá incomodá-lo.

 — Eu não estava preso em um feitiço... Eu amei de verdade... E você destruiu tudo! — sacudiu o braço, tirando a mão dela de cima de si. — Obrigado, Sakura.

Afastou-se da menina de cabelos róseos que o fitava com evidente tristeza e perturbação.

Seu egoísmo havia destruído o carinho que o Uchiha mantinha para consigo.

E Sasuke não parecia disposto a perdoá-la.

O moreno ergueu a mão para alcançar a pena que flutuava até o chão lentamente. Todos se dispersaram e a pena tocou na mão do Uchiha, que a segurou firmemente e sorriu.

“Você conseguiu fugir... Sua magia a salvou... Você não é o que a Sakura disse... Você é apenas diferente... E eu não fiquei ao seu lado... Continue a salvo... Hinata...”.

Kono akaku moyuru hi no youna

Penitenziagite! ( kui arata me yo )

Chi no namida no wake wo wasureru na

La mortz est super nos! ( shi ga warera ni no shika karu) ~♫