(Mini Fic) Destinos Cruzados escrita por Jhenny


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

E ai gente que assistiu V2 ontem eu amei...
Até la em baixo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401828/chapter/5

André a olhou com frustração.

  — Violetta ele é epilético. Isso ocorre com ele desde a adolescência.

Violetta o olhou surpresa e ficou sem ação por um momento.  Foi até o carro sentou-se e colocou a cabeça de Leon no seu colo.  Pegou a plaquinha nas mãos e forçou seus olhos enxergarem sob a luz da lua o que estava escrito. 

“Paciente epilético,  em caso de ocorrência, colocá-lo num local tranquilo. Ligar para o número 5990308970. Caso não seja possível ligar,  aguardar o paciente voltar à consciência,  que pode levar de dez a vinte minutos.”

  Violetta voltou os olhos para o rosto querido de Leon,  parecia  que estava dormindo ela só via movimentos involuntários das pálpebras.

André  entrou no carro e tomou a direção e se dirigiam para casa.

   Enquanto o carro percorria as ruas, Violetta  passava os dedos nos cabelo negros dele. Já estava ligada a ele, em tão pouco tempo sabia que já o amava.

    Muitas coisas começaram a fazer sentido para ela. E outras ainda lhe eram uma incógnita, tinha mais curiosidade de conhecer sobre ele do que tinha em conhecer sua própria vida, nebulosa pela amnésia.

   Lembrou se dele fazendo uma volta grande na piscina para entrar na casa.  Seu jeito fechado, o fato dele não beber, o não poder se estressar, os calmantes,  o não dirigir. Tudo tinha sentido agora.

   Ela só não entendia aonde ela se encaixava na história dele, pois era claro que ele a rejeitava.

   Leon abriu os olhos e encontrou os olhos de Violetta  o olhando com ternura enquanto lhe afagava os cabelos.

   

   Ele saiu  rápido do seu colo e a olhou perdido. Sentou-se ereto e desviou seus olhos para a janela. Via-se  que ele estava nervoso, pois toda hora passava os dedos pelos cabelos.  Ele a ignorou completamente.

     Violetta se entristeceu,  de vê-lo fechar-se em si de novo.

    Quando chegaram em casa. Leon abriu a porta e rapidamente  entrou.  André a ajudou sair. Ele a olhava  tristemente.

    Ela o olhou com compreensão entendendo o amor que ele tinha pelo patrão e lhe sorriu para confortá-lo e não disse nada.

  Entrou em casa e foi para o seu quarto e fechou a porta.

   Dirigiu-se a janela. Ficou de pé, olhando a escuridão lá fora,  vendo o  reflexo do seu rosto sério no vidro, suas lágrimas caíam livremente. Naquele momento em diante ela não sabia o que iria acontecer.

    Virou-se e foi se deitar e soluçou. Estava frustrada.     Queria tanto se aproximar dele. Esperava  que quando ele acordasse e a visse,  ele se abrisse com ela. Mas a reação de Leon foi ao contrário como sempre. Ele se fechou ainda mais.

    Quatro dias haviam se passado.

    Violetta via Leon só no jantar. Ele lhe era cordial, e exibia sempre uma máscara de frieza.

     Ela tristemente não lutou para mudar essa condição dele agir com ela. Não conseguia lutar. E passou a ignorá-lo,  tentando imaginar por que ele não tolerava sua presença.

       Fez uma grande amizade com Olga, que um dia a surpreendeu dizendo que já a via como uma filha.

        Olga não podia ter filhos. Disse-lhe que  ela e André nunca se importaram com isso, pois via Leon e Tomas como  filhos.   

        — Olga quem é Tomas?

        Olga a olhou com estranheza e respondeu.

        — Irmão de Leon. Ele está  trabalhando numa plataforma de petróleo em alto mar.

          Violetta assentiu e não perguntou mais nada, pois logo Olga desconversou.

         Violetta ligou para a biblioteca onde trabalhava usando o número de telefone que Francesca havia lhe dado. Eles foram bastante receptivos e ela descobriu que eles a esperavam melhorar para  voltar ao trabalho.

      Ela já havia engordado um pouco e estava se sentindo muito bem. Desistiu  de tentar se lembrar de sua vida passada.

      Sempre pensava “ Não devo ter muita coisa importante para me lembrar”.

      Sem familiares , sem vínculo nenhum com ninguém. Leon havia lhe dito que ela o tinha. Mas nem ele, ela tinha.

      O telefone tocava, Violetta estava na sala e o atendeu.

      — Violetta?

      — Sim, como o senhor sabe o meu nome?

      — Violetta querida é Tomas.

      Violetta ficou surpresa pelo fato do rapaz  conhecê-la. Leon deveria ter lhe apresentado para ele. Afinal Tomas segundo Olga é o irmão de Leon.

      — Tomas você quer falar com Leon? Ele não está.

     — Violetta eu liguei para falar com você e saber como você está.

     Será que um dia Leon a apresentou a ele nessa casa?

        — Eu estou bem. Tomas de onde nós nos conhecemos?

          Fez-se um silêncio do outro lado da linha.

         — Violetta, tudo bem! —Estourou Tomas —  Eu sei que você está bronqueada comigo. Mas querida, eu precisava viajar e assumir esse emprego. Leon não te explicou? Você não precisa me tratar como se não me conhecesse.

           Violetta não entendeu mais nada.

        — Tudo bem Tomas eu falo que você ligou.

        —Violetta você não me ouviu? Eu liguei para falar com você!

       Então a ligação caiu. Violetta ficou olhando para o telefone desnorteada.

       Leon chegou  à noitinha. Violetta resolveu falar com ele a respeito de Tomas.  Ele como sempre lhe deu boa noite e se dirigiu para o quarto. Violetta com passos firmes foi atrás dele. Ele  levantou a cabeça quando ouviu o som de passos que se aproximavam, e soltou um profundo suspiro ao vê-la  aparecer.  Ele estava afrouxando a gravata.

      Meu Deus seus pensamentos estavam um caos e ele a ignorava.

     — Leon, nós precisamos conversar.

     Leon a olhou cansado.

     Ele ergueu um muro de amargura e rejeição. Ela não sabia como falar com ele. Isso lhe doía o coração.

    Ela sabia que, se abrisse a boca, iria desmoronar completamente. As lágrimas tremiam em seus olhos, ameaçando descer, e ela virou o rosto.

    Espantado, ele se aproximou e viu seu  rosto cheio de angústia e sua terrível palidez. Ele a segurou pelo queixo  e ela tremula enfrentou seu olhar esperando encontrar  frieza neles e viu um calor nos olhos dele que a fez estremecer.

   Quando ele a segurou pelos ombros, ela foi pega de surpresa. Ele a apertou de encontro a seu corpo e ela sentiu que seu coração disparava. Quase perdeu o fôlego e dobrou a cabeça para trás, para poder olhá-lo.  Ele segurou seu rosto com as duas mãos e beijou seus lábios gentilmente. Tremores de emoção a sacudiram, começando na garganta e percorrendo todo o corpo até as pontas dos dedos.

   Ela estremeceu e ele a afastou e disse-lhe em tom abafado no seu ouvido.

   — Eu não consigo parar de pensar em você. Eu sei que não posso, mas eu não consigo.       

   Então a abraçou com força outra vez e desta vez seus lábios foram mais exigentes, procurando uma resposta, deixando que os beijos explorassem a pele suave do pescoço dela.

      Violetta sentiu que escorregava para uma mistura de êxtase e de vontade de resistir. Mas era uma experiência maravilhosa e, quando os lábios dele procuraram os dela novamente, ela não conseguiu se controlar.

    Apesar de estar confusa, sentia que ele estava despertando desejos que tinham permanecido adormecidos nela até aquele momento. Sentia-se deliciosamente feminina, e desejada, e fraca, encostada junto ao corpo dele, satisfeita com seus beijos, abrindo os lábios involuntariamente, desejando que aquele momento não terminasse nunca.

    Quando os beijos se tornaram mais ardentes, ela sentiu um arrepio de medo. Ele era perturbador. Sabia exatamente o que queria e como conseguir. Tinha uma espécie de poder mágico que fazia com que ela não pudesse resistir, mesmo sabendo que devia.

          O coração dela começou a bater como um tambor, seus ouvidos latejavam e ela sentiu falta de ar. Novamente ele beijou seus ombros nus. E disse-lhe com angustia.

       — Me faça parar. Resista-me, pois eu não consigo.

       Violetta o afastou e o olhou com ternura e disse-lhe entre lágrimas.

     — Leon  eu  não quero resistir a você. Por que você se fecha? Eu quero te amar.

     Leon enrijeceu os músculos e se afastou dela. Ela sentiu um sentimento de perda, um vazio. Sabia que o havia perdido de novo.

       — O que você queria falar comigo?

      Ela viu que ele se dirigiu a cama e sentou, olhando a com  frieza novamente.

      — Tomas ligou.

     Viu que ele ao ouvir o nome do irmão a observou e não disse nada.

     — Leon, como Tomas me conhece?

      Ele se levantou  rápido e a pegou pelo pulso praticamente a arrastou até a biblioteca. Fechou a porta e a fez sentar-se no sofá e sentou-se de frente para ela.

      —Tomas  é  meu irmão. Ele é o rapaz que sofreu o acidente com você.

Violetta o olhou surpresa. Então era Tomas que estava com ela... Onde Leon se encaixava nessa confusa história?

     Quando  sentiu que já estava recuperada do susto lhe falou.

        — Leon por que você me trouxe para sua casa?

       Leon a olhou longamente e com dureza de palavras falou-lhe.

       —  Tomas precisou viajar, ele assumiu um emprego numa Petrolífera. Está trabalhando em alto mar numa plataforma.  Ele me deixou com a responsabilidade de cuidar de você e eu movido de compaixão te trouxe para cá.  Apenas por piedade.

       Frisando bem as palavras  “piedade” ele saiu.

       Violetta depois que ele se foi continuou onde estava, olhando sem ver, completamente surda aos sons ao seu redor. Sabia no fundo que era isso. Mas esperava que ele tivesse mais tato nas palavras.

     Ele parecia estar o tempo todo a afastando dele.

Resoluta pensou. Amanhã mesmo ia sair e procurar um local para morar. E ia tentar reaver seu emprego.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gostaram e eu tenho 21 leitores e quase ninguem comenta o que ta acontecendo???
E comentem favoritem e recomendem bjs....



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "(Mini Fic) Destinos Cruzados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.