“Não é frieza! É acúmulo de decepções!"

Mais uma vez Anastasia estava na Câmara Secreta pensando ainda mais em seus planos, talvez até em algum dos Potter. Ela fitou o diário á sua frente dado por Alvo e a pena de repetição rápida dada por James do lado do mesmo.

– Isso deve ser besteira! – Praguejou pra si mesma. Abriu o diário e pegou a pena, logo a mesma ganhou vida e ficou á espera das palavras da moça. – Querido diário... Nossa que tolice! Risque isso. – Comandou e a pena fez o que ela pediu. – Olá! Acho que como todas as mocinhas de filmes eu devo escrever nesse diário como se ele fosse meu amigo. Mas não sou como as mocinhas de filmas trouxas babacas, sou Anastasia Riddle ou Malfoy se preferir... – A pena colocou os dois nomes no pequeno caderno de sentimentos. – A minha vida anda bem complicada esses dias, me pergunto por que vim pra cá. Eu sei, eu tinha que vir pra me vingar, mas porque em todos esses anos eu não descansei, sabe... Eu não tive amigos, eu não me diverti como estou fazendo nesse mesmo ano, no ano que tudo tem que se resolver. Que tudo tem que acabar. Porque eu não... Porque eu não guardei apenas esse ano pra fazer tudo que queria? Me vingar. E agora sinto vontade de ficar como os outros, sinto vontade de ser feliz, mas sei que só posso fazer isso se matar Harry Potter. Qual é? Ele matou meu pai. Por mais que meu pai fosse frio e um completo vilão ele me amaria, me amaria como sua filha... – A pena parou por instantes. Anastasia sentia um nó na garganta ao pronunciar coisas como essa. Em seu tempo de menina, Lúcio os trancava no quarto e só deixava à pequena Riddle sair quando ela aprendesse a lição do dia. A lição de como se proteger, e um dia a lição foi diferente. Lúcio dissera que seu pai a amava e que por causa de Harry Potter ele não estava vivo pra dar carinho à menina. Tudo mentira! Mesmo fria e calculista Anastasia podia ser qualificada como uma pessoa possuidora de coração, mas depois que o ódio se enraizou na garota, nunca mais saiu. E era nisso que ela acreditava. Pra ela... Voldemort era seu herói, porque ela sabia que tinha muito dele em si própria, e se ela conseguia amar sua mãe, porque ele não poderia ter a amado? – O final do ano está chegando, e com ele tudo terá fim. A vida do precioso herói Harry Potter já está em jogo e já tem até data marcada... – Anastasia olhou pra pena que depois de escrever tais palavras esperou que ela continuasse com o discurso. – Eu o matarei... O matarei em nome do meu pai. – Assim que ela terminou de falar, uma das estátuas de cobra da Câmera caiu fazendo um estrondo por dentro do lugar vazio. Ela tinha aprendido a controlar seus poderes, mas nem sempre ela conseguia aguentar a pressão. Anastasia fitou as outras estátuas quebradas, era isso que acontecia sempre que vinha aqui. Era como se o lugar a deixasse com raiva e realmente era.

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– Hey Louis! – Disse James empolgado juntamente com Fred. Os dois se sentaram na mesma mesa que o pequeno Delacour Weasley permanecia. – Qual a graça que todo mundo vê nessa Biblioteca? – Debochou James pegando um livro na prateleira sobre Criaturas Fascinantes e o deixando de lado.

– Se você tivesse cérebro, eu poderia te explicar. – Disse Rose pegando um livro de Herbologia e sumindo de vista. James fez uma careta pra ela.

– Então... O que estão fazendo aqui? Pensei que estavam treinando para o jogo. Sonserina e Grifinória, vai ser clássico. – Disse Louis como todo fã de Quadribol.

– E como... – Falou Fred por dentro do acordo entre o triângulo amoroso.

– Quieto! – Interrompeu James antes que Fred falasse demais. – Então Louis... Você já estudou na Beauxbatons, né? – Louis assentiu. – A Anastasia também...

– E ai você vai querer que eu te fale dos tempos da Anastasia na Beauxbatons? – Perguntou Louis com a sobrancelha arqueada. Fred riu do mau desempenho do Potter.

– Sabe... Só algumas coisas. O que ela gosta? Com que tipo de cara ela saía? Quais suas flores preferidas? Essas coisas... – James tentou se fingir de desentendido.

– Tudo bem! Você me ajuda e eu te ajudo... – Foi à vez de Fred rir de Louis. “Um garoto de 14 anos precisava de ajuda pra quê?”, pensou Fred. – Tá vendo aquela garota ali...

– Rebecca Linus? – Reconhecera James. A garota andava com algumas das meninas que se interessava por ele. Na verdade, James estava esperando a própria Rebecca crescer mais um pouco, pra colocá-la em sua lista de peguetes.

– Sim! Tô a fim de chamá-la pra sair. Mas fico meio sem saber o que falar... Alguma dica? – Os dois amigos se olharam e riram maliciosos. Qual o melhor jeito de falar com uma garota? Os dois sabiam disso de có.

– Escuta aqui cara! Você chega nela, e elogia o seu perfume... – Começara Fred.

– É! O perfume é super importante... Depois você se apresenta, é claro. Pergunta sobre o que ela gosta. E a primeira coisa que ela disser, você diz que também adora. E daí é só escutar ela falando e falando, depois de um tempo você vai e a chama pra sair. Se ela for muito oferecida é só ir lá e beijar. – Respondera James com muita experiência.

– Tudo bem! – Louis pareceu confiante. - No meu primeiro ano na Beauxbatons um garoto da turma avançada caía de amores pela Anastasia. Então ele lhe deu margaridas amarelas no corredor, lhe disse que era pra combinar com seus cabelos. E sabe o que ela fez? – Fred e James ficaram apreensivos. – Ela disse que odeia o cheiro das margaridas e que lhe dava enjoo só de olhar pra cara dele. O garoto saiu da Beauxbatons um mês depois. Alguns dizem que ele ficou traumatizado.

– Ok! Sem margaridas. Anotado! O que mais? – Perguntou James.

– Han... No meu terceiro ano, alguns garotos fizeram uma aposta pra ver quem ficaria com ela e a levaria pra uma festa onde eles... Bem... Você sabe... Parece que ela descobriu sobre a aposta quando os dois estavam se beijando. Bom... Ela gosta de vinhos, mesmo que ela já tenha atirado um na cabeça de um dos garotos da aposta. Além de que ela o prendeu na cama com algemas e o deixou lá durante a noite toda, parece que a diretora que teve que ir soltar o garoto, e bem... Ele ainda foi expulso... E pra completar, ela xingou todo o bando da aposta, ela chamou os meninos de gordos porcos. Essa história ficou no topo da lista de fofocas entre as meninas por um mês. – James sorriu. Sabia que Anastasia era linha dura.

– É! Parece que a garota é difícil. – Disse Fred. – Melhor desistir.

– Desistir? Eu só vou desistir quando ficar com ela... E tô a um passo de conseguir, você sabe disso mais do que ninguém. – Dissera James. – Louis, valeu cara! Aproveite sua garota. – Os dois saíram dali.

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– Hey Rose, essa é a Claire... Claire Clearwater. – Anastasia se sentou perto da ruiva no Salão Principal, era começo de tarde e era nessas horas que as pessoas costumavam fazer o dever de casa ou conversar sobre vários outros assuntos.

– Olá Claire! – A ruiva era totalmente simpática. A morena do lado de Anastasia apenas lhe deu um sorriso amigável. – Novidades?

– Nem tenho. – Disse Anastasia comendo alguns biscoitos que estavam em cima mesa.

– Qual é? Você sempre tem. Afinal você vive cercada pelos dois Potter a hora que quer. – Soltou Claire. As duas riram.

– Ei Anastasia. – Alvo a chamou com sua voz sempre agradável. Anastasia se virou e viu o moreno já com o uniforme do time da Sonserina. – É pra o treino. – Respondeu assim que percebeu os olhares da moça. – Eu sei que tá apertado, é um número menor. – Falou meio sem graça quando recebeu o olhar de algumas garotas do Salão.

– Ficou sensacional, Alvo. – Dissera Anastasia com um sorriso malicioso de canto. O uniforme estava justo o que deixava os músculos de Alvo bem á mostra, sem falar na barriga sarada do Potter.

– Han... Obrigado. – Falou o garoto sem jeito. Anastasia riu. Ele ficava ainda mais lindo quando estava envergonhado. – Bem... Eu já vou indo, mas só vim te trazer isso. – Alvo lhe trouxe uma Rosa bem vermelha. - É mágica! Comprei em Hogsmeade, a mulher me disse que cada vez que você a toca ela muda de cor mostrando o sentimento da pessoa.

– E o que significa a cor vermelha? – Perguntou Anastasia pegando a flor com cuidado. Logo que a tocou a cor mudou para laranja.

– Vermelho significa paixão... – Dissera Rose. Alvo ficou com o rosto completamente vermelho igual à cor anterior da flor.

– Então acho que ele te ama, a cara dele tá toda vermelha. – Alertou Claire, foi agora que Alvo ficou ainda mais corado do que nunca. – E o que significa a cor laranja?

– Laranja é a cor quente, significa que Anastasia pode estar com desejo de ver o Alvo assim. – A Riddle mandou um olhar assassino para a ruiva que logo se calou.

– Acho melhor eu ir. – Alvo saiu dali às pressas e as duas meninas começaram a rir. Anastasia tentava não ficar vermelha, mas não conseguia de maneira alguma.

– Ana! – Quando escutou a voz de James, A Riddle tratou logo de encará-lo. – Soube que o meu irmãozinho foi treinar Quadribol. Também estou indo treinar. Só que não na prática. Vou vencer esse jogo, por você... – As meninas do Salão voltaram a dar suas risadinhas incômodas e que tanto Anastasia desprezava. – Tive a liberdade de mandar o meu pessoal colocar uma coisa no seu quarto... – Rose e Claire arregalaram os olhos. – Fiquei sabendo que adora vinhos. – James aproximou-se da Riddle e disse isso próximo a sua orelha. Anastasia se arrepiou com a proximidade do Potter. – Te vejo por ai. – Falou ainda perto do seu ouvido. James mordiscou a orelha da loira e foi embora para seu treino teórico.

– Se a cor laranja é realmente uma cor quente, então a loira ai vai pegar fogo. – Soltou Clarie debochando da Riddle, já que a Rosa dada por Alvo apresentava a cor mais laranja possível. As duas começaram a rir de novo e Anastasia rolou os olhos pra elas soltando a flor na mesa. – Hey Lys, Lorcan, sentem-se conosco. – Claire avistou seus dois amigos da Corvinal. A garota loira e o menino também loiro. – Hey Scamander’s. – Os dois se sentaram e cumprimentaram a todos.

– Eu vi você... – Disse o loiro apontando para Anastasia. Ele se calou logo depois e todos ficaram se perguntando o que ele queria dizer com isso.

– Desculpe! Ele é meio lerdo, tem problemas de concentração, só é avistar algum passatempo que fica meio desligado... – As quatro olharam para o garoto loiro comendo os biscoitos. – Meu nome é Lysander e o dele é Lorcan. – LORCAN! Da onde você a viu? – Lysander gritou assustando a todos, afinal, a garota tava falando calminha agora mesmo e de repente grita.

– Ah... Han... Na aula de Adivinhações. – Falou sem jeito. Anastasia revirou os olhos, ela odiou aquela falsa profetisa tocando no nome de seu pai.

– Odeio Adivinhações. As pessoas não podem simplesmente ficar dizendo coisas sem sentido por ai, e depois acharem que são profetas ou algo assim. – Questionou Rose. – Qual o problema com ele? – Lorcan parecia decepcionado.

– Ele tá meio triste. Éramos da Durmstrang, é eles aceitam meninas... Então, desde que chegamos aqui, o Lorcan ficou meio deprê porque não saiu com nenhuma menina. – Explicou Lysander.

– Não seja por isso! Você gosta de Quadribol?... – Perguntou Anastasia ao garoto, ele apenas assentiu meio surpreso. – Hey Molly... Esse garoto aqui é muito fã de Quadribol, e também adoraria saber sobre como é ser monitor. Você bem que podia explicar alguma coisa á ele. – Sugeriu á Molly que estava sentada em outra mesa com algumas meninas. Ela apenas se levantou de lá e os dois caminharam pra fora do Salão conversando. – É! Parece que o Lorcan não é tão lerdo como pensamos. E também parece que eu vou formar mais um casal. – Disse fazendo as meninas rirem.

– E quanto a você... Ainda não saiu com ninguém daqui? – Perguntou Rose á Lys.

– Não! Mas eu tô de olho em alguém... – A mesma desviou o olhar para Fred que tinha pegado algo pra comer e já ia se dirigindo até a porta do Salão quando...

– Ei Fred! Você sabe que o treino da Grifinória não vai ser prático né? – Perguntou Rose avistando o garoto de uniforme.

– Ah Não? Droga! Eu não sabia Rose, valeu! – Agradeceu. – Melhor eu ir trocar de roupa logo, antes que o James me mate.

– Se quiser pode trocar de roupa aqui. – Sugeriu Lysander um pouco baixo. Rose a olhou quase em choque.

– Eu escutei isso! – Disse Fred chegando perto da moça. Anastasia, Rose e Claire riram.

– Falei pra que ouvisse mesmo... – Disparou Lysander mordendo o lábio inferior e olhando o Weasley de cima a baixo. Os olhos de Fred brilharam com a beleza da moça. – Alguém já te disse que você tem uma bunda linda? – As três garotas arregalaram os olhos para o flerte da Scamander.

– Muitas pensaram, mas você é a primeira a me falar isso. – Fred flertou de volta. Antes que os dois se agarrassem ali mesmo. Uma coruja apareceu no Salão, ela deixou cair uma carta vermelha nas mãos de Rose. – Rose! Você recebeu um berrador. Vivo recebendo um desses, mas você... O que você fez pra seus pais? – Perguntou Fred chocado. A Weasley era certinha de mais pra receber uma se quer reclamação. Rose resolveu abri-lo...

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Louis Weasley