La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 57
Todos deveriam sofrer uma humilhação...


Notas iniciais do capítulo

A história está nos finalmentes. Se eu não resolver editar nada daqui para frente, a fanfic vai acabar no capítulo 62.



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"Todos deveriam sofrer uma humilhação uma vez na vida para que a arrogância desse passagem à maturescência humana"
Jeocaz Lee-Meddi


Eles logo ficaram em choque com o que viram. Aquela figura não lembrava em nada a Penha altiva e orgulhosa que eles conheciam. Sua cabeça parecia ter sido raspada recentemente e tinha vários cortes em seu coro cabeludo. Sua pele estava pálida por causa do frio, repleta de ferimentos e hematomas e sua linda roupa de grife estava rasgada e ensangüentada.

O mais assustador, contudo, foi ver sangue em toda parte: no chão, na gaiola, nas roupas da Penha, em uma cama com correias ali perto e em alguns instrumentos que havia em cima de uma mesa. Dava para ver que Agnes tinha feito alguma coisa com ela e não foi nada agradável.

Quando os viu, ela não perdeu tempo e começou a implorar por ajuda. A prisioneira estava tão desesperada que tinha até perdido aquele sotaque falso e irritante que chegava a doer os ouvidos do Cebola.

– Me ajudem! Por favor, me ajudem! Ela vai acabar comigo!
(Cebola) - Tá falando da Agnes? Achei que fosse sua amiga!
– Não é mais! Agora ela está trabalhando para aquele maldito do Feio! Por favor, me ajudem! Eu posso pagar muito bem.

Mônica balançou a cabeça. Aquela era a Penha, sempre achando que podia comprar todo mundo. Se bem que ela não pretendia fazer nada de graça. Não para alguém que tinha feito tanto mal a ela e seus amigos. Aquela ali não merecia caridade de ninguém.

– A gente vai te ajudar, foi pra isso que viemos. Só que não vai sair de graça não. Você vai ter que aceitar nossas condições.

Apesar de não ter gostado daquele tom autoritário, ela estava desesperada demais para discutir e acabou concordando.

– Primeiro: eu sei muito bem que você pagou o Feio pra fazer aquelas coisas.
– Eu não sei do que você está falando! – ela tentou negar e Mônica se irritou.
– Ai, pára com isso sua tonta! Você tá pra morrer e fica com esse monte de frescura? O que eu quero saber é onde fica o esconderijo dele. Você deve saber onde fica.

Ela engoliu em seco e resolveu abrir o jogo.

– Da última vez que falei com ele, foi numa cabana ao pé do Monte do Desafio. – Cebola deu um tapa na própria cabeça.
– Caramba! Eu nunca teria pensado em procurar ali.
(Ângelo) - Foi por isso que eu não o encontrei! A energia limpa daquele lugar deve ter disfarçado a aura suja dele!
(Mônica) - Acha que ele ainda tá lá?
– Agnes falou qualquer coisa que me leva a crer que sim. E só tem aquela cabana, não vai ser difícil achar. Agora me solte, rápido!
– Eu ainda não terminei. Tem mais. Olha, eu sei que tudo isso começou porque você cismou com minha cara e quer me prejudicar de qualquer jeito.
– Porque você me fez muito mal e...

Dessa vez foi Cebola quem perdeu a paciência.

– Ah, pára com isso! Quem te deu o fora fui eu! EU! Pára de querer descontar na Mônica porque isso não teve nada a ver com ela!

Mônica também falou enérgica.

– Me deixa em paz, tá legal? Deixa todo mundo em paz! Não quero mais saber de você mexendo nem comigo, nem com ninguém! Deu pra entender?

Penha fez que sim com a cabeça. Depois de tudo o que passou, ela já estava cansada de planos e vingança.

– E tem mais uma coisa.
– Ainda tem mais? Vai ficar aí o dia inteiro exigindo coisas?

Ela fez menção de ir embora e Penha implorou para que voltasse.

– Não, por favor! Eu faço qualquer coisa!
– Por sua causa, o Feio emporcalhou a padaria de um amigo meu. Agora a família dele tá sem poder trabalhar e com um monte de dívida. Você vai consertar isso, entendeu? Vai pagar tudinho pra eles com juros e correção monetária. Temos um acordo?
– Sim, temos um acordo!
– Se me enrolar, você vai ver só uma coisa, tô avisando! Ninguém brinca comigo e nem com meus amigos!
– Tem a minha palavra, eu juro!

Depois de fazer Penha jurar várias vezes, Mônica quebrou o cadeado que trancava a porta da gaiola, deixando a outra sair. Usando seu lenço e o da Magali, ela enrolou suas mãos para ver se protegia os ferimentos até que a moça pudesse ser levada ao hospital.

– Agora vamos sair daqui, gente! Senão a Agnes pode voltar! – Cebola chamou e todos correram para fora da casa.

Do lado de fora, o tempo tinha esfriado mais ainda.

– Heim? Que é isso? – Cascão perguntou ao sentir algo frio e úmido no seu braço. Em pouco tempo, todos começaram a sentir a mesma coisa e viram flocos de neve caindo do céu.

– Tá caindo neve? Gente! Neve no Brasil? – Magali falou estendendo as mãos para pegar os flocos.
– Isso tá ficando cada vez pior! – Cebola observou.
– Ângelo, você pode levar a Penha de volta pra casa? – Mônica pediu.
– Tá bom. E vocês?
– Vamos pro laboratório do Franja pensar no que fazer. Depois você encontra com a gente porque vamos precisar da sua ajuda pra enfrentar a Agnes.
– Pode deixar.

Ele pegou Penha nos braços e antes de levantar vôo, ela ainda falou.

– Esperem. Agnes também me disse uma coisa.
– Que coisa? – Cebola quis saber.
– Que o Capitão Feio está dando um abraço frio no planeta. Não sei se isso faz sentido.
– Pode ser uma pista.

Ângelo a levou para longe dali enquanto os outros correram para o laboratório do Franja. O prazo estava esgotando e eles não podiam perder tempo.

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– Eu nunca teria imaginado que ele ia se esconder nesse lugar. – Franja falou coçando o queixo e analisando as imagens em infravermelho que Astronauta tinha lhe enviado. Assim eles podiam ver um grande complexo de salas e túneis em baixo do Monte do Desafio, inclusive o local da entrada que estava disfarçado em uma cabana pequena e rústica.
– É uma área verde e muito limpa. – Cebola explicou. – É discreta, pouco habitada e ninguém ia pensar em achar o Feio num lugar como esse. O cara é bem esperto!
(Cascão) - Foi por isso que o Ângelo não achou ele. E agora? O que a gente faz?

Franja respondeu.

– Temos que avisar as autoridades, só que estamos com um problema. As imagens do Astronauta não indicam nenhuma fonte de emissão de raios eletromagnéticos.
(Cebola) – Ali deve ser o centro de controle. As fontes devem estar em outro lugar.
(Franja) - Antes de mandar a polícia atrás dele, temos que eliminar o que está alterando o clima, senão ele pode causar uma grande tragédia caso alguém tente invadir a montanha!
(Mônica) – A Penha falou qualquer coisa sobre ele estar dando um abraço frio no planeta.
(Franja) – Hum... isso pode significar que existem máquinas espalhadas pelo globo que estejam emitindo essas ondas e elas são controladas pela sede que fica embaixo da montanha.

Cebola raciocinou um pouco e disse.

– Faz sentido, só que fazer isso pelo mundo inteiro ia ficar muito caro, dispendioso e demorado.
(Franja) – E se essas máquinas estivessem espalhadas pela Terra, os sensores do Astronauta teriam encontrado e...

Mônica estalou os dedos e falou empolgada.

– E se elas não estiverem na Terra? Lembram do que a Penha falou? Um abraço frio ao redor do planeta! – Cebola entendeu a charada.
– É mesmo! As máquinas podem estar ao redor da Terra, não na Terra propriamente dita. Então só podem ser satélites!
– Isso! Satélites! O feio deve estar atirando raios eletromagnéticos na ionosfera através de satélites! É por isso que não encontramos nada! Estávamos procurando por fontes na Terra, não no espaço ao redor dela!

Ele correu para seu comunicador e entrou em contado com Astronauta relatando as descobertas que tinham feito.

– Satélites? Claro, era tão óbvio!
– Ele não esperava que fossemos encontrá-los porque são quase três mil satélites ao redor da Terra.
– Então iremos procurar por fontes emissoras de raios eletromagnéticos entre os satélites.
(Franja) - Só que os outros satélites também emitem ondas! – Zé Luis explicou.
– Para alterar a ionosfera e o clima, é preciso um comprimento de onda específico que os outros satélites não emitem.
– Eles serão pulverizados pelos raios lasers da nave. – Astronauta disse. Assim não irão prejudicar mais a Terra.
– E os destroços serão incinerados ao entrarem na atmosfera terrestre. Perfeito!

Após acertarem mais uns detalhes, Franja encerrou a comunicação muito satisfeito e aliviado.

– É isso aí, gente. O problema com o clima tá resolvido! Quando todos os satélites forem destruídos, a polícia será acionada para dar um jeito no Capitão Feio.



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