La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 5
Tentando não ser impulsiva


Notas iniciais do capítulo

É isso aí, pessoal! Hoje tem dobradinha.



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"Tentando não ser impulsiva, quando eu penso em não fazer, o impulso vai lá e faz por mim"
Antonieta


Quando soube que Irene também tinha faltado, Mônica logo ficou desconfiada e suas amigas tiveram um trabalho enorme para convencê-la de que aquilo não tinha nada a ver.

- Ela deve ter ficado com medo de vir e você brigar com ela, é isso! – Marina falava sendo apoiada pelas outras.
- É só coincidência os dois terem faltado, fica assim não!

Foi com muito custo que ela finalmente se acalmou e concordou em entregar o convite para o Cebola quando fosse em sua casa pedir desculpas. Assim tudo seria resolvido.

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Era hora da saída e Penha deu um jeito de sair mais cedo da escola só para poder ver o espetáculo de camarote. Ver Mônica rindo e conversando entre as amigas lhe deixava furiosa. Não era justo aquela miserável ser tão feliz daquele jeito. Ela precisava acabar com aquela felicidade o mais rápido possível.

De repente, ela sorriu ao ver Cebola vindo na direção oposta levando uma garota loira pela mão. Quando visse aquilo, Mônica ia ter um daqueles ataques de fúria e era exatamente o que ela queria.

- Irene, vamos logo! Todo mundo já tá saindo da escola e a gente precisa falar com ela agora!
- Não, eu estou com muito medo! Você sabe como ela é!

Ela parecia mesmo assustada e para falar a verdade, ele também sentia medo de como a Mônica ia reagir.

- O pior que pode acontecer é a Mônica gritar no meio da rua. Ela nunca foi de bater nas garotas, então fica tranqüila que nada vai te acontecer.

Cebola a pegou pela mão e foi puxando a moça até eles chegarem ao portão de saída do colégio.

Logo de cara Mônica estranhou os dois aparecerem ali juntos e de mãos dadas. As meninas também ficaram preocupadas quando viram a cena. Que droga, logo quando as coisas pareciam estar se resolvendo, aquele idiota resolveu estragar tudo?

- Mônica, precisamos falar com você agora! – Cebola falou autoritário e estufando o peito.
- O que tá acontecendo aqui? Por que vocês estão juntos e de mãos dadas?
- Não começa, tá legal? É o seguinte, ou você convida a Irene pra festa agora, ou eu não falo mais com você!
- O quê?

Atrás da Mônica, Marina, Cascuda e Magali balançavam negativamente a cabeça e agitavam as mãos pedindo para que Cebola se calasse. Ele ignorou o aviso e continuou.

- É isso mesmo, essa sua birra com a Irene já deu! O que ela te fez pra você tratá-la desse jeito? Isso não pode mais continuar e vai acabar agora mesmo!

De longe, os rapazes viram que o tempo ia fechar.

- Xiii... danou tudo! – Xaveco falou olhando a cena de longe.
- Caraca, o que deu no Cebola pra ferrar com tudo desse jeito? – Ninbus falou já imaginando a briga que estava prestes a ter ali e todos cercaram o grupo para ver se evitavam uma tragédia.

Mônica fechou a cara, cerrou os punhos e gritou com o rosto vermelho de raiva.

- Quem você pensa que é pra me dar ordens desse jeito?
- Eu não tô te dando ordens, só quero que você pare de implicar com a Irene!
- Vindo aqui todo cheio de pose falando comigo como se eu fosse sua empregada? Você está me tratando desse jeito por causa dela, é?
- Eu não quero saber de briga. Ou você convida a Irene agora mesmo, ou não fala mais comigo!

Por um instante, ela levantou o punho e Cebola teve que se abaixar para proteger seu rosto. No entanto, ela tomou outra decisão.

- Tá vendo isso aqui? – ela bradou esfregando um convite na cara dele.
- Um convite pra Irene? Você ia convidar ela? – ele perguntou surpreso.
- Ia sim, mas agora não vou mais!
- Peraí, eu não sabia...
- Não sabia e veio falar comigo desse jeito? Pensa que eu vou aceitar desaforo? Se não quiser falar comigo por causa dessa oferecida aí problema seu, mas pra nossa festa ela não vai!

Mônica falou a última frase rasgando o convite em pedacinhos e atirando em cima dos dois. Vendo aquilo, Irene saiu dali aos prantos fazendo com que Cebola recuperasse a presença de espírito e gritasse colérico.

- Viu o que você fez? Não precisava nada disso, tá legal?
- Isso é pra você aprender a falar direito comigo! Tá pensando que eu sou cachorro, é?

Cebola se enfureceu e chegou bem perto dela, falando enquanto olhava nos seus olhos.

- Cachorro não é, mas você não passa de uma garota mimada, arrogante e que gosta de mandar em todo mundo! Quer saber, tô de saco cheio de você e das suas chatices!

Ao ouvir aquilo, Mônica ficou sem reação.

- É isso mesmo! Você maltrata todo mundo e não olha os sentimentos de ninguém!

Penha vibrava de alegria ao ver os dois discutindo e trocando palavras duras e cruéis. Quanto mais eles brigassem, melhor para ela. Como eles gritavam muito, ela não precisava de Agnes para ouvi-los e por isso mandou o espectro atrás de Irene. Aquela loirinha sonsa poderia ser muito útil em seus planos.

Depois de muito brigarem, Cebola foi levado embora dali pelos amigos, enquanto as garotas faziam o mesmo com a Mônica. Se deixassem as coisas como estavam, a situação ia piorar mais ainda. E com o fim do espetáculo, ela resolveu ir também enquanto atualizava o seu plano acrescentando mais detalhes.

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Chegando em casa, Irene correu direto para o quarto e se jogou na cama aos prantos. Toda sua esperança de conseguir entrar na turma e se aproximar mais do Luca tinha sido jogada por terra quando Mônica rasgou aquele convite na sua frente. O que mais doía era saber que esteve tão perto de ser convidada e conseguir fazer amizade com eles. Por que o Cebola foi ter aquela idéia de confrontá-la? Se tivessem deixado as coisas como estavam, tudo teria se resolvido sem problema.

- Não... ele não teve culpa. – ela falou para si mesma com o rosto banhado em lágrimas. – A Mônica é uma pessoa horrível! Não precisava ter agido daquela forma!

Pela primeira vez, Irene começou a sentir raiva da Mônica que parecia estar estragando sua vida. E depois daquele dia, ela não ia mais conseguir ser feliz naquele colégio. Ela sentou-se na cama e ficou olhando para a parede oposta, sentindo uma vontade enorme de ir atrás da Mônica e lhe dar um soco. Péssima idéia. Se fizesse isso poderia até machucar a mão.  

Fora isso, o que mais ela poderia fazer? Mônica tinha muitos amigos e pessoas do seu lado. Ela não tinha ninguém. Mesmo os rapazes não iam querer ficar do seu lado e contra a Mônica. No fim ela estava sozinha e aquilo não era justo. Que culpa ela tinha se o Cebola gostava da sua amizade? Aquela garota era insegura demais e não se garantia, por isso enxergava ameaças por toda parte.

E por causa de toda essa neura da Mônica ela estava sozinha e depois daquela briga, era bem provável que até Cebola deixasse de falar com ela. Uma depressão profunda a atingiu, deixando-a desanimada de fazer qualquer coisa. Aquela garota estava estragando sua vida e não havia nada que ela pudesse fazer.
 


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