La Revenge escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 42
Eu sou uma Guerreira...




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“Eu sou uma Guerreira. Em alguns momentos eu posso até recuar, mudar de estratégia e voltar à batalha, mas desistir nunca!”
Mônica Liberato


O almoço na chácara foi praticamente uma festa. Mônica conversou com seus pais, matou as saudades, ficou por dentro de tudo que se passava na vida deles e agradeceu a surpresa que lhe fizeram.

- Fico feliz que tenha gostado, filha. – Souza falou. – Achamos que ia te fazer bem.
- E fez mesmo, muito obrigada!

Depois de colocar ordem na cozinha e passar mais um tempo com seus pais, Mônica pediu permissão para que ela e as amigas fossem para a cidade.

- Quero que elas conheçam uma amiga que fiz aqui. Tem problema?
- Claro que não! Vocês também precisam colocar a fofoca em dia. – Araci falou. – Eu fico aqui conversando com seus pais. Conversa de adulto também é muito bom!

Mônica foi montada na sua bicicleta levando Magali na garupa. Marina levou Denise na bicicleta emprestada por Araci.

(Magali) – Agora eu sei por que você tá com as pernas bonitas! Você faz esse caminho todos os dias?
- Todos os dias. Exercitar faz bem!
- Com esse poeirão na cara? Duvido muito! Devo ter um quilo de terra nas marias-chiquinhas!

Pouco depois elas chegaram a casa da Sue, que também estava curiosa para conhecer as amigas da Mônica.

- Menina, que quarto legal você tem! – Denise falou olhando as máscaras que ela tinha por toda parte.
- Eu adoro maquiagem cênica e um dia vou trabalhar em um filme importante! Olhem aqui! Essas eu fiz usando o rosto da Mônica.
(Denise) – Nossa! Ficou bem melhor que a original!
- Denise! Ai, liga não Sue. Ela é assim mesmo.
- Linda, glamorosa e poderosa. Beijomeliga!

Elas conversaram um pouco, Sue mostrou seu trabalho e finalmente Mônica resolveu contar seu plano.

- Sue, eu combinei com as meninas que elas não iam falar pra ninguém que eu tô bem aqui.
- Por quê?
- Senão a Penha pode causar problemas pra nós. Pra todos os efeitos, eu tô muito mal, no fundo do poço e numa pindaíba de dar pena!
(Marina) – Faz sentido. Assim a Penha te deixará em paz. Mas o que a gente faz com a Irene?
- Finge que não sabem de nada.
(Magali) – Não podemos falar nem com o Cebola?
- Especialmente pro Cebola! Ele vai querer defender ela e estragar tudo! Não, naquele ali eu não confio nem que a vaca tussa! E Sue, eu vou precisar de uma ajudinha sua. É o seguinte.

À medida que Mônica foi contando seu plano, Sue abriu um grande sorriso. Hora de colocar suas habilidades em ação!

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- Cara, que nervoso é esse? – Cascão perguntou ao perceber que Cebola estava muito inquieto.
- As meninas foram visitar a Mônica com os pais dela. Como será que ela tá?
- Você só vai saber segunda feira.
- Pindarolas, hoje ainda é sábado! Argh!
- Ué, por que tá tão interessado na Mônica agora?

Cebola ficou meio sem jeito ao responder.

- Sabe... eu queria saber se ela mudou mesmo. Se mudou, acho que a gente pode fazer as pazes.

O outro levantou uma sobrancelha.

- Sei. E pra vocês fazerem as pazes, é a Mônica quem deve mudar.
- Claro! O que ela fez com a Irene é muito grave e tem que pedir desculpas. Sem isso, não tem acordo.

Cascão respirou fundo e desistiu de falar qualquer coisa. Às vezes as pessoas precisavam quebrar a cara para aprender. No fundo ele não acreditava que Mônica tivesse feito aquelas coisas e tinha a esperança de que a verdade viesse a tona. Quando isso acontecesse, ele ia adorar ver a cara do Cebola ao ver que estava errado o tempo inteiro.

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Seu Tonho, dono de uma fazenda vizinha, coçava a cabeça vendo aquela garota se debatendo no seu chiqueiro e se sujando toda. Uma das mocinhas da cidade falou que era para um trabalho da escola e ele não viu nenhum problema em deixá-las usar o seu chiqueiro já que aquela moça trabalhava para Araci, que era muito gente boa.

- A louca! Eu não acredito no que estou vendo! – Denise falou enquanto tirava fotos com o seu celular.
- Capricha nas fotos, Denise! Tem que ficar bem realista!
- Aaaai! Esses porcos vão te devorar! E depois morrer com dor de barriga!
- Cala a boca e tira as fotos! – Mônica gritou quase perdendo a paciência e continuou com sua encenação.

Depois da maquiagem que sue tinha feito, sua aparência ficou horrível como se ela tivesse se acabado com o trabalho na fazenda.

Denise também tirou fotos dela trabalhando no galinheiro e nos estábulos. Quando terminaram, elas voltaram para a chácara da D. Araci mantendo certa distância da Mônica por causa do seu cheiro.

- Então é isso, meninas. Vocês entenderam o que é pra fazer?
(Denise) – Eu vou publicar tudinho no meu blog. Todo mundo vai pensar que você tá trabalhando naquela fazenda e que ficou mais horrorosa do que de costume.
(Magali) – Nós vamos falar que você nos tratou muito mal e nem quis nos dar atenção.
(Marina) – E também que não queremos te ver nunca mais. Acha que a Penha vai acreditar?
- Vai sim. Ela é arrogante demais pra imaginar que eu fui capaz de descobrir o plano dela. Não se esqueçam de contar pra Irene. Ela vai dar um jeito de assoprar no ouvido da Penha.
(Denise) – Afe, odeio gente fofoqueira!

Elas deram risadas com aquela visível contradição de Denise e voltaram para a chácara. Depois de tomar um banho, Mônica foi dar atenção aos seus pais e o fim de semana transcorreu maravilhosamente. Na despedida, Souza prometeu redobrar seus esforços para conseguir uma escola no Limoeiro onde Mônica pudesse estudar. Assim ela poderia voltar para casa e seus amigos.


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