O casal se encontrava ainda vivos mas estavam bem machucados e quase inconscientes. Após a ligação duas ambulâncias chegam ao local. Os paramédicos ficam estarrecidos mas começam a preparar o casal para seguir ao hospital.

Enquanto isso Mac e os outros tentam achar alguma pista. Uma lembrança invade Dominic.

— Tia. Tia. – grita Dominic se lembrando.

— O que foi? – pergunta Ellie curiosa.

— Me lembrei. Tinha alguém mais aqui. Não sei quem era mas ele até gritou para nós corrermos. – fala Dominic.

— Mas como assim Domi? Você se lembra de alguma coisa sobre ele? – pergunta Ellie.

— É sério tia. Só me lembro que ele parecia viver na rua mas era mais velho que eu e mais novo que o Mac. Parece que ele era ainda jovem. Eu daria uns 20 anos pra ele no máximo. – diz Dominic tentando se lembrar.

— Desse jeito me parece que pode ser o Mark, mas faz tempo que não sei nada dele. – fala Ellie para se mesma.

— Mark? Quem é esse tal de Mark? – pergunta Dominic confuso e curioso ao mesmo tempo.

— Mark Kreber é um moço que apareceu no segundo caso de Ronald. Pelo modo como você falou deve ter sido ele que gritou mas vou confirmar depois. – fala Ellie sorrindo.

— Ah tá. – diz Dominic também sorrindo.

O casal fora levado até o hospital e todos poderiam procurar pistas mais calmamente. Os minutos ali passam e não conseguiram muita coisa como esperavam.

Lupine cheira o ar como se procurava algo que não estava ao alcance. O cheiro vinha de gotas de sangue na calçada. Mas as gotas se concentraram em um ponto somente mostrando que alguém mais poderia estar ferido.

— E aí? – pergunta Mac.

— Consegui isso mas teremos que fazer um teste para sabermos a quem realmente pertence esse sangue. – diz Danny.

— Acho que está bom podemos voltar agora. – fala Mac se retirando.

— Logo teremos os resultados de tudo isso. – fala Jo também se retirando.

— E nós teremos que conversar com o casal assim que possível. – fala Don suspirando.

Todos saíram de lá voltando para o laboratório. Ellie e Don levaram Dominic, Ellie e Lucy para casa. Onde Charlotte, Rafael e Jimmie esperavam para cuidarem deles.

— Sério que Ronald de novo? – pergunta Jimmie.

— Sim. Muito sério mas tem algo mais que eu vou deixar esses três contarem para vocês. – diz Ellie deixando o trio junto dos gêmeos aos cuidados de Jimmie, Charlotte e Rafael.

— Hum. Agora estou curiosa pra saber do que se trata. Vamos entrando. – fala Charlotte aparecendo na porta.

— Isso não vai ser fácil. – fala Dominic suspirando.

— Eu e o Don vamos no hospital tentar saber alguma coisa sobre o casal. Assim que terminarmos ligamos para vocês. – diz Ellie.

— Está bem. – fala Charlotte – Tchau e até mais.

— Tchau e muito obrigada por vocês cuidarem deles. Qualquer coisa só ligarem para um de nós. O Dominic tem o telefone de todos anotado no bloquinho. – fala Ellie.

— Está bem. Cuidaremos bem deles. Tomem cuidado. – fala Rafael.

Ellie sorri pra todos e volta a entrar no carro.

— Vamos lá. – fala Ellie suspirando.

— Tem certeza? Você não está cansada? – pergunta Dom preocupado.

— Muita certeza. Um pouco mas já estou ficando irritada com esse cara. – responde Ellie.

— Está bem então. Vamos lá então. – fala Don ligando o carro e partindo.

Pouco depois eles chegam no hospital. Ao entrarem já vão perguntando sobre o casal que fora levado lá.

— Ah sim. Já vou chamar o médico que está cuidando deles. – diz a enfermeira se retirando.

Don e Ellie ficam esperando na recepção. Uma mulher os encara intrigada.

— O que aquela tanto encara em nós? – fala Ellie.

— Deixa ela pra lá. Não liga. – diz Don.

— Ela tem é que parar de ficar nos encarando. Ela não sabe que é feio e ninguém gosta muito. – fala Ellie irritada.

— Ei. Olha lá. A enfermeira já está voltando com o médico. – fala Don tirando a atenção de Ellie sobre a mulher que ainda os encarava com uma carranca.

— Ela que pare de encarar ou eu vou ter que ir falar com ela. – diz Ellie irrita.

— Olá. Vocês são os detetives que vieram saber sobre o casal? – fala o médico gentilmente.

— Sim, somos. Você que é o médico responsável por eles? – fala Don.

— Isso mesmo. Sou o Dr. Poittel. Não sei se eles vão querer conversar agora. Venham comigo vamos conversar em outro lugar. – diz o Dr. Poittel.

— Ah sim. Porque? Está bem. – diz Don curioso.

Eles seguem pelos corredores até chegarem perto da ala da UTI onde não havia quase ninguém.

— Pouco depois de chegarem voltaram a consciência e não falaram nada. A mulher só chorava e provavelmente só vai dormir com a ajuda de calmante. Fizemos todos os procedimentos e testes possíveis em ambos. Fiquei com pena deles. Coitados. – diz o Dr. Poittel suspirando pesadamente.

— Mas teremos que tentar conversar com eles para sabermos quem são e como foram parar lá naquele beco. E quais exames e testes que foram feitos? – fala Don.

— Eu sei. Poderão tentar se quiserem. A maioria são exames de rotina mas os testes feitos mostraram algumas coisas de início. – fala o Dr. Poittel.

— Entendo. Mas como assim? – fala Ellie curiosa.

— Bem. Acabou aparecendo para nós que ambos, tanto o marido quanto a mulher, tiveram relação com alguém antes do ataque e não foram entre eles. Mas como não conseguimos conversar com eles não sabemos ao certo sobre tudo. – fala o Dr. Poittel.

— Mais um ataque daquele maluco por causa de traição. Já está me enchendo a paciência. – fala Ellie irritada.

— Soube dos outros casos e acho um absurdo ele fazer isso. Espero que ele seja achado rapidamente. Mas voltando ao casal se quiserem vê-los só virem comigo. – diz o Dr. Poittel.

— Estamos tentando mas esse cara some sem deixar vestígios de onde estás após os ataques. E agradeceríamos muito se pudermos falar com eles. – diz Don.

Eles seguem até onde o casal está. Ao chegarem percebem os aparelhos e os bipes. O casal estavam separados, um em uma parte e o outro em outra parte.

— Você vai conversar com o homem e eu converso com a mulher. – fala Ellie.

— Está bem. – diz Don se dirigindo ao homem do outro lado.

Ellie vai até a mulher e se apresenta. A mulher a encara sem falar nada. Ellie e Don tentam tirar alguma coisa do casal mas ambos estão machucados não só fisicamente mas também emocionalmente que falam pouco. Só respondem quando querem ou quando estão bem para falar sobre o assunto. Após algum tempo eles tem que ir embora. Ambos se despedem do médico e deixam o hospital rumo ao laboratório.