Já era sexta-feira de tarde quando Mac ligou para Don pedindo que elee Ellie fossem até o laboratório. Antes de saírem Ellie olha em volta e percebe que Danny não estava na delegacia, ela estranha, mas não comenta nada. E então Don e Ellie seguem para o laboratório. Assim que chegam ao laboratório dão de cara com Danny que estava vestido normalmente.

– O que faz aqui vestido assim? – pergunta Ellie.

– Desisti mesmo. Agora é pra valer. – diz Danny.

– Desistiu do que? – pergunta Ellie preocupada.

– Sério? – pergunta Don descrente.

– É sério Don. Desisti de ser sargento, a partir de hoje estou de volta ao laboratório. – diz Danny sorrindo.

– Como assim? – pergunta Ellie não acreditando no que ouviu.

– Já tentei antes, mas não sei por que voltei a ser sargento. Só que agora eu percebi que sinto falta de ser detetive criminal. – fala Danny.

– Hum, sei. – diz Don sorrindo.

– Tanto faz. Vamos lá, o Mac e os outros descobriram algo. – fala Danny.

Danny, Don e Ellie vão até a sala e se deparam com os outros.

– Vejo que já sabem da novidade. – fala Mac.

– Sim, já. – fala Ellie.

– Temos algumas coisas para falarem para vocês. – fala Stella.

– Bem, eu começo. Os nomes do casal que foi morto são Marisa Goldeny Chamberlan e Peter Chamberlan. Os únicos familiares vivos são os filhos Ana Lúcia e Marcus. Eles são casados. Ah, aqui está endereço deles e da casa do casal. – fala Lindsay entregando dois papéis a Don.

– Hum, agora temos que falar com eles. – diz Don.

– Minha vez agora. A foto que você encontrou Ellie é antiga. E sim, essa da foto era Rebecca Morrison, mas tem um problema. Quando ela se casou passou a usar o sobrenome Hommet pertencente a um cara chamado Ronald Hommet. E como vocês devem saber ela teve um caso extraconjugal com Andrey Gabonne, o que acabou resultando em um filho, mas pelo que percebi o filho foi dado para adoção logo após a morte de Rebecca. Ronald Hommet descobrira que ela o traia como Andrey, um antigo amor de Rebecca, mas ele não era rico como os pais da mesma queriam que Andrey fosse. Por causa disso ela teve que romper o namoro com ele e se casar forçadamente com Ronald Hommet; Rebecca achava esse casamento um inferno. Pelos papeis médicos daquela época Ronald não podia gerar filhos, por isso não existem herdeiros entre ele e Rebecca. Um dia Robert seguiu Rebeca para saber aonde ela ia, ela sabia que ele a estava seguindo por isso tentou desviar o marido do caminho e conseguiu. Foi depois de dar a luz que Rebecca ia ver Andrey e o filho sempre que podia. No dia em que morreu era mais um desses dias. Ronald estava trabalhado por isso Rebecca aproveitou para sair. Ela fez o mesmo caminho que fazia sempre, mas tomando cuidando para não ser vista. Ela então chega ao destino. Ela e Andrey brincavam com filho quando um barulho chama a atenção deles. Andrey esconde o filho num quarto colocando um ursinho com o cheiro de Rebecca e dele para que o menino não chorasse ou fizesse barulho. Ele e Rebecca então ficam apreensivos quando um furioso Ronald adentra o lugar. Ronald esbraveja e Rebecca também, Andrey tenta acalmar os dois quando do nada Ronald saca a arma e atira em Rebecca, ele também tenta matar Andrey, mas desiste por causa dos latidos dos cachorros da vizinhança. Assim Que Ronald sai apressadamente da casa Andrey se volta para Rebecca. Rebecca morreu com os filhos nos braços e com Andrey ao seu lado. Pelos arquivos o menino era uma mistura de Rebecca e Andrey, mas puxara mais a mãe do que o pai. Ronald foi preso e condenado, mas pouco tempo depois ele fugiu e nunca mais souberam dele. – fala Danny.

– Nossa quem diria. Mas, não existe registro de adoção? – fala Ellie confusa e curiosa.

– Também ficamos surpresos. Não achamos nada. Até o Adam tentou, mas nada. – fala Stella.

– Mas, eu ainda vou tentar achar alguma coisa. Não desisti ainda. – fala Adam convicto.

– Está bem então Adam, continue a procurar e avise se encontrar algo. – fala Mac.

– No meu caso devo dizer que é o mesmo modo operandi das outras vezes. A fratura da perna de Peter é resultado de um empurrão que ele recebeu. Se ele estivesse vivo e fosse tratado, a perna voltaria a ficar como nova. As algemas marcaram bem os pulsos dele, devo dizer que ele tentou soltar inúmeras vezes, mas sem sucesso. Como as outras vítimas, Marisa sofreu estupro e pelo que percebi ele está ficando mais violento nesse ato. Na primeira vítima vamos dizer que ele foi “gentil” em fazer isso. Na segunda nem tanto, ele a estuprou várias vezes e como disse o Mark mesmo depois de ela ter sido esfaqueada, isso vale para a terceira vítima também. Ele só diferencia um pouco do caso que comentei com vocês. Esse assassino tem a tendência em ficar mais perigoso ainda. – diz Sid.

– Nossa. Esse cara tem que ser detido logo. – fala Annie.

– Temos que descobrir mais algumas coisas. Adam você descobre sobre o filho de Rebecca e Andrey, e tenta descobrir o que aconteceu com Ronald Hommet também. Stella e Lindsay vocês vão descobrir mais sobre as vítimas, se eles fizeram alguma ocorrência sobre possível perseguição ou obsessão criminosa contra eles. Jo e Annie vocês ficam com as provas recolhidas nas cenas, tentem descobrir mais do que já foi descoberto. Danny e Sheldon vocês vão ajudar o Adam e se os outros também ajudarão. Temos que descobrir quem é esse assassino o mais rápido possível. – diz Mac.

– Ok. – falam todos juntos.

– Agora é só esperar. Eu e Ellie iremos agora falar com os filhos do casal. – diz Don.

– Ah só uma coisinha. Descobri que hoje é dia em que todos eles reúnem-se, provavelmente os filhos estão na casa do casal. – diz Danny.

– Ok. Vamos lá então. – fala Don.

– Antes de vocês irem eu quero falar com a Ellie. – fala Stella.

– Ok. – diz Don.

Stella e Ellie então vão até a sala de Stella.

– E então? Como foi? – pergunta Stella.

– A Dra. Rowenna é muito boa, gostei dela. Hum, eu passei mal no consultório dela também, por isso ela me mandou fazer um exame de sangue. Ela desconfia do que eu tenho, mas o exame é pra tirar as dúvidas. – fala Ellie sorrindo.

– Que bom que gostou dela. Sei, ela vai descobrir o que você tem não se preocupe. Hum, eu vou querer saber o resultado. – diz Stella sorrindo.

– Hum, tomara. Eu sei. Você, Annie, Lindsay, Jo, Dominic e os outros vão querer saber. Todos perceberam que não estou bem, até o Don. – fala Ellie.

– Eu sei. Se não ela vai te indicar alguém que possa te ajudar, fique calma. Nós estamos preocupados com você porque gostamos bastante de você e o Dominic te ama muito. Mesmo o Don sendo cabeça-dura ele s preocupa e anda te ama Ellie. – diz Stella.

– Ok, mas pelo jeito que ela me olhou depois que saí do banheiro dela me deu esperança que é com ela o meu problema. Eu sei. Eu vou te contar algo, mas não conta pra ninguém, ok? – fala Ellie suspirando.

– Assim espero. Pode deixar, sei guardar segredo. Aconteceu alguma coisa? – fala Stella preocupada.

– Hum, ok. O Don quer conversar comigo no sábado. Eu percebi que ele recebeu uma visita de uma mulher lá na delegacia e só ontem ele me contou que era a irmã dele, Samantha. Ela chamou a atenção dele pelo que entendi. – diz Ellie.

– Que bom. Samantha. Ela pode ser extrovertida e um pouco maluca ás vezes, mas é uma boa pessoa. O Don pega no pé sempre que pode. – diz Stella sorrindo.

– Hum, eu quero conhecer ela. Irmãos. A Angie também pegava no meu e eu no dela. – diz Ellie sorrindo.

– Depois que conversar com Don e se tudo der certo você pede pra ele. Creio que a Samantha também quer te conhecer. – fala Stella.

– Vamos ver. Estou ansiosa por essa conversa. – diz Ellie.

– Percebi. Você está mais alegre. – diz Stella sorrindo.

– Estou mesmo. Deixe-me ir antes que o Don dá um chilique. – fala Ellie.

– Boa sorte no sábado. Vai lá. – fala Stella.

Stella e Ellie deixam a sala. Ellie então segue até Don e eles partem. Assim que chegam ao endereço da casa do casal eles dão de cara com uma mansão tão grande quanto as outras. Don e Ellie então descem do carro e se aproximam do portão, Don toca a campainha e um homem aparece.

– Pois não? – pergunta o homem.

– Sou o detetive Flack e esta é a detetive Saridova estamos aqui para conversar sobre o Sr. Peter Chamberlan e sua esposa Marisa Goldeny Chamberlan com os filhos deles. – diz Don seriamente.

– E o que seria? Eles estão ocupados. – fala o homem rudemente.

– Aconteceu algo com o Sr. Peter e a Sra. Marisa por isso precisamos conversar com eles. – fala Ellie irritada.

– Está bem. Entrem e me sigam. – fala o homem.

Ellie e Don então adentram a mansão e seguem o homem até uma sala.

– Esperem aqui vou chamar eles. – fala o homem.

Pouco depois o homem retorna seguido de quatro pessoas.

– Sou Madalena e este é meu marido Fabiano. Aqueles são meu irmão, Bruno e sua esposa Júlia. Disseram que vocês queriam falar conosco. – diz Madalena apreensiva.

– Prazer. Sim, queremos. Estamos aqui porque aconteceu algo com seus pais Madalena, Bruno. – diz Don.

– E o que seria? Estamos aqui esperando que eles voltem do passeio, mas até agora nada. Os netos e a neta deles estão esperando ansiosos para vê-los. – fala Madalena apreensiva.

– Sinto em dizer, mas isso não será possível. Ontem recebemos uma ligação para irmos até um beco, chegando lá encontramos a mesma cena que já presenciamos antes. Só que dessa vez de acordo com as digitais dos corpos elas pertencem a seus pais Madalena, Bruno. Não viemos antes porque não sabíamos. – fala Ellie tristemente.

– Não pode ser. Eles estavam tão bem. Até estavam pensando em voltarem a viver juntos, como um casal. – diz Bruno soluçando.

– É verdade. Mas, quem pode fazer algo assim com pessoas tão boas? – fala Madalena soluçando.

– Bem, não sabemos quem, mas as pistas estão ficando cada vez mais “boas”. Provavelmente, logo, logo saberemos quem é o assassino. Como? Eles estavam separados? – diz Ellie confusa.

– Tomara. Eles começaram a achar um traía o outro com alguém e por isso decidiram viver em quartos separados. Só que de uma hora pra outra eles mudaram de opinião. Não sabemos se essa informação é verdadeira, mas se quiserem mexer nas coisas deles para tentarem descobrir podem ficar a vontade. – diz Bruno.

– Hum, interessante saber disso. Eu vou mandar uma equipe aqui pra tentarmos descobrir algo. – diz Don.

– Se quiserem ir ao necrotério fazer a retirada deles... – diz Ellie.

– Nós iremos sim. Obrigado por nos avisarem mesmo sendo uma tragédia desse jeito. – diz Madalena tristemente.

– Espero que consigam pegar quem foi o assassino que fez com nossos pais, eles não mereceram isso. – fala Bruno com raiva.

– Faremos todo o possível para pegá-lo. – fala Ellie.

Don e Ellie então deixam a casa. Don aproveita para telefonar para Mac falando de ele e os outros fazerem uma visita à casa do casal. Enquanto Don telefonava Ellie recebe um telefonema, era da clínica dizendo que o exame dela ficara pronto antes do dia e perguntando se ela podia ir buscar.

– Podemos ir? – pergunta Don para Ellie.

– Eu vou ter que ir buscar meu exame lá na clínica, ele ficou pronto antes do dia o que é uma boa coisa. – fala Ellie.

– Ok, eu te levo. – fala Don entrando no carro.

– Está bem. – fala Ellie confusa.

Pouco depois Don e Ellie chegam à clínica. Ellie então desce do carro e vai até a secretária.

– Pois não? – pergunta a secretária.

– Recebi uma ligação daqui que dizia que o meu exame já estava pronto. – fala Ellie.

– Hum, e qual o seu nome? – pergunta a secretária.

– É Ellie Saridova. – diz Ellie.

– Ah sim, espera só um segundo. – diz a secretária indo pegar o exame.

– Ok. – fala Ellie.

– Aqui está. Obrigado por nos escolher. Espero que tudo de certo pra você. – diz a secretária sorrindo.

– Eu que agradeço. Também espero. Obrigada mesmo. – fala Ellie.

Ellie então deixa a clínica e fica encarando o envelope, a ansiedade de abri-lo é grande, mas ela sabe que não pode. Ellie então entra no carro e guarda o envelope na bolsa. Enquanto Don dirigia até a delegacia Ellie liga para a médica que marca um retorno no sábado de manhã. Agora era só Ellie esperar para saber o resultado.