Houve Uma Vez Uma Primavera escrita por Aline Carneiro


Capítulo 6
Capítulo 5 - Poção em dois estágios


Notas iniciais do capítulo

A preparação da poção "Amortentia" jamais foi descrita por JK Rowling.



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O frasco com a poção devia pesar mais ou menos vinte gramas, mas James sentia o peso de meia tonelada ao carregá-lo. Conforme ia avançando pelas escadas e corredores, ia imaginando como era cretino usar uma poção de amor em Lilly. "Eu não tenho escolha" – repetia mentalmente – "eu não quero ser obrigado a nunca mais vê-la, não posso ser obrigado a esquecer que ela existe, isso não está certo".
Quando estava a uma distância segura da sala de Slughorn decidiu parar e examinar o frasco. Sacudiu um instante o frasco, a poção era viscosa como mel. Mirou aquele líquido desconfiado e tirou a tampa hesitante. Aproximou-o do nariz e sentiu-se repentinamente maravilhado... que cheiro bom... parecia... um cheiro meio herbáceo, meio de lavanda. Repentinamente reconheceu aquele como o cheiro de solução desinfetante Dr. Fibbs. Lilly estava sempre esfregando aquilo nas mãos quando saíam das aulas de poções, para tirar o que ela dizia ser "cheiro de caldeirão fedorento".
Ele parou e pensou que apesar de terem tido uma aula teórica sobre aquela poção, Slughorn jamais os ensinara a faze-la ou torná-la específica para fazer alguém se apaixonar através dela. Claro, numa turma cheia de adolescentes isso era no minimo prudente, o que o fez, novamente, se sentir idiota por recorrer a tão ridículo expediente. Mas não podia perder Lilly, simplesmente não podia, então valia tudo. Como não queria chamar a atenção de Sirius para o fato de ter saído tão cedo da detenção, e como precisava descobrir como usar a poção, fugiu para a Biblioteca.
Quando chegou lá, encarou Madame Pince, a bibliotecária, que parecia completamente surpresa com a sua presença. Nem ele nem Sirius eram assíduos frequentadores da biblioteca, que para sua alegria estava quase vazia naquele fim de domingo. A mulher perguntou imediatamente:
– O que você está aprontando, menino?
– Por que as pessoas sempre esperam o pior de mim?
– Nunca o vi aqui com propósitos sérios. E ainda não esqueci quando você colou o traseiro daquele rapaz da Sonserina... Lestrange, acho, na cadeira.
– Nunca ficou provado que fui eu!
A mulher só o olhou por cima dos óculos e disse:
– Que livro?
– Poções avançadas.
– Poções?
– Acabei de vir da detenção com o professor Slughorn e tenho uma tonelada de resumo sobre poções complexas como complemento... ele precisou ir para Londres.
Madame Pince sabia que Slughorn fora para Londres, e acabou engolindo a história dele. Logo ele estava sentado diante de um livro com pelo menos 1500 páginas sobre as mais complicadas poções. Para disfarçar, antes de começar a copiar o que lhe interessava, ele folheou o livro e logo estava interessadíssimo em poções com os mais diversos efeitos. Adorou particularmente a poção de Zurra-burro, que fazia a vítima trocar a fala por zurros e relinchos. Imaginou como seria genial pingar algumas gotas disso no suco de abóbora da Sonserina. Antes que se distraísse pensando em peças para pregar, procurou por "amortentia" no índice remissivo e achou, para seu constrangimento, na dita "seção feminina" do livro.
A seção feminina era repleta de poções estúpidas para branquear roupas, clarear caldeirões e outras coisas que ele achava injusto serem associadas necessariamente ao sexo feminino. "Evans é fera em todo tipo de poções" – ele pensou – "e jamais ia se restringir a ficar clareando caldeirões e encantando queijos. Esse livro deve ser pelo menos do tempo da minha avó...". Finalmente, na página 556, após a poção de alisar e a poção de cachear cabelos, começava uma seção inteira de poções de amor. A última e a mais recomendada era justamente a amortentia.
"Dificílima de fazer e muito fácil de administrar, a amortentia é a poção de amor em dois estágios, eficiente e de efeito mais duradouro se não for aplicado o antídoto. A poção suprime completamente a razão quando o assunto é o objeto de paixão, quando aplicada em doses pequenas, pode parecer uma paixão natural, em doses maciças provoca paixão cega e adoração irracional" Quanto mais lia sobre a poção, mais constrangido consigo mesmo James se sentia. Não era justo fazer aquilo com Lilly. Ele prometeu a si mesmo que não daria a ela uma dose pequena, só para ela desistir daquela idéia maluca de feitiço de mútua exclusão.
Mais adiante, achou o que queria:, a explicação do que era uma poção em dois estágios e as instruções para preparação do primeiro estágio "No primeiro estágio, a poção funciona como um indutor de felicidade. Aspirada faz recordar os aromas favoritos e bebida traz à memória a imagem da pessoa amada. Um bom teste para saber se a poção foi bem estabilizada é cheirá-la e experimerimentar uma pequena gota. Se o cheiro parecer ruim e o gosto trouxer lembranças ruins, cuidado: é sinal inconfndível de poção mal estabilizada que pode provocar um horror irreversível contra a pessoa". Opa, ele não queria saber de horror irreversível. Mesmo lembrando que o cheiro era agradavel, pegou o frasco e disfarçadamente pousou uma gotícula sobre a língua.
O efeito foi imediato. James sentia-se praticamente levitando, imaginando em seu devaneio mergulhava o rosto nos cabelos vermelhos de Lilly, abraçando o seu corpo, eles estavam voando na vassoura dele, ela atravessada à sua frente, o que não o impedia de controlar magistralmente a vassoura...
– Meu filho, o que você está fazendo? – a voz de Madame Pince o despertou do devaneio. Ele estava estirado sobre o banco da biblioteca, abraçado a um espanador de pó que provavelmente catara em seu devaneio ao lado da estante mais próxima. Constrangido, ele ergueu-se de um pulo e disse:
– Err... eu acho que peguei no sono e sou sonâmbulo...
A sorte dele era que a biblioteca, àquela altura, estava praticamente vazia. Pelo menos agora ele sabia que a poção estava estável. Com pressa e vergonha, ele copiou a instrução para o segundo estágio da poção, que por acaso era muito fácil. "Após a estabilização, a poção ser posta num caldeirão de prata nº0, aquecida em fogo baixíssimo por 5 minutos e, então, a própria pessoa que deseja tornar-se irresistivel deve acrescentar algumas gotas de mel puro à preparação antes de girar uma vez no sentido horário e duas no anti-horário. Apague o fogo e deixe esfriar completamente antes de despejar sobre uma bebida doce ou sobre bombons. Funciona melhor com bombons de recheio licoroso."
James ficou imaginando por quase um minuto como faria aquilo. Então lembrou que a sala de aula de poções devia estar deserta àquela hora e que os elfos da cozinha facilmente dariam e ele o mel e os bombons. Entregou o livro para a bibliotecária e disparou pelo corredor, pensando que tinha que correr muito antes que os amigos desconfiassem da sua ausência prolongada.
Meia hora depois, após conseguir três bombons e algum mel na cozinha, ele se esgueirava pelo corredor das masmorras, evitando cruzar com qualquer aluno da Sonserina. Pensou que se não precisasse evitar Sirius, Peter e Remus poderia fazer isso confortavelmente escondido dos curiosos com sua capa de invisibilidade, que ficara no seu dormitório "quem manda não andar sempre com ela" pensou.
Quando finalmente entrou na sala, trancou a porta correndo para terminar a preparação numa bancada qualquer, catou um pequeno caldeirão de prata no armário e acendeu um bico de chama tão rápido que quase chamuscou os cabelos. Ao mesmo tempo que sentia-se tremendamente envergonhado, ele achava engraçado estar fazendo aquilo tudo, já imaginando como ia ser divertido ter Lilly Evans no seu pé por uns dias. Ela ia ter uma lição.
Embora não tivesse paciência nenhuma com poções, e várias vezes tivesse acabado derretendo caldeirões por não prestar atenção em todas as etapas do processo, James finalizou a poção sem problema. Arriscou uma cheiradinha no fio de fumaça que saía do caldeirão minúsculo de prata e surpreendeu-se ao ver que agora a poção cheirava exatamente como sua veste suada de Quadribol. Sorriu satisfeito. Cerca de quinze minutos depois, ele acabava de passar o último de três bombons na poção, usando até a última gota quando ouviu um barulho do lado de fora e se assustou.
– Está trancada – ele percebeu a voz de Snape. Rapidamente, escondeu o caldeirão e os bombons sob a bancada e correu para o canto mais escuro do fundo da sala.
– Que droga – respondeu a voz de Regulus. Eu tenho certeza que essa porta estava aberta meia hora atrás.
– Não importa. Alohomorra! – A voz de Snape pronunciou o feitiço e ao mesmo tempo James se encolheu mais sob a última bancada da sala bem a tempo de evitar que os dois o vissem. Agora só podia ouvi-los e ver seus pés mais adiante. Aquela não era uma dupla de coleguinhas, e ele achou muito estranho que o irmão de Sirius estivesse procurando um lugar reservado para falar justamente com Snape. Aquilo cheirava tremendamente a conspiração.
– Nossa, que cheiro estranho– disse o garoto.
– É mesmo – retrucou Snape.– parece que algum panaca esqueceu uma roupa suada por aqui – ele olhou sob a primeira bancada e James se encolheu mais, ao sentir a movimentação do rapaz enquanto ele vasculhava a primeira fileira da sala. Rezou para que ele não chegasse na segunda fila, onde preparara e escondera os bombons e o caldeirão ou tentasse revistar a sala toda, chegando até ele. Regulus interrompeu a busca de Snape e ele suspirou aliviado.
– Não perca tempo com isso. Minha prima me deu ontem uma missão importante.
James imediatamente sentiu-se tenso. Aquilo não podia ser bom.
– Eu imaginei que ela não viria aqui à toa... – respondeu Snape – Alguma notícia sobre algum tipo de iniciação para nós?
– Ainda não. Mas é algo que interessa a você... e aos outros. Conhece Abraxas Malfoy?
– O pai de Lucio Malfoy?
– Ele mesmo. Sabe que ele faz parte do conselho da escola, certo?
– Sim, sei.
– Bem, ele está tentando forçar o conselho a aceitar uma portaria... que obrigue o diretor a voltar a exigir registro público obrigatório da origem semi-humana tanto de alunos quanto de professores e funcionários que Dumbledore aboliu há alguns anos . Por isso o velho pediu para hoje em Londres, uma reunião emergencial do conselho com a presença Dumbledore e dos chefes das casas. Minha prima me avisou há pouco pela rede do flu que a reunião acabou ainda agora sem uma solução favorável porque ninguém provou que a escola corre riscos de ataques de criaturas. Por isso precisamos de você.
– De mim?
– Você não foi quase atacado por um Lobisomem?
– Como você sabe disso?
– Lestrange contou para minha prima...
– Ah, ótimo - replicou Snape num tom que não achava nada ótimo. James achou que era bem provável que ele tivesse confidenciado aquilo a um dos gêmeos Lestrange e Muciber, afinal, eles agora andavam bem próximos.
– Sim... Dumbledore e McGonnagal conseguiram encobrir esse episódio muito bem – ninguém do conselho sabe o que te aconteceu, aliás eles nem sabem quem é o lobisomem: Dumbledore insiste que tem controle da criatura, que ele não oferece perigo. O velho Malfoy quer provar que é perigoso recebermos mestiços como aquele sujeito aqui sem que essa informação seja pública, ele quer mostrar que essa coisa de direito à privacidade é coisa de trouxas... mas como Lucio já é formado há dois anos, então ele não tem como provar que soube do incidente no ano passado sem revelar que tem espiões aqui dentro... ele está usando como argumento que soube de alguns rumores, mas ele não pode revelar que foi através de nós, você entende?
– Entendo.
– No próximo sábado vai haver uma inspeção do conselho que ele convocou, antes da visita dos alunos a Hogsmeade. Se você procurar os inspetores e testemunhar que quase foi atacado pelo lobisomem, conseguiremos que Dumbledore seja obrigado a revelar publicamente a origem tanto dele quanto daquele meio-gigante idiota e outros inúteis... o Filch, por exemplo, é um aborto. Imagine que se a escola puder se livrar dessa escória, o proximo passo natural é ir atrás de quem é nascido trouxa, como o nosso mestre quer que seja feito no ministério.
Houve um silêncio momentâneo. Do seu lugar, James imaginava o que se passava na cabeça do Ranhoso. Mesmo tendo sido vítima da própria cretinice, ele podia revelar ao mundo a condição de Remus, deixando o rapaz em apuros terríveis.
– Mas eu prometi a Dumbledore que não contaria a ninguém...
– Você pode usar isso contra ele. Diga que ele o forçou.
– Mas eu ia ser expulso e fui perdoado por Dumbledore. Fui eu quem fui atrás do lobisomem, não o contrário. E aquele cretino do Potter ainda me alcançou antes que me acontecesse qualquer coisa, não sei como.
– A quem você é leal, Severus? – a voz de garoto de Regulus exibia um discurso tão bem ensaiado, que chegava a chocar James. – Dumbledore é amigo de trouxas, por ele essa escola aceita qualquer um... veja aquela sangue-ruim da sua turma...
– Deixe Lilly fora disso.
– Ela pode ser sua quando tudo acabar e os nascidos trouxas forem nossos escravos...
Aquilo enfureceu de tal forma James que ele não se conteve mais, levantou de onde estava e apontou direto para Regulus, sem hesitar:
– Estupefaça! – o garoto caiu estuporado, para espanto de Snape, que encarou James assustado.
Logo, a expressão no rosto do rapaz passou de espantado a sarcástico e ele debochou:
– Deu para escutar conversas escondido, Potter?
– Não importa como eu escutei, mas o que eu escutei, Ranhoso. Sua turminha veio cobrar lealdade? Vai esquecer que Dumbledore salvou seu traseiro de ser expulso de Hogwarts e eu salvei sua pele?
– Isso não te interessa.
– Até onde eu sei, isso interessa mais a mim que a você, afinal, envolve um dos meus melhores amigos e a garota que eu vou namorar.
– Como se ela quisesse namorar você – debochou Snape.
– Acha que ela preferiria você? – retrucou James. Snape ficou lívido de raiva.
– Não sei o que você você veio fazer aqui, Potter, mas saiba que isso vai te custar muito caro, cedo ou tarde. Acha que eu vou ignorar o fato que você se trancou numa sala fora do horário de aula? Eu sou monitor.
– Então vai ter grande dificuldade em explicar porque estava numa sala conspirando com um aluno do quinto ano, não acha?
– Vamos fazer o seguinte... – Snape tinha uma expressão má. – eu e você saímos daqui, cada um para o seu lado... e decidimos o que vamos fazer nos próximos dias. Fique longe de Lilly e eu não faço o que Regulus me pediu... é uma troca justa.
James sentiu mais ódio que nunca de Snape. Chantagem combinava muito com um candidato a comensal da morte.
– Se você fizer qualquer movimento, qualquer um, indicando que vai denunciar Remus, Snape, eu juro que acabo com a tua raça.
– Tem mais uma coisa. Eu conheço a sua capacidade de se juntar com aqueles três escroques para se safar de tudo. Nos próximos seis dias não conte a eles nada sobre essa conversa... suma de perto deles, se eu ver os três de papo, vou acreditar que você contou... e já sabe qual o fim da história.
James sabia que, por pior que parecesse a situação, estava nas mãos de Snape. Agora tinha que tomar uma decisão: renunciar a tudo que gostava ou ver um dos seus grandes amigos ter sua condição revelada para toda escola, o que provavelmente acabaria com Remus deixando a escola. Depois de pouco tempo pensando, ele disse:
– Eu topo, Ranhoso. Deixe Remus em paz. Ignore a presença dos inspetores. Dê uma desculpa para seus colegas, mantenha a palavra que deu a Dumbledore e eu deixo Lilly em paz. Aliás, vou andar sozinho. Quieto. Mas se eu perceber que você vai trair o pacto, juro que na próxima lua cheia eu mesmo te entrego ao Remus. Com uma maçã na boca.
Snape sorriu satisfeito enquanto via James passar por ele, rumo à saída da sala. James pensou que tinha de pegar os bombons sob a bancada, mas achou melhor não dar mais munição para o outro, que aquela altura aplicava um feitiço de memória em Regulus, para que ele esquecesse a conversa com a prima e parasse de cobrar de Snape uma posição sobre o assunto. Quando Regulus, com uma expressão aérea no rosto, saiu na direção oposta Snape ainda disse:
– Lembre-se: longe dela.
– Como se isso fosse aproximá-la de você... – James virou as costas deixando novamente um Snape lívido de raiva atrás de si.
Enquanto ia andando pelos corredores, ia sentindo o peso de tudo que acontecera. Repentinamente, o problema de fazer uma poção para evitar que Lilly quisesse o feitiço de mútua exclusão parecia ridículo. A ameaça de ver Remus, Hagrid e outros expostos era algo muito mais sério. E como ele iria se afastar dos amigos, com quem convivia todo dia, como esconderia deles aquilo que acabara de acontecer? A inspeção aconteceria dali a seis dias. Ironicamente, os seis dias restantes da aposta que fizera com Sirius, que agora parecia a coisa mais pueril que fizera na vida. Sentindo o peso do mundo em suas costas, James subiu à torre da Grifinória. Quando passou pelo buraco do retrato, Remus, Sirius e Peter o receberam alegremente e ele sentiu o coração afundando no peito.
– Demorou, foi boa a detenção com o velho Slug? – perguntou Sirius efusivamente. – São mais de dez da noite, quatro horas é uma detenção record!
James encarou o amigo, sem conseguir retribuir o sorriso, e disse:
– Desculpem, caras, mas estou com uma tremenda dor de cabeça...
Sem mais nem uma palavra, subiu para o dormitório, deixando os colegas perplexos no salão comunal.


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Notas finais do capítulo

Pode parecer meio idiota o James tentando se convencer que dar uma poção de amor para Lily é uma ótima ideia, mas afinal, essa é uma história sobre como ele passa de idiota arrogante a cara legal. Continuem lendo e vai fazer sentido mais adiante...



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