Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 2
Aelor, o incrivel batedor


Notas iniciais do capítulo

Depois que acabei o capitulo percebi que tinha esquecido de contar um monte de coisas a respeito da personagem. Creio que não vou contar tudo agora, se não perde a graça. RIARIA



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Aelor ainda sorrindo estendeu o braço em cumprimento para Monserrat, que já tinha visto o pai fazendo aquilo com outros cavaleiros juramentados da relíquia estendeu o seu braço também e agarrou o ante-braço do estranho, que por sua vez fez a mesma coisa com um sorriso maior ainda. - E vejamos se não temos uma espertinha aqui. Essa não é daquelas donzelas que quer ter sua mão beijada. - O clima ficou ameno com as gargalhadas de todos, mas Monserrat se envergonhou do que fez.

– Vamos jovenzinha, não tem problema!

– O senhor é muito alto, Sir Aelor!

Foi aparente que o homem se sentiu elogiado, pois sorriu mais ainda. Era certo que para uma garota de 10 anos como Monserrat qualquer um era muito alto, mas o homem era uma cabeça mais alta que seu pai, que por sua vez era uma cabeça mais alta do que seu próprio cavalo.

– Tem um rosto bonito jovenzinha! Seus olhos castanhos claros são tão inocentes e seu cabelo prateado tem seu charme.

Apenas naquele momento Monserrat se deu conta de que aquele homem poderia ser seu primeiro pretendente e se arrepiou de imaginar isso. Apesar de alto e de sua constituição forte ele não era dos mais atraentes, muito pelo contrário, diga-se de passagem,. Será que seu pai faria aquilo com ela logo agora que iria se afastar para a guerra? São duas facadas ao mesmo tempo, Monserrat sentiu seu coração apertar, mas como que se lesse seus pensamentos seu pai finalmente interferiu.

– Vamos, Monserrat. O homem não está aqui para casar com você. Você só tem dez anos e esse cavaleiro, além de não ter terras é feio que nem todas as criaturas de Sodovar. Nunca enfrentei um Dracolich com tamanha feiura. - Novamente todos começaram a rir. - Não, minha pérola. Este homem será seu tutor junto com sua mãe.

Visivelmente Monserrat se mostrava confusa e um pouco triste. O que queria dizer seu pai trazer este homem para ser seu tutor quando ele mesmo poderia o ser quando voltasse da guerra?

– Eu sei que você está confusa agora, meu amor. Logo logo você verá e depois disso ainda você Ainda estranha Monserrat se sentou em seu lugar ao lado direito de seu pai e prestou atenção em tudo que era dito entre os adultos. Sua mãe, Ollyne lhe ensinou que é feio se intrometer no assunto dos adultos. Não que ela quisesse. O assunto dos adultos era sempre tão chato. Mas aquele era divertido de se ouvir. Eram planos de guerra.

Ela também queria fingir que andava em um belo cavalo negro, que se aventurava por entre as montanhas e grutas de Beilerivhov, que caçava trasgos, montrasgos, gigantes e dragões. Era tão forte quanto qualquer um dos meninos, talvez fosse por isso que eles não a deixavam brincar. Tinham medo de sua força, não havia outra explicação.

Restava a Monserrat brincar sozinha de ser cavaleiro, ser uma grande heroína que mata dragões e salva príncipes desarmados, porque um homem indefeso é intolerável, que juram seu amor com mil poemas para ela. Em sua cabeça ela inventava mil poemas e os recitava em voz altas, talvez para os tornarem mais reais:

Ó, minha pluma de prata, Despertai em mim o prazer, Que faz mil esmeraldas nascer, O brilho dos seus olhos querer, E os terei não importa o que faça.

Enquanto recitava seu poema Monserrat não percebeu que seu novo tutor, Aelor, a observava e quando se deu conta seu rosto enrubesceu.

– Sir Aelor! Não me dava conta que já estava me vigiando.

– Pare com esse papo de Sir, jovenzinha! Eu sou um amigo de Sir Roswell, mas não tenho títulos nem terras! Sou apenas um batedor de fronteiras. Sabe o que faço jovenzinha?

Aquele sorriso e sobrancelhas levantadas poderia significar que talvez aquela fosse a primeira lição, ou só um teste pra ver o quão ignorante Monserrat era. Mas Monserrat não era ignorante.

– Senhor Aelor, um batedor é aquele que é enviado na frente do resto dos outros cavaleiros para averiguar os perigos a frente no trajeto em que estão seguindo. Se não há ladrões, animais selvagens ou pontes danificadas. Coisas do tipo. Existem também batedores domésticos que fazem isso pra senhores quando esses vão visitar outros reinos ou relíquias. E agradeceria muito se o senhor parasse de me chamar de jovenzinha. Meu nome é Monserrat!

Aelor ergueu as sobrancelhas e deu uma grande gargalhada. Nessa hora Monserrat percebeu que Aelor tinha uma grande marca no pescoço como que um feito por uma espada. Perguntaria sobre isso mais tarde.

– Senhor é muito pior que Sir! Além de feio sou velho também? Não senhorita. Me chame de Aelor. Já falei que não tenho terras para esse papo de senhor. E já que insiste, não vou mais te chamar de jovenzinha. Mas também não vou chamá-la de Monserrat. Isso me lembra a monsenhor e isso me faz lembrar de coisas que preferia não lembrar. Chamarei você de Fjedsøll! Sabe o que significa isso, pequenina? - O sorriso voltou ao rosto de Aelor ao perceber que Monserrat corará de novo.

– Pluma de prata, senhor!

Aelor quase caiu de onde estava sentado. Mas se recuperou rapidamente. A estava olhando com um interesse genuíno.

– Você tem uma constituição forte, Ela estava com um pouco de inveja da espada larga de Aelor. Após um tempo de conversa ele lhe confessara que ela se chamava Bastarda das Torres, porque foi ganha na guerra que tornou Botöblun parte do reino de Beilerivhov. Botöblun é a primeira relíquia justamente por ter sido a primeira a cair, o por isso, com exércitos tão iguais foi a luta mais intensa e sangrenta. A Bastarda das Torres era a espada do rei que lá vivia antes da conquista, com sua queda um dos generais do então rei de Beilerivhov reivindicou o reino por essa espada e foi aceito por sua bravura no campo de combate. Era uma espada bonita. Devia ter quase um metro e dez de altura, já que era quase do tamanho de Monserrat e passava do seu pescoço. O botão era uma linda flor do campo e a empunhadura era pequena, o que pelos conhecimentos que sua mãe lhe ensinou significava uma espada legitima. Aelor ficou feliz em ouvir isso e assobiou uma canção feliz. Quando terminou Monserrat ainda brincava de cavaleiro, mas chamou sua atenção com uma pergunta.

– Fjedsøll, onde há por aqui um campo de treinamento? Está na hora de fazer a sua iniciação!


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Notas finais do capítulo

Altas revelations no próximo capitulo. Hehe.