Crônicas Do Olimpo - A Maldição Do Titã escrita por Laís Bohrer


Capítulo 1
O Pior Baile de Todos os Tempos


Notas iniciais do capítulo

Galera, eu ia postar ontem, mas ontem foi meu aniversário e sabem como é neh... Enfim, aqui estou eu com mais uma temporada!



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Para Diego

Juntos suportaremos a Maldição.



Chuva e Neve castigavam a rodovia. Argos nos guiava de carro até nossa próxima missão. Eu, Jake e Thalia nos inquietávamos no banco de trás, ansiosos. Eram oito horas de carro de Nova York até Bar Harbor, Maine. Não trocamos uma palavra durante todo o percurso, em meio à tempestade e à ideia do que estávamos prestes a fazer nos sentíamos nervosos demais para conversar muito.

Já estava escurecendo quando chegamos ao colégio interno, Westover Hall. Nosso Próximo campo de batalha. Olhei pela janela imaginando que tipo de monstro habitava aquele lugar.

Thalia, a Filha de Zeus. Limpou a janela do carro com a manga do casaco e disse:

– Ah, é... Isso vai ser interessante.

– Sempre. - comentei.

A Relação entre mim e Thalia não era próxima, eu não sabia o que pensar dela, mas eu devo irrita-la a maioria das vezes. Jake não demonstra expressão, mesmo se tivesse medo dela, ele não diria e nem demonstraria, sabem como os filhos de Ares podem ser teimosos... Mas Jake e Thalia pareciam competir para ver quem era o melhor, e eu e Thalia... Bem, ai é outra história.

– Vamos. - disse Jake e percebi que estávamos passados cinco minutos e ainda não nos mexíamos no carro.

Thalia abriu a porta do carro.

– Obrigada, Argos. - falei.

Argos fez um sinal com a mão de "espere", entendi imediatamente.

– Ah, não. Não precisa. Não sabemos quanto tempo vamos demorar, mas... Damos um jeito depois. - falei saindo do carro.

Enquanto Argos se dirigia de volta ao acampamento meio-sangue, eu e meus amigos nos colocávamos lado a lado de frente para o colégio militar. Parecia um tipo de castelo do mal, Era toda de pedras pretas, com torres e janelas em fenda, e um grande conjunto de portas duplas de madeira. Ficava sobre um penhasco nevado que dava para uma grande floresta gelada de um lado e o oceano cinzento e turbulento do outro.

Deu um passo em direção ao cover do palácio de Hades, Thalia e Jake me seguiram.

Thalia olhou para o castelo e estremeceu.

– O que será que seu amigo bode encontrou aqui que o fez mandar o S.O.S.? - perguntou-me Thalia.

Ergui os olhos para as torres escuras de Westover Hall.

– Nada de bom, acho. - respondi. - Mas, se entrarmos e as portas se fecharem sozinhas podemos ter certeza.

– Isso não faz sentido. - disse Jake.

– Faz sim, nos filmes de terror funciona assim... - dei de ombros. - Algo ruim sempre acontece quando as portas fecham sozinhas.

– Algo me diz que esta com medo, peixinha. - disse Thalia.

Estremeci, esse apelido quem me dera havia sido Clarice La Rue, a filha de Ares. Eu já me acostumara com ela me chamando assim, mas Thalia não poderia ser mais original, não?

Não respondi, por mais que quisesse. Eu não gosto muito de admitir meu medo, mas não gostaria de Thalia como inimiga, e quem gostaria?

As portas de carvalho se abriram rangendo, e nós três entramos no saguão em um turbilhão de neve. Tudo o que pude dizer foi:

– Nossa...

O lugar era imenso. As paredes eram forradas de estandartes de batalha e armas em exposição: rifles antigos, machados de guerra e um monte de outras coisas. Quer dizer, eu sabia que Westover era uma escola militar e tudo, mas o exagero da decoração era massacrante. Literalmente.

Minha mão foi para o bolso onde eu guardava minha caneta esferográfica letal, Anaklusmos. Não pela decoração, mas eu podia sentir na pele que tinha algo errado naquele lugar. Thalia estava esfregando seu bracelete prateado, seu item mágico favorito. Percebi que pensávamos na mesma coisa. Havia uma luta pela frente.

– Queria saber onde... - começou Jake.

As portas se fecharam violentamente atrás de nós interrompendo sua fala, e me fazendo dar um pulo.

– Ops... - falei. - Viu! Eu disse.

Pude ouvir música ecoando do outro lado do saguão. Parecia dance music. Deixamos nossas sacolas de viagem atrás de um pilar e começamos a atravessar o saguão. Não tínhamos ido muito longe quando ouvi passos no piso de pedra, e um homem e uma mulher marcharam saindo das sombras para nos interceptar.

Ambos tinham cabelos grisalhos curtos e uniforme preto em estilo militar com debruns vermelhos. A mulher tinha um bigode ralo e o homem, a cara perfeitamente barbeada. Os dois caminhavam rigidamente, como se tivessem cabos de vassoura grudados com fita adesiva nas costas.

– E então? – perguntou a mulher. – O que estão fazendo aqui?

– Ah... É... - comecei, percebi que não tínhamos pensado naquela parte do plano...

Estava tão concentrada em chegar até Hansel e saber o que estava acontecendo de anormal que não levara em consideração que alguém poderia perguntar por que três crianças estavam penetravam para dentro de uma escola no meio da noite. Não tínhamos conversado no carro sobre como faríamos para entrar.

Eu disse:

– Senhora, é que...

– Ah! – Disparou o homem, o que me fez dar um pulo. – Não são permitidos visitantes no baile. Vocês vão ser expulsos!

Ele tinha um sotaque – francês, talvez. Pronunciava o x como pixel. Era alto, com cara de águia. Suas narinas se dilatavam quando ele falava, o que tornava difícil não olhar para o nariz dele, e os olhos tinham duas cores diferentes – um era castanho, e o outro, azul – como os de um gato de rua.

Imaginei se era natural ou se ele perdera uma das lentes de contato em algum lugar. Calculei o tempo que tínhamos antes de sermos despachados para a neve.

Então foi ai que Thalia entrou em ação. Ela deu um passo à frente e fez algo muito estranho. Ela estalou os dedos. O som foi nítido e forte ecoando entre as paredes. Talvez fosse apenas minha imaginação, mas senti uma lufada de vento se propagando da mão dela pelo saguão. O vento passou por cima de todos nós e fez tremular os estandartes nas paredes. As Luzes piscaram duas vezes e tudo voltou ao normal.

– Mas, senhor. - começou ela. - Não somos visitantes! Lembra de nos? Somos estudantes, eu sou Thalia Grace, esses são Jake Turner e Megan... Megan... Fox?

– Megan Fox?! - sussurrei para ela que deu um pisão no meu pé, do tipo "Cala a Boca!".

O professor estreitou os olhos de duas cores. Eu não sabia o que Thalia estava pensando. Agora provavelmente seríamos castigados por mentir e também atirados na neve. Mas o homem pareceu hesitar um instante.

Ele olhou para sua colega.

– Senhorita Tengiz, conhece estes alunos?

Mesmo naquela situação eu tive que me segurar muito para não rir, ele só podia estar de sacanagem comigo não é? Uma professora chamada Tem Giz? A mulher piscou, como alguém que acabava de despertar de um transe.

– Ah, sim, me recordo deles. - disse ela lentamente como se estivesse com alguma anestesia. - Senhor Turner, Senhorita Grace e... Senhorita Fox... O que estão fazendo aqui fora do salão de Baile?

Antes que pudéssemos responder, ouvi mais passos, e Hansel veio correndo, sem fôlego.

– Mééééégan! - ele baliu meu nome me erguendo do chão em um abraço de Bode. - Que bom que vocês conseguiram vir!

– O que quer dizer, Sr. Phelps? - perguntou o homem. - Estes alunos moram aqui.

Hansel engoliu seco.

– Ah... Claro, Dr. Espinheiro. - disse ele. - Claro que moram, Eu só queria dizer que estou muito contente porque eles conseguiram... chegar com o ponche para o baile! O ponche está uma delícia. E foram eles que fizeram!

O Dr. Espinheiro nos fulminou com o olhar. Ele parecia querer nos atirar de cima da torre mais alta do castelo, mas então a Srta. Tengiz disse, com ar sonhador:

– Sim, o ponche está excelente. Agora vão andando, todos vocês. E não saiam do ginásio de novo!

Não precisava repetir, batemos uma continência e seguimos Hansel até o ginásio. Pude sentir os olhos dos professores nas minhas costas, mas caminhei bem perto de Thalia e perguntei em voz baixa:

– Como você fez aquela coisa com os dedos? - perguntei.

Ela me olhou confusa.

– Quer dizer a névoa? Quiron não ensinou a você como fazer isso?

Um nó incômodo se formou na minha garganta. Quíron era nosso principal treinador no acampamento, mas ele nunca me mostrara nada como aquilo. Por que mostrara a Thalia e não a mim?

Admito que me senti deslocada, eu pensei em algo para responder quando Hansel nos apressou até uma porta onde estava escrito GINÁSIO no vidro. Mesmo com minha dislexia, consegui ler aquilo.

– Graças aos deuses... - disse ele. - Essa foi quase.

Foi bom vê-lo depois de tantos meses. Ele estava já mais alto que eu, o que fazia eu me sentir menor. alguns fios de barba haviam nascido, mas, fora isso, sua aparência era a mesma de sempre quando ele passava por ser humano – um boné vermelho sobre o cabelo castanho encaracolado para esconder os chifres de bode, jeans folgados com pés falsos para esconder as pernas peludas e os cascos. Usava uma camiseta preta cujos dizeres levei alguns segundos para ler.

Estava escrito: WESTOVER HALL: PRAÇA. Eu não sabia muito bem se aquilo era tipo o posto militar dele, ou quem sabe apenas o lema da escola. Um lema meio estranho...

– Mas então... - Jake interviu. - Qual é o problema?

Hansel soltou o folego.

– Encontrei mais dois.

– Dois semideuses? - perguntou Thalia. - Aqui?

Hansel assentiu.

Vou explicar tudo agora, Naquele ano, Quíron pusera os sátiros para trabalhar horas extras e os enviara aos quatro cantos do país observando os alunos da quarta à oitava séries dos colégios em busca de possíveis recrutas. Eram tempos difíceis. Estávamos perdendo campistas. Precisávamos de todos os novos lutadores que pudéssemos encontrar. O problema era que não havia muitos semideuses por aí.

– Um garoto e uma garota. Um deles tem dez e a outra tem doze, eles são Nico e Bianca Di Ângelo. Eles são fortes e são irmãos. - explicou o jegue. - Preciso de ajuda.

– Monstros? - perguntei.

– É... Ele suspeita. Não acredito que já saíba, mas é o último dia do ano letivo. Tenho certeza de que não vai ser fácil tirar-los daqui, toda vez que tento chegar perto deles, o monstro esta lá e eu estou em pânico!

Ele olhou desesperado para Thalia, tentei não me sentir enciumada com aquilo. Normalmente, Hansel olha para mim esperando respostas. Thalia tinha precedência. Não apenas porque o pai dela era Zeus. Thalia tinha mais experiência que qualquer um de nós em combater monstros no mundo real.

O que deixava a mim bem... Incomodada, e não duvido que deixe a Jake também.

– Estes meios-sangues estão no ginásio? - perguntou ela.

Hansel assentiu.

– Então... Vamos dançar. - disse ela. - Onde esta o monstro?

– Bem, vocês já conheceram ele. O vice-diretor, Dr. Espinheiro.

De repente senti uma dor na cabeça, levei a mão até a cabeça e lembrei que não sou o Harry Potter, mas estava doendo mesmo, como acontecia quando eu tinha uma lembrança chegando, mas daquela vez eu não via nada, apenas sentia a dor.

– Que tipo de monstro é ele? - perguntei.

– Ah... Não sei ainda. - disse Hansel.

– Ótimo. - falei abaixando a mão.

Tentei não demonstrar o que eu estava sentindo, mas Hansel e Jake que me conhecem a tanto tempo, sabem das coisas.

– Tudo bem com você? - perguntou Hansel.

– É... Eu to bem. - falei.

– É um outro flash? - perguntou Jake.

– Não... Não é nada, acho que é só fome mesmo. - falei tentando me livrar de tal situação.

– Anh... - gemeu Thalia meio confusa. - Bom, já que esta tudo certo... Vamos lá...

Havia balões pretos e vermelhos espalhados por todo o piso do ginásio, e os caras os chutavam um na cara do outro, ou tentavam estrangular uma ao outro com as correntes de papel crepom grudadas nas paredes. As meninas se moviam de lá para cá amontoadas como num jogo de futebol americano usando montes de maquiagem, blusas de alças finas, calças de cores berrantes e sapatos que pareciam instrumentos de tortura.

Volta e meia cercavam algum pobre coitado como um cardume de peixes, aos gritinhos e risadinhas, e quando finalmente se afastavam, o cara estava com fitas no cabelo e rabiscos de batom na cara inteira.

Alguns caras mais velhos pareciam pouco a vontade. unto às paredes do ginásio, tentando se esconder, como se a qualquer minuto fossem ter que lutar pelas suas vidas. O que era verdade... Pelo menos para mim.

– Ali estão eles. - apontou discretamente Hansel. - Os Irmãos Di Ângelo.

A menina usava um gorro verde frouxo, como se estivesse tentando esconder o rosto. O menino era, obviamente, seu irmão menor. Ambos tinham cabelo escuro e sedoso e pele morena, e usavam muito as mãos quando falavam. O menino estava embaralhando algum tipo de figurinhas. A irmã parecia ralhar com ele por alguma razão cujo não faço nem ideia. Ficava olhando em volta, como se sentisse que havia algo errado ali.

– E eles já sabem? - perguntou Jake.

– Não, como eu disse... - disse Hansel. - O Monstro não deixa eu me aproximar deles. E também tema quela coisa de quanto mais vocÊ sabe mais perigoso fica...

– Alias Hansel.. - comecei. - Qual é o cheiro de semideus?

– Não acho isso muito importante agora. - disse Thalia.

– Concordo. - disse Jake parecendo incomodado, como se estranhasse o fato de concordar com Thalia.

– Vamos apenas dar um logo um fora daqui. - falei dando um passo a frente, mas Thalia me deteve:

O vice-diretor, Dr. Espinheiro, se esgueirara por uma porta ao lado da arquibancada e estava perto dos irmãos Di Angelo. Ele acenou friamente com a cabeça em nossa direção. Seu olho azul parecia incandescente.

A julgar pela expressão dele, adivinhei que Espinheiro não se deixara enganar pelo truque de Thalia com a Névoa, afinal. Ele suspeitava de quem éramos. Estava apenas aguardando para ver por que estávamos ali.

Os monstros são assim, adoram brincar com a comida.

– Não olhe para os irmãos – ordenou Thalia. – Temos de esperar uma oportunidade de chegar até eles. Precisamos fingir que não estamos interessados neles.

– E como faremos isso?

– Bom... Somos três meio-sangues poderosos. Nossa presença deve confundir o monstro e deixa-lo confuso. Misturem-se. Ajam naturalmente. Dancem. Mas fiquem de olho naquelas crianças.

– Certo... - concordei. - Espera... Dançar?

Thalia fez que sim. Ela prestou atenção na música e fez uma careta.

– Quem escolheu Jesse McCartney?

Hansel parecia ofendido.

– Fui eu!

– Deuses! Isso é tão careta, você não tem um Breaking Benjamin, ou Green day... Qualquer coisa?

– O que?! - exclamou Hansel.

– Ah, esquece... Vamos dançar sátiro.

– Mas... Eu não sei dançar.

– Aprende então, eu conduzo. - Thalia puxou meu amigo para a pista de dança e eu só pude ver Hansel pedindo socorro.

Eu sorri.

– Vai lá garoto-jegue! - exclamei para ele.

Ele fez cara feia, me voltei para frente olhando ao redor e eu vi Jake. Suspirei.

– Agir naturalmente... - repeti. - Certo, acha estranho uma menina chamar um garoto para dançar?

– Por que? - perguntou Jake.

– Não sei. - admiti. - Eu não sei quem pedir, e se ninguém me pedir... Sei lá... é...

– Você é realmente muito cabeça de alga, hein.

E sem dizer mais nada ele pegou minha mão e me puxou na direção da pista. No último verão eu decidi ser uma campista anual, contudo eu e Jake passávamos mais tempo juntos, o que eu achava bom mesmo. O Filho de Ares fez eu segurar com as mãos nos seus ombros e ele segurou na minha cintura. De inicio me senti meio incomodada, mas depois foi até divertido pois eu dei uns pisões do pé dele, fiquei rosa, mas então ele pisou no meu pé, apesar de ter dito que foi "Sem querer", eu sabia que ele fizera aquilo para eu me sentir menos... Boba.

No fim eu e ele ficamos nos olhando o maior tempão, na mesma posição, não ia dar certo, quer dizer, eu nunca imaginei cena, mas para mim parecia piada.

– Ei! - ouvi Thalia Gritar, ela dançava lentamente com Hansel que parecia querer morrer. - Vocês vão ficar parados ai, ou vão dançar também? Parecem dois velhos.

Olhei para Jake de novo, ele parecia irritado com o comentário de Thalia então me disse:

– Você vai ficar me olhando ai ou vai fazer o que a Srta. Pinheiro disse? - perguntou ele.

– Eu... Nunca fiz isso antes. - admiti.

– Nem eu mas eu tenho uma ideia. - disse ele.

– Seu pé vai cair depois disso. - falei.

– Eu te ensino.

Ele pegou uma das minhas mãos. Arrastamos os pés de um lado para o outro durante alguns minutos. Tentei me concentrar em pequenas coisas, como as correntes de papel crepom e a tigela de ponche. Minhas mãos estavam suadas e eu estava nervosa, o que Hades estava acontecendo comigo?

– Então... - comecei. - É... Você tem contato com sua mãe?

Isso era uma coisa que já tínhamos conversado antes de eu perder a memória. A Mãe de Jake costumava ser uma mulher bêbada e irresponsável, mas há alguns dias ela tem tentado contatar Jake, que teimoso como sempre, não dava segunda chance.

– Bem, sabia... Eu tenho duas irmãs gêmeas e um padastro. - disse ele. - Minha mãe quer que eu vá para São francisco com ela... Ser um campista de verão.

– E qual o problema nisso?

– Meio-sangues não podem viver em São Francisco.

Eu não fazia ideia do que ele estava falando, mesmo assim, tentei não parecer uma idiota e concordei que era um absurdo. De repente eu gelei e parei de dançar, tropecei e quase que caio em cima de Jake se ele não tivesse me segurado.

– O que foi? - perguntou.

– Eles sumiram. - falei.

A arquibancada. As duas crianças meio-sangues, Bianca e Nico, não estavam mais lá. A porta ao lado da arquibancada estava totalmente aberta. O Dr. Espinheiro não estava em lugar nenhum.

– Isso é mal. - disse Jake. - Temos que achar Thalia e Hansel.

Ele correu por entre a multidão escapando das meninas evitando o tratamento de fitas e batom, mesmo assim, eu acabei soltando a mão de Jake e perdendo-o de vista. A dor aguda voltou a perturbar minha cabeça, Girei o corpo para procurar Jake em vez disso.

A cerca de quinze metros, caído no chão do ginásio, estava um gorro verde como o que Bianca di Ângelo usava. Perto dele, algumas figurinhas espalhadas. Então vi de relance o Dr. Espinheiro. Saía às pressas por uma porta do lado oposto do ginásio, levando as crianças di Angelo pelo cangote como se fossem gatinhos.

Lembrei do que Thalia dissera alguns minutos atrás: Quiron não ensinou a você? E Hansel e seu jeito de olhar para ela, eu não queria esperar que ela salvasse o dia, não quero ser mais uma... Nada contra Thalia, ela é legal.

Não era culpa dela se seu pai era Zeus e ela recebia toda a atenção... Mesmo assim, eu não precisava correr atrás dela para resolver todos os problemas. Além disso, não dava tempo. Os Di Ângelo estavam em perigo. Eles poderiam já estar desaparecidos há muito tempo quando eu conseguisse encontrar meus amigos. Eu conhecia monstros. Era capaz de lidar com aquilo sozinha.

Tirei Anaklusmos do bolso e corri para enfrentar o monstro.




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Notas finais do capítulo

*Breaking Benjamin é minha banda favorita.

* Musica da dança de Jake e Megan : Hurts - Illuminated



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