O Choro Das Ninfas escrita por Pessoana33


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

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                                   Warner

Olho em volta nem parece que estamos em guerra, nem parece que perdemos vidas todos os dias, e a destruição não parece o nosso cenário iminente. Aqui dentro vive – se de ostentação, e parece que a guerra aqui não nos pode agarrar. Pobre dos desgraçados que assim o pensam. Olho para seus rostos enfadonhos, e sinto repulsa. Lá fora eles não seriam nada, além de nada. Não teriam esses sorrisos gananciosos estampados nos seus rostos. Fácil é falar das vitórias, quando não são eles que conquistam com as suas próprias mãos, mas sim com as mãos dos moribundos que perdem as vidas todos os dias.

Estamos em festa, e a orquestra dá – nos música para festejar este maldito dia. Os superiores vestem as suas melhores fardas sem nenhuma macha de sangue á vista, cá para mim acho que aquelas malditas fardas nunca tiveram machadas de sangue.

A minha mulher surge assim do nada, todos os olhos caem sobre nela. O seu deslumbrante vestido vermelho chama atenção de toda gente. Muitos felicitam - me pela maravilhosa mulher que tenho. Nunca considerei ela como minha, nunca nutri sentimentos por ela, e a sua existência nada me diz. Tento evita – la o máximo que posso, mas neste tipo de eventos não tenho como evita – la. Ela caminha até mim e eu só quero que ela se afaste. Ela agarra elegantemente o meu braço, e nasce um sorriso falso no seu rosto. Ela crava secretamente as unhas no meu ante braço. Seus olhos impiedosos encontram – se com os meus.

— Pelo menos pões um sorriso quando estás perante mim.- Diz ela no meu ouvido, sua voz autoritária.

Aproximo a minha boca no ouvido dela e digo: - Eu não recebo ordens de ninguém e muito menos de alguém como tu.

Solto – me bruscamente dela, e pego numa garrafa de whisky e encho o meu copo. Bebo com urgência de esquecer de todas as minhas angústias.

Esta festa em nome do meu pai por ter caçado a ninfa 27 de Outubro, a suposta ninfa que deveria de ser caçada por mim. Ainda não acredito que seja verdade, só acredito quando poder ver com os meus próprios olhos.

Olho para o meu pai, ali está ele com toda sua firmeza como se fosse uma espécie de deus, toda gente o venera menos eu. Reconheço como ele realmente é, e mais ninguém conhece – o de verdade. Digamos que sou quase uma cópia dele, mas os meus objetivos são diferentes dos deles, eu quero a paz, ele ama a guerra e o caos, porque assim pode ser glorificado.

Meu pai olha para mim, e o seu olhar que deixa – me nervoso.

Ele ordena que todos nós sentamos em volta do banquete. E o silêncio reina sobre nós enquanto esperamos pelas palavras dele.

A sua voz enche a sala.

— Caros irmãos, neste momento estamos perante uma guerra contra os rebeldes, que têm como objetivo libertar os demónios na terra. Irmãos não podemos deixar que isso aconteça, está nas nossas mãos acabar com esse mal. Mas para alcançar esse feito temos de aniquilar os traidores que vivem entre nós. – O olhar do meu pai pesa sobre o meu. Todo este discurso não faz qualquer sentido.

— Podem traze – lo. – Dois soldados arrastam um homem encapuçado.

— Este será o fim para qualquer traidor da nossa nação. – Ele retira o capuz, e posso ver que o homem trata –se de Delalieu, o seu rosto está marcado por cortes profundos, e a sua boca transborda de sangue.

Levanto – me rapidamente, não retiro o meu olhar enfurecido sobre o meu pai.

— Posso saber porque o homem do meu regimento está ser acusado de traição? – Eu exijo respostas.

— Teu homem cometeu um delito ao esconder uma ninfa.

— Isso é impossível.

E de outro lado surge dois soldados com Juliette.

Fecho a minha mão em punho. Raiva espalha – se por todo o meu corpo.

— Ordeno – vos que soltem Delalieu. – Os soldados não seguem a minha ordem.

— Meu amo, eu cometi esse crime, e devo pagar por ele, mil perdões por ter falhado consigo. – Sei que Delalieu está proteger – me, mas ele estando naquele estado, ele continua a lutar as minhas guerras e não as dele.

Meu pai saca o punhal que noutrora foi do meu irmão, e crava no pescoço de Delalieu. Seu corpo cai no chão e já não resta mais nada. Eu não pude salva – lo. Ouve – se os aplausos que fazem soar como uma música horrenda.

Ele puxa Juliette até ele, eu quero fazer alguma coisa. Uma mão pousa no meu ombro impedido de dar qualquer passo. Adam, impede – me de fazer uma loucura.

O punhal que ainda tem o sangue fresco de Delalieu, esse mesmo punhal passa lentamente no pescoço de Juliette. Os olhos dela estão transbordar de lágrimas, e posso sentir o quanto ela está amedrontada. Este é o fim. Da boca dela sai um grito estridente. Eu não consigo ouvir mais nada. E o caos instala – se na sala.


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer no próximo capítulo? Não percam :3



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