– Cuidando de você, tem alguns gaviões de olho no MEU peixe – diz ele com um leve sorriso nos lábios.

Paulina por sua vez olha em volta vendo se realmente havia alguém a olhando depois de confirmar ela diz – você não tem jeito mesmo né ?

– apenas cuido da minha esposa, não quero que ninguém a roube de mim – diz Carlos Daniel se aproximando de seu ouvido e concluindo com – PAULINA

Logo finaliza com um beijo, exigente. O beijo foi curto pois Paulina interrompeu, pois estavam em um hospital.

– Por que cessou o beijo amor meu ? – perguntou Carlos Daniel puxando Paulina mais para si.

– Carlos Daniel, estamos em um hospital se você não percebeu – diz Paulina envergonhada com a atitude dele.

– Não me importa – disse ele a soltando após perceber que ela estava muito envergonhada.

– Senhor Bracho aqui está... – diz a recepcionista salvando Paulina daquele momento vergonhoso para ela.

Após Carlos Daniel pagar a conta, agradece a moça, segura firme na cintura de Paulina, o que deixa ela com calafrios no corpo todo. Paulina não pôde retirar sua mão dali, pois os médicos ainda a olhava em quanto saía, o que a deixou um pouco constrangida e envergonhada.

Ao chegarem no elevador Paulina um pouco mais aliviada, se afasta de Carlos Daniel e fica até constrangida, pois um silencio toma conta daquele elevador que estavam apenas os dois, Paulina não sabia o que dizer, e Carlos Daniel estava pensando, pensando no que faria, até que resolve pergunta-la algo.

– Paulina o que irá fazer quando chegar na Mansão ? – perguntou Carlos Daniel um tanto curioso.

– bom vou arrumar algumas roupas que trouxe e esperar Paola ligar – disse Paulina intrigada com a pergunta – Mas Por que ?

– por nada, mas você deixará algum telefone ou contato né ? – perguntou Carlos Daniel cheio de expectativas.

– a principio não, pois acharei um lugar onde ficar, e depois entro em contato com vocês – diz Paulina de cabeça baixa.

O silencio novamente toma conta do elevador com um ar de constrangimento entre os dois, ao chegarem no estacionamento vão em direção ao carro, onde Pedro os esperava. Todo o trajeto até a Mansão Bracho nenhuma palavra foi trocada, e isso incomodava tanto Paulina como Carlos Daniel.

Ao chegarem ainda cedo os empregados, Chico e Vovó Piedade estavam acordados, vovó Piedade e Adelina estavam na sala aguardando eles chegarem, mesmo sem ter noção de que hora isso aconteceria.

Paulina e Carlos Daniel entraram na mansão, mas nenhuma palavra foi trocada até que Vovó Piedade avista os dois e pergunta – Então Paulina o que aconteceu ? o que o médico disse ? E você meu neto esta bem ?

– sim vovó ele esta melhor, não foi nada grave – diz Paulina com a voz um pouco tímida.

– eu estou bem vovó, não se preocupe – diz Carlos Daniel dando um beijo na vovó.

– é bom, eu vou para o quarto tomar um banho e descansar estou exausta – diz “Paola” subindo as escadas.

Vovó Piedade como não era tonta nem nada perguntou – Carlos Daniel o que aconteceu ? Paulina me parece triste, esta diferente.

– deve ser o cansaço vovó, mas vou esperar um pouco e irei falar com ela – diz Carlos Daniel, sabendo um pouquinho o porque dessa “tristeza”

– esta bem meu neto, mais agora você terá que comer – diz Vovó puxando Carlos Daniel para a sala de jantar, onde estava o café da manhã.

~ QUARTO DE PAOLA ~

Paulina separou algumas peças de roupas, Um calça jeans escura, uma blusa de manga longa rosa de ceda, e um sobretudo preto, pois o tempo não estava tão legal assim, logo foi tomar banho, ela estava muito pensativa, não em Carlos Daniel nem na Vovó muito menos nas Crianças, ela pensava o que seria de sua vida dali em diante, estava pensando na dor de cabeça que seria recomeçar sua vida como se nada tivesse acontecido, e o mais difícil para ela era ficar longe das crianças que tanto amava, claro também do Carlos Daniel seu grande amor proibido,vovó Piedade a sua conselheira uma verdadeira avó para ela.

Em questão de segundos veio a mente de Paulina algo que vovó havia dito a ela “Na intimidade da cama, é aí onde podemos domina-los” *meninas desculpa se eu errei a fala da vovó Piedade”.

Depois de seus devaneios Paulina simplesmente riu, ela riu do modo em que tinha levado aquela situação, assustada, despreparada para ouvir aquele tipo de coisa, ainda mais da Vovó Piedade. Logo Paulina terminou seu banho, passou seu creme corporal e pôs seu conjunto de lingerie rosa claro, logo se vestiu, deixou apenas o sobretudo sobre a cama.

Paulina depois de pensar muito no que faria arrumou uma mala pequena de viajem com as coisas necessárias apenas, após ter arrumado sua mala, a colocou no closet pois não queria que ninguém a visse com a mala pronta, Paulina estava nervosa andava de um lado para o outro esperando a ligação de Paola, quinze minutos se passaram e ela foi vencida pelo cansaço, deitou na cama e cochilou profundamente.

Carlos Daniel já havia tomado café como vovó Piedade havia pedido, então ele fez o mesmo que Paulina, foi para o quarto e banhou-se, Carlos Daniel como sempre bobo, ficou em seus pensamentos longes também pensou no dia em que foi chamar Paola, pensou diretamente no momento em que abriu a porta do banheiro Paulina assustada havia deixado que a toalha caísse. Ele simplesmente riu da situação. Lembrou também do atrevimento dela ao beija-lo no hospital. “Será que estou mesmo apaixonado por Paulina Martins ?”

– não eu não posso estar apaixonado por ela, ela tem que seguir seu caminho, e também ela não me ama. –disse Carlos Daniel para si mesmo enquanto desligava o chuveiro.

Após seus últimos pensamentos ele secou-se e colocou uma roupa mais folgada, como tinha acabado de sair do hospital não iria a fabrica, mesmo que não estivesse ele não iria pois queria falar com Paulina de uma vez por todas, queria esclarecer muitas coisas que estavam pendentes. Depois de arrumado e passado um perfume cheiroso foi ate o quarto de Paulina.

Ele bateu três vezes na porta mas como não houve resposta resolveu entrar, no momento em que adentrou ao quarto viu uma preciosidade sem tamanhos dormindo, parecia um anjo, com aquele rosto angelical e delicado. Carlos Daniel ficou admirando por mais algum tempinho mas logo voltou a realidade e pensou “como pode ser tão perfeita ? como pode ser tão linda e delicada ? sua ingenuidade faz com que me apaixone por ela cada vez mais, mas não posso obriga-la a ficar onde não se sente bem.” Carlos Daniel se aproximou de Paulina, ao se aproxima queria tanto ama-la queria sentir o toque suave de sua boca novamente ao seus lábios. Queria gravar cada canto de seu corpo em sua memória para jamais esquecê-la.

Carlos Daniel sabia que isso não era possível, então resolveu decifrar cada canto de seu corpo a olhando, fixou seu olhar ao corpo dela, e lentamente foi a olhando dos pés a cabeça, mas ao olhar em seu abdômen viu que a blusa era tão delicada e transparente quanto a dona que a vestia, ele ficou louco ao vê-la com aquela blusa não pode controlar sua vontade de a beijar.

– Paulina, Paulina ? – a chamou Carlos Daniel, sentando-se ao lado dela.

Ainda sonolenta Paulina diz – Carlos Daniel ? o que faz aqui ?

– tenho que falar com você – diz ele esperando com que ela desperta-se totalmente.

Paulina se sentou na cama sem reparar na a proximidade que havia entre ela e Carlos Daniel disse – sobre o que quer conversar?

– na verdade não é bem uma conversa, bom é e a outra não é – diz Carlos Daniel vendo que ela estava tranquila sem nervosismo ou vergonha alguma.

– bom qual é mais fácil ? comece por essa – diz Paulina passando a mão nos cabelos para ajeita-los.

– bom é que nenhuma é fácil, uma necessita atitude minha, e outra coragem e atitude, bom mais vou ser direto. Paulina, Paola já te ligou ? – perguntou Carlos Daniel curioso.

– é ... bem ainda não. Mas por que ? – perguntou Paulina pois estranhou o assunto no qual ele queria conversar.

– porque quero te pedir que fique aqui em casa, como Paulina Martins, sei que pra você é muito difícil se passar por uma pessoa que, não é santa de nossa devoção - diz Carlos Daniel segurando a mão de Paulina – por favor Paulina.

No momento em que Carlos Daniel a pede isso, ela arregalo os olhos verdes, Paulina ficou confusa, e tentou levantar pois tinha ficado nervosa, mas foi impedida pela mão de Carlos Daniel que mesmo sentado a segurou pela cintura, a deixando com calafrios no corpo. –sente-se Paulina não fique nervosa, se você não aceitar te entendo – diz Carlos Daniel atencioso e compreensivo.

Paulina não teve como escapar daquela mão que a segurava pela cintura então sentou-se novamente – Carlos Daniel o que você esta me propondo é uma loucura.

– não é loucura nenhuma, assim que Paola chegar você a enfrentará, e falará que descobrimos toda a verdade, e então eu pedirei a ela o divorcio, para fazer .. fazer ... – Carlos Daniel não conseguia terminar suas palavras não saiam sua timidez falou mais alto.

– para fazer o que Carlos Daniel ? – perguntou Paulina pois não entendia o que ele queria dizer “será que não entendia mesmo ”

– isso – Carlos Daniel a puxou e a beijou, um beijo cheio de fogo e paixão, desejo e sinceridade Paulina não podia evitar e se lançou a beijou o correspondeu a altura do beijo, com fogo, desejo carinho e ternura.