Anna e Admeto voltaram para dentro e o jovem anjo acompanhou a jovem até ao seu quarto.

- Obrigada. Até amanhã. – Despediu-se Anna, dando-lhe um carinhoso beijo.

- Até amanha. – Sorriu. – Adoro-te. – Piscou-lhe o olho.

- Eu também te adoro, Admeto.

Ambos sorriram e Anna fechou lentamente a porta, vendo a figura sorridente de Admeto desaparecer atrás da opaca larga porta castanha.

A jovem preparou-se para dormir, deitou-se. Poucos segundos depois, adormeceu.

Alguém bateu a porta.

Anna acordou, olhando para o belo relógio que se encontrava na mesa-de-cabeceira.

- Entre.

- Bom dia. – Disse uma voz animada. – Estás pronta para ir para a escola tal como querias?

- Sinceramente… Tenho medo. Mas vou. – Levantou-se olhando a pessoa encostada a porta. – Não vou mudar de ideias, se é isso que queres, Admeto.

- Estava apenas a verificar. – Esboçou um sorriso.

Anna entrou na casa de banho, segurando um monte de roupa nos seus longos braços. Alguns minutos depois, saiu vestida e penteada. A sua roupa era roxa. Um belo vestido roxo. O seu cabelo estava amarrado com uma fita igualmente roxa. Nos pés, calçava umas belas sabrinas pretas.

Admeto olhou-a de cima a baixo, apreciando a beleza da jovem.

- Estás linda. – Comentou.

- Obrigada. – Disse a jovem, fazendo uma vénia. Riu-se. – Vamos?

- Que remedio. Não te consigo fazer mudar de ideias. – Balbuciou. – Mas antes de irmos…

Admeto fechou os olhos, concentrado, e algo magnifico aconteceu. As suas asas desapareceram nas suas costas, tornando-o humano. Anna observou-o atenta, espantada com o que acontecera. Então, Admeto ofereceu-lhe o seu braço para que esta o agarrasse.

Não tardou a chegarem á escola. Admeto acompanhou Anna até ao portão. Despediram-se com um beijo que deixou todos os que passavam a olhar boquiabertos e curiosos.

Anna caminhou pelos corredores, mas algo estava diferente. Estavam vazios. Ninguém caminhava neles, exceto a bela jovem. Ouviu um barulho atrás de si.

- Olá? Quem está ai? – Perguntava ao vazio do corredor.

- Eu! – Exclamou uma voz feminina conhecida.

Era Katerina. Katerina era uma jovem loira, bela mas tímida. Vinha da Bulgária e, por isso, não falava muito bem inglês.

Mas havia algo diferente nela. Os seus olhos. Vermelhos como o fogo, repletos de fúria, raiva. Parecia capaz de matar alguém em segundos. Mas… O que tinha feito aquilo à simpática jovem? O que irá ela fazer a Anna?