The Reason I Became A Witch escrita por Lady Rakuen, PandoraYuki


Capítulo 12
Broken


Notas iniciais do capítulo

Rakuen e PandoraYuki:
Desculpas pela demora para postar, semanas corridas aqui, fim de ano, provas e muitos trabalhos...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/399794/chapter/12

Halias

Sua risada maléfica ecoou pelo cômodo, fazendo me arrepiar toda. Sinto que não tenho chance nenhuma, mas preciso tentar.

Ela lança um feitiço na minha direção que defendo rapidamente, como eu me arrependo de não ter praticado mais, de vez me concentrar só nas ervas de cura.

Ela lança feitiços um atrás do outro, e eu só consigo me defender. Escuto um barulho alto, lanço um feitiço e acerto em cheio novamente a bruxa. Olho para a direção, e vejo Hansel ferido, jogado no chão.

-Hansel! – Grito

Eu não devia ter baixado a guarda. Sinto só o feitiço me atingindo e sou jogada na parede. Sinto meu corpo dolorido, tento me levantar, mas ela lança outro feitiço me impossibilitando.

Ela chuta minha varinha para longe, eu levanto a cabeça e a encaro com ódio.

-A rainha está errado sobre seu respeito. – Afirmou

Eu dou um chute no seu estomago e me arrasto para pegar minha varinha, quando estou preste a pegar, uma bruxa pisa em cima da minha mão, solto um grito de dor.

-Deixe a em paz. – Grita Hansel

Alguém pega no meu cabelo e me levanta.

-Vamos levá-los para a rainha. – Mandou uma bruxa com roupas marrons segurando Hansel.

A bruxa com roupas curtas solta meu cabelo e me segura pelo braço. Eu olho preocupada para Hansel, e esse só sorri fracamente. Elas nos leva pelas escadas, as bruxas nos olham com raiva. Ela abre a porta que Axel entrou antes.

Fico aliviada ao mesmo tempo com raiva de ver Issa inteira.

- Olhe que maravilha. – Lilith sorriu. Um homem de cabelos ruivos e olhos brilhantes e a mesma bruxa que me havia “salvado” seguravam-na. - Relaxem, meus queridos. – o sorriso da bruxa soava sarcástico e cruelmente vitorioso. – Vamos fazer um jantar para comemorar essa vitória. – ela riu. – Vand, Krajiny e Gale, levem eles daqui. – se soltou das mãos dos dois e voltou para o quarto.

A bruxa de vestido cinza pega Axel pelo o braço. Nós três somos levados para a direção da porta que havíamos entrado. Sinto o olhar de Issa, mas não a olho.

Meu coração pesa, Issa está no lado deles. Tenho vontade de chorar, mas as lagrimas não saem. Devo dizer que não prestei a atenção para onde fui levada, só penso o quão fraca sou, não consigo nem derrotar uma bruxa. Lembro das palavras de minha mestra, mas tenho certeza que ela está enganada.

Sou jogada num tipo de cela. Tão pequena, que mal conseguia caber. Senti náuseas pelo cheiro podre e de sangue. Viro-me e seguro nas grades da minha cela, Hansel e Axel estão sendo levados pelo corredor.

-Solta eles. É a mim que vocês querem. – Grito desesperada

-Não se preocupe conosco, bruxinha. – Disse Hansel

Meu olhar o seguem até sumirem de vista. Rezo para que eles vivam, eles precisam viver. As horas passam, alguns gritos são escutados, mas não consigo identificar. Tento descobrir alguma pista, mas me sinto fraca por causa das trevas que me cerca.

Escuto passos, levanto meu olhar e meu coração se alivia por vê-los vivos. Os dois são jogados na cela da frente da minha. Os dois estão péssimos, os dois encostam- se na parede.

-Estão bem? - Pergunto

-Estamos sim. Não se preocupe. – Disse Hansel com uma voz cansada

Axel não faz nenhum movimento. Observo que sua mão está no ombro.

-Axel, seu ombro está bem? – Pergunto preocupada

Ele só acena.

-Calem a boca. – Mandou uma bruxa

A minha cela é aperta e sou puxada pela mesma. Eu solto um gemido de dor, fazendo a bruxa sorrir.

-Agüente firme. – Pediu Hansel

A bruxa me arrasta ate uma sala mal iluminada. Ela me joga no centro da sala, outra se aproxima e prende minhas mãos numa corrente. As correntes são puxadas e ergue, meus pulsos doem por terem que aguentar meu peso. Seguro como posso a corrente para não me machucar mais.

-Espero que esteja gostando da nossa hospedagem – Disse sarcasticamente uma voz das sombras

Permaneço quieta. A pessoa sai das sombras e se aproxima. Eu começo a me mexer para me soltar.

-Sabe, você me desapontou muito, bruxinha branca. – Disse Lilith à última parte com veneno

Aquieto-me e respondo com meu silencio.

-Sua mãe, Selena, no leito da morte e sua mestra afirmaram que você, minha querida, seria a bruxa branca mais forte, superando até mesmo a Adrianna.

Ela pega uma mecha do meu cabelo e me encara. Fico surpresa por ela conhecer minha mãe e minha mestra.

-Você é uma vergonha para as bruxas brancas, mal consegue lançar um feitiço e não deve nem servir para a cura. – Ela para de falar e eu só a encaro. – E diz que você possui poder raro, patético.

Ela solta a mecha e se afasta de mim.

-Devo dizer, você não nega de quem é filha. Sua mãe, tão fraca, não teve forças nem para ter você.

Eu me mexo de raiva.

-Limpe sua boca para falar de minha mãe, sua vagabunda. – Digo

-Me diga onde está o garoto. – Manda Lilith

Cuspo em sua cara.

-Vai pro inferno. – Respondo com veneno

Ela limpa o cuspe, vem na minha direção e segura meu pescoço. Ela aperta, impedindo a entrada de ar.

-Se não precisa se tanto de você, a mataria agora mesmo. – Sussurrou perigosamente.

Ela solta e eu começo a tossir. Alguém sai da sombra, aquela mulher que me derrotou, maldita. Se eu pudesse, eu a mataria ali mesmo.

-Vand, faça a garota falar. – Mandou Lilith sorrindo malignamente

Ela só levanta a varinha e sinto água caindo em cima de mim, quente. Sinto minha pele queimando, mordo meu lábio até sair sangue para não gritar. Não vou dar esse prazer para essas duas. Vand lança vários feitiços e eu mantenho quieta.

-Onde está o garoto? – Perguntou Lilith novamente

Eu permaneço quieta.

-Você é durona. Vand faça aquilo. – Manda Lilith novamente.

-Mas...

-Mas nada. Faça.

Vand lança um novo feitiço, só que esse faz meu sangue queimar. Eu me debato toda, é como se tudo dentro de mim tivesse preste a explodir. Eu acabo soltando gritos de dor, vejo sorriso de satisfação no rosto de Lilith.

Vand para o feitiço, meu corpo treme. Essa dor é insuportável, ainda sinto meu sangue quente. Meu cabelo esconde, como uma cortina, minhas lagrimas.

-Eu vou encontrá-lo de um jeito ou de outro. – Sussurrou no meu ouvido

-Vamos ver. – Sussurro em resposta

Escuto passos se distanciando e a porta se fechando.

Estou sozinha, minha consciência está por um fio. Não tenho forças para nada, se pudesse morrer para evitar usarem meu coração, faria, mas nem para isso tenho forças.

-Agüente, minha filha... – Sussurra minha mãe

Acabo deixando o cansaço dominar minha consciência. Só tenho a certeza que a minha única companhia será a escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!