The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 30
|Rapunzel| Legion of Fire


Notas iniciais do capítulo

Oi, Legionários!
A partir de hoje eu não os chamarei mais de leitores, mas sim de legionários, haha XD por quê? Bem, porque vocês acompanham a aventura deles nas Legiões então são legionários também U.U ~me ignorem
Eu sei, eu sei, eu prometi pra alguns que não sumiria por tanto tempo mas eu não conseguia escrever por conta de um vício horrível que ocupa todo meu tempo chamado Sherlock ♥
Que série boa, sério! Assistam que é perfa *u*
Eu não dei tudo de mim, me desculpem, mas eu estou tão eufórica e alegre por certo motivo que aconteceu na minha escola que só consigo pensar nisso! Mas o próximo capítulo que já está quase pronto (finalmente o baile) está chegando e eu acho que posto quarta pra vocês e não morrerão de curiosidade :D Certo, eu falei demais, obrigada obrigada e vamos ao capítulo!



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Então era isso, pensou Rapunzel. Era isso que significava gostar de alguém.

Rapunzel tentou não deixar transparecer, mas se despedir de Jack não fora uma tarefa fácil. A sensação dela era que ela poderia morrer olhando nos olhos dele que morreria em paz.

Calma!, pensou Rapunzel. Faz tão pouco tempo que conhece esse garoto e age assim, como se sua razão de viver fosse ele?

Ele se lembrava de sua mãe contando-a quando criança que havia abandonado seu pai porque amá-lo não a ajudava em nada. Entre ficar presa em um homem e se dedicar a um trabalho bom ela optou pelo segundo. Como ela dissera: “Amar machuca, e amor é como um pavio de uma vela: se o fogo queimar muito rápido, menos tempo ele durará.” E Rapunzel tinha medo de que isso fosse verdade.

Jack parecia para ela alguém tão invencível, inquebrável e poderoso com seu sorriso sarcástico e seu tom indiferente na voz com aqueles seus olhos inexpressivos que isso tudo apenas a assustava.

Ao chegar a sua torre, Rapunzel suspirou. Todo momento que o nome do Jack passava em sua cabeça um fio nervoso subia em sua medula óssea e a fazia ficar tensa. Parecia que tentar parar em pensar nele era uma missão impossível.

Pare com isso, insistiu Rapunzel para si mesma. Isso é a coisa mais idiota do mundo. Pare apenas por um segundo em pensar nele e concentre-se no que está acontecendo com as Legiões.

Ao entrar em seu quarto, Rapunzel suspirou ao notar que tudo continuava do mesmo jeito antes dela sair, o que apenas mostrava que sua mãe não havia visitado-a.

Tirando de sua cintura seu chicote e pendurando-o em uma cadeira, Rapunzel deitou em sua cama e relaxou. Foi então que notou o retrato que pintara de Jack.

Rapunzel riu. Então era daquele jeito que ela o imaginara antes? Com esse sorriso torto, seus cabelos rebeldes e sua expressão irritada? Rapunzel se levantou e pegou suas tintas para retocar.

A textura dos cabelos estava errada e argh, principalmente aquela expressão facial de como se ele estivesse com dor.

Pintando novamente ela olhou para Pascal. Ele parecia relaxado, deitado em seu pé e olhando para os insetos que voavam pelo quarto.

E quando terminou os retoques, Rapunzel se deparou novamente com o ponto mais crucial: os olhos. Mesmo que ela sentisse que agora ela o conhecia melhor, ainda era complicado.

Era como se uma névoa pairasse em seu olhar e só se dissipasse para a pessoa certa. Isso a irritou.

Largando o pincel, Rapunzel foi comer e depois tomar um banho para finalmente se deitar.

 ***

E aqui vou eu, pensou Rapunzel. Eu estou montada em Angus, o cavalo de Merida, segurando a cintura da ruiva enquanto cavalga em direção a Legião do Fogo.

O cabelo cacheado da ruiva atrapalhava sua visão que tentava localizar Jack na garupa de Soluço que corriam no belo cavalo que Soluço “pegara emprestado por motivos de urgência” do rei. Era assustador imaginar que ela estava a caminho do castelo.

Ao chegarem no limite da floresta para entrar na Legião, Merida pulou do cavalo junto com Rapunzel. Os garotos fizeram o mesmo.

- Esquecemos de um detalhe. – comentou Merida.

- Ótimo. Esquecemos de um detalhe. – disse Jack com indiferença para provocar.

- Como vocês estarão no baile se suas aparências são absolutamente diferentes de um legionário do fogo? – perguntou Merida, começando a se preocupar.

- Você mora em um castelo, Merida. Nós podemos nos esconder em todos os lugares naquela imensidão. – respondeu Jack.

- Não sei se dará certo... – sussurrou Merida, segurando seu estômago.

- Vai dar certo, Merida. Vamos nos esconder atrás dos cavalos para enquanto passamos pelas portarias do castelo ninguém notar nossas características anormais. – assegurou Soluço, colocando sua mão no ombro de Merida após hesitar.

Merida concordou com a cabeça e eles adentraram na Legião.

Rapunzel não conseguia acreditar no que via. Por mais que estivesse escondida atrás de um cavalo, ela não conseguia se segurar e ficou observando.

Ao chegarem no castelo, Merida aproximou-se do porteiro e ordenou que deixassem-na entrar com Angus e o cavalo que encontrara enquanto cavalgava. Por sorte o empregado não contestou e nem sequer olhou em direção do cavalo para assegurar se era verdade.

Andando entre os cavalos e umas folhagens, eles chegaram na porta dos fundos do castelo para entrar. Rapunzel se surpreendeu.

O modo como cada empregado trabalhava, as roupas, suas características e idades. Tudo era tão novo e extraordinário que Rapunzel sentia uma imensa vontade de chegar para algum empregado e perguntar como fora sua vida.

Merida foi à frente, deixando os três na salinha de limpeza. Rapunzel encarou Jack, encontrando apoio em seus olhos azuis.

Merida voltou para busca-los minutos depois e juntos eles subiram rapidamente pelas escadas até o quarto de Merida.

- Provavelmente daqui uma hora minha mãe me buscará para me preparar para o noivado que acontece de noite. Ela acha que eu ainda estou dormindo, já que faz pouco tempo que amanheceu.

Rapunzel lembrou-se do pátio do castelo que havia visto minutos atrás e notou como a decoração estava bonita. Eles deviam correr.

- E qual é sua ideia? – perguntou Jack, cutucando o queixo.

Merida olhou para Rapunzel, como se pedisse ajuda. Por fim, Soluço cortou o silêncio.

- Vamos dançar.

- Você só pode estar de brincadeira! – exclamou Merida, perplexa, olhando para Soluço.

- Não estou. Vamos ficar no salão de dança, nos misturando e na hora certa nós te pegamos e fugimos para minha cabana.

- Ótimo, e vocês não chamarão nenhuma atenção com esses Soul-Patronus que são claramente de outras legiões.

- A gente esconde-os em baixo da roupa.

- Certo, e você próprio chamará atenção naquele salão composto de fogo!

Rapunzel assistia a discussão dos dois, surpresa. Eles pareciam se dar tão bem que tudo soava estranho.

- Gente, calma! Nós podemos dar um jeito nisso! Com um pouco de maquiagem e roupas novas nós podemos nos transformar em pessoas novas. – disse Rapunzel, se aproximando de Merida.

- Certo. Então você quer descer no noivado?

- Eu apoio! – disse Jack, levantando sua mão direita até a cabeça. – Afinal, não é todo dia que nós temos a oportunidade de destruir um casamento de proporções reais.

- Eu pensei que nós simplesmente pegaríamos minhas roupas e fugiríamos. – disse Merida.

- Muito na cara. Nós precisamos achar um modo de que pareça que você foi sequestrada e não que você tenha fugido. O único modo é esse... – Jack se perdeu em seus pensamentos antes de completar a frase, andando de um lado para o outro.

- Certo, tudo bem. Rapunzel, pegue minha maquiagem ali na penteadeira enquanto eu vou na lavanderia procurar alguma coisa que sirva como fantasia e mascaras.

Rapunzel aproximou da bela penteadeira no conto do quarto gigante e notou uma infinidade de combinações de cores de maquiagem e pentes de diversos tamanhos.

As maquiagens pareciam novas, já que Merida nunca usava maquiagem se não fosse obrigada. Rapunzel se olhou no espelho da penteadeira e ficou imaginando como ela poderia se caracterizar.

- Precisamos fazer algo com seu cabelo, Jack. Ninguém dessa Legião tem cabelos brancos. – comentou Soluço.

Merida abriu a porta, revelando uma bola de roupas de cores próximas a fogo, como amarelo, laranja e vermelho. Merida jogou as roupas em sua cama e suspirou, cansada.

- Eu acho que essas roupas servem em vocês. Vocês podem ir ao meu banheiro se vestir. No ateliê do castelo eu encontrei algumas mascaras que estão sendo confeccionadas para a decoração, então eu peguei três para vocês colocarem. Isso servirá perfeitamente como disfarce. Jack, depois que você se vestir, eu tenho algo para passar em seu cabelo.

Jack olhou para ela indiferente e pegou um conjunto de roupas, entrando no banheiro.

Rapunzel sentou-se na cama para pegar sua fantasia. Era m vestido longo e vermelho-alaranjado com um bustiê agarrado e preso com fitas da mesma cor, acentuando sua cintura.

- Isso é tão bonito. – comentou Rapunzel.

- Eu o odeio. Ele é tão vulgar com esse decote e essa cor chamativa que me faz ficar monocromática, já que é a mesma cor do meu cabelo.

- Bem, de fato tem que ter um belo corpo para usá-lo. Não sei se ficará bom no meu corpo magro...

- Eu acho que vai ficar perfeito. – comentou Jack, saindo do banheiro com uma calça preta e uma camisa vermelha escura com um colete um pouco mais escuro e um blazer da mesma cor avermelhada.

- Desculpe, Jack, mas vermelho definitivamente não é sua cor. – comentou Merida, reprimindo um riso ao se deparar com a imagem de Jack com aquela combinação inesperada.

- Eu não tenho que combinar com a cor. A cor tem que combinar comigo e veja: Eu combino com tudo! – disse Jack, alisando sua roupa e fazendo uma pose exagerada de poder. – Todos na minha Legião sabem que eu sou excepcionalmente belo.

Merida virou os olhos, o que fez Rapunzel rir. Ela se levantou e aproximou-se de Jack, sussurrando em seu ouvido:

- Eu te acho excepcionalmente belo. – Rapunzel sentiu a pele do rosto de Jack contrair em um sorriso. – Vamos ver se eu ficarei bem nesse vestido.

Rapunzel entrou no banheiro e arrancou seu vestido rosa, colocando com dificuldade aquele vestido vermelho-alaranjado. Quando pronta, ela saiu e revelou seu traje.

- O que acham? – perguntou Rapunzel, tirando uma mecha de seu longo cabelo do rosto.

Merida olhou para ela, surpresa e começou a falar:

- Você está...

- Fogosa! – completou Jack, sem deixar que Merida terminasse de falar.

Rapunzel segurou uma risada ao notar que o cabelo de Jack estava parcialmente pintado de castanho feito com tinta de tingir tecidos.

- Agora você é moreno, Jack?

- Você aprova? – perguntou Jack, olhando para Rapunzel com malícia.

Rapunzel pensou em como ele parecia menos aterrorizante com os cabelos castanhos e de um certo modo, ele parecia normal.

Merida encarava os dois, confusa. Ela perguntou para eles:

- Oi? Vocês ainda estão aqui? A julgar pelo modo que vocês ficam conversando entre si eu poderia achar que vocês são namorados.

- Namorados? Por favor, Merida. Estamos apenas brincando! – disse Jack, encarando Rapunzel, piscando seu olho como se dissesse: “Calma, apenas não chegou a hora de revelar.”.

- Nunca, Merida. Eu mal o conheço! – disse Rapunzel, como resposta, enquanto confirmava com os olhos que havia entendido.

Após os três estarem prontos, Merida os arrastou para seu closet e os trancou lá. Ninguém poderia desconfiar deles.

Rapunzel sentou-se ao lado de Jack e Soluço ao lado dele também. Eles conversaram baixinho até que o som da porta do quarto se abrir fez com que eles se calassem.

- Merida, acorde! Chegou o grande dia!

Pela voz, Rapunzel julgou que era a mãe de Merida.

- Mas já, mãe? – disse Merida, se espreguiçando na cama.

- Agora. Olhe sua fantasia, Merida! Não é de extremo bom gosto da parte de Griflet? Não vejo a hora de você finalmente vesti-lo. Agora vamos para o banho, agora!

A julgar pelo som de pés no chão, Rapunzel imaginou que mais três pessoas entraram no quarto. Empregadas, ela deduziu.

Duas horas depois, Rapunzel escutou pés indo embora. Merida abriu o closet, revelando um belo vestido.

- Faltam sete horas para a festa. Eu vou buscar algo para vocês comerem e infelizmente eu fui ordenada de passar um tempo com Griflet. Bem, eu vou trancá-los no quarto, dando tempo de vocês prepararem algum plano de fuga. Rapunzel, você poderia arrumar minha mala?

- Claro. Você está fazendo muito, Merida. Desça e faça sua parte porque na hora da festa nós nos vemos de novo.

Merida fez que sim com a cabeça e voltou a falar:

- Eu voltarei uma hora antes da festa para retocar a droga da maquiagem e arrumar a droga do penteado. Fiquem atentos.

- Eu ficarei com a droga da minha mente atenta, acredite. - disse Jack, imitando o tom de voz raivoso de Merida.

Merida saiu do quarto, deixando-os novamente sozinhos.

Alguns minutos depois ela voltou com bolos, uma jarra de suco e um pedaço grande de pão com queijo.

- Me desculpe, mas ainda não é hora do almoço, então é isso que tenho para dar. Tenho que sair agora, amigos. Até mais.

Antes de sair, Rapunzel a abraçou. Merida retribuiu um longo olhar para Soluço e acenou para Jack, saindo rapidamente para se encontrar com Griflet.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D qualquer erro me mandem no review pra eu arrumar. Deduções, dicas, ideias, elogios, críticas e blá blá me mandem nos reviews! Vocês são os melhores leitores do mundo ♥
Ps: Lembra que eu disse que Royals me lembra Merida? Então, Kiss Me, do divo Ed Sheeran é pra mim o tema de Jackunzel ♥ haha, tem alguma música que lembram os personagens pra vcs? Me mandem se tiverem! Até mais ;)
Ps²: Eu sinceramente não gostei do capítulo, sério! Então desculpa aê