The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 22
|Rapunzel| Gothel


Notas iniciais do capítulo

HOJE FAZ UM MÊS DE FANFIC LALADIDADI! UHUUUU
~momento emocional on~
Obrigada a todos vocês, caros leitores que não abandonam-me e sempre me presenteiam com tanto carinho ♥ eu amei esse mês.
~off~
Então... Foi difícil escrever essa capítulo. Por quê? Porque eu precisava fazer o melhor modo de não revelar tudo agora, daí dicaria muito sem graça assim.
Mas deixei várias pistas, hein! rsrsrs
A partir do próximo capítulo esperem muuuuitas aventuras! De verdade, só tensão e não blablabla, por que convenhamos: não tem muito o que falar sobre uma garota presa em uma torre! Mas a Merida e o Soluço... srsrsrsr amo escrever sobre eles e seus problemas ♥
Ah, eu tenho uma surpresa pra vocês que farei no meu Tumblr em comemoração de um mês. Espero que gostem ;)



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Quando eles se despediram, Rapunzel não pôde deixar de pensar como se sentia feliz em estar com eles. Como nunca tivera amigos além de livros, tê-los ao seu lado te dava segurança.

Mas um frio na barriga a tirou do transe. Se sua mãe soubesse que ela estava fora da torre ela provavelmente... era difícil dizer. Rapunzel não conseguia imaginar uma desculpa em sua defesa para isso.

Então ela correu o mais rápido possível de volta à torre, sem poder apreciar a natureza em sua volta, que era a coisa que Rapunzel mais adoraria de fazer neste momento.

 ***

- O mesmo, por favor.

- Como quiser, senhora Gothel.

Gothel estava sentada na taberna do subúrbio da legião. Seu vestido longo e negro com pedras em volta do profundo decote a deixavam-na cruel e misteriosa, algo que fazia os homens que bebiam em sua volta olharem para ela atentamente. Ela os ignorava.

Quando o homem baixinho e barbudo do bar a entregou um copo grande e espumado, ela esperou pacientemente por seu companheiro que prometera uma conversa. Ela suava nervosa e amedrontada, mas mantinha a pose poderosa e confiante que aprendera com todos os anos em que viveu naquele lugar.

As portas da propriedade abriram lentamente e um homem alto, magro e corcunda entrou na sala. Ele usava uma longa túnica negra que ocultava absolutamente seu corpo e rosto. A presença dele deixou todos os homens presentes quietos, observando-o.

Ele caminhou tranquilamente entre as mesas, ignorando todos que o observavam com tanta ferocidade. Ele se sentou ao lado de Gothel e sussurrou algo incompreensível para todos que os observavam, mas absolutamente compreensível a ela, que concordou com a cabeça.

Ela levantou-se com ele, saindo da taberna, esquecendo-se de pagar pela bebida. Em frente à residência, longe de todos os olhos, ela parecia desesperada.

- Todos da cidade estão falando da mesma coisa o tempo inteiro! Eles estão desconfiados.

A voz incompreensível do homem respondeu: Isso significa que está na hora.

Gothel que sempre mantinha a classe e solenidade, estava a ponto de enlouquecer.

- O que devo fazer?

Certifique-se que os escolhidos não cheguem a concluir o plano. Mantenha a garota longe da realidade. Engane-a. Engane a Legião. Engane todos! Eles acreditarão em você. As pessoas tem a infelicidade de acreditarem no que querem ouvir. E é óbvio que eles querem acreditar em uma mulher tão elegante como você dizendo a eles que tudo ficará bem. Você foi treinada para isso, Gothel.

Gothel olhou aos redores, para se certificar de que eles não estavam sendo espionados. Ela respondeu a ele, cordialmente:

- Como quiser, mestre.

 ***

Em frente à torre, Rapunzel parou de correr, arfando. O sol já havia nascido por completo e a grama estava quente. A vontade dela era tirar os sapatos e se deitar, sentindo cada músculo relaxado na grama quente. Seu peito estava apertado por correr tanto e sua boca estava seca. Enquanto olhava atordoada ao seu redor, avistou a mãe montada no cavalo, longe o suficiente para que Rapunzel a vesse, mas ela não. Seu coração disparou.

Ela correu para a torre, abrindo a porta e subindo as escadas pulando três degraus de cada vez. Enquanto corria, foi arrancando os sapatos e se jogou na cama, simulando que ainda estava dormindo.

Menos de 3 minutos depois, Rapunzel ouviu passos vindos da porta da escada. Sua mãe fechou a porta atrás dela com a cara mal humorada. Rapunzel se espreguiçou na cama.

- Bom dia, mamãe.

- Bom dia. – respondeu Gothel, introspectiva.

Rapunzel se levantou lentamente da cama e coçou os olhos, olhando a mãe, receosa.

- Está tudo bem? – questionou Rapunzel.

Depois de alguns segundos, Gothel despertou de seus pensamentos:

- Sim. Sim, minha filha. Eu estou bem, obrigada. E você?

- Com fome.

Rapunzel questionou-se se as portas da torre fecharam-se automaticamente depois dela passar. Se a mãe desconfiasse de algo...

Gothel foi preparar um almoço para Rapunzel enquanto ela tomava banho. Quando se despiu, várias folhas e terra grudadas na roupa se espalharam no chão. Rapunzel as juntou, alegre e cheirou as folhas bem próximo ao nariz. Ela amava cheiro de natureza.

Seu Soul-Patronus parecia feliz com essa sensação. Quando Rapunzel olhou bem para as folhas em sua mão, notou qual era a espécie.

- Folha de Árvore Pascal.

Seu camaleão a olhou. Suas folhas que envolviam seu corpo espectral tornaram-se idênticas a essa.

- Pascal? Pascal!

Rapunzel notou que seu camaleão combinava com esse nome. Pascal... Perfeito.

Ela guardou todas as folhas no bolso do vestido. Assim, quando saísse do banho, colocaria tudo em uma caixa, para nunca se esquecer desse dia.

Rapunzel tinha essa mania de guardar memórias. De quando olhasse para aquilo fosse imediatamente transportada para aquele momento. Infelizmente, ela tinha poucas coisas boas para se lembrar.

Na hora do almoço, sua mãe havia preparado salada de batatas e sopa. Rapunzel não comia carne. Ela achava cruel se alimentar com algo que representa a alma deles. Como ela se sentiria confortável comendo uma perna de porco ao lado de seu Soul-Patronus?

- Rapunzel, tenho uma conversa séria com você. – disse Gothel, nervosa.

Rapunzel tentou manter a calma. Ela fez que sim com a cabeça para ela prosseguir.

- Está acontecendo coisas na Legião. Coisas perigosas e que talvez eu não possa visita-la todos os dias. Talvez por semanas, Rapunzel.

Rapunzel estava começando a ficar horrorizada.

- Então fique aqui comigo!

- Não posso, minha filha. Você sabe que o rei e a rainha precisam de meus serviços.

Rapunzel não podia acreditar nisso. Então os reis eram mais importantes que ela?

- A rainha continua doente?

- A cada dia fica pior, minha filha. Ouça: eu sou a melhor curandeira da Legião e a rainha confia muito em mim. Antes mesmo de você nascer, eu atendia suas necessidades. Ela precisa de minha assistência e sei que você ficará bem. Amanhã eu trarei comida extra para te manter durante minha ausência.

Enquanto Gothel se levantava para sair, o medalhão negro que estava pendurado em seu pescoço brilhou de um modo nebuloso.

- Que lindo seu medalhão, mãe. – disse Rapunzel, abatida com a notícia, mas tentando assim mudar o assunto.

- Não é? Eu ganhei de um cliente muito estimado. Nunca recebi nada tão lindo na vida!

O brilho negro saía em forma de nébula da caixinha da medalha. Mas quando Rapunzel piscou, não tinha mais nada.

- Eu te amo. – disse Gothel, beijando a testa da Rapunzel.

- Também. – disse Rapunzel quase sussurrando.

Na maioria das vezes, Rapunzel falava a frase inteira: “Eu também te amo”, mas ela estava tão abalada que não conseguiu concluir a frase.

Gothel saiu da torre dando um tchau com as mãos para Rapunzel.

Rapunzel então correu até o banheiro e pegou seu vestido sujo e arrancou as folhas. O cheiro delas fez com que ela relaxasse.

Mas o que a fez relaxar mais foi se lembrar que nesta madrugada reencontraria seus amigos.

 ***

A cabeça de Gothel estava confusa. Ela sabe o que deve fazer. Ela sabe o destino de Rapunzel.

Ela deveria terminar o que havia começado.

Vai ver assim seu mestre notaria os talentos de Gothel.

Mas durante todo esse tempo cuidando dela era impossível não sentir um pouco de afeto.

Enquanto cavalgava a caminho do castelo para cuidar da rainha, segurou seu medalhão contra o peito.

Lá vamos nós de novo, pensou Gothel.

Ela aumentou a velocidade da corrida e não pode deixar de pensar naquelas últimas partes daquela terrível professia que ele contara:

Porque a pureza da natureza,

Sempre será mais forte que o mal.que


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Notas finais do capítulo

Espero que não fiquem decepcionados comigo ;)
Vou escrever agora o conto especial para por no Tumblr :D
Até mais!