The Big Four - As Legiões Colidem escrita por River Herondale


Capítulo 15
|Rapunzel| The Chosen


Notas iniciais do capítulo

Eu estava fazendo meus rascunhos e percebi que tenho muita dificuldade no quesito "romance".
Talvez seja porque nunca amei alguém (sem ser minha família) de verdade.
Sabe, aquela sensação recíproca de amar e ser amado? Eu já li tanto sobre, mas nunca senti.
Óbvio, eu sou bem nova, mas acho que amor não tem idade.
Enfim, vamos ao capítulo.



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Rapunzel estava extremamente cansada quando a luz de seu Soul-Patronus acordou-a.

Seu pequeno camaleão brilhava a cinco centímetros de seu rosto. Quando Rapunzel despertou completamente, ele se moveu para o lado e pulou da cama.

 Rapunzel espreguiçou-se com dores em sua coluna. Ela provavelmente deveria ter dormido menos de duas horas. Ainda faltava uma hora e meia para amanhecer.

Seu Soul-Patronus estava na distância máxima entre eles. Rapunzel levantou-se da cama e pôs os sapatos.

Uma névoa negra surgiu entre a porta do quarto de Rapunzel. Ela sentiu medo, afinal, nunca havia visto aquilo em sua vida. Era normal? Algo dizia a Rapunzel que não.

Rapunzel tentou se aproximar da névoa, mas ela se dissolveu com a proximidade, sumindo pela fechadura.

Rapunzel abriu a porta e olhou ao redor. Parecia vazio.

Seu Soul-Patronus saiu em disparada, aproximando cada vez mais da porta que levava a escada que dava acesso a saída da torre. Rapunzel havia passado apenas uma vez por aquelas escadas. Era incrível como ela tinha vivido a vida inteira naquela casa e não sabia de nada sobre ela.

A névoa surgiu em volta da porta e sumiu para o outro lado dela. passando pela fechadura. Rapunzel não entendeu.

Seu Soul-Patronus flutuava no chão, com um olho fixado na porta, outro nela. Ele queria seguir aquilo.

Instintivamente, Rapunzel pôs a mão na maçaneta e a girou. Óbvio, estava trancada. Sua mãe nunca deixaria aquela porta aberta.

Rapunzel suspirou e olhou para seu camaleão. Não haveria modos.

Seus Soul-Patronus deu um passo a frente e passou para o outro lado da porta, dissolvendo-se como poeira, por baixo da porta.

Rapunzel soltou um pequeno grito ao ver seu pequeno camaleão transformando-se em pó e colocou as mãos impulsivamente na maçaneta. A porta se abriu.

O coração de Rapunzel deu saltos em seu peito como se dera uma vez antes (no momento em que vira homens pela primeira vez). A porta abria-se lentamente e Rapunzel encarou as escadas.

Elas eram tão longas que era impossível ver o fim da escada. Rapunzel desceu devagar, com as pernas trêmulas seguindo o caminho atrás de seu camaleão.

Quando chegaram ao fim da escada, a porta estava escancarada. O vento fazia barulho e as folhas balançavam ao lado de fora.

Ao pisar na grama, uma sensação boa instantaneamente atingiu Rapunzel. Ela não esperava sair de novo tão rápido e essa sensação era imensamente boa.

O limite que atingiu ela e seu Soul-Patronus a fez acordar do tranze. Ela o seguiu.

Entre as árvores da noite escura, Rapunzel se sentia receosa. Mas ela precisava fazer isso. Ela queria entender.

Algo dizia a ela que isso era importante.

Chegou um momento em que seu Soul-Patronus parou de correr. Ele caminhava lentamente entre as densas árvores e parou por fim.

Eles estavam se aproximando de uma caverna.

A névoa negra passava aos pés de Rapunzel e entrou na caverna, como se dissesse: “Siga-me”.

Mas quando se virou, outros 3 Soul-Patronus pairavam na frente da caverna e seus donos com a mesma sensação que a dela. Rapunzel não podia acreditar.

Merida olhou para ela estupefata. Ela virou o rosto e viu Soluço e mais ao fundo, Jack.

Mesmo não os conhecendo direito, ela estava feliz em vê-los.

Ela se sentia a vontade com eles e seu medo havia diminuído.

- Por acaso vocês chegaram até aqui por estarem seguindo seus Soul-Patronus que deram a louca atrás de uma névoa sinistra? – perguntou Jack, quebrando o gelo.

- Ué? Mas pensei que fosse só comigo! – exclamou Soluço se aproximando do meio.

- Isso definitivamente não é normal. Nunca havia ouvido falar sobre isso em toda a minha vida. – disse Merida, aproximando-se dos garotos.

Rapunzel que ainda estava distante, disse suavemente:

- Fico feliz em ver vocês.

Todos viraram em sua direção e a encararam, como se não acreditassem no que ela havia acabado de dizer.

- Isso não pode ser coincidência. – disse Merida, ignorando o comentário de Rapunzel e dando passos nervosos em volta dos garotos.

Rapunzel se aproximou deles e ficou nervosa. Ela queria falar com eles normalmente. Entrar em uma conversa que durasse tempo sem ter nenhuma divergência de opiniões. Parecia impossível.

Os olhos de Soluço aumentaram de surpresa ao ver seu dragão caminhando para dentro da caverna. Rapunzel, Merida e Jack viraram para ver.

Claro, o dragão, pensou Rapunzel. Era difícil de crer.

Jack colocou o braço por cima dos ombros de Soluço e sussurrou:

- Vamos. É isso que eles querem.

Seguir seu Soul-Patronus é como seguir seu coração. E sempre se deve seguir o coração.

Merida foi à frente. Rapunzel correu ao seu lado, pois se sentia protegida ao seu lado e ficar perto dos meninos ainda era estranho.

- Está com medo? – perguntou Merida, entre sussurros, enquanto caminham para a caverna adentro.

- Eu não entendo porque isso está acontecendo. – respondeu Rapunzel, trêmula.

- Talvez seja só um sonho. – disse Merida quase que para si mesma.

Algo dizia pra Rapunzel que não era um sonho. Mas ela queria agarrar-se na ideia de que sim, estava sonhando.

Mas ela estava dividida se realmente queria acordar ou continuar a dormir.

Quando os quatro chegaram ao centro da caverna, uma pedra retangular estava centralizada. Névoas negras surgiram e cresceram mais e mais dançando no ar com um poder obscuro e mortal em volta da pedra imensamente poderosa.

Os quatro ficaram paralisados de surpresa assistindo a grande dança entre a névoa. uma voz profunda saia de dentro da névoa negra, falando algo apenas para eles.

“Os herdeiros das Legiões

Em suas diferenças se juntarão.

Em busca da vitória

Contra a nebulosa escuridão.

Caso fracassarem

Tudo voltará ao Gênesis.

Numa paz e ignorância selvagem

Entre o nada para sempre.”

Instantaneamente toda a névoa desapareceu, como se entrasse na pedra e uma luz saudável clareou a caverna, entrando por um pequeno buraco do teto.

A luz era tão forte que era capaz de cegar os olhos de todos. Rapuzel fechou os olhos instintivamente, tentando enxergar o que junto trazia a luz.

A luz era clara como a neve e cheirosa como as flores. Ela trazia a natureza com ela.

Quando toda a luz se dissipou, uma espada prateada, um arco dourado, uma adaga de bronze e um chicote esverdeado pairava em cima da pedra, envolvidas por cipós e flores.

Se era mesmo o que Rapunzel imaginava, só podia ser uma coisa.

Eles estavam com os destinos enlaçados e eram os escolhidos para salvar as Legiões da escuridão.


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Notas finais do capítulo

Ufa! Eu consegui escrever o que tanto queria!
Eu achei que criar uma profecia seria difícil, mas ela surgiu instantaneamente me minha cabeça que só precisei digitar. Muito engraçado isso.
O que vocês acharam?
Beijos meus queridos, até mais :3