Seaweed Brain escrita por SeriesFanatic


Capítulo 25
Percy vai embora


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pela demora, SEMANA DE PROVA e Atena está me ignorando.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/399340/chapter/25

Gente, deu bug no Nyah e o capítulo 23 está duplicado. Como eu não sei o que fazer, vou deixar assim.

Os ouvidos de Annabeth apitavam, ela sentia vertigem e vontade de vomitar. A “carruagem” puxada por Bessie, Blackjack e Guido iam numa super velocidade, fazendo com que os humanos se abraçassem com força e fechassem os olhos. Pelos cálculos de Grover, eles deveriam chegar ao porto de Atenas em alguns minutos (o que era um alívio, porque ninguém ali estava conseguindo controlar seus estômagos). O efeito da erva “humano/sereianos” estava passando, alguns dos primos já reclamavam de dificuldade para respirar, enquanto outros já estavam começando a se contorcer por causa da dor das pernas separando e deixando de ser calda. Todos ali estavam extremamente exaustos e a maioria estava morrendo de sono. Quando eles apareceram no porto de Atenas, os cidadãos só faltaram ter um troço e foi bem a tempo, já que Nico não estava mais conseguindo prender a respiração (ele foi o primeiro a voltar a ser humano).

- SANTO EÓLO! – gritou Nico respirando fundo.

- AH! – gritou Luke por causa da luz do sol em seu rosto.

Os guardas de Atenas ajudaram os meninos a subirem no cais e os levaram até o castelo da rainha. Annabeth estava tão mal, mais tão mal que ela nem conseguiu agradecer a Percy e seus amigos pelo que eles fizeram. Ela só se lembrava de que dormiu muito, talvez uns três dias seguidos e acordou com uma fome inexplicável; seus primos pareciam em perfeito estado, nenhum deles parecia estar sofrendo os mesmos efeitos colaterais que ela. Os tios e os nobres da cidade estavam comemorando o fato de que os Romanos haviam recuado as tropas das fronteiras gregas, com medo por causa dos sereianos. Annabeth só faltou ter um troço quando viu seu “tio” Poseidon em forma humana conversando com seu tio nada querido Ares.

Ares era corpulento e musculoso, com um corte de cabelo militar e cicatrizes pelo rosto. Ele usava uma túnica vermelho sangue, com uma cinta de couro onde seu facão e sua espada estavam pendurados. Já Poseidon se parecia com Percy, os cabelos pretos rebeldes, olhos verdes tão belos quanto o mar de verão e aquele sorriso galanteador e matreiro. Ela podia ver porque sua mãe se apaixonara pelo rei dos mares, ele era idêntico a Percy, salvo por um ou outro traço que o rapaz herdou de Sally. Poseidon não era corpulento como Ares, mas tinha músculos bem definidos, a barba rala preta dava a ele um ar de sábio. O rei usava uma túnica verde pérola, com sandálias de couro iguais a Ares , só que não carregava nenhuma arma consigo, apenas seu tridente de corais.

- Bom ver que você acordou garota. – disse Ares ao notar Annabeth.

- Bom dia tio. – respondeu ela a conta gosto. – Perdão pela intromissão, mas o que vossa majestade faz aqui?

- Modos pirralha. – Ares reclamou.

- Tudo bem Ares. – Poseidon deu um sorriso leve. – Sua mãe pediu que eu viesse. Ela e Ares acham que se unirmos forças, iremos conseguir derrotar Belona e todo o império Romano.

- Não é uma má ideia. – Annabeth confessou.

- As ideias da sua mãe quase nunca são ruins. – disse Poseidon.

- Puf! – riu Ares.

Annabeth fez uma reverência já que os dois eram reis e foi em direção ao seu segundo porto seguro no palácio, a cozinha. Ela estranhou não ver seus primos sendo bicados por Ella enquanto tentavam roubar alguma coisa, na verdade, a princesa só achou Quíron. Então olhou pra janela e viu seus primos brincando nos pégasos, com Nico gritando algo no gênero: “THIS IS ATENAS MOTHERFUCKERS!”.

- Ele ficou doido? – Annabeth perguntou.

- Não. – riu o centauro. – Ares está incentivando eles a irem à guerra contra os Romanos.

- Os meninos não tem nenhum treinamento militar! – disse Annabeth. – Irão morrer em batalha.

- Mas é uma boa publicidade para a população. Se os príncipes e princesas forem para guerra o espírito nacionalista será encorajado e o povo irá sentir-se melhor. – disse Quíron.

Annabeth espirou pela janela da cozinha e viu que seus primos lutavam com força e sem piedade. Silena havia machucado e muito o braço de Drew (VAI SILENA! UHU!!!!), mas nenhuma das duas se rendia. Nico e Malcom lutavam enquanto voavam, uma luta forte mesmo, Annabeth pode ver que seu irmão tinha uma das penas muito machucada. Thalia, Bianca, Zoë e os trigêmeos de Apolo treinavam arco e flecha. Charlie e Leo treinavam a construção de explosivos, enquanto os gêmeos de Dionísio (Castor e Pólux) lutavam contra os gêmeos de Hermes (Connor e Travis). Miranda e Katie tentavam derrotar Luke, mas ele utilizando apenas de uma mão havia conseguido machucar gravemente as duas irmãs.

- Isso é brutal! – exclamou Annabeth horrorizada.

- Isso foi às ordens de sua mãe. Com exceção de você, todos eles partirão amanhã para o campo de batalha em Tróia. – disse Quíron.

- Por que eu tenho que ficar? – ela se irritou.

- Por que será necessário que ao menos uma herdeira de Cronos permaneça viva caso nosso lado ganhe. Se houver ao menos uma herdeira do trono viva, Grécia poderá continuar.

- Está querendo dizer que minha mãe quer jogar meus primos, os próprios irmãos dela e o único filho homem para a morte?

- É um ponto de vista.

- É cruel!

- Se ganharmos, você governará toda a Grécia. Todas as terras serão suas.

- Meus tios, primos... minha mãe e meu irmão estão indo para a guerra na intenção de morrer para que EU governe tudo SE eles ganharem? – ela já estava com raiva.

- É. Eu também irei. Você ficará sozinha com Ella. Até Drew irá.

Annabeth quis quebrar a mesa de madeira da cozinha, mas não tinha tanta força. Todos que ela amava estavam indo para a guerra com a intenção de morrer salvando a Grécia para que ela governasse sozinha e solitária depois. SE eles conseguissem vencer os Romanos.

- Annie. – chamou Atena.

Annabeth virou e encontrou a mãe na entrada da cozinha, a rainha usava uma túnica branca e simples, sem nenhuma joia. Atena indicou com a cabeça e caminhou, Annabeth olhou para Quíron, ele assentiu com a cabeça e a princesa seguiu a mãe. Elas terminaram se encontrando na biblioteca, diante de um livro que Annabeth nunca havia visto, mas com toda certeza era mágico.

- Meu avô deu isso para Quíron há muitos anos, ele disse que seria muito útil algum dia. – disse Atena séria olhando para o livro. – Ele é encantado. Tudo que for escrito aqui jamais será apagado. Permanecerá inalterável por toda humanidade e só poderá ser lido pelos descendentes de Cronos.

Annabeth sabia que Quíron era um dos muitos filhos bastados de Cronos, mas ela nunca teve coragem de chamar o centauro de tio-avô.

- E o que isso tem haver com o fato de que você está jogando nossa família para a morte? – Annabeth disse com o coração em mãos.

- Seremos lembrados Annabeth. Para todo o sempre. Provavelmente não da forma que esperamos, mas seremos lembrados como heróis.

- Ou como uma mãe tão sem coração que mandou a filha para sacrifício. Que mandou a própria família para a aniquilação pelos Romanos.

- O exército deles teme o nosso agora graças aos sereianos. Temos muitas chances de vencer.

- Não me importo se temos muita chance de vencer. Prefiro perder a guerra para os Romanos do que perder minha família. – Annabeth gritou, seus olhos com lágrimas.

- Algum dia, minha pequena, você irá entender o que a palavra “sacrifício” significa. Mais cedo ou mais tarde, ela fará sentido para esse seu maravilhoso cérebro. – disse Atena como se estivesse perdida em memórias melancólicas.

Annabeth estava furiosa com a mãe. Ela comeu mais um pouco da planta e foi nadando até Atlântida, Percy estava na casa de Sally, mas nem ela nem Paul estavam em casa, ou seja, ele estava sozinho.

- Meu pai arrumou uma magia para transformar nós sereianos em humanos. A mesma que Gaia usou em mim. – ele disse triste.

- Isso é ótimo Percy! Poderemos ficar juntos para sempre agora! – ela alegrou-se.

Mas então notou que desde que havia chegado lá, ele não havia lhe olhado nos olhos, isso era incomum dele.

- Poseidon está obrigando todos os sereianos a irem para a guerra. – ele disse com o coração ficando do tamanho de um grão de areia. – A única pessoa em toda Atlântida que irá ficar será Anfitrite, porque é a única nereida. Grover, Tyson, Rachel, Clarisse, Chris, eu, minha mãe, Paul... Blackjack, Bessie... todos nós e todo mundo que mora aqui irá lutar amanhã contra os Romanos.

Annabeth queria cometer suicídio, as chances de Percy escapar vivo eram tão remotas que ele parecia que já estava morto. Ela sabia que os Romanos haviam declarado guerra tinha dois dias e que a batalha mais violenta do mundo estava prestes a acontecer, mas ela não esperava que sua mãe fosse tão sem escrúpulos ao ponto de fazer Poseidon obrigar todos os seres vivos de seu reino a unir-se a guerra entre Gregos e Romanos (historicamente falando, eu nem sei se isso aconteceu e não vou pesquisar por causa da licença poética). Annabeth levantou do sofá de algas e nadou até ele, dando-lhe um abraço por trás.

- Você irá voltar para mim, eu sei disso. – ela disse tentando ser otimista.

- Nós sabemos que isso não irá acontecer. – ele falou com as lágrimas escorrendo em seu rosto.

Annabeth fez ele se virar e o beijou. A sensação foi a mesma do primeiro beijo deles, parecia que não existia mais ninguém no mundo, a corrente sanguínea deles parecia ser uma pista de corrida de fórmula 1, não havia sensação melhor que aquela. O beijo foi ficando mais intenso, eles nadaram juntos e aos beijos até o quarto dele, os corações a mil e os hormônios tendendo ao infinito E NÃO ME PERGUNTEM COMO, eles fizeram amor. Annabeth acordou com o colar de cotas que Percy sempre usou em cima da mesa de cabeceira com uma nota escrita em um pedaço de alga dizendo:

“Meu pai me deu esse colar quando eu era pequeno, a cada grande feito meu, eu ganhava uma cota, minha mãe sempre achou bobeira, mas para mim sempre foi um objetivo. Ganhar uma cota só para deixar meus pais orgulhosos. Dê isso ao nosso filho, ele será o rei de dois mundos e terá a sorte de ser criado pela melhor mulher do mundo. Esse é meu presente para ele, já que nunca poderei conhecê-lo. Eu te amo Annabeth e não há nada e nem ninguém que irá me fazer parar de sentir isso. Estou indo a guerra para que você e nossa criança possam viver em um mundo melhor. Com todo o amor do mundo, seu eterno Cabeça de Alga”.

Eu sei que ficou curto, mas AINDA não acabou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sem o mínimo de cinco comentários/reviews por capítulo, sem capítulos novos.