Seaweed Brain escrita por SeriesFanatic


Capítulo 20
Kiss the Girl


Notas iniciais do capítulo

Sim, tirei a inspiração da música de mesmo nome. (Música da Ashley Tisdale tá povo, sou da época em que a Disney prestava).



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O plano de Annabeth era bem doido, mas Percy não viu falhas. Ele quase teve um ataque cardíaco quando viu Quíron. Para sorte de ambos, os tios nada queridos de Annabeth estavam em Atenas para a celebração do vigésimo aniversário de Bianca e para levar os presentes do de Annabeth (isso que dá ter uma tia que nasceu no dia seguinte ao seu aniversário). Felizmente, Percy e Rachel conseguiram convencer o organizador do casamento de mudar o local da festa para um local estratégico pensado por Annabeth. Obviamente que o organizador e todos que estavam trabalhando no grande casamento odiaram a ideia, mas não podiam desobedecer ao príncipe. Enquanto Quíron, Bianca, Nico e Malcom cuidavam de levar sua nada querida família para o local que Annabeth queria; o casal estava na casa de Sally e Paul contando as novidades.

Não precisa nem dizer que Sally só faltou explodir a casa e ir atrás de Poseidon com um taco de baseball, pronta para despedaçar o crânio do ex-marido. Tyson levou um pouco de tempo para entender tudo, já Grover e Rachel quiseram seguir a ideia de Sally, mas Paul acalmou todos eles. Quando todos estavam mais calmos e a hora do grand finale estava chegando, cada um foi se aprontar para suas partes do plano, deixando Percy e Annabeth sozinhos na casa de Sally, no quintal. Era mais ou menos nove horas da noite, Atlântida estava escura e fria como sempre ficava depois do por do sol, o quintal de Sally era igual a qualquer quintal, com alga cortada super baixinho, umas flores aqui e ali e aquele clima maravilhoso de tranquilidade. Percy estava olhando para a lua, sério e pensativo. Annabeth veio da cozinha e nadou até ficar ao lado dele.

    - Vai dar tudo certo. – ela disse tentando parecer confiante.

    - Não acho que isso irá adiantar em nada, mas... confio em você. – ele forçou um sorriso.

Annabeth tentou não ceder ao pensamento dele. Percy estava certo (milagres podem acontecer), só que esse era o único plano dela e bem, já haviam prosseguido com tudo e todos estavam no local combinado. Eles só podiam contar que a pressão social adiantasse para alguma coisa, mesmo que soubessem que ninguém podia domar o rei Poseidon e a rainha Atena. As estrelas mal podiam ser vistas do fundo do mar, eram pontos borrados e pela primeira vez, a loira conseguiu entender o amor de sua prima adotiva Zoë Doce-Amarga, Annabeth sentia falta de ver as estrelas.

    - Sei que não é a melhor solução, mas infelizmente é a única. – Annabeth disse tentando parecer positiva ao máximo.

    - Como eu já disse, confio em você. – ele forçou outro sorriso.

Eles ficaram se encarando pelo que pareceu ser uma eternidade. Os olhos cinza dela estavam mais belos com aquela água azul escura do mar.

“Deuses, como ela pode ser tão perfeita?” ele pensou.

    - Você está se sentindo melhor, Percy? – Annabeth quis desviar do assunto “plano”.

    - Acho que sim. Quero dizer... fisicamente eu estou ótimo,  psicologicamente eu estou meio confuso, sentimentalmente... com raiva e ao mesmo tempo... tudo parece finalmente fazer sentido. – ele disse perdido em pensamentos.

Annabeth concordou com a cabeça, ela esperava que ele dissesse que ao menos desse a entender que ele havia voltado a sentir o que é que fosse que ele sentia por ela antes. Ela sabia que ele era lesado, afinal havia lhe dado o apelido de Cabeça de Alga por esse motivo; então levou sua mão a dele e para sua sorte, estavam debaixo d’água e ela não podia suar de nervoso. Percy ficou tão vermelho quantos os cabelos da Rachel.

    - Então... ah... quando... eu virei humano, nós... er... – Percy gaguejou.

    - Nós o que? – ela disse na inocência.

    - Nós... você sabe... o quão... hum... próximo nós éramos?

    - Ah. – ela corou. – Eu não sei bem dizer, só nos conhecemos por dois dias.

    - Só isso? – ele franziu o cenho.

    - É, algum problema? – ela estranhou a resposta dele.

Percy queria dizer algo inteligente, do tipo: “não, só curiosidade”, mas a verdade é que ele ficou calado como um idiota. Como ele havia se apaixonado por ela em apenas dois dias? Apaixonado não. Ele a amava.

    - Dois dias e... viramos namorados? – ele disse depois de uns minutos de silêncio.

    - Bem, não exatamente... – ela corou.

“Qual é chefe, beije-a!” Disse Blackjack na mente de Percy.

“Fica quieto Blackjack!” Percy respondeu.

    - Bem... er... você deixou escrito que estava apaixonado por mim e pedindo desculpas pelo mal entendido. Eu achei que você estava mentindo, mas mudei de ideia. – ela confessou, ficando tão vermelha que parecia morango.

    - Ah... – ele disse com o coração a mil.

“Yes, you want her, look at her, you know you do, it’s possible she wants you too” Blackjack cantarolou.

    - E... hã... esse tal de Luke... você se casou com ele depois que eu... sumi? – ele se esforçou ao máximo para não dá um grito mandando o hipocampo calar a boca.

    - Ah não, ele casou com Thalia. Estão felizes lá no reino do meu tio Hermes. Apesar dela ser tia dele. – ela disse quase rindo.

“Sha la, la, la, la, la, my oh my, looks like the boy’s to shy ain’t gonna kiss the girl. Sha la, la, la, la, la, ain’t that sad? It’s such a shame, too bad, you’re gonna miss the girl. Go on and kiss the girl!” Blackjack cantou o mais romântico que pode (isso não quer dizer que tenha saído uma boa melodia).

    - Que bom que eles estão felizes. – ele disse forçando um sorriso por causa da irritação que Blackjack estava lhe causando.

Annabeth concordou com a cabeça, Percy olhou para trás em direção à cara de sua mãe (provavelmente Blackjack estava com Guido na frente da casa) com seu melhor olhar mortífero e disse umas palavras de súplica para que o hipocampo parasse de cantar, até porque a voz dele era horrível. Antes que Percy pudesse piscar, Annabeth o puxou pela camisa de algas marinhas e lhe beijou. Ele fechou os olhos por instinto, pelo que sabia, ele nunca havia beijando ninguém antes; os lábios de Annabeth além de carnudos e deliciosos lhe fazia sentir-se capaz de tudo, como se fosse imortal (ou como aquele carinha lá, o Aquiles das aulas de história). O corpo de Percy derreteu como sorvete no verão, seu coração pulsava tão rápido que ele achou que fosse quebrar os ossos de sua caixa torácica.

Annabeth sentiu praticamente o mesmo. Seu corpo parecia tão mole que nem parecia ter ossos, seu estômago parecia réveillon em Copacabana (eu sei que 90% das coisas que eu menciono nesse fic não tem nada haver com o período histórico, mas se chama licença poética). Seu coração parecia que não ia aguentar ficar em seu corpo por mais tempo, ela sentiu cócegas por seu corpo, enquanto Percy parecia que havia levado uma descarga elétrica boa em sua corrente sanguínea. Para eles, era como se houvesse fogos de artifício sendo soltos dentro de seus corpos e não havia sensação melhor que essa.

    - Annabeth... – ele suspirou quando o beijo terminou.

    - Percy... – ela respondeu sorrindo.

    - Eu te amo. – ele disse ainda de olhos fechados.

    - Eu também te amo. – ela riu.

Eles trocaram mais um beijo demorado e então estava na hora de seguir com o plano. Eles saíram da casa de Sally, montaram nos hipocampos e trocaram um último beijo antes de cada um seguir com seu destino.

    - Não importa o que aconteça, eu te amo. – disse Annabeth.

    - Eu também, afinal, nem mesmo o Lete conseguiu fazer com que eu me esquecesse de você. – ele sorriu.

    - Não faça com que isso vire uma competição. – ela respondeu com um olhar divertidamente ameaçador.

    - Sim senhora. – ele brincou.

    - Até breve Cabeça de Alga.

    - Até breve Sabidinha.

Guido seguiu rumo a Atenas com Annabeth em suas costas, enquanto Blackjack seguiu rumo ao local em que iria acontecer o casamento com Percy. E era bom mesmo o plano falível de Annabeth dar certo, pois eles não tinham nenhuma outra opção.


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Notas finais do capítulo

Sem o mínimo de cinco comentários/reviews por capítulo, sem capítulos novos.