Maybe Gonna Be A Hero escrita por Miss Asgard


Capítulo 28
Capítulo 28 – Running From You


Notas iniciais do capítulo

Hey sweeties, me perdoem pela demora, mas eu tô doente, crise de tendinite, então meu acesso ao computador está praticamente suspenso, mas tentarei postar sempre.
Enjoy it!



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Há alguns dias algo muito estranho tem acontecido comigo. Ou, melhor dizendo, com o meu corpo.

Quase sempre estou sem fome, e quando como o meu estômago rejeita tudo de uma forma desagradável. É muito estranho, mas não posso negar que me é bem comum e bastante suspeito.

Ordenei que chamassem algum curandeiro das redondezas para me examinar melhor e confirmar minhas suspeitas, pedi que o ato fosse particular, para que não chegasse aos ouvidos de Loki, não o quero alarmado por perto.

Minha vida não poderia ser mais monótona aqui, eu sou apenas uma humana num lugar totalmente desconhecido e inexplorado, pelo menos por mim, que é ridiculamente protegida por uma pedra sinistra, que permite que eu suporte as diferenças climáticas e físicas desse mundo.

­–

O curandeiro que me enviaram é um asgardiano que há muito tempo vive na prisão de Jotunheim, não sei quais circunstâncias o levaram aquele local, mas isso pouco me importa agora.

– E então? Já tem alguma resposta para mim asgardiano? – perguntei descrente.

– Sim, minha rainha. – disse o homem, já de idade avançada, e que teve uma vida sofrida, creio eu, por suas feições estamparem o cansaço.

– Então fale.

– A senhora espera um herdeiro do rei Loki. – disse o senhor com um leve sorriso.

Das duas uma, ou ele estava feliz por ter visto minha cara de espanto e descrença, que poderia ter deduzido com facilidade de que eu não queria isso, ou ele realmente acha que é uma boa notícia.

– Mas isso é possível? Quer dizer, Loki é um deus e eu sou apenas uma humana... – disse me agarrando aos últimos fios de esperança e rezando para que ele estivesse equivocado.

– Sim, claro que é possível. Isso acontece com mais facilidade que a senhora imagina. – continuo com seu sorriso.

Ele está se divertindo ás minhas custas.

Eu não mereço.

– Helena, meu amor, acorde, nós temos uma celebração para ir. – sussurrava Loki, ao pé do meu ouvido.

– O que? – perguntei, ainda sonolenta.

– Sim Helena, é o dia do meu nome! – disse ele com seu maior sorriso, me mostrando todos os dentes, tão brancos que quase me fizerem voltar a fechar os olhos.

– É o dia do seu nome, o que isso se refere a mim? – perguntei, sentando-me vagarosamente, enquanto os cômodos giravam ao meu redor.

Que beleza, mais uma tontura.

– Não seja tão atrevida meu amor, não desacate uma ordem do seu rei. – passou suas mãos delicadas sobre minha coxa esquerda – Agora, vista-se. – rapidamente levantou-se e se retirou do quarto.

Levantei vagarosamente, e caminhei a passos sôfregos pelo quarto, sabendo que não posso confiar em minha visão, que tem andado oscilando demais esses dias.

Não poderia ser pior.

POV’s Loki

Já fazia algumas horas que tinha visto Helena perambulando pela festa, ela está evitando ter contato comigo, e eu não faço ideia do motivo. Até os gigantes de gelo dei-lhes uma aparência mais humanoide, para que ela não demorasse a se adaptar ao novo lar.

As pessoas bebiam e conversavam animadamente no salão de festas do meu castelo, que era reservado para as ocasiões especiais, tal como a de hoje.

Hoje é o meu dia.

O dia do Grande Rei Loki!

– Meu rei, com sua licença... – disse um dos guardas que ficavam do lado de fora do castelo.

– Prossiga. – disse eu.

– Nós vimos que alguém chegou por aqui senhor, alguém de Asgard, a Bifrost foi usada, milorde.

– Não me diga... Viram que chegou? – perguntei, preenchido de uma alegria imensa, que irradiava em meu olhar.

– Foi Thor, o filho de Odin. – proferiu o guarda e em seguida mandei que se retirasse.

Esperaria que ele viesse até mim, e nós nos enfrentaríamos, e eu venceria, finalmente demonstraria minha força perante a todos os reinos, a todos os deuses, e todos iriam se ajoelhar perante mim.

POV’s Helena

Tive um susto ao me deparar com o ser de aparência forte, alta e loira a minha frente, era ele, Thor.

– Mas o que...

– Cale-se, você vem comigo. – proferiu Thor, mais rosnando do que falando enquanto me arrastava para longe do castelo.

Céus, vou morrer.

– Você vai me matar? – minha voz saí mais baixa que o esperado, mas ele parece ouvir e para bruscamente.

– Eu vim salvá-la, agora cale-se e ande.

Odeio isso.

Céus, como odeio! Sempre sou a donzela em perigo, que sempre depende da vinda de um herói para salvá-la. Credo, isso é repugnante. Mas dessa vez não posso desconsiderar, ele me levaria de volta para casa, não levaria?

– Thor, espere. Tem algo de que precisa saber. – forço-o a parar. – Eu estou esperando um filho dele. – sussurro.

– Você quer ou não quer ver sua família? – pergunta o loiro demonstrando toda a sua impaciência.

– Quero. – respondo convicta.

– Então vamos, quando quiser Heimdall. – e logo somos sugados por um feixe de luz luminosa, á uma velocidade incrível e inumana.

E eu me dei conta, eu nunca mais retornaria para aquele lugar, por mais que eu o amasse, eu não poderia.

Eu sentiria sua falta eternamente, mas eu teria algo para me ocupar, eu teria um filho de Loki para cuidar, um filho do qual jamais ele soubera, e nunca saberá.

Eu fugi, fugi de sua insanidade, de sua loucura, fugi e não ousei olhar para trás.

Fugi levando comigo a lembrança mais viva.

Fugi carregando seu filho.

Nosso filho.


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Notas finais do capítulo

Podem me xingar, vocês podem, estou deixando. :)
Comentem! :)))