A Verdade escrita por mybdns


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, tudo bem? Eu quero pedir desculpas se algumas vezes os capítulos ficam confusos é que eu me empolgo tanto que acabo exagerando e isso pode comprometer o entendimento do texto às vezes. Qualquer coisa, podem falar, okay? Beijos e muito obrigada mesmo pelos reviews. Beijos, May ♥



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Depois desta confusão toda, o Sr. Flack foi embora e eu voltei para o trabalho. No elevador, Don e eu permanecemos em silêncio por alguns instantes. Depois ele começou a rir.

- Do que você está rindo? – eu perguntei.

- Eu não acredito que você prendeu meu pai.

- Você viu o que ele estava fazendo? Ele não me deu escolha!

- Eu sei, eu sei. Foi muito engraçado.

- Pra você foi. – ele saiu comigo do elevador. Logo que chegamos à sala de análise, vimos Alanis.

- Oi detetive Flack.

- Oi detetive Parker. Como vai?

- Muito bem. Quanto tempo, hein?

- Realmente faz muito tempo. Preciso ir. Anne, depois a gente conversa.

- Tudo bem. – ele se virou e foi embora.

- Já conseguiu algo, Evans?

- Ainda não.

- Melhor ir logo. Seu tempo está esgotando.

- Você não é minha supervisora. Não tem o direito de cobrar as coisas de mim. – disse deixando-a lá.

Encontrei-me com Tyler no corredor.

- E ai, Anne? Alguma novidade?

- Ainda não. Mais eu te prometo que eu...

- Faça seu trabalho, não precisa me dar explicações. Confio em você.

- Obrigada.

- Acho que você não se dá muito bem com a Alanis.

- Dá pra perceber?

- Ela sempre foi uma mulher difícil. Entrei com ela na polícia. Sempre foi assim e nunca vai mudar.

- Ela me deixa louca. – disse baixo.

- Eu sei. Essa é a intenção. Fica calma e não liga pra ela.

- Vou tentar.

O turno acabou e eu estava chegando em casa quando vi alguém correndo até mim.

- Oi Anne.

- Samantha? Você está bem?

- Sim, estou. Você tem um minuto?

- Claro, entre. Fique à vontade. – disse abrindo a porta.

- Obrigada.

- Aceita um café, um suco, água? – ofereci.

- Não eu estou bem. Eu quero te pedir desculpas por não ter contado nada. Eu estou com medo.

- Eu sei querida, mas você precisa me dizer quem fez isso com você. Precisamos prendê-lo para que ele não machuque você e mais ninguém.

- Tudo bem. – ela suspirou. – O conheci na boate que eu trabalho. Ele me convidou pra sair eu aceitei. Ele começou a agir estranho. Um dia, ele quis que eu participasse de um assalto, mas eu fui embora. No dia seguinte, ele me pegou quando estava chegando em casa e fez isso.

- Como é o nome dele?

- É Charlie. Charlie Scott.

- Onde ele mora?

- Eu nunca fui à sua casa. Mais ele tem um estúdio de tatuagem, na Colombus Ave.

- Você nos ajudou muito, Sam. Muito obrigada. Amanhã cedo eu te prometo que vamos prendê-lo. Vou ligar para Tyler.

- Eu preciso trabalhar. Tchau Anne.

- Tchau Sam.

- Ah, eu já estava me esquecendo: obrigada por fazer o meu irmão feliz. Ele precisava encontrar uma mulher como você.

Eu sorri e ela foi embora. Liguei para Tyler para lhe informar o que Sam havia me contado. No dia seguinte, acordei bem cedo e fui para o departamento.

- Madrugou, hein? – disse Mac.

- Oi Mac. Como você está?

- Muito bem. Fiquei sabendo que você está com problemas com sua nova companheira de trabalho.

- Como?

- Tyler me contou.

- Eu estou sim. Acho que ela não confia no meu trabalho.

- Mostre a ela que você é capaz.

- Pode deixar.

- Você tem o meu sangue correndo nas veias.

- Convencido. Falando no diabo. – disse quando vi Alanis cruzar a porta de entrada e vindo em nossa direção.

- Bom dia, Taylor. Evans.

- Bom dia Alanis. – eu disse.

- Bom dia. Querida, eu tenho que ir. Qualquer coisa, liga pra mim. – disse Mac indo para o outro lado.

- Tá. Bom trabalho.

- Pra você também. Até logo, Alanis.

- Até logo, Taylor. – nós duas entramos no elevador e ficamos em silêncio.

- Mac é um homem muito bonito, não é mesmo?

- Sim, ele é.

- Sempre tive uma queda por ele, desde os tempos da polícia.

- Que bom pra você.

- Se ele não fosse casado, eu juro que eu dava umas investidas nele.

- Pena que ele é. – disse meio aborrecida.

 Chegamos ao andar e Tyler estava me esperando.

- Toma um café. – disse me entregando o copo.

- Ah, valeu.

- Pronta pra pegar o sujeito?

- Pronta. Que horas são?

- Nove e meia.

- O estúdio já deve estar aberto. Vamos?

- Vamos.

Nós fomos para a garagem e pegamos o carro. Tyler dirigiu cerca de trinta minutos e nós avistamos o estúdio de tatuagens.

- Deve ser ali. – apontei. Ele estacionou o carro e nós descemos. Entramos no pequeno estabelecimento.

- Posso ajudar? – perguntou um rapaz moreno, cheio de tatuagens de caveira pelo braço forte.

- Claro. Você é Charlie Scott? – Tyler perguntou.

- Sou sim. Dono do lugar.

- Que bom. Você está preso. – eu disse mostrando o distintivo. Ele correu até uma escada que dava para o terraço do prédio e nós fomos atrás. Vimos que ele havia sumido.

- Onde o desgraçado se meteu? – Tyler perguntou.

- Olha ele ali! – eu disse. Charlie estava atrás de uma caixa d’água.

- POLÍCIA DE NOVA YORK. COLOQUE SUAS MÃO ATRÁS DA CABEÇA. – ordenou Tyler, só que o cara não obedeceu e saiu correndo. Eu estava do outro lado e ele veio em minha direção. Coloquei o pé na sua frente e ele caiu. Rapidamente, Tyler o algemou e o levou para o interrogatório.

- Você me deve uma, Hopkins. – eu disse.

- Vai sonhando.

O levamos para o interrogatório e ele fingia que não estava entendo o porquê de estar lá.

- Você sabe por que está aqui, Charlie? – eu perguntei, cruzando os braços.

- Eu não! Vocês são loucos! Eu tenho que trabalhar.

- Você se lembra dela? – disse lhe mostrando uma foto de Sam.

- Eu fiquei com ela umas vezes.

-A agrediu depois.

- Como é que é? Claro que não! Eu sou uma pessoa honesta.

- Oh! Coitadinho. O júri não vai ter pena de você quando te condenar por agressão.

 Eu não...

- Não adianta Charlie. Quando eu combinar o seu DNA com os epitélios que eu recolhi das mãos da Samantha, você vai se dar muito mal.

- Ela é uma vagabunda! Eu pedi pra ela me fazer um favor e ela não fez! Além dela ter me traído com uma babaca.

- E você se achou no direito de bater nela?

- Ela mereceu.

- Ah, ela mereceu? Sabe aquele acara que tá lá fora? – eu disse apontando para Flack, que estava vendo o interrogatório.

- O que tem ele? Ele é detetive, e daí?

- Ele não é um simples detetive, Charlie. Ele é irmão da Samantha. Bater na irmã de um policial foi um ato muito inteligente da sua parte.

- Eu não...

- Sabe de outra coisa? Eu to louca pra te deixar sozinho com ele pelo menos cinco minutos.

- Você não seria capaz de fazer isso. E nem ele.

- Olha pra cara dele. De perto. – fiz um gesto para Flack entrar. Ele entrou e sentou na cadeira de frente com o agressor.

- E ai Charlie? – Flack disse. – tudo bem?

- Acho que ele tá com medo, Flack.

- Ele tá parecendo uma criancinha.

- Cadê a sua pose de machão? Vamos, eu quero ver. – eu podia ver o pânico em seus olhos.

- Por favor, detetive. Não faça isso comigo. – ele suplicou.

- Agora ele pede “por favor”. Porque não pensou duas vezes antes de agredir uma mulher, hein? Se meta com alguém do seu tamanho.  – perguntei.

- Eu sinto muito.

- Seu imbecil. – Flack disse o agarrando pelo colarinho e o jogando contra a parede.

- Eu sinto muito... – ele disse se encolhendo.

- Você sente. Vira ai. – ordenou.

Charlie se virou e Flack o algemou.

- Vai passar um bom tempo na cadeia pra aprender. Lá têm caras duas vezes maiores e piores do que você. Vai virar uma mocinha. – disse balançando a cabeça. Flack o levou para a cela depois voltou.

- Obrigado. – ele disse se virando para mim e para Tyler.

- Só fizemos o nosso trabalho. – completou Tyler.

- Pensei que nunca iriam resolver este caso. – disse Alanis, com arrogância, surgindo atrás de nós.

- Eu disse que a gente iria resolver. – disse sem me virar.

- É. – ela se virou e foi embora.

- Ela quer nos deixar loucos? – Tyler perguntou. – ela era uma mulher difícil, agora ela está insuportável.  

- Foi você que a contratou. – eu disse.

- Se arrependimento matasse, Anne, eu estaria morto.

- O Flack também a conhece, não é?

- Eu a vi algumas vezes. Troquei meia dúzia de palavras com ela!

- Sei...

- Que tal a gente tomar um chopp? – convidou Flack, desviando do assunto. – precisamos relaxar!

- Eu não vou atrapalhar vocês, não é? – perguntou Tyler.

- Claro que não! – eu disse. – vamos logo!

- Já que é assim... 


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