Ryan estava em seu quarto arrumando sua mala enquanto escutava sua mãe discutir com alguém ao telefone:

– ‘’ não posso deixar isso acontecer; Eu não posso me afastar dele – Ela repetia aquela frase mais uma vez ao telefone, alguns segundos de silencio e ela respirou fundo até enfim responder – Ok mas será por pouco tempo.

E após tais pronuncias desligou o telefone, respirou fundo, passando a mão pelos fios louros dirigiu-se até Ryan

– Quer ajuda Ray?

– Não mamãe, já estou acabando – Falou enquanto colocava mais um brinquedo na mala, alias brinquedos era a única coisa que parecia ter na mala, o que fez Riza rir por um momento.

– Você tem que levar roupas também Ryan, não apenas brinquedos – Falou enquanto pegava algumas mudas de roupa no armário e se dirigia até a mala dele tirando alguns brinquedos que sabia que ele não usaria e colocava as roupas no lugar de tais.

– Por quanto tempo vou ter que ficar fora mamãe?

– Não sei Rya, mas será por pouco tempo, só até as coisas se ajustarem – Disse sentando-se ao lado do filho na cama enquanto o abraçava.

– Mas e se não for por pouco tempo? E se a guerra nunca acabar? – Questiono o pequeno enquanto abraçava fortemente sua mãe, o som de sua voz saiu abafado devido o rosto estar escondido entre os braços de sua mãe.

– Guerras não duram para sempre Ryan, e confie em mim meu pequeno rei, vai dar tudo certo; Já falei com Rebecca ela vai tentar pegar uma transferência para a central e fica mais perto de você, daremos um jeito em tudo meu pequeno nem que tenhamos que falar com o próprio Fuhrer – Se ela pudesse revelar que ela era com certeza seria bem fácil conseguir a papelada para que Ryan não precisasse ir ao refugio, mas era arriscado, como qualquer coisa que pudesse fazer com que Ryan não tivesse que ir a tal refugio, era arriscado e riscos era uma coisa que a Hawkeye não queria correr, mas também não queria se afastar de seu filho porém sacrifício era algo que tinha que fazer para mantê-lo a salvo, e o que mais a preocupava, o fato de estarem solicitando crianças para o refugio talvez significasse que as coisas estavam para piorar.

– Eu acredito em você mamãe e você vai conseguir – Ele falou enquanto colocava suas pequenas mãozinhas no rosto de Riza, limpando as lagrimas que no rosto dela cairá e assim Riza o abraçou fortemente beijando as pequenas bochechas de sua prole.

– Eu te amo meu pequeno rei

– Hai, Aishiteru – Respondeu Ryan

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Mal havia voltado do campo de batalha e tinha outras tarefas para fazer, ser Fuhrer era realmente algo estressante e trabalhoso, mas em momento algum esperou que uma guerra acontece-se em sua época de comando, ele só queria acertar as coisas, os erros que havia cometido no passado; Porém infelizmente a ganancia ainda era a base do mundo trazendo ódio e revolta com alguns ishivalianos que insistiam não ceder à guerra, eles não queriam paz, queriam apenas a vingança. O que fazia o alquimista das chamas se perguntar até que ponto aquilo tudo chegaria, quantos anos iriam demorar, para que a paz pela qual ele tanto batalhava volta-se? Isso só o tempo diria. A única coisa que não fizera Mustang se entregar ou desistir era saber que tinha alguém para quem lutar alguém para quem voltar, era isso que mantinha ele acordado e determinado toda vez que entrava em campo, sua família.

Roy estava parado no meio do campo de refugio, era a ultima revisão antes das novas crianças chegarem queria se certificar que estava tudo perfeito para eles se sentissem acolhidos afinal estariam longe de sua família e Roy sabia bem como era deprimente estar longe de sua família, já fazia quatro longos anos que não via a sua “tenente” e nem se quer teve a chance de ver seu filho e ele se perguntava todos os dias de como o garoto devia ser ou com quem ele devia se parecer, será que teria os olhos de Riz ou os dele? A personalidade? E o sorriso?

– Senhor esta tudo pronto, as crianças chegaram dentro de alguns minutos ...

– Obrigado soldado, dispensado – Roy falou e o jovem bateu continência se retirando, estava tudo certo para acolher os pequenos.

Não demorou muito e a porta do grande prédio onde as crianças ficariam fosse aberta e ali adentrassem muitas crianças, todas pareciam cabisbaixas mas não era para menos, Roy suspirou profundamente, queria deixa-las o mais aconchegadas possíveis mas elas primeiro teriam que se acostumar com o fato de estar longe da família mas dentre eles lhe chamou a atenção um grupo de três crianças, o que aparentava ser mais velho tinha cabelos louros e olhos azuis e ao seu lado estava uma garotinha de cabelos louros igualmente parecido com o dele porem ela continha olhos cor de mel que pareciam ouro de tão brilhante a menina chupava o dedo de uma mão enquanto com a outra segurava a mão do garoto mais velho que no momento tentava consolar um garotinho que estava sentado no chão abraçando os joelho e tudo que Roy consegui ver era seu cabelo de um tão negro.

– Hey o que houve? – Ele perguntou enquanto se aproximava da criança chorosa ficando de joelhos para que ficasse mais próximo a estatura dos pequenos

– Eu quero minha mamãe... – Ele soluçou em meio ao choro

– Bem, talvez eu possa resolver isso afinal eu sou o Fuhrer, mas primeiro você deve parar de chorar e se acalmar – Disse Roy calmamente.

O garotinho tirou o rosto dentre os joelhos e ainda com dificuldade e soluçando um pouco questiono

– Você é o Roy Mustang?

– Hora você já me conhece – Ele disse com um sorriso em meio aos lábios e o garotinho fez que sim com a cabeça – Como você se chama?

– Ryan – Ele respondeu