Baby Daddy escrita por IsaaVianna LB, Lady, Cristina V


Capítulo 6
Uma Enfermeira "Boa" Demais


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie!
Gente, primeiramente, mil desculpas pela demora! Aconteceram uns problemas com minha conta e depois de comunicação com minha co-autora... Mas resolvi postar mesmo assim!
Esse capítulo é mais pra introdução :/ Mas espero que gostem!
Boa leitura!



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Todas as manhãs, antes de tomar seu banho, Percy se arrependia de ter concordado com a ideia de mais dois marmanjos para dividir o único banheiro do apartamento. Luke dormia no sofá, Nico em uma cama improvisada com lençóis no chão. Francamente, pensava Percy, atear fogo no próprio apartamento era demais até para eles.

Depois de alguns dias com sua filha, percebera que nunca se arrependeria de ter decidido ficar com a garotinha. Agora olhava diretamente nos olhos muito verdes do bebê, que estava no colo de Grover, que a distraia.

– Sério cara, minha bunda está dormente. - Reclamou Grover. - Isso é um consultório pediátrico ou um ponto de venda de cartelas de bingo no Harlem?

– É o único atendimento de qualidade que o plano atende… Não é como se estivéssemos aqui por um eternidade.

Não era totalmente verdade.

– Tudo bem. - Suspirou. Olhou para a garotinha, que brincava com as chaves do carro do pai e não fez um único movimento quando a viu direcionando-as até a boca. Algumas bactérias a mais, outras a menos… Não devia fazer tanta diferença assim. - Mas espero que a enfermeira não tenha barba e uma verruga enorme na ponta do nariz. - Terminou arrancando uma risada cansada do amigo.

Cansaço. Isso ultimamente resumia Percy. Quando não estava pegando turnos extras no bar ou tentando colocar alguma ordem no apartamento, estava cuidando de Emma, o que resultava em muito trabalho. Quem diria que ser pai e anfitrião daria tanto trabalho?

Todo mundo, claro.

Esperaram um tempo considerável antes de finalmente ouvirem o nome de Emma ser chamado pela recepcionista. Agora, a oficialmente, Emma Jackson teria sua primeira consulta com pediatra.

– Terceira porta à esquerda. - Disse a moça simplesmente. Percy já teria conseguido seu telefone em outra ocasião, mas não achava que outra garota era uma opção naquele momento. - A doutora está lá em alguns segundos.

– Obrigado. - Ele disse, tirando a filha do colo de Grover.

Entraram na sala bem decorada conversando sobre a atual divisão de tarefas. A única vantagem de ter mais três pessoas na casa.

– Só estou dizendo que da próxima vez que aceitar pessoas daquele porte morando conosco na minha casa, eu vou te colocar pra dormir no banheiro.

– Não exagera, Grover… Não é como se fosse algo permanente.- Explicou-se Percy. -Além do mais, eles prometeram não tocar na sua comida e ajudar nas tarefas domésticas. Inclusive, cuidar de Emma.

Grover não ouviu muito. Caminhou até os armários, entusiasmado.

– Cara, e é aqui que eles guardam as coisas grátis! - Abriu o zíper da bolsa de Emma e começou a colocar bolas de algodão dentro dela.

– Grover!

– O que? Ah, por favor, não trave o sistema! Por que acha que sempre temos papel higiênico e guardanapos?

Percy colocou Emma sobre a maca, dando de ombros em seguida.

– Pegue alguns depressores de língua também! - Entrou na brincadeira. - São ótimas baquetas!

A porta se abriu e uma garota, muito bonita, adentrou o lugar. Os dois pararam imediatamente para observa-la. Tinha os cabelos loiros platinados que chegava a sua cintura, olhos grandes e bem delineados com uma cor não convencional que mesclava um castanho e verde escuro. A boca estava marcada com batom rosa, que os rapazes detestariam se qualquer outra pessoa estivesse usando. Mas tudo nela parecia combinar.

– Emma Jackson? - Ela disse. Percy deu um passo para o lado para que ela pudesse ver a garota na maca.

– Bem aqui. Eu sou Percy, pai dela. - Sorriu sem quebrar o contato visual. Talvez uma garota fosse sim uma opção.

– E eu - Disse o outro. - Sou Grover. E nós não estamos juntos. - Acrescentou para esclarecer.

Percy o olhou com incredulidade.

– Por que fica dizendo isso às pessoas?

– Cara, é Nova Iorque! - Justificou - As pessoas sempre acham.

– Ninguém acha isso! - Devolveu o moreno.

– Eu achei. - Disse a enfermeira.

Percy arregalou os olhos em resposta a cara de satisfação do melhor amigo.

– Oh… Nós não estamos juntos. Eu sou Percy Jackson, pai hétero e muito solteiro da Emma.

– Bom saber, pai hétero e muito solteiro da Emma. - Ela sorriu. - Sou Amy Solace. Enfermeira aprendiz.

– Que coincidência, porque sou um pai aprendiz.

Grover não segurou a risada. Finalmente ele estava voltando a ser o velho Percy.

– Vamos começar a triagem… - Olhou para a prancheta em sua mão. - Tem algumas coisas que não foram preenchidas na ficha…

– É, tem algumas perguntas bem difíceis aí… - O moreno baixou o olhar.

– Dia do nascimento? - Ela disse olhando para a ficha. - Histórico da mãe…

– Coloca um ‘X’ - sugeriu Grover.

– Bem, isso é complicado… Uma história complicada e - Disse coçando a nuca.

– Na verdade, ele teve uma transa de uma noite, depois eles se separam e ela deixou o bebê na porta, nem é tão complicado. - O amigo disse tudo em fôlego só.

Percy Fuzilou o amigo com o olhar e hesitou antes de voltar a olhar a enfermeira. Qualquer chance parecia ter acabado ali mesmo.

– Olha, Emma agora é a única garota da minha vida então por favor, garanta que ela fique bem. - Pediu.

Amy o olhou com pesar. Aquele cara podia ser um galanteador barato, mas estava mais do que claro que ele estava se esforçando para criar a sua filha. Ela tirou uma folha do bloco e rabiscou alguns números.

– O Dr. Apolo vai estar aqui a qualquer momento. - Estendeu-lhe o papel. Percy pegou e franziu o cenho ao constatar que aquilo não fazia muito sentido.

– O que é isso? -Perguntou.

– É o meu telefone. - Ela sorriu, o acompanhando. - Ligue-me quando quiser, Percy hétero e muito solteiro. -Ela piscou e saiu deixando os amigos sozinhos novamente.

– Cara! Você acabou de ser cantado por uma enfermeira gostosa! Vai ligar?

O sorriso maléfico de Percy se alargou.

– Hoje mesmo, meu caro, hoje mesmo.

***

– Mas Nico, você pode passar na lavanderia a caminho do trabalho! - Protestou Luke. - Se lembra da última vez que eu fui? Se não se lembrar, olhe sua gaveta de cuecas cor-de-rosa.

Os garotos discutiam as tarefas. Era tudo tão mais fácil se pudessem fazer como no apartamento deles: colocar as acompanhantes para lhes prestarem esse tipo de favor.

– Não adianta. Você teve azar. - Nico estava irredutível.

– Eu não posso cuidar de Emma, você sabe disso! E se aproveitou… Eu vou estar trabalhando durante a maior parte da noite.

Luke era dançarino exótico na mesma balada em que Nico trabalhava de barman. Aliás, fora assim que conhecera Percy, trabalharam em algumas festas juntos durante muito tempo. A perspectiva de morarem juntos era boa, mas aquele momento parecia o mais inadequado possível. Luke atravessou o balcão e começou a pegar todas as roupas sujas que estavam esparramadas pela casa. Homens…

– Desfaça essa tromba. - Ralhou Nico. - Os caras estão sendo legais em nos deixar ficar aqui… Ajudar é o mínimo que podemos fazer.

– Só queria entender porquê eu sou o único que me dei mal. - Jogou uma cueca no cesto. De qem era? Como fora parar no balcão? Por que tinha um desenho de cupcake? Esse e outros mistérios sexta, no Globo Reporter.

– Eu vou ter que cuidar da Emma! - Disse Nico colocando um cereal murcho em uma tijeta de vidro. A única caixa que não tinha o nome de Grover gravado. - Sabe que não me dou muito bem com crianças.

– Ai claro, que sacrifício. - Luke revirou os olhos. - Passar a noite com a gostosa da Annabeth pra te ajudar.

Nico riu. Não parara muito pra pensar no assunto. Sempre fora muito observador e, não que precisasse ser um gênio para perceber, mas durante os poucos dias que vivia naquele apartamento, percebera que Annie só tinha olhos para Percy e nem ao menos percebia que os sentimentos de Tyson pela garota iam além de amizade. Percy em toda a sua lerdeza não percebia nada e isso o fazia sentir pena.

– Arrgh! - Luke fez uma careta, erguendo uma camisa extremamente suja. - Isso tá podre! Pelo tamanho, é do Tyson.

Nico tampou o nariz. O odor o incomodava mesmo com a distância considerável.

– Caras, vocês viram a minha- Tyson saira do quarto apenas de roupão. Ele parara de falar assim que notou exatamente o que estava procurando na mão de Luke. Caminhou na direção de Luke com a expressão desconfiada. - Camisa da sorte.

Luke arregalou os olhos diante da ameaça eminente de Tyson. Não entendia porquê, mas tinha certeza que o grandão nutria uma antipatia por ele.

– Aqui cara. - Estendeu o tecido mal cheiroso. - Só estava levando para a lavanderia.

Aquilo deveria acalmar o Jackson, mas por algum motivo, pareceu o deixar triplamente mais furioso.

– Você quer arruinar a minha estréia no NY Rangers? - Indagou. - Eu uso essa camisa em todos os meus jogos, desde que tinha quatorze anos! Você deve torcer pro Ducks! E nunca, nunca lavei ela… Atrai sorte.

– Talvez isso aconteça porquê repele todo o resto… - Nico ponderou.

***

Annabeth odiava tudo aquilo.

Pior do que ouvir sobre o encontro bem sucedido do cara que gostava desde o jardim de infância era um programa de garotas com Amy. Ela jamais iria em outra circunstâncias, mas um pedido de Percy era quase uma ordem. Ela odiava aquela garota por vários motivos além de Percy: Seu cabelo brilhoso, sorriso sincero, conversas maduras… Percebeu que ela era o que o ate então amigo precisava. Aquela garota era tão detestável que nem ao menos conseguia odiá-la.

Mas algo lhe ocorreu.

Adentrou o bar irritada. Tyson já estava no balcão, a sua espera como o esperado. Ela estava na sua terceira dose de whisky.

– Tyson, ele tinha razão. Ela é extremamente bonita e cativante… Uma pessoa muito legal, ou seja, eu realmente odeio essa garota. Até que, você tinha que ver… Ela me deixou ficar com o último par de botas da liquidação!

Tyson franziu o cenho.

– Ótimo, não? - Ele disse dando um gole em sua cerveja.

– NÃO! - Exaltou-se. - Nenhuma garota faz isso. Ninguém é legal a esse ponto! Eu preciso provar pro Percy que essa garota é uma víbora.

– E o que pretende fazer?

– Ainda não sei. - Suspirou. - Mas pensarei em algo até o seu jogo de estréia amanhã. Convidou os garotos?

– Sim. Até o idiota do Castellan. - Cerrou os punhos. Aquele idiota que dava em cima de Annie a todo instante não merecia aquele ingresso.

– Bom… - A loira disse ignorando a última parte. - Ela também vai estar lá.

É, esse relacionamento não duraria muito tempo. Não se dependesse da loira.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que Annie está tramando? O que esperam desse jogo?
DEIXE UM REVIEW NOS FAÇA FELIZES!
Por favor, se ainda tem alguém aí, comente! *0* O próximo vai ser postado logo! Estou aproveitando esse tempo de folga da escola pra atualizar todas as fics... Ahh, passem no perfil das autoras, se não for incômodo! Tem muitas fics legais!
Beeijos ;** Até o próximo!
Isaa