O Anjo Caído (HIATUS) escrita por Manu


Capítulo 15
Capítulo XV - "Culpa?"


Notas iniciais do capítulo

Mais um título nada criativo para voces! xD hahah
Perceberam que de um tempinho para cá mudei a classificação etária da fic? Pois é, eu dei uma relida no capítulo V, "Sofrendo Com Os Reflexos Do Corpo Humano" e.... Achei que tava muito Ecchi para pessoinhas de 13 anos! SHAUSHU (pelo menos deveria ser kkk) As de 16 eu sei que aguenta que é uma beleza.... huuum... =w= SHAUSHau -q. Tá, parei com a loucura! e-e kkk
E sim, para quem percebeu, eu tomei duas semanas e um dia para escrever esse capítulo, mas é só porque agora to tentando escrever eles mais longos, porque tem leitor que gosta deles assim! rsrs xp Pelo menos é o que eu li num review ai :V hehehe
Enfim, espero que gostem deste! Boa Leitura, caros humanos! :D hahah -q
Obs.: Também sou humana, caso alguém duvide. Mesmo que juntando as iniciais do meu nome e sobrenome temos "et", não vim de Marte nem de outro planeta, ok? hasuahus -qqeutofalandogezuis?! kkkkk
Parando com a encheção de paciência... Agora é sério, espero que curtam o capítulo ~.. ^-^



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Impus minha mão sobre a dela — que por sinal estava em nossa face. O rubor nas bochechas da ruiva continuava ali e a mesma não nos entreolhava, envergonhada... Por que tão humana?

Levantei seu queixo com uma das mãos e aproximei nossos lábios.

Ah... Os batimentos do meu coração já se aceleravam como anteriormente. Ela utilizava de seu dom, descontrolando meus sentidos do modo mais drástico possível...

— Arian! — Exclamou Dona Molly adentrando na cozinha com as mãos nos quadris.

Ah, claro...! Um anjo não pode se divertir na Terra sem ser interrompido, não é mesmo?!

Revirei os olhos de Arian e os voltei à garota. Tentei tocar seus lábios novamente, entretanto ela me afastou dando um leve empurro ao mesmo tempo em que gaguejava um “Não, Arian...”.

— Me... Me desculpa, Dona Molly... — A garota pediu com o olhar baixo, acariciando seu antebraço.

“Diga que é culpa sua!”, ordenou Arian.

“Mas é claro que não... O que uma tentativa de beijo tem demais?”, perguntei.

— Ó, Deus, eu sabia... Sabia que não deveria ter deixado vocês dormirem no mesmo quarto!— A mulher disse com a mão direita na testa.

“Tudo...! Mamãe sempre disse que eu tenho de ser puro até que encontre a mulher certa!”, retrucou.

“E o que te garante que esta não seja Cassie?”, indaguei. Arian ficou surpreso com minha pergunta e, para ser, sincero... Eu também.

“B-bom... Nada, mas...”, ele começou.

— É tudo culpa minha, mamãe. — Articulei.

Dona Molly ficou surpresa — Que “ótimo”. Mais um na lista dos incrédulos... Humph. A ruiva olhou para Arian intrigada e quando ela abriu a boca para pronunciar um “não” eu continuei a falar:

— Eu queria beijá-la, então eu a agarrei. Porém, você chegou e acabamos não fazendo nada... Mamãe.

‘Mamãe’... Eu queria cuspir essa palavra de tão melosa que era. Entretanto, também era necessário o uso deste tipo de coisa para soar como algo que Arian diria. Faz parte do vocabulário ridículo dele, não há como fugir.

A mulher, digo... Dona Molly ainda mantinha indignação em seu semblante. Que droga de situação. Mas espere um pouco... Por que estou me importando? Que eu saiba, não preciso da aprovação da mamãezinha do Arian pra nada. Porém...

— N-não...! — Ela balbuciou relutante, com as sobrancelhas indignadas. Sim: ela negava minha afirmação que passava bem perto da verdade, mas impunha toda a culpa em mim. O que ela almejava fazer...? Defender-me? Manter a imagem “santinha” diante da mãe de Arian?... Difícil de saber.

Dona Molly apenas nos observava, enquanto Cassie procurava palavras, ou melhor... Desculpas para a situação. Encarava-me de punhos cerrados, como se a resposta estivesse perdida pelo minha face e seu corpo numa posição que demonstrava completa oposição. Abriu a boca para tentar replicar, contudo não conseguiu e acabou suspirando, rendida.

— Foi... Isso mesmo que aconteceu... Dona Molly. — Afirmou de cabeça baixa e os dedos entrelaçados; os apertava um contra o outro por causa do nervosismo. Sua franja vermelha cobria boa parte do rosto de propósito.

Dona Molly bufou.

— Hoje você vai dormir no sofá, mocinho! — Ela ordenou com o dedo apontando em minha direção.

— No sofá? — Indaguei com uma das sobrancelhas arqueadas. É isso que eu ganho por fazer as coisas que Arian pede.

— No sofá! E a Senhorita Cassie no seu quarto! — Ela bufou fazendo um movimento de negação com a cabeça. — E eu pensava que meu filhinho não cairia na tentação carnal tão facilmente...! — Choramingou.

— Tentação... Carnal? — Repeti estranhando.

— Por que meu Deus? Foram as mini camisolas, não foram?! Oh, sim! Com certeza foram...! Ah, meu Senhor...! Que lástima! — Ela lamentava fazendo o maior drama com a mão na testa e gestos quase provenientes de peças teatrais.

— Dona... Molly? — Chamou Cassie também estranhando.

Dona Molly... Essa albina sempre me foi estranha. Incrivelmente, mais do que a ruiva. Sem dizer que ela é uma mulher “meio” — ok, pratiquei eufemismo — totalmente pirada, também. Aliás... Parece ser hereditário... Essa alucine. Assunto à parte. O estranho mesmo era eu estar ali, ouvindo aquela bronca e sofrendo as consequências. Não parecia algo que eu faria em meu juízo perfeito.

— Amanhã... É Sexta-feira. — Ela nos lembrou. — Ou melhor... Hoje. Já que acabamos de passar da meia-noite.

Sim: presenciávamos a madrugada de uma sexta-feira. Analisei os fatos e descobri naquele instante que Arian e eu tínhamos ficado em coma durante dois dias e acordado no terceiro, que por acaso eu resolvi fugir do hospital, “roubar” uma biblioteca e quase ser enforcado por uma bibliotecária possuída... Um simples dia de um ser celestial no mundo humano sob seu receptáculo! Olá... O que os humanos chamam de “ironia”; você acabou de se fazer presente.

— E... O que tem demais em amanhã ser... — Comecei, até que Dona Molly cortou minha fala drasticamente.

— Aula, aula! Amanhã vocês tem aula! — Exclamou de um jeito dramático (ou teatral, novamente), jogando suas mãos no ar repetidas vezes enquanto se encaminhava às escadas. Olá, o que os humanos chamam de “loucura”. Sua presença foi bem notável e perceptível... Dona Molly, alguém realmente deveria orar pela senhora. — Vão dormir crianças, dormir! E não quero acordar de manhã e ver que dormíramos dois no mesmo quarto! Castigar não é fácil para uma mãe não! Não mesmo! —Avisou em voz alta num tom que nem parecia tão adversativo enquanto subia as escadas. Clássico modo de repreender (digo por experiência) daquela mulher albina.

Sim... Humanos são muito estranhos. Principalmente a mãe do menino Etthan, eu diria. Mesmo repreendendo, ela não deixa sua gentileza de lado. Como diz um ditado terreno “Tal mãe, tal filho”. Arian também costuma fazer esse tipo de coisa. Na verdade, sempre fez isso desde o primeiro momento em que eu o conheci. Ele raramente é indelicado comigo ou com qualquer... Ser vivo. É algo extremamente intrigante; realmente difícil de entender essa... Coisa que os humanos têm. Ou pelo menos o Arian e os humanos que o cercam.

Gentileza... Delicadeza. Bondade juntamente com... Pureza. Algo deveria dizer... Celestial? Ou... Próximo a isso. Não consigo verdadeiramente definir. Só sei que... É muito trabalhoso de se compreender a meu ver.

Logo depois que a mãe de Arian subiu as escadas como louca — no intuito de ir se deitar, provavelmente, avaliando-se por suas olheiras—, Cassie virou-se em minha direção um pouco desconsertada. Parecia querer dizer algo.

— Você... Quer dormir no seu quarto? — Ela perguntou.

Arqueei uma sobrancelha. Depois de Dona Molly dar a maior bronca em nós três e principalmente, em Arian e eu... A ruiva pretendia desobedecer às ordens da mulher albina de meia-idade? Arian também não compreendeu.

— Podemos trocar se preferir... Não parece agradável para você dormir no sofá, aliás... — A humana deu de ombros, acariciando seu antebraço. Não me entreolhava. — Minha estatura é menor que a sua; então eu não me incomodaria tanto de dormir ali... Comparando entre nós dois... Com certeza você pode machucar suas costas. Acho que... É mais adequado para mim, sei lá. — Explicou sem jeito.

“Cassie... Sempre tão gentil...”, pensou Arian.

— Ah... — Pronunciei num feixe de razão. Aquela garota... Desejava o bem ao corpo de Arian ( mais uma vez era estranha, como sempre). — Não, ruiva. Digo... Cassie.

A garota estranhou meu linguajar. Arian não costuma e nunca costumou chamar a garota ruiva de “ruiva”.

— Isso... Não seria bom. Desobedecer à... — Quase não soltei aquela frase. — Desobedecer à mamãe não é certo...

“Não mesmo...”, o albino pensou.

— Bom... Isso eu sei. Mas é que... De algum modo penso que tudo isso é culpa minha. — Ela deu de ombros outra vez.

— Não, ruiva... — Droga. Errei de novo. — Digo... Cassie. — Tomara que esses descuidos não despertem suspeitas na mente dessa garota. — Foi... Tudo culpa minha. É melhor você dormir no meu quarto mesmo.

Ela nos olhou com... Simplesmente tive certeza que aquilo era uma expressão de dúvida, receio, desconfiança.

— Arian, você... — Ela começou a dizer, apertando os olhos.

— Eu...? — Indaguei nervoso por dentro.

“Ah, Deus... Será que...?”, começou Arian.

Ela pensou um pouco. Eu também me sentia inseguro.

— ... Nada. Parece diferente, só isso. — Expos.

— Diferente...? — Perguntei. Era impossível que ela descobrisse.

— É... Não sei o que é. Só que... — Ela tentou se explicar, sem sucesso. — Bom... Deixa para lá. Eu devo estar ficando louca ou... Não sei. — Envergonhada, ela corou abraçando a si mesma. — Já que não quer dormir em seu quarto... — Ela suspirou. — Boa noite, Arian... — Falou encurvando um pouco a cabeça por um segundo antes de sair.

— Boa noite... Cassie. — Respondi e fui me deitar.

Arian e eu ficamos certo tempo — considerável, na realidade. Não foi tão poucos minutos — acordados, cada um com seus pensamentos. De vez em quando eu era capaz de sentir repetidas sensações de aperto no coração por culpa de Arian... Porém não seus pensamentos. Não ouvi sequer uma frase. Sem dúvidas, estranho. Arian geralmente deixa frases escaparem aqui e ali. Contudo, não nessa noite. Nessa noite, não pude ouvir nada... Apenas sentir.

Confesso que fiquei um pouco receoso com isso. Arian estava conseguindo controlar sua privacidade mental, o que em alguma ocasião de conflito entre nós pode ser extremamente prejudicial a mim... Só espero que algo assim não aconteça, para o nosso bem — e o meu, claro, principalmente.

Caímos no sono acerca das duas e meia da manhã. Dormimos e o sonho acabou sendo formado por nossas mentes conjuntamente.

Suspirávamos... Ou melhor, ofegávamos como anteriormente.

Nossa mão branca tocava aquele rosto macio.

— E-eu... — Os lábios de Arian sussurraram por vontade própria.

Aproximamo-nos à morte, ou melhor... Àqueles lábios suaves e rosados que pareciam ter alguma poção ou veneno viciante. Minha mão direita foi à sua nuca e a esquerda à cintura. Era impossível possuir autocontrole naquela situação. Desejei tomar a maior dose possível daquele tóxico, até que o corpo de Arian me limitasse, como sempre fez. Por mais inacreditável que fosse... Eu sem dúvidas desejava ser envenenado. Seria um suicídio com vigor, pois eu nunca havia tido sensação igual. A melhor intoxicação que poderia atingir um ser celestial como eu; o jeito mais perfeito de morrer. Sim: eu desejava morrer. Porque, àquele ponto, parecia-me apenas uma consequência.

Com nossas faces ainda perto uma da outra eu resolvi ir ao encontro de seus lábios, meus dedos continuavam em seu queixo. De repente fui parado pelos seus dedos indicador e médio. Afastei-me e sem reação a encarei.

— Não faça isso... Uriel. — Ela disse.

“Como?!”, eu pensei.

— Não se aproveite do corpo do Arian e... Dos sentimentos dele. — Murmurou.

Olhei para ela indignado. “Como... Poderia saber?!”, pensei.

E-eu...

Um sentimento doloroso proporcionado por mim afetou-me. Era como se algo me impusesse que as minhas atitudes com respeito à Arian não fossem aceitáveis, almejasse que eu me redimisse de algum jeito e que eu parasse de agir de um modo tão egoísta, negligente, impuro... Assim como eu sempre fui. E essa sensação fazia eu me odiar. Era algo totalmente novo para mim, nunca havia sentido isso. Tão... Estranho. Incômodo. Parecia... Uma coisa que eu havia lido em livros humanos; algo que eles costumam chamar de... “Culpa”.


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Notas finais do capítulo

Imagem final do capítulo, caso não aparença (presumo que não... ¬¬): https://lh5.googleusercontent.com/-3COfxlCArTE/Uu29RHLGy9I/AAAAAAAAAaU/wvuHvOp3M0I/w400-h225-no/Imagem+O+AC+CAP%C3%8DTULO+XV+-+Arian+(Uriel).png

Vishie, "treta" mental, alá! :V heheheheh Maneiro. Gostei do capítulo LoL hahah
Sou doida mesmo, mas gosto de saber a opinião de vocês sobre os capítulos.... Estou respondendo reviews, sei lá.
Ps.: A fic não é movida a reviews, mas eu sou maldita por essas coisas. Eu goxtio de falar com cês! :V heheheh