O Anjo Caído (HIATUS) escrita por Manu


Capítulo 10
Capítulo X - "Um propósito?"


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa. Realmente, estou amando escrever isso aqui pra vocês ♥. Fico muito feliz quando vocês leem e mandam review, dizendo suas opiniões sobre a história. Sério! Isso me deixa muito feliz! Obrigada mesmo pessoal. (: Ah, notícia! Pretendo colocar imagens nos capítulos quando encontrar as adequadas! Portanto, se você viu uma imagem na qual o personagem é parecido com algum desta fanfic aqui, porfavor me mande heheh. Já tenho algumas, porém ajuda nunca é demais! rsrs



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— Quem? — Falei voltando um passo para dentro da igreja. Ajoelhei-me novamente, com a mão direita no peito.

“Anjos caem... T-tanto mortos por seus próprios irmãos quanto perdendo as asas e junto com elas suas memórias... Alguns, Uriel... Ainda resistem a tormentas no céu”.

A voz soava como se o falante estivesse com dificuldade de respirar ou até mesmo ferido e... Eu estava pasmo. Não acreditava no que aquele alguém me dizia. Eu não me lembrava de conflito algum no céu que poderia travar algum tipo de batalha, afronta ou...

— Como assim? — Indaguei de uma vez.

“Como percebes... Tu não és o único a sofrer Uriel, mas... Sobre ti tiveram misericórdia. Não acreditam em tua benevolência... Assim como ti.”

— Miseri...

“Você tem de protegê-la... Protegê-la...”.

Sem entender, pisquei demasiadamente.

— P-proteger...?

Como ousava... Seja lá quem for... Pretendiam me dar ordens?! Minhas sobrancelhas se juntaram, demonstrando minha ira.

“A última esperança, a descendência da última habitante de Arcadia, da Terra Divina... Proteja-a”.

Depois da fala, meu semblante mudou totalmente. Minha ira foi trocada por dúvidas.

— O que...

“Temo que...”

O silêncio se pôs por alguns segundos. O ser hesitava em prosseguir com sua fala.

Claramente morrerei. Porém Uriel... Ouça teu coração. Tome atitudes considerando os lados mais profundos da tua alma...”.

— Lados... Da minha alma? — Falei sem entender.

“Creio em ti, Uriel... Tu és capaz... És capaz...”.

— Capaz de quê?! — Falei tremendo-me todo e arquejando.

“De protegê-la”.

Senti algo estranho em meu peito e então, de algum modo... Eu sabia. Sabia que este ser que eu tinha feito contato agora mesmo estava morto. Foi como... Se eu tivesse sentido seu último suspiro. Como... Se eu tivesse sentido ele ou ela... Morrer.

Mas... Quem ou o que era este que se foi?

Uma lágrima derramou-se do meu rosto involuntariamente.

“Uriel... está chorando?”, perguntou-me Arian.

— M-mas é claro que não... — Falei limpando a água presente no meu rosto com a manga da blusa. Não entendi mesmo aquilo. — Provavelmente é apenas você e teu corpo fraco...

Encaminhei-me para fora daquele lugar.

“O que vai fazer agora?”, perguntou a casca.

“Vamos para a sua casa”, afirmei.

“Para casa? Mas... Você tem um dever a cumprir!”.

“Tanto faz Arian... Não estou disposto a ‘salvar o mundo’ nem coisa do tipo”.

“Como não está?! É seu dever... Como anjo!”.

“Nunca cumpri deveres nem tive propósito algum. E não é agora que isso vai mudar... Eu não sei ao menos quem tenho de proteger e nem onde esta pessoa se encontra, então... Para mim tanto faz.”

“Como assim?! Uriel você se deu conta que alguém está correndo perigo neste momento e que se essa pessoa morrer... a culpa é sua?!”, disse o albino indignado.

“Não dou a mínima”.

Adentrei num mercado e comprei uma maçã.

Mas o quê?!”, o garotinha continuava indignado.

— Eu disse que não dou a mínima. — Falei e mordi a fruta. — É possível que eu tenha que dizer isso em voz alta para que você entenda? — Proferi de boca cheia.

“Como assim você não dá a mínima?! Uriel...!”

Saí do estabelecimento e continuei minha caminhada em direção à casa dos Etthan.

“Como pode ser tão inconsequente...?!”, contrapôs novamente a casca.

— Esse sou eu e apenas eu Arian... Aprenda isso de vez.

“Não aprenderei nada! Preste atenção no que estou falando! Você não pode simplesmente...!”.

— Claro que posso. — Estipulei.

Joguei a maçã num lixo e depois atravessei uma rua.

“Mas é claro que não! Não pode ignorar isso!”.

— Posso...

“Não! Não e não! É o seu dever! Se não teve nenhum propósito até agora... Tome em mãos este!”.

— Não quero.

“Mas...! Como pode...!”.

Ri de Arian. Aliás, porque ele se importava tanto? Isso tudo não tem nada a ver com ele. Sou apenas eu e minha vida. Nada mais.

“Suas memórias...! Você não quer descobrir quem fez isso com você?”, finalmente Arian lançou.

Parei a caminhada no mesmo momento. O garoto parecia ter encontrado um bom ponto.

— Mas é claro que quero. — Falei em baixo tom.

“Pois então...! Talvez essa pessoa que você tem que proteger saiba quem é o culpado ou... Deve até ter alguma coisa a ver com isso”.

— Sabe Arian... Penso que... Você pode ter até razão. Chego a concluir que... Tu pensaste mais longe pelo menos uma vez. — Pensei por alguns segundos, paralisado no meio daquela calçada. — Entretanto... Vamos voltar a sua casa.

Prossegui com os meus passos.

“Por quê?!”, indagou.

— Digamos que... Também preciso pensar mais longe.

Com essas palavras Arian calou-se, porém, metros depois eu percebi algo e ponderei que este pensamento longínquo não poderia estar mais perto, e que eu deveria ter percebido isso muito antes.

Depois deste contratempo, adentrei rapidamente numa loja qualquer, bati no balcão de atendimento apressado e disse:

— Onde se encontra a biblioteca mais próxima?!


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura. ♥ Então... Gostaram? Por que acham que Uriel está (pelo jeito) indo para a biblioteca...? Vamos ver quem consegue responder essa! rsrs