Ghosts Of The Past escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Dá um pouquinho de medo, mas... Boa leitura, audaz leitor! XD



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Nami sentiu o vento bater em seu rosto. Estava no chão, era quase certeza. Não era de dia, já não era tanta certeza assim. A grama espetava sua bochecha esquerda, o que era estranho, já que a grama do Sunny era macia. Alguém se mexeu ao seu lado. Alguém... Ou algo. Ela abriu os olhos lentamente. A visão ficou embaçada por alguns segundos, até que a ruiva pôde finalmente enxergar o que estava ao seu lado. Um homem. Por um breve momento, ela teve vontade de berrar e usar o Clima Tact que, graças a Roger, continuava preso firmemente em sua perna esquerda, porém ao analisar melhor o rosto dele, percebeu que era alguém conhecido. O Cirurgião da Morte, Trafalgar Law. A navegadora se sentou e fitou em sua volta. Tudo o que viu foram árvores e mais árvores, todas gigantes, cercadas por grama seca e quebradiça. Elas eram tão altas que suas copas tapavam o céu, fazendo parecer como se estivesse noite.

- O que diabos eu estou fazendo aqui? – Resmungou para si mesma – Ainda mais com esse homem insuportável...

- Também é bom revê-la, Nami-ya. – Law retrucou, finalmente acordando, com a voz grave de sempre e se sentou, observando tudo exatamente como a ruiva – Onde estamos?

- E eu lá tenho cara de vidente? – Discutiu irritadiça. Maldito pirata – Se eu soubesse, já teria ido embora e te deixado aqui.

- Nós dois sabemos que você tem um coração mole demais para isso. – Debochou.

- Sabe o que é mole demais? Sua cabeça assim que eu soca-la. – Era sempre assim. Se não estavam planejando ou conversando sobre o tempo, estavam discutindo por bobagens. Law tinha um prazer enorme em estressar a navegadora, que sempre acabava se exaltando, mais cedo ou mais tarde, enquanto Nami era a única que conseguia tirar o médico frio do sério sem grandes esforços.

- Gentil como sempre, Nami-ya.

- Com você? Nem no inferno!

- Esse bosque é estranho...

- Ah, fico feliz que tenha notado! Só falta você dizer que as árvores são verdes, Rei dos Sádicos. – Alfinetou e se levantou.

- Nami-ya, você não deveria se levantar de forma brusca... Principalmente quando está de vestido... – Comentou divertido. O vestido verde claro que ia até metade das coxas era leve o suficiente para levantar com uma simples lufada de vento.

- S... Seu tarado! – Exclamou segurando a roupa com as duas mãos.

- A culpa é toda sua. – Se levantou com calma, pôs a nodachi no ombro e sorriu com escárnio.

- Maldito seja, Trafalgar Law.

Alguns arbustos se mexeram devido à brisa, assim como as folhas das árvores, e um urro assombroso se fez ouvi ao longe, trazido pelo vento. O urro não era humano, com toda a certeza que existe, mas também não podia ser considerado de uma besta, pois era medonho demais. Nami levou a mão ao Clima Tact e Trafalgar segurou firme sua nodachi.

- O que diabo foi isso...? – A mulher perguntou com medo, já se preparando para eletrocutar qualquer coisa que aparecesse ali.

- Eu não sou vidente, Nami-ya. – Respondeu cínico.

- Por favor, Trafalgar, agora não é hora.

O rugido se fez ouvir novamente, dessa vez mais perto, e com ele, alguns pequenos esquilos e gatos selvagens passaram correndo por eles. Fugiam. Mas do quê? Mais um berro diabólico, ainda mais perto. A ruiva deu dois passos para trás. Traffy permaneceu onde esteve até aquele momento. Mais um grito rouco de divertimento deliciosamente maquiavélico, como se zombasse deles. Cada vez mais perto. Logo, um grande tigre saiu por entre a vegetação. Também fugia.

- U... Um tigre? – A ladra balbuciou atônita – Que motivos teria um tigre para fugir?

- A sua resposta está para chegar, Nami-ya, o único problema é se vai ficar viva para contar para alguém... – Law comentou entre divertido e tenso. Nunca ouvira tal som, e ver um tigre como aquele fugindo com o rabo entre as pernas não era lá muito reconfortante.

- Quer saber? Eu acho que prefiro não ganhar resposta alguma. – Mais um urro horrendo ecoou pela noite, pelo menos, Nami pensava que fosse noite, fazendo a jovem de cabelo laranja se encolher feito uma garotinha assustada e correr para se esconder atrás do médico.

- Medo, Nami-ya? – Troçou, sorrindo torto.

- Cale a boca. – Retrucou ranzinza.

O barulho parou. Mas o tormento estava apenas começando. Por detrás das plantas, um grande lobo negro deixou-se à mostra, dando alguns passos em direção a eles. Os olhos brilhavam num tom vermelho sangue, suas presas estavam escarlates, provando que o jantar foi fresco, e o pelo negro praticamente flutuava com a brisa, fazendo o animal parecer um fantasma. Mas...

Fantasmas não deixavam pegadas.


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Notas finais do capítulo

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