Jogos Meio-sangrentos escrita por Lord Camaleão


Capítulo 25
Capítulo 25 - Tributos


Notas iniciais do capítulo

Um mês sem postar, um mês reunindo coragem em meio a tão poucos leitores que restaram. Consegui essa coragem em meio a uma gripe, ironicamente. Espero que gostem.



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Brandon York – 1

Brandon poderia morrer hoje.

O deixaram acordar mais tarde porque o jantar da noite anterior fora longo. A primeira refeição do dia já seria o almoço. Reyna acordou mais tarde ainda, os olhos fundos e vermelhos. O cabelo ainda era um vestígio do elaborado penteado de ontem, mas agora estava amassado. O Corpo de Apoio do Chalé 1 tinha levantado mais cedo, com exceção de Charles.

– Bom dia queridos – Ganímedes sorriu para os dois – Nervosos?

Brandon sentou-se à mesa e fingiu que não escutou. Reyna serviu-se de frango recheado e batatas cozidas.

– Perse-eu! – Ganímedes cantarolou, nervoso – Venha comer com nossos tributos. Eles partirão logo logo.

Perseu segurava uma tábua de madeira com rodelas de cobra crua cortadas. Ele mastigava.

– As pessoas sentem nojo de cobras – disse o mentor. Ele não usava camisa e pela primeira vez Brandon viu o desenho da Medusa por completo – Mas se quiserem que eu as coma na frente de vocês, tudo bem.

– Ugh, Perseu... – Ganímedes oscilava entre o repúdio pelas cobras à admiração pelo corpo do herói – Hoje é o último dia das crianças aqui.

– Ah, então em breve pelo menos um de vocês vai morrer – Perseu mastigou uma imensa rodela e passou a falar entre mastigadas – Nunca tive que lutar contra um irmão antes, mas boa sorte.

Brandon olhou para seu almoço. O frango continuava ali, as batatas nem tanto. Olhou para Reyna. Ela criara olheiras. A garota estava prestes a falar algo, precisava só de mais um motivo.

– Quem eu vou levar para o Curral? – perguntou Perseu de boca cheia.

– Perseu, o nome correto não é curral – Ganímedes repreendeu o mentor – É Plataforma. Cada tributo ficará em um quarto antes de entrar na Arena. Depois de se vestirem, esperarão a ordem para entrar no tubo de lançamento. Cada tributo será acompanhado por um mentor.

Myra adentrou a sala de jantar. Brandon não sabia se espíritos do vento dormiam, mas ela usava um roupão de seda esvoaçante. Em contrapartida, seus cabelos crespos estavam bem arrumados, o que indicava que ela não passara a noite remexendo sua cabeça no travesseiro.

– Acabei de conferir as roupas de vocês, querem detalhes?

– Sim! – apenas Ganímedes respondeu.

– Uma calça cinza chumbo repleta de bolsos, botas de caminhada, uma camiseta branca e um casaco moletom. Cada estilista pôde escolher a cor do casaco de seus tributos, e creio que vocês vão a-do-rar a cor de vocês. Não é nem azul nem roxo, mas sim uma cor intermediária... é como...

– Chega! – Reyna bateu com as mãos na mesa e levantou-se – Você não consegue perceber que eu e Brandon podemos morrer mais tarde? A insensibilidade de vocês me enoja.

A garota saiu, fincando os pés no chão e batendo a porta do quarto.

– Brandon, parece que vou ter que ir com você – disse Perseu, terminando sua refeição – Charles não queria ficar com a esquentadinha, mas não estou muito a fim de esperá-la. Vou me vestir e logo sairemos.


Ele não se despediu de Reyna nem de Charles. Ambos estavam em seus quartos e ele não queria incomodá-los. Brandon não esperava ver Ganímedes chorando, mas o mordomo do Olimpo enxugava os olhos abundantemente.

Ele e Perseu subiram até a cobertura. Havia uma espécie de heliporto. Um telquine saudou os dois quando chegaram.

– Ainda bem que chegaram! Vocês irão fechar a lotação da primeira cápsula. Sigam-me.

O doberman falante conduziu os dois a uma estrutura metálica oval com duas alças no teto. Não tinha janelas e apenas uma luz fluorescente fraca impedia a completa escuridão do local. Quando entraram, encontraram mais três tributos lá, todos com seus mentores. A garota do 11, a do 7 e David, seu aliado. Os dois se cumprimentaram, assim como os mentores.

Antes da porta da cabine ser fechada, Brandon pôde ver seres alados grandes chegando ao prédio. Grifos. Cinco pousaram no heliporto, alongando as asas imponentes. Um baque de algo pesado estremeceu o teto da cápsula e Brandon supôs que um grifo havia agarrado as alças metálicas.

– Vocês poderão sentir diferenças de pressão no ouvido durante o voo e a viagem submarina, mas não se preocupem, está tudo dentro do planejado. Boa viagem e bons Jogos Meio-sangrentos – o monstro fechou a porta da cápsula e Brandon pôde ouvir um assobio, um alerta para que o grifo começasse a voar.

Um aviso de apertar os cintos piscou em um painel e os oito ocupantes da cápsula obedeceram. Com um solavanco, a cabine levantou voo.

Brandon provavelmente estava a uma centena de metros do chão naquele momento. Gostava da altitude. Queria que a cabine tivesse janelas para que ele pudesse sentir o vento.

Depois de alguns minutos, a mensagem de apertar os cintos piscou novamente. Brandon sentiu um frio na barriga, o que dizia que a cabine estava caindo. Pôde sentir a água batendo nas paredes e o chão inclinando-se, boiando. Pensara que a cápsula iria afundar, mas um motor embaixo da estrutura metálica fez com que ela corresse sobre as águas.

Meia hora depois, os motores pararam e a cabine começou a afundar. O mentor da filha de Hermes instantaneamente bateu nas paredes, aflito. Instantaneamente uma voz robótica avisou que a submersão fazia parte do trajeto.

A cápsula tremulou por alguns instantes até bater no fundo de alguma coisa. Parecia um fundo plano. A água se movimentava, parecia escoar. Minutos depois, a porta da cápsula abriu-se, e para a surpresa de Brandon, eles estavam em um hangar. O chão estava molhado, sinal de que a água havia voltado para o mar. Um ciclope de cabelos compridos os recepcionava.

– Estamos no fundo do mar? – perguntou a filha de Hermes.

– Sim, senhorita. Esta é a base da Arena. Após receberem os localizadores, indicarão a vocês suas Plataformas. Sigam os telquines.

Quatro homens-cachorro esperavam os tributos e seus mentores. Um se dirigiu a Brandon e pressionou uma seringa contendo um líquido dourado brilhante em seu antebraço. Antes que ele exclamasse de dor, o doberman falou:

– Seu localizador. Com ele, os Idealizadores e sua harpia saberão onde você está.

– Harpia? – Brandon perguntou, confuso.

– Sigam-me – o telquine não o respondeu e seguiu rumo a um dos vários corredores do hangar.


– Para um curral, aqui está bem arrumado. Uma cama, roupas novas e até um frigobar – Perseu abriu a pequena geladeira, animado – Quer chocolate?

– Não, obrigado – o estômago de Brandon embrulhava demais para acomodar qualquer coisa.

– Acho bom comer o quanto puder, não sabe quando terá uma refeição decente de novo. Você deve vestir as roupas.

O garoto pegou a pilha sobre uma cadeira e entrou em um biombo. Despiu os jeans e a camiseta amarela. Havia um pequeno espelho no provador, do tamanho ideal para notar o corpo magro e pálido de Brandon. Sua pele tinha a cor de leite e suas costelas eram bem visíveis. Não era forte o suficiente para vencer os Jogos Meio-sangrentos.

A calça era exatamente como Myra descrevera: um tanto pesada, mas poderia ser útil nos dias frios. Uma camiseta branca de mangas curtas com um casaco moletom com capuz. A cor era entre o roxo e o azul, como o céu quando relampejava. Um número 1 branco estava bordado sobre seu peito esquerdo.

– Não é uma roupa de calor ou de frio extremo – disse Perseu quando o garoto saiu do biombo – Pode esperar uma Arena de clima ameno. Mas pelas botas de trilha, você vai precisar correr por um terreno irregular. Arrisco uma floresta.

As botas tinham cano curto, eram da cor de terra molhada. Brandon calçou-as depois das meias longas.

– Agora que está vestido, repasse a estratégia da sua Aliança. Quero ver se está lembrado – Perseu sentou-se em uma cadeira.

– Bem – Brandon bufou, parecia que iria recitar a tabuada – Apenas David e Josh irão para a Cornucópia, muitas pessoas irão para lá e nós não queremos tumulto. Procuraremos algum lugar para nos escondermos e esperaremos eles voltarem.

– E se os dois morrerem...?

– David e Josh são os que mais precisam de suprimentos, não os escolhemos para se arriscarem à toa. Eu me viro com armadilhas, as garotas têm seus poderes. Mas David é um bom combatente e Josh é silencioso, então não acredito que eles irão morrer logo.

– E quando você perceber que não precisa mais de uma aliança?

– Eu vou matá-los – Brandon mentiu. Não teria coragem, sabia disso. Não por medo de sangue ou de ser derrotado, mas por achar aquilo desumano. Ele mataria apenas se fosse ameaçado, e sua aliança não era uma ameaça, era um porto seguro.

– Ótimo. Parece que você está pronto – Perseu espreguiçou-se, alongando sua tatuagem.

– É, parece.


Alamanda Vitoria Greenfield – 12

Alamanda queria estar dormindo.

Embarcara no último bonde-grifo-submarino. Príapo a acordou ainda cheirando a creme de abacate avisando que ela perderia os Jogos Meio-sangrentos. Aquela não parecia uma má ideia.

Ariadne beijou sua bochecha antes dela ir embora. Uma dezena de vezes. Candace penteou seus cabelos e amarrou-os em um rabo de cavalo, e amarrando-o de novo pela metade. Uma liga separava a metade castanha de seus cabelos da metade loira.


– Vista-se – Príapo pediu logo que entraram no quarto que chamavam de Plataforma.

Alamanda despiu-se no provador. Fechou os olhos e suas asas arrepiaram-se. Ela às vezes esquecia que as possuía. Quando não eram usadas, pareciam cicatrizes na pele, como estrias. Não entendia o porquê de ter esse poder, supunha que tinha algo a ver com a leveza que se tem quando alguém está bêbado.

O sutiã era confortável, e Alamanda não sabia como acertaram seu número. Logo depois de atar as costas, as asas voltaram a ser cicatrizes.

O casaco moletom tinha uma cor bonita, apesar de previsível. Candace escolhera um roxo vivo, forte. O número 12 estava bordado em cima do coração de Alamanda. Ele realmente deveria estar lá. Era o número de seu chalé, de sua casa, onde ela dormia, ria com seus irmãos e dava festas. Sentia saudades das festas. Talvez nunca voltasse a realizar uma festa de novo. Alamanda afastou logo esse pensamento. Não podia pensar como uma derrotada, porque a maioria dos tributos estava pensando assim. E aquela poderia ser a diferença entre um vitorioso e seus concorrentes.

– Você está bonita de morrer – Príapo riu com o próprio trocadilho, mas Alamanda não – A porcaria desse frigobar fornece apenas suco de maçã e água. Quem é o maricas que bebe suco de maçã?

– Isso não é problema, Príapo – a semideusa pegou a caixa de suco e agitou-a. Logo depois virou-a sobre uma taça de vidro. E ao invés do suco amarelado, um fio de vinho coloriu o copo.

– Garota, seu nome deveria ser Jesus – o deus da fertilidade riu enquanto bebia – Hmm... E é não é um vinho qualquer.

– Ser amiga do deus do vinho que coincidentemente é seu pai te garante algumas vantagens – Alamanda riu, enquanto se servia de vinho. Precisava se aquecer antes da Arena.

– Você sabe que não precisa se arriscar indo ao Chifre de Aqueloo. Eu e Eros já conseguimos alguns Patrocinadores para você e Alan.

– Eu sei – Alamanda bufou – Confesso que gostaria de causar um tumulto na Cornucópia, mas “tudo pela sobrevivência”. Procuro Alan e então fugimos para um lugar seguro.

– Eros estava dando a ideia de vocês forjarem um romance, para emocionar, conseguir audiência... O que acha? – Príapo cruzou as pernas e abriu um sorriso presunçoso

– Você sabe o que acho disso. Eu não vou ter um caso com ele. Não sou atriz de novela.

– Argh tudo bem. Você sabe que pode estar colocando tudo a perder...

– Sim. Mas eu não vou perder.

A conversa foi interrompida por uma voz robótica.

Tributos, o lançamento será feio em cerca de 60 segundos. Estejam presentes nos tubos até o final da contagem.

– É, está na hora de dizer adeus – Príapo estendeu sua taça, Alamanda estendeu a sua também.

– Não. Está na hora de dizer “até logo” – o tilintar das taças foi agudo.


Philipe Pires – 9

Philipe passou o tempo dentro do Curral chorando e abraçando Georgiana.

Estava descarregando todo o estresse, todo o medo, toda a dor. Tudo o fazia chorar, até mesmo a cor laranja-fogo de seu casaco. Laranja como a camisa do Acampamento Meio-sangue. O lar que ele tanto sentia falta.

– Acho que estou melhor agora – ele disse à mentora.

– Ainda bem. Pensava que iria alagar o Curral – Georgiana riu. Ela não costumava sorrir. Ela era bonita quando sorria.

Georgiana era rechonchuda, tinha olhos pequenos e lábios nada chamativos, mas ainda era bonita. Philipe achava isso provavelmente porque tinha gostos estranhos. Era um filho de Hefesto, mas preferia plantas a máquinas, era um garoto mas gostava de garotos. Talvez fosse mal programado.

Lembrou de Damon, ele deveria estar em seu Curral também. Logo iria vê-lo. Sentia saudades dele, mesmo tendo visto-o ontem. Gostaria de admitir que estava apaixonado por ele, mas era muito arriscado. Em um jogo mortal, Philipe preferia perder a vida à amizade do filho de Hades.

– Philipe, agora seja forte – Georgiana olhou-o nos olhos – Sei que os Jogos estão amedrontando-o mas lute por sua irmã, por seus aliados, por si mesmo. Você pode se achar inferior por não ser um mestre da tecnologia, mas sei que você pode ser extraordinário se acreditar em si mesmo.

– Você acha? Porque acho que apenas Deméter daria valor a...

– Não, não fale mais. Você não deveria ser filho de nenhum outro deus, você não é um garoto deslocado. É apenas diferente. E ser diferente significa ser especial. E ser especial... argh! eu sou uma merda com palavras.

– Tudo bem Georgiana – Philipe sorriu – Obrigado.

Tributos, o lançamento será feio em cerca de 60 segundos. Estejam presentes nos tubos até o final da contagem.

– Agora vá. E seja forte.

Philipe adentrou o tubo cilíndrico de paredes transparentes. Começou a chorar de novo.

– Eu não vou conseguir! – ele bateu na parede que se fechava – Eu vou morrer logo, eu...

– Philipe, seja forte.

– Eu estou com medo, são tantas pessoas e...

– Philipe, seja forte!

Philipe ajoelhou-se, soluçando. A voz robótica anunciava a contagem regressiva de dez segundos. Sentiu Georgiana aproximando-se e ajoelhando-se à sua frente. Apenas o vidro os separava.

– Philipe... Seja forte – a mentora disse uma última vez antes que o chão do tubo começasse a subir.

Philipe levantou-se, trêmulo. Enxugou os olhos com a manga da blusa laranja. A imagem de Georgiana desaparecia sob seus pés. Olhou para cima e enxergou apenas escuridão.

O tubo subia a cada segundo, e o garoto pôde perceber o céu sobre ele, um céu escuro. Sentiu uma brisa úmida chegando até ele e em instantes ele estava na Arena.


O céu estava carregado de nuvens escuras, uma tempestade estava próxima. O tubo de vidro desaparecera e ele agora estava em um piso de mármore. Lembrou-se das instruções para não sair de lá até que o sinal soasse.

Ao seu lado esquerdo estava Mac, usando um moletom da mesma cor do seu. À sua direita estava o filho de Afrodite, com um moletom rosa. Os tributos estavam dispostos em um círculo, o Chifre de Aqueloo ao centro, dourado e repleto de suprimentos.

Logo notou que atrás de cada par de tributos encontrava-se uma estátua diferente. A estátua entre o garoto de rosa e sua irmã era de uma mulher delicada, vestida com panos não muito bem amarrados. Afrodite.

Procurou por Damon e Callista. Ele estava à frente da estátua de seu pai, um homem carrancudo e barbudo, diferente do que vira no jantar. Estava à esquerda da estátua de Zeus, imponente, segurando seu raio-mestre. Graças à ordem circular em que os deuses estavam dispostos, os Três Grandes estavam lado a lado, como velhos amigos.

Philipe observou mais. Atrás das estátuas, estavam colunas de mármore. Logo supôs que estavam em um templo. Um templo dedicado a todos os deuses... e os sacrifícios seriam seus próprios filhos.

Não havia terra ao redor do templo, o que provavelmente indicava que ele estava sobre uma colina. Barulhos de ondas eram audíveis, então eles estavam certamente em uma ilha.

Ele olhou para Mac mais uma vez. Ela estava a cerca de dois metros de distância.

– Concentre-se Philipe. Nos falamos depois – ela disse e ajeitou o cabelo para trás. Ele não estava trançado, tinha apenas duas mechas de lados opostos unidas por uma presilha.

Ele olhou mais uma vez para a Cornucópia. A boca estava virada para a estátua de Zeus, mas nem todos os suprimentos e armas estavam dentro dela. Algumas mochilas e caixas encontravam-se do lado da ponta do chifre.

Olhou para trás e os olhos duros de Hefesto o encaravam. Eles intimidavam Philipe, mas ao mesmo tempo o encorajavam. Vamos lá garoto, você consegue. Apenas use sua inteligência.

Philipe repassou sua estratégia mais uma vez. Ele e Damon iriam pegar os suprimentos, as garotas as armas. Então eles iriam...

Bem vindos aos Jogos Meio-sangrentos, uma voz masculina, aparentemente a de Prometeu interrompeu os pensamentos de Philipe, Que Tique esteja com vocês. Os Jogos se iniciam em dez...

Philipe respirou aflito e percebeu que tinha apenas nove segundos para ser forte.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se, no próximo capítulo vocês conhecerão o primeiro tributo morto.
Comente! Você não sabe o quanto seu review é importante.