Jogos Meio-sangrentos escrita por Lord Camaleão


Capítulo 2
Capítulo 2 - Faíscas imprevisíveis


Notas iniciais do capítulo

Assim que recebi a ficha do tributo garoto comecei a escrever o capítulo. Estou querendo postar o quanto antes. Já escrevi a colheita do chalé 6, mas depois deste capítulo, acho que vou ajustar ainda o que escrevi. No capítulo dois temos a participação especial de Thalia que não vai ser mentora pela idade e por não ter sido licenciada por Ártemis. Mais detalhes nas notas finais.



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Uma grande quantidade de energia pairava no Chalé 1. E não era eletricidade.

Se houvesse um monstro naquele chalé, certamente ele ficaria alucinado pelo cheiro de semideus. Afinal havia mais ou menos quinze filhos do mais novo dos Três Grandes. E se realmente houvesse um monstro ali, ele seria destruído no mesmo instante, pelo mesmo motivo.

Depois do novo acordo entre os deuses, Zeus decidiu revelar os outros filhos que tinha. Alguns já estavam grandes demais para ficarem embaixo das asas da mãe e já tinham suas cicatrizes – dois deles com partes do corpo amputadas. Havia cinco semideuses que não participariam por serem muito novos e três crianças de doze anos que já tinham o gênio forte do pai. Com certeza Hera não estava gostando nada disso.

Duas caixas de ouro foram postas em uma mesa: uma com uma águia representando os meninos e a outra com um raio, contendo o nome das meninas. A grande estátua de Zeus fora afastada para o fundo do chalé, sem perder a imponência e a figura de poder que tem o Senhor do Olimpo. Como o Chalé estava começando a ser reformado para o abrigo de semideuses, os meio-sangues estavam sentados sobre seus beliches esperando a pessoa designada para sortear seus nomes.

Parecia curioso, mas por um instante todos eles pareciam os deuses olimpianos, com um quê de majestade e rindo de piadas internas. Exceto Thalia Grace. Ela olhava diretamente para a caixa dourada com o raio. Seu nome estava lá e sua imortalidade estava em jogo.

–Thalia? – a única Caçadora do chalé fora sacudida, sendo acordada dos seus devaneios – Vai ficar tudo bem.

Era Taylor Knight. Ela tinha apenas treze anos, mas parecia ter mais maturidade que Thalia naquele momento.

–Olha, daqui a pouco tempo dois de nós vão embora daqui, e ao menos um deles não voltará nunca mais. Nós somos os meios-irmãos que você há pouco tempo não tinha, o que acha de conversar um pouco comigo, Reyna e Walter?

Há pouco tempo eu não tinha... – sussurrou Thalia para si mesma – Ok, Taylor, você venceu – a Caçadora recebeu um sorriso da pequena como recompensa. Os três estavam reunidos no beliche que Walter dividia com outro garoto que passava seu tempo treinando socos. Walter não podia fazer o mesmo, pois seu braço fora arrancado por uma quimera seis anos atrás. Depois de dez anos ele ainda o sentia reagindo a ataques de vez em quando.

– Thalia, sente-se! – pediu Reyna. Era impressionante o quanto as duas se pareciam. Os mesmos olhos de um azul-elétrico e a pele clara, além dos cabelos rebeldes e a mesma idade aparente. Reyna aparentava uma atitude fria e fechada, mas naquela roda de quatro irmãos ela ria e contava piadas. Algo raro.

Então se ouviu barulhos de sapato. Era um salto alto pelo som. Seria Hera que sortearia seus nomes? A figura entrou. E para o espanto de todos, o homem com camisa polo, bermuda curta jeans e uma echarpe rosa era...

–Ganímedes? – Thalia falou em voz alta.

Sim, era ele. Todos sabiam do romance de seu pai e o rapaz, sabiam o que ele tinha feito e logo depois o levara para trabalhar no Olimpo. Ganímedes tornou-se o mordomo do Olimpo e alguns dizem que ele procura relembrar dos velhos tempos de vez em quando. Sim, todo o Olimpo e todo o Acampamento sabem disso, apesar das tentativas de ocultação do caso sempre impostas por Hera.

–Queridinhos, eu não tenho muito tempo para vocês ficarem me olhando e invejando minha echarpe carérrima, ok? Venham logo, venham, para eu sortear seus nominhos! – disse ele batendo palminhas.

Os quinze levantaram-se e dirigiram-se à frente de Ganímedes. Walter, Reyna e Taylor deram as mãos. A pequena ofereceu a mão para Thalia, que aceitou. Todos tinham coragem e vigor dentro de si, mas naquele momento os filhos de Zeus estavam trêmulos.

–Hm, vamos ver vamos ver! – Ganímedes circulava a mão dentro da caixa com o raio. Ele demorava bastante, como se ele quisesse deixar seus “enteados” ainda mais nervosos. E ele queria – E a nossa campeã é... Taylor Knight!

A garotinha conteve um suspiro. Ela soltou as mãos de Reyna e Thalia e seguiu em direção a Ganímedes. As duas mais velhas se entreolharam. O rapaz começava a ficar impaciente.

–Vamos logo, querida, não tenho o dia tod...

–Eu me voluntario! – uma voz bradou. Thalia pensara que fosse a dela mesma, já que tinha o mesmo timbre e o aspecto trêmulo de nervosismo. Então ela olhou para a sua direita e viu Reyna sussurrar para ela – Cuida da Taylor por mim.

–Reyna, espera! – Thalia parecia fraca pela primeira vez na sua vida. Ela não teve coragem para se voluntariar, ela parecia uma grande irresponsável, ao contrário de Reyna.

–Vai ficar tudo bem, Thalia. Eu me viro – ela virou-se na direção do copeiro dos deuses.

–Então as lindinhas já decidiram quem vai participar dos jogos? Estou impaciente! Ótimo, então é você. Qual seu nome meu anjo?

–Reyna Mackenzie.

–Reyna? É um nome forte – Ganímedes disse olhando no fundo dos olhos de Reyna. Parecia que ele falava de uma pessoa desconhecida por todos no Acampamento – Certo, agora vamos para os garotos! Vamos, vamos, será que ele será tão bonito quanto o pai de vocês? Hmm? Haha, brincadeirinha meninos – ele colocou a mão na caixa com a águia – E o nosso felizardo é... Brandon York!

Thalia virou-se para sua esquerda. O menino de catorze anos estava bem ao seu lado. Ele era recém-chegado, mas parecia mais treinado que alguns filhos de Ares. Ela sabia muito bem de onde ele vinha: Brandon fora treinado no mesmo lugar que Jason Grace, seu irmão.

Brandon andou em direção a Ganímedes, que sinalizava para que ele chegasse mais perto. Ele mal chegara a um lugar que poderia chamar de lar e já estava sendo arrancado dele. Lembrou-se de o quanto Lupa fora paciente com ele, apesar de saber em segredo que ele não pertencia aos romanos. Ela o ensinara a superar seus medos, e a cada passo que o garoto de pele clara como mármore e cabelos castanhos levemente bagunçados dava, ele golpeava o medo.

–Ai coitadinho, tão novo! – choramingou falsamente Ganímedes – Enfim terminamos! Brandon, Reyna, apertem as mãos em cumprimento e como lindos irmãos que vocês são.

Reyna e Brandon tinham vontade de abraçar um ao outro, dizer que sentiam muito por estarem juntos nessa ocasião. Mas eram filhos do Senhor do Olimpo; o Optimus Maximus, segundo Brandon. Então eles apenas apertaram as mãos.

–Estes são os tributos do Chalé 1! Uhu! – disse Ganímedes em comemoração, levantando a mão dos dois.

Reyna e Brandon sentiram-se como reis coroados. Coroados para a morte.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, eu ainda preciso de sete fichas. Se você não quer enviar a sua (mesmo podendo enviar quantas quiser), peça a um amigo pra participar, eu até poderia fazer uma aliança do seu personagem com o dele, quem sabe.Pensem nisso, ok? Até o próximo capítulo (falta só a ficha de um ciclope pra eu começar).Lord Camaleão