Santo Inferno escrita por Lady Masquerade


Capítulo 1
Crystal Lake


Notas iniciais do capítulo

Essa estória é uma homenagem a Jason Voorhees.



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Eu me chamo Anneliesse Rocky. Sou fotógrafa. Muitos me conhecem pelas minhas fotografias macabras. Não sei bem, mas... Esse tipo de coisa sempre me fascinou. E além disso, outra coisa que me fascina é conhecer lugares novos... Estão, me mudei para um lugar muito, muito distante de onde eu morava, na Capital. Neste lugar existe um lago, que todos comentam muito. Dizem que a muito tempo atrás, afogaram alí um menino. E que esse mesmo menino, virou um dos maiores maníacos homicidas do mundo, o serial killer; Jason Voorhees.

Não creio nesta história. Por isso, hoje irei desafiar essa patética lenda, e vou até o Crystal Lake. Ó sim, esse é o nome do tal lago... Hoje vou até lá, e descobrirei esse mistério. Acho que não mencionei que hoje é sexta-feira 13, bom, dizem que Jason ataca toda sexta-feira 13. Eu vou pagar para ver. Afinal, se for realmente verdade, não tenho medo de morrer, quero mais é ir logo para o inferno. Para o sonhado santo inferno

23:03 – Crystal Lake – Tudo quieto.

Anneliesse aproxima-se do lago. Ela vestia uma blusa branca, calça jeans e tênis, com os cabelos presos num 'rabo-de-cavalo'. Não havia motivo para se arrumar demais, visto que, ela estava em uma floresta, procurando apenas fotografar o lago e desmentir a tal lenda de Jason Voorhees.

Passou-se o tempo não havia ninguém, e nem nada suspeito. Estaria tudo normal, se não fosse à forte sensação de horror que ela sentia cada segundo que ficava naquele local. Depois de obter algumas fotos, já estava seguramente convencida que Jason não existia. - "Que clichê desse povo! Uh, Jason Voorhees é uma piada." - Pensava Anneliesse. Sem mais nada para fotografar em terra, Anneliesse decide subir em uma árvore para fotografar paisagens vistas de cima, e assim ela fez. Quando chegara a uma boa altura, ela escuta um barulho; um grito.

Ela tenta descer da árvore, mas com o pavor, acaba perdendo o equíbrio e cai. Ficando inconsciente por algumas horas... Até que ouve-se outro grito, desta vez mais estridente. Ao ponto de parecer estarem gritando dentro de sua própria cabeça.

- Quem está ai? – Ela desperta da inconsciência. Não sente de imediato a dor presente em todo seu corpo. Está perturbada demais para sentir algo. - Quem está ai?! - Ela repete a pergunta aos gritos, mas ninguém a responde. Anneliesse não estava sentindo medo, propriamente dizendo. Era mais uma agitação pela queda, ou pelo menos o que aparentava ser.

- Vá embora... - Uma voz, grossa e penetrante, certamente masculina, enfim a responde.

Se guiando pelo som da voz, Anneliesse encontra uma figura nada familiar: um homem alto e fote, cujo rosto não se podia ver, pois estava coberto com uma máscara de hóquei. E em sua mão tinha um grande facão, cuja lâmina era tão afiada que exibia um brilho aterrorizantemente fascinante. Este era Jason Voorhees.

- Não pode... não pode ser que você... você é o Jason! - Anneliesse anunciara o óbvio. Ainda perturbada, ela coloca sua mão direita sobre seu braço esquerdo. Somente agora ela sente a dor da queda. Não demora muito, ela cai de joelhos, diante de Jason. - "Minhas pernas, o que há com elas?!” - Questionava-se Anneliesse, que não se agüentava de pé. Talvez pela dor que todo seu corpo compartilhava devido a queda, ou... pela presença de Jason.

- Isso tudo é medo, moça? - Jason perguntava sarcasticamente.

- Medo... não exatamente... - Ela faz uma pausa e solta um gemido rasgado pela tamanha dor que sentira. - Na verdade... achei você muito sexy. - Completou Anneliesse, que fazia questão de colocar um sorriso convidativo em seu belo rosto, provocando Jason.

Ele, então, puxou-a pelo pescoço com uma incrível velocidade. Fez como que iria estrangulá-la, mas aquilo era somente para aproximá-la dele, deixando-a a altura de sua boca, e por baixo de sua máscara ele sussurrou: - Se não sente medo, sente o que? - Sua respiração forte chocava-se contra o rosto de Anneliesse.

- Excitação. – Esbravejou mais um leve sorriso, e em tom de ordem, disse: - Te quero. - A dor parecia ter passado, súbita e misteriosamente.

Jason a soltou. Realmente ele não entendia o que Annelise estava fazendo. - Então a moça está excitada? - Ele pergunta.

- Você sabe que sim... agora, por que não tira a máscara e me mostra do que o senhor é capaz? - Anneliesse pôs-se de pé novamente, com pouca dificuldade. 

- Está me propondo sexo, moça? - A voz grossa quase falhara.

- Você entende rápido as coisas... - Ela joga seus cabelos castanhos e lisos para trás, soltando-os de seu penteado anterior, e olha de baixo para cima o corpo de Jason, findando fixamente seu olhar nos olhos dele.

- Siga-me. - Jason levava Anneliesse até uma casa abandonada. Havia desenhos de pentagramas nas paredes, manchas de mãos, riscos e várias outras formas abstratas, todos feitos à sangue. Subiram as escadas, até o quarto principal, aonde tinha uma grande cama. Jason colocou seu facão sobre uma mesa, enquanto Annelise subia em cima da cama.

- Moça, tem certeza que quer fazer isso? - Perguntou ele, antes de tomar qualquer atitude.

- Eu quero... – E então, ele subiu também em cima da cama, e Anneliesse rápida delicadamente retirou sua máscara.

Feito isso, Jason não se segurou mais. Ele agarrou-a, e jogou-a sobre a cama. Foi tirando o resto de suas roupas, e logo, já não estavam mais vestidos. Annelise beijava o pescoço de Jason enquanto ele passava a mão por o seu corpo.

E quando ele sentia-se tão excitado, quase chegando ao seu ápice, a penetrou. Ele era forte, muito forte. Tão forte que Anneliesse gemia alto; gritava. Com as estocadas de Jason cada vez mais rápidas, Annelise logo se satisfez. E ele saiu de dentro dela.

- Já, moça? - Jason perguntava, soltando algumas risadas. Ela, nada respondera, estava muito ofegante. - Mas, eu ainda estou duro. - Dizendo isso ele a virou de bruço, para que pudesse penetrá-la em outra posição. E assim ele o fez, com toda sua força, começou de novo os movimentos, entrando e saindo de dentro de Annelise; frenético. Ela gemia, apertava o travesseiro, implorava para que ele parasse, mas Jason continuava, até que Annelise se satisfez novamente. Mas, desta vez ele não parou. Continuou dentro dela, com mais força e velocidade. - Não era isso que a moça queria? - Dizia Jason, que ria enquanto se satisfazia com o corpo de Annelise. Ela gritava e pedia para ele parar, pois a sensação era terrível. Ele continuou com seu membro duro dentro dela por mais alguns minutos, até que se satisfez, finalmente. Annelise estava tão cansada que não conseguia nem falar, nem se mecher. Logo, adormecera.

{...}

Anoiteceu e amanheceu, e por volta de 11:30 do dia seguinte, Annelise acordou. Apenas enrolada nos lençóis, ela olha ao redor e não vê o assassino. O sol atravessa pela janela e encontra seu rosto... ela vira-se, e para sua surpresa, Jason está lá, sentado ao seu lado. Vestido, e com sua máscara.

- Você vai me matar? - Foi a primeira pergunta que veio à mente de Anneliesse.

Ele nada respondia. O silêncio predominou por alguns momentos. - Vai? - Anneliesse insistiu, desta vez, passando a mão sobre o tórax de Jason e deitando-se sobre o braço dele.

- Vou. –  Respondeu ele, que em seguida retirou sua própria máscara e beijou Anneliesse. - Mas, não hoje. - Completou, re-colocando sua máscara.

- Eu não fiz isso por medo de morrer. – Anneliesse coloca a mão no rosto de Jason. Ela iria desmoronar em lágrimas a qualquer momento.

- Eu sei. Mas, não é seguro para você ficar perto de mim; sou instável. Não sei se daqui a vinte minutos vou querer te matar. Então, seria melhor você voltar de onde veio. - Avisou, ao tom sério, ao olhar frio.

Anneliesse levantou-se e vestiu-se, sem dizer nenhuma palavra. Jason foi até a sala, voltou ao quarto e entregou a câmera dela que ele havia encontrado, a câmera não estava quebrada, e todas as fotos estavam lá.

- Obrigada... eu... - Ela não consegue terminar a frase; estava entregue aos prantos.

- Não agradeça moça, e... você nunca esteve aqui. – Disse ele passando a mão nos cabelos de Anneliesse. - Agora vá, moça. - Completou, despedindo-se a sua maneira.

Anneliesse saiu dalí correndo e chorando como uma criança desesperada. Quando finalmente chegou até sua casa, imediatamente ligou para o mesmo corretor de imóveis que havia vendido esta casa, perto do lago. Ela, então, pediu para voltar para sua outra casa, na Capital.

A dor era grande. E desta vez, não era a dor física que ela sentira. Era a dor por não saber o porquê de estar chorando. Talvez pudesse ser saudades de Jason, ou podia ser o choque de ter entendido que havia passado dois dias nas mãos de um serial killer, eram muitas "teorias" para ela.

No mesmo dia, Annelise chamou um táxi para levá-la até o aeroporto. Já não agüentava mais respirar Jason naquele lugar. No caminho, passou pelo Crystal Lake, de longe viu o brilho da água... Fechou os olhos, e sentiu vontade de sair do táxi e lançar-se no lago, mas uma voz muito familiar impediu que ela o fizesse. Uma voz que parecia ecoar apenas para ela, que dizia:

 “- Viva por mim, lute por mim, e depois, mas só depois... Morra por mim, moça.”

Assim, voltei para minha casa. Agora, acredito na existência de Jason Voorhees. Ainda não sei o que sinto por ele... A única coisa que sei, é que não é medo. Mas, fora isso, nada mudou em minha vida, continuo sendo fotografa, continuo sendo conhecida pelas minhas fotografias macabras, continuo gostando de conhecer lugares novos, e continuo com a minha filosofia vã: só acredito, vendo

Fim


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Notas finais do capítulo

Espero que todos apreciem essa pequena obra. Expressem suas críticas por meio de reviews.