Depois De Sovngarde: Contos De Syria escrita por timelady13


Capítulo 1
Capítulo 0 - Apresentação (PIlot)




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O ranger dos portões de Whiterun ecoaram por toda cidade. Já sabiam quem vinha - a heroína de Skyrim fora avistada muito antes, ainda há dois quilômetros dos estábulos, porém faltou a coragem aos homens para irem encontrá-la. O único que se manifestara permanecia bem seguro pelos braços - e, com a notícia espalhada facilmente pelo vento, a cidade inteira se reunira perto dos portões, com o ar preso nos peitos cansados.

Ainda estavam assustados com a sombra das asas de Odahviing afastando-se para onde apenas Akatosh poderia dizer. Teria a dragonborn derrotado Alduin? Caso não, nem estariam a vendo, pensavam; porém, deveriam temer a aliança que ela havia feito com um dragão? Será, então, que a Dovahkiin se juntara aos irmãos de sangue? Ninguém se aproximaria sozinho para descobrir.

O primeiro vislumbre que tiveram foi da armadura negra e vermelha, os espinhos assombrosos, o elmo sob o braço que parecia ter sido tirado de um pesadelo dos imortais. O vermelho era de uma centena de daedra hearts, diziam em sussurros pelas ruas, com mais temor do que deveriam ter por aquela que, de acordo com as lendas, os salvaria. Ela matou todos que entraram em seu caminho, boatos mais maldosos respondiam.

Porém, o rosto que encontraram não trazia nenhum semblante demoníaco. Os cabelos laranja-dourado, nada comuns para uma Nord, caíam sujos de suor e sangue pelos ombros; a pintura de guerra, que circulava os olhos e descia até o final das maçãs do rosto estava borrada e a cicatriz tripla em linhas diagonais pelo rosto apareciam de forma clara. Nada disso, porém, foi o suficiente para apagar a imagem de serenidade nele - a imagem do sentimento que, aquela nórdica, por tanto tempo procurara.

O primeiro quem viu foi ele, Brynjolf. Havia outros rostos conhecidos, rostos amigos e outros nem tanto assim. A cidade inteira estava ali, mas foi ele quem seus olhos amarelos alcançaram primeiro. Estava sorrindo sem perceber, um sorriso pequeno, mas cheio de significado - o sorriso de alguém que acredita finalmente poder ter encontrado a paz. Já não havia mais profecias, lendas, um destino já escrito e que foi dito que era o seu. Já não perderia mais amigos, nem se envolveria mais em guerras. Alduin fora o seu começo e o seu fim. Brynjolf via isso.

Todos a observavam, com medo coração e bocas entreabertas. Já havia a expectativa geral de que sim, o pesadelo havia acabado. Ela sorria, a dovahkiin sorria, e só havia uma razão para o fazer. Um instante mais, ela moveu os lábios, mas sem formular nenhuma palavra nem emitir nenhum som. A tensão aumentou, sequer respiravam. Com mais algum esforço, finalmente a voz rouca saiu:

— Eu o matei. — Disse. Os habitantes de Whiterun gritaram, explodindo em vivas instantaneamente. Alguns choravam, outros riam, mas Brynjolf apenas a olhava. Deu um passo, dois na direção dele, mas antes de poder chegar ao terceiro, as vozes repentinamente pareceram apenas ecos distantes, os cantos de seus olhos tornaram-se borrados e os joelhos perderam a força. Cairia no chão se não fosse o amparo de alguém, que tinha conseguido sustentá-la com o próprio corpo. Brynjolf, pensou, antes de entregar-se a negridão.


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