Fairies Never Die. escrita por KoushiiHime


Capítulo 18
Fase Dois




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– Lottie, o quê aconteceu? – Foi a única coisa que Reed conseguiu dizer.

Flashback

Charllote estava sozinha. Seu irmão e os outros estavam perseguindo a tal serpente e ela podia escutar seus passos e podia ver o brilho de suas magias no meio da névoa escura. Charllote se encolheu atrás de uma árvore e pensou em todas as coisas que ela tinha feito até agora. Fugir? Encontrar aquele diário foi importante, mas o que ela fez depois? É justo deixar todos lutarem enquanto ela apenas se esconde em seu canto e obedece seu irmão mais velho? Charllote não queria mais ser a que sempre obedece. Ela queria provar que não era inútil e que poderia usar sua magia, e provar também que sua magia não é perigosa como o Conselho pensa. Perdida nesses pensamentos, Charllote não havia reparado que a npevoa estava silenciosa demais e que o único som era o de passos. Passos e de alguma barriga escamosa rastejando. A serpente surgiucom sua enorme boca aberta, mostrando presas envenenadas, prontas para matá-la. Charllote não poderia desviar daquele jeito. Ela iria morrer? Fechou os olhos e esperou pela morte certa. Mas ela não veio. Charllote abriu os olhos e se deparou com a enorme serpente com os dentes presos em uma placa transparente azul. Por mais a serpente tentasse, ela não conseguiria se libertar. Charllote sorriu ao perceber que involuntariamente, ela usou sua magia. Também notou que finos traços azuis surgiam através de sua pele, e brilhavam como fios, ligados à algo. Duas placas azuis como aquela em que a serpente estava presa saíram e fizeram do braço esquerdo de Charllote um perfeito canhão laser. Charllote sorriu mais ainda e disparou contra a cauda da serpente, que se contorceu de dor. Feliz por ver a dor que causara à serpente, Charllote disparou mais um, dessa vez contra a boca aberta, e a serpente queimou. O sangue respingou e manchou tudo ao seu redor, inclusive a pequena maga, que estava feliz. Seu irmão e os outros acabavam de chegar ao local, e Charllote, mais feliz ainda, disparou contra o céu escuro, e cortou as nuvens.

– E foi isso que aconteceu... – Charllote concluiu.

– Eu te disse para nunca usá-la. – Reed parecia não entender a situação.

– Era isso ou eu estaria morta!

– Lottie, você podia ter nos chamado!

– Você não pode mais mandar em mim, Reed! – Charllote apontou seu braço transformado para Reed.

– Vá em frente, o quê acha que vai fazer? Você não pode me matar, Lottie. Charllote abaixou o braço. Olhou para mim e depois para Gale, que tentava deixar Raven acordada. Com os olhos cheios de lágrimas, Charllote se virou e saiu correndo, em direção ao que restara de floresta.

Mas Charllote não reparara no rastro brilhante azul que deixara para trás. Reed saiu correndo atrás de Charllote, seguindo o rastro brilhante. Mas era tarde demais, Charllote era rápida, e por alguma razão, sua magia a deixava mais rápida ainda. Fiquei no mesmo lugar, absorvendo toda a informação, ainda mais a de que Charllote poderia se tornar uma psicopata. Raven não conseguia ficar mais acordada, e Dean e Gale tentavam de tudo para mantê-la bem.

– N- Nashi, eu acho que sei o que vai acontecer agora. – Raven tentava falar, usando o resto de energia que ainda tinha.

– Raven, não se esforce tanto assim!

– Não é veneno, N-Nashi, olhe o sangue da serpente! – Raven apontou para onde estaria o suposto cadáver.

Dean e Gale olharam também, e para nossa surpresa, a serpente e seu sangue começaram a desaparecer em um brilho amarelado. O braço de Raven também brilhava no local da mordida. Estaria o veneno desaparecendo?

– Eu já vi isso, sempre acontecia quando minha mãe usava os espíritos estelares dela.

– Nashi, você acha que esse bicho e os outros que apareceram são espíritos? – Gale perguntou, ainda segurando Raven, que já tinha caído no sono. – Se eles desaparecem assim, então tenho certeza de que são.

Antes que pudesse dizer algo, senti um cheiro doce, que estava se espalhando rápido. Senti meus olhos pesarem, e cambaleei para o lado, Dean e Gale pareciam estar assim também. A última coisa que vi foi a forma de alguém sair de trás das folhas e das árvores caídas.

~~~

Charllote corria novamente. As marcas brilhates em seu corpo haviam desaparecido, e apenas sua marca da guilda, no pulso esquerdo brilhava, iluminando o que podia. A escuridão era total, e Charllote estava sozinha. Quantas vezes ela já não correra sozinha em uma floresta? E por quê todos os motivos sempre eram por Reed? Charllote parou de correr e se encostou em uma árvore para recuperar o fôlego. Ela não queria estar sozinha, porque odiava a sensação de nunca mais ser feliz. Mas ela nunca havia antes tido a sensação de estar completamente feliz. Charllote olhou em frente, e viu o brilho da lua refletido na água. Ela estava perto da praia. Charllote levantou e foi correndo até lá, e parou em frente ao mar. As ondas eram pequenas e o mar estava calmo, dando para ver a forma perfeita da Lua. Olhou para o céu, em direção à Lua verdadeira, e finalmente, pôde chorar. O som de um piano ao fundo, desperto Charllote de suas lágrimas. O piano branco, sozinho na praia, ao seu lado, tocava uma melodia lenta e triste, como se quisesse ver mais lágrimas. Um piano de marfim branco. Charllote secou as lágrimas e se aproximou dele. O piano continuou sua melodia deprimente, e dessa vez, mais lenta, com pausas.

– Chorar é lindo, pois cada lágrima na face são palavras ditas de um sentimento calado. Pessoas que mais amamos, são as que mais magoamos porque queremos que sejam perfeitas, e esquecemos que são apenas seres humanos. – Uma voz distorcida atrás do piano disse.

Charllote recuou, e uma pessoa surgiu. Uma mulher, com uma roupa azul escura de listras, uma grance cartola preta e uma máscara de palhaço. Por uma estranha razão, estava usando essas roupas de circo.

– Você não deveria fugir dos outros, querida! – A mulher com máscara de palhaço disse novamente.

– Quem é você? – Charllote perguntou, levantando seu canhão para a mascarada.

A máscara de palhaço feliz logo se distorceu em forma de uma máscara triste, e a mulher usou uma bengala listrada de preto e branco para abaixar o braço de Charllote. Ela desceu de cima do piano e dançou em volta da azulada, que agora parecia com medo.

– Eu já tive um nome, uma família, uma guilda, uma magia rara, uma felicidade única... Mas troquei tudo para servir Zeref... Quem sou eu, você diz? Você nem sequer sabe o nome verdadeiro dessa ilha... Seu nome é Manège de la mort, ou, Picadeiro da Morte. E meu nome? Karino Guiruuya. O Rouxinol come, ou caça? Bem vinda à parte dois dos Espetáculo da Morte!

Um grito foi ouvido, e dois tiros de canhão também. A última coisa que Charllote viu antes de desmaiar foi o assustador sorriso de uma máscara de palhaço.


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