My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 33
Fortuna II


Notas iniciais do capítulo

OIE! Eu fiquei com muita vontade de postar esse capítulo na quinta feira ^^, mas me segurei. Espero que gostem do que acontecerá em Fortuna II. Para quem não sabe fortuna não é dinheiro e sim sorte. Usei esse termo porque percebi que alguns personagens como Yesubai e Kelsey estão abusando muito da sorte. Troquei a capa ^^, achei essa tão linda. Foi feita pela Natasha. E Kishan? Gente escrevi o próximo capítulo pensando nele, ficou tão lindo que quase chorei de alegria quando terminei. Eu reconheço que Kishan aparecera poucas vezes, mas é porque eu já sabia, mesmo antes de começar a escrever a fic, qual seria o papel dele. Obrigada à todos que estão lendo, comentando, favoritando e, claro, obrigada as meninas que escreveram as recomendações! Bom, já falei demais. Vamos logo ao que interessa!BOA LEITURA!



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―Você o que? – Kelsey gaguejou quando olhou para Ren.

―Eu conversei com Ambre. Não quero que ela faça algum mal para você ou Tifany...

―Kells, do que ele está falando? – Fany interrompeu Dhiren.

Ficaram em silêncio esperando que Kelsey explicasse, mas a mesma não mexia um músculo para dizer. A garota pensava no que diria à Tifany, pois sabia que sua amiga iria ficar nervosa com Ambre e “tiraria satisfações”. Kells, não queria que uma briga acontecesse e imaginava o tanto que era ruim para Fany ter que ficar perto de Ambre, claro, que seria pior se uma briga que tivesse como centro das atenções Kelsey, porque não tinha força e coragem suficiente para proteger Tifany.

―É a Ambre – Kells começou a falar -, ela quer que eu me afaste de Dhiren, se não vai te machucar.

―Me machucar? De onde aquela oxigenada tirou isso? – Tifany gritou e as poucas pessoas que estavam em volta olharam em direção a mesa.

―Calma... Ela só é infantil e não sabe o que diz. – Kelsey tentou acalmá-la.

―Aquela vaca é uma babaca. Se ela ousar encostar um dedo em você eu mato ela – Fany respondeu ainda em voz alta. – Sabe, quer saber de uma coisa? Vou lá agora mesmo!

Tifany se levantou bruscamente, fazendo a cadeira cair no chão, e saíra a passos duros rumo à mesa em que Ambre costumava sentar. Ren, percebendo que ela arranjaria uma confusão pior, a segurou pelo braço quando a garota passou ao seu lado.

―Não, Tifany é melhor não fazer isso. Senta ai! – ele exclamou com a voz séria e conseguindo a intimidar.

―Mas – murmurou -, não posso deixar que a vaca, faça algo ruim com a Kelsey.

―Tifany, ela não vai fazer nada de ruim comigo, até porque o Ren já conversou com ela e tenho certeza, que ele falou de uma forma que a fez ficar com medo.

―Isso é verdade – ele concordou. - Falei para ela te deixar em paz Kelsey... Porque, bem...

Ele corou e ficou calado, para não ter que completar a frase. Tifany, a todo o momento reclamava e falava mal de Ambre com palavras nunca inventadas e utilizadas antes. Ren para ficar perto de Kelsey, dera a desculpa que queria saber mais sobre o sonho, pegou uma bandeja com sanduíche natural e chá gelado e sentou se na mesa em que elas estavam.

Os dois, como na sala de aula, se entreolhavam e desviavam o rosto. Dhiren estava com um pouco de vergonha, visto que fora ele que primeiramente chegou perto de Kells para beijá-la. Sentia, nesses olhares, que tinha uma conexão muito maior, entre eles, do que imaginara. Kelsey, por mais difícil que fosse de admitir, conseguia prendê-lo por completo. A jovem que conhecera toda tímida e que chegara a maltratar estava, agora, conquistando um pouco si.

O sinal tocara e os três foram para a sala. Passaram pelo refeitório e enquanto isso, os alunos olhavam com curiosidade. Uma amiga de Ambre, Li, pegara, no mesmo instante que vira Dhiren ao lado de Kelsey, o seu celular. Passou uma mensagem para a loira, dizendo que era verdade o que Ren dissera para ela, pois acabara de vê-lo com Kelsey e Tifany.

Ambre, que chorava no banheiro, quando leu o que Li a enviou chorou ainda mais. Não conseguia acreditar que o rapaz a havia trocado por uma pessoa tão sem graça como Kelsey. Em sua mente passava todas as vezes que fora no salão de beleza para arrumar o cabelo especialmente para ele e, também, quando trocara o esmalte das mãos, em um mesmo dia por mais de duas vezes, porque soubera que Ren gostava de cores vibrantes. Pouco Ambre conhecia de Dhiren, pois o mesmo não gostava de mulheres com cabeça fútil e sem conteúdo.

****

A aula passou, ainda mais, rápida. O professor de biologia explicara por duas vezes consecutivas sobre DNA e a maioria da turma não entendera. Ambre não aparecera nesses horários, havia ligado para seu pai a buscar – dando a desculpa de que estava com dor de cabeça. Kelsey tentou ao máximo não olhar para Dhiren, só que era quase impossível que isso acontecesse, pois ele chamava a atenção dela de uma forma que a mesma desconhecia.

O sinal de término batera e Ren escorou na parede de fora da sala e esperou que Kelsey saísse para acompanhá-la até em casa. Tifany, vendo o que ele fizera, falou para Kells que podia ir na frente pois ficaria na biblioteca estudando para as provas que começariam na próxima semana.

―Kelsey – Ren falou, sorrindo, quando ela passou -, eu vou te acompanhar. Posso?

―Bem – ela não sabia o que responder. – Pode...

―Que bom, porque precisamos conversar sobre o sonho e sobre o que aconteceu.

O coração de Kells disparou. Cenas do beijo passaram por sua cabeça. O cheiro de Dhiren, seus olhos azuis e o toque suave fizeram com que um choque passasse por sua espinha e a levasse de volta ao chalé. Inspirou profundamente, pois o cheiro da brisa do bosque parece tomar o ambiente. Era como se um djavu estivesse acontecendo.

―Kelsey? – Dhiren a chamou – Seu celular parece estar tocando.

―Ah, sim – exclamou retornando a realidade.

Abriu a bolsa e procurou pelo telefone móvel. Quando achou viu o sinal de sms, abriu o celular e visualizou o número da Manu, era uma mensagem da sua amiga: “Kelsey, se você esqueceu trate de se lembrar. Este mês é meu aniversário. De presente vou ganhar uma viagem... Só que ainda não decidi o lugar. Que tal eu ir passar uns dias na sua casa?”

Será que leu certo a mensagem? Pensou. Manu estaria mesmo com a intenção de visitá-la? Kelsey, quase gritou ou saiu correndo de felicidade. Pelo menos uma notícia boa em tudo que estava passando. Dhiren olhava para a expressão da garota e imagina o que poderia estar passando na cabeça dela. Ren pensara em todas as coisas possíveis de acontecer para uma pessoa garota, como Kells, ficar feliz: talvez ganhou alguma promoção ou, quem sabe, um prêmio de tarefa grátis de celulares.

―O que aconteceu? – ele interrogou com curiosidade, quando continuaram a andar rumo ao portão.

―Minha amiga. Manu. Bem capaz que ela venha me visitar.

―Você está tão feliz assim por causa disso? – ele sorriu achando da graça.

―Si-sim – ela lembrou que a pessoa com quem conversava era Dhiren. – Ela era minha única amiga na cidade que eu morava.

―Então se ela é sua amiga, também será minha amiga – Ren brincou com um tom de voz somente usado por um rei ou nobre.

Kelsey riu daquela brincadeira. Ren, pela primeira vez, conseguira tirar toda a tensão de seus ombros. Ele estava tentando ser gentil e quebrar o gelo que havia entre eles quando ficavam sozinhos. Dhiren observava que Kells rindo com naturalidade ficava com um ar alegre que a deixava mais radiante. Sabia o que estava sentido por ela e reconhecia que estava aumentando a cada vez mais.

―Kelsey –falou sério -, sobre ontem. Eu quero pedir desculpas. Não sei se o que fiz foi certo, já que bem... Não pedi sua permissão.

―Minha permissão? – ela murmurou não entendo até onde ele queria chegar.

―Sim. Eu só – pausou e suspirou para tomar coragem para continuar a frase -, queria senti-la. O seu cheiro é muito bom e... Eu não sei o que aconteceu.

―Não precisa se desculpa – Kells abaixou a cabeça, porque sentiu sua bochecha queimando e provável, inferiu, que já estaria como um pimentão.

―Se eu invadir sua privacidade como antes, não hesite em me bater ou empurrar.

―Ren.

Ela parou de andar e olhou diretamente para ele. Não queria guardar para sempre o que falaria agora. Engoliu seco e começou a dizer encarando os olhos azuis cobalto.

―Eu não vou te bater ou empurrar, afinal eu também te beijei...

Ficaram em silêncio e por fim Dhiren falara tetando parecer o mais natural possível:

―Então, tudo bem entre a gente? – Ren interrompeu.

―Sim, está tudo bem.

―Amigos? – pronunciou a abraçando de lado.

―Si-sim – Kells gaguejou quando sentiu o calor do corpo dele encontrar o seu.

Dhiren estava com vergonha, mas agora, respirava normalmente, quando estava ao lado da garota. Ela parecia ser flexível e atenciosa e ele entendia que Kells estava, também, com vergonha, pois era tímida demais, entretanto achava que não conseguiria se livrar das memórias, tão doces e esperançosas, que adquirira ao lado dela, quando estavam no chalé.

―Você vai embora comigo? – perguntou a soltando.

―Acho melhor não, vou a pé mesmo.

―Não mesmo. Nessa neve não deixo você ir, não quero que pegue um resfriado.

―É muita atenção de sua parte, obrigada – respondeu formalmente para ele e continuou a andar o seguindo até o carro.

*****

Havia três horas que Yesubai estava no shopping. Aproveitara essa espera para que pudesse renovar seu guarda roupa. Comprou roupas de marca e principalmente, jóias. De acordo com seu relógio a aula já terminara, então esperaria somente por mais alguns minutos até seu peãozinho aparecer, ou melhor, a “princesinha mimada”.

Sentou na praça de alimentação e pediu um sanduíche vegetariano e suco de abacaxi com hortelã. Comeu e, logo, quando pagou a conta voltou para as suas comprar. Já estava começando a ficar entediada.

Entrou em uma loja por ter visto uma sandália na vitrine e reparou que o ambiente trazia a mesma energia da pessoa que procurava. A loira, Ambre, estava a sua frente experimentando um sapato vermelho sangue.

―Nossa como ficou lindo esse sapato, o seu pé é muito delicado! – Yesubai comentou sentando ao lado da garota.

―Obrigada – Ambre sorriu falsamente e voltou o olhar em direção ao sapato.

―Sabe, acho que vou levar um desse também, acredito que minha prima irá amar quando vê-lo.

―Leva esse, desisti da compra – Ambre respondeu esnobando a “morena”.

―Obrigada. Na Índia os homens adoram quando as mulheres abusam das cores, tenho um primo indiano que ama isso. Um dia ele até comentou para mim, que gostava de mulheres que usam vermelho.

A loira ouvira a palavra indiano e sua pulsação ficou mais rápida. Lembrava, desde que saíra da escola, de Ren a dizendo que amava Kelsey e que não queria que ela chegasse perto dos dois e de Tifany.

―Os indianos não têm gosto... E nem para escolher uma mulher bonita, simpática e educada eles servem. – respondeu para Yesubai com o tom de voz mórbido.

―Olha – Yesubai pegou nas mãos dela e sorriu ternamente -, eu já sofri muito por homem e sinto que você está sofrendo.

Naquele momento, Yesubai conseguira tocar no coração de Ambre. Por mais que ela, às vezes, agisse de forma errada – como a vez em que intimidou Kelsey no banheiro - ainda sentia algo por Ren, algo que a enchia de energias positivas e renovadoras.

―Homens são todos idiotas e desumanos. Acredita que ele me trocou por uma garota sem graça – Ambre respondeu com vontade de chorar.

―Olha... Será que posso te ajudar?

―Você por acaso sabe como conquistar alguém com um físico perfeito, com grana, paquerado por todas e que, parece, que gosta de mulher sem graça? Eu não consigo ser assim: fraquinha e bobinha.

―Querida, você não é fraquinha e bobinha. Quer saber? Tenho certeza que vou te ajudar! – exclamou sorrindo para Ambre e a acalmando.

―Como? Se nem mesmo minha psicóloga consegue.

―Tenho meus segredinhos. Se quiser podemos conversar na praça de alimentação depois que você pagar esse sapato lindo – Yesubai falou entregando o sapato vermelho para Ambre.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam desse capítulo? Agora ninguém segura a Yesubai!Próximo capítulo sairá amanhã, domingo (15/09)



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