My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 29
Esperança


Notas iniciais do capítulo

OIE! Olha eu aqui adiantando o capítulo! Pois é, faltei do cursinho hoje e o tempinho que me sobrou vim postar o próximo capítulo.O que tenho dizer sobre esse capítulo? Gostei de digitá-lo. Foi muito legal imaginar as cenas. Tem capítulo que os personagens "impacam" e nesse isso não aconteceu, todos andaram conforme a história. Eu estava pensando em terminar a fic antes do mês de dezembro, por que já em janeiro as aulas da universidade começam - e se Deus quiser passarei! - por causa da Copa. Então bem capaz que postarei a partir de hoje três vezes ou mais por semana.
BOA LEITURA!



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Kelsey entrou em casa e viu que sua mãe estava fazendo um lanche para ela. Sra. Hayes fazia chocolate quente e pão de forma. Kells deixou sua mochila na sala, lembrando que se esqueceu de entregar para Ren suas roupas. Seguiu para a cozinha e sentou em um banco que ficava em volta do balcão.

―Por que está com essa carinha triste? E por que se machucou? – sua mãe perguntou sentando na frente dela e entregando uma xícara com chocolate.

―Eu? – interrogou se assustando com a voz que ouvira.

―Sim. Por que está assim tão triste? Não adianta falar que está feliz, pois te conheço.

―É que... – Kelsey começou a falar sobre Ambre, mas ficou com medo que sua mãe não entendesse.

―O que? Pode falar, sou sua mãe – Sra. Hayes sorriu- Se for sobre seu namoro com Dhiren, não ficarei nervosa.

―Na-namoro? Não estou namorando.

―Então o que aconteceu? – sua mãe sabia como pressioná-la e estava conseguindo.

―Uma colega de classe ela – pausou para pensar de que forma falaria sem que fizesse um alarme - ela disse para eu me afastar de Ren se não...

―Se não?

―Se não ela vai fazer algo ruim com Tifany.

―Com Tifany?

―É, não quero que machuque Fany de novo.

―E esse machucado? – Sra. Hayes perguntou com expressão séria, mas sem demonstrar o tanto que estava com raiva da garota que falara isso para sua filha.

―Bem, eu cai.

Sua mãe sabia que o machucado não tinha sido por causa da queda, visto que a localização era bem determinada. Estava com medo do que a filha tinha feito, para a colega de classe ter agido assim.

Para ela, Kelsey, sempre fora calma e quieta, nunca dando trabalho na escola ou em casa. Tinha plena confiança em Kells e sabia que a mesma conseguia sair dos problemas, entretanto o que acabou de ouvir a deixou com receio de deixar que a filha cuidasse da situação sozinha.

―Querida, conte para Dhiren, vocês não são amigos? – Kelsey concordou – Então, divida isso, já que ele está envolvido. Essa colega é ex-namorada dele?

―Ren disse que nunca olhou para Ambre de uma forma que entendesse que os dois eram namorados, na verdade ele disse que eram somente amigos. Eu também sou amiga dele...

―Eu sei que você é amiga dele. Essa garota te falou o motivo para você se afastar dele? – perguntou com impassibilidade.

―Ela disse que o amava e que eu destruí a vida dela, mas eu não fiz isso.

―Kelsey, seja sincera – Sra. Hayes pegou nas mãos da filha para tentar acalmá-la depois que vira uma lágrima escorrer dos olhos de Kells – Você gosta do Ren?

―Go-gostar? – Kelsey perguntou confusa, não entendendo à que ponto sua mãe queria chegar.

―Sim, sabe... Como essa Ambre ai disse.

Kells ficou em silêncio, não sabia se respondia com sinceridade ou mentia dizendo que estava somente interessada na amizade dele. Depois de pensar, chegou à conclusão que não importava qual opção escolhesse não poderia falar o motivo que estava tão próxima de Dhiren.

―Não precisa responder eu entendi – Sra. Hayes disse, sem jeito, se corando junto com a filha – Conversa com Dhiren, talvez ele vá te dizer o que fazer já que conhece melhor essa garota e em relação a Tifany, também conte para ela. Você quer ser amiga dela e do Ren, certo?

―Sim.

―Então, converse com ela também, explique a história do mesmo jeito que me explicou. Mas, não se afaste das pessoas que gosta e se essa garota fizer alguma coisa procure algum superior a ela, tenho certeza que ela sairá com o rabinho entre as pernas – sua mãe falou sorrindo.

―Vou tentar conversar com eles. – Kelsey respondeu bebendo o chocolate quente e se levantando – Mãe, obrigada.

―De nada, só não esqueça que sou sua amiga também. A melhor amiga de todas.

Kells rodeou o balcão e deu um abraço na mãe dela, pela primeira vez teve uma conversa tão séria com a Sra. Hayes.

―Seu olhar me diz que quer me pedir algo. Estou certa?

―Sim – Kelsey sorriu – Posso sair com Ren hoje?

―Sair? – Sra. Hayes levantou a sobrancelha.

―É-é. Posso? Ele vem me pegar às sete horas.

―Ele já vem te pegar? Acho que pode, já que combinou.

―Obrigada.

Kelsey subiu para o seu quarto e colocou um conjunto de moletom preto que tinha guardado no guarda-roupa. Deitou na cama e ficou ali, pensando na forma que diria a Ren sobre Ambre. Não queria trazer problemas para ele. Não queria dividir os problemas que faziam pensar que ela era fraca para ajudá-lo. Se não conseguia lidar com Ambre imagina com deuses, pensou.

Após ficar, um tempo acordada acabou se entregando ao sono, que parecia querer dominá-la. Kelsey não esperava que fosse sonhar, mas o contrário aconteceu. Sonhou que estava em um chalé olhando para uma lareira que tinha com o fogo acesso. Nas chamas conseguiu ver uma mulher. Essa tinha vários braços e cada um segurava flores de ouro que reluziam por causa da luz. Os seus lábios estavam em um tom rosado e os olhos deixavam claro que não queria fazer mal à Kells.

―Kelsey, cuidado – a mulher sussurrou no ritmo das labaredas – Ambre é só o primeiro obstáculo. Cuidado.

―Ambre? – perguntou olhando para a mulher.

―Sim. Quero que o príncipe Alagam Dhiren fique livre da maldição, pois somente assim poderei acabar com o mal que coloquei no mundo.

―O que posso fazer? – interrogou de forma espontânea.

―Ajude-o e se possível cure o seu coração. Tente ficar calma com o que Ren lhe contará.

A última frase ecoou pela ambiente de forma serena, um tigre com rajas negras surgiu de trás da deusa e rosnou bravamente. O barulho do animal fez com que Kelsey acordasse subitamente. Sua visão ficou um pouco embaçada, entretanto quando levou a mão ao amuleto que estava em seu pescoço tudo clareou e iluminou-se.

―Não me lembro de tê-lo colocado hoje – murmurou lembrando se do sonho.

Kells olhou para o relógio e viu que já eram seis e quarenta. Fora ao banheiro, tomou um banho quente, voltou para o quarto, colocou uma calça jeans, botas, uma camiseta e por cima a blusa de moletom que usava ante, por não ter encontrada outra melhor. Pegou o celular e olhou no visor para ver se alguém ligara. Quando abriu o telefone viu o sinal de mensagem e clicou no ícone para ver quem era e o que havia escrito.

“Kelsey estou te esperando aqui em baixo. Ren”

A garota desceu as escadas e avisou para sua mãe que Dhiren havia chegado, deu outro abraço nela e abriu a porta. Uma brisa gelada passou entre seus cabelos e se lembrou de pegar os pertences de Ren. Voltou até a mochila e pegou a blusa de frio dele e a toca. Saiu fechando a porta e se despedindo do seu pai, que a olhava com a expressão séria.

Kelsey olhou a sua volta e viu ninguém. O ambiente estava calmo, não continha pessoas ou qualquer sinal de que alguém havia passado por ali. Apertou o amuleto e pediu em silêncio para que sua conversa com Ren desse certo. No mesmo instante ouviu um barulho e olhou para a direção que seu sentido indicou ser. Viu por trás dos arbustos os olhos azuis cobalto a encarando. Percebera que era Dhiren, entretanto em sua forma de tigre.

Um choque passou por sua espinha, como se sua intuição quisesse avisar que deveria correr. Conteve-se e pensara que tinha vencido esse medo quando encontrou Ren em sua forma de tigre pela primeira vez, assim não correu. O som das patas de Ren pressionado a neve fez com que se lembrasse do que sentia por ele e conseguiu tirar forças suficientes do seu interior para que pudesse se aproximar.

O tigre saiu de trás dos arbustos a encarando. Levantou o olhar analisando cada movimento de Kells, era como se ela fosse capaz de hipnotizar e transformá-lo em um simples felino. Ren, após perceber que Kelsey o encarava, direcionou a cabeça para a direita querendo indicar um caminho, ela conseguira entender e assentiu em uma resposta silenciosa.

******

―Senhorita, o que pretende fazer nessa viagem? – o homem que ocupava o posto de Chefe de Armas de Lokesh e acompanhava como auxiliar, perguntou.

―Terminar algo que está em divida há anos – Yesubai respondeu de forma séria.

―Isso seria com aquele príncipe com quem se casaria?

―Sim – sorriu ironicamente.

―Quais são os seus planos? Magia, tortura, luta física ou algo menos explicito?

―Como você é curioso se não fosse o chefe de armas o expulsaria do avião agora mesmo.

O homem, todo tatuado a olhou com a expressão séria. Nunca vira a jovem Yesubai falar de forma tão amarga. A conhecia tinha alguns anos e nesse tempo, a garota sempre esteve com a aparência jovial e mostrara uma educação à título de realeza.

Ensinou para ela como usar alguns artefatos de lutas, como espada e até mesmo arma de fogo. Nunca imaginou que se arrependeria tanto por isso quando a viu criar um ódio tão grande como o de Lokesh. Pensou que esse sentimento seria capaz de destruí-la, entretanto quando a viu o dominar a esperança que tinha de que a Yesubai voltasse a ser a mesma de antes aumentou.

―Irei procurar alguém para que possa servir de peão.

―Já tem alguém na sua lista? – ele perguntou sentindo que a morena falava sério.

―Sim. Alguém que tem o orgulho maior do que qualquer outra pessoa no meio que Dhiren vive.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Tem capítulo novo amanhã quinta feira (04/09) antes das 18 horas.



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