My Tiger escrita por Escritora


Capítulo 27
Jogo


Notas iniciais do capítulo

Sentiram saudades de Kelsey e Ren? Bem, eu senti, para ser sincera foi muita saudade, pois quando estou com eles quer dizer que não tenho nada para fazer. Esse capítulo não ficou como eu esperava e desculpa pelos erros de português, não tive tempo de revisá-lo. Vou revisar amanhã, mas como prometi que hoje postaria... E o frio? Nunca senti tanto frio como esses dias anteriores. Sério, minhas mãos estão congelando. Bom, vou largar de falar e vamos logo ao que interessa.BOA LEITURA



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Havia um dia que Yesubai deixara sua casa, estava triste por ter que ver novamente o rosto de Ren. A tristeza aumentava ainda mais, quando lembrava que teria que levar Kelsey para Lokesh.

Ele obrigara a voltar para o Índia com a garota, por bem ou por mal. Porém, não sabia como faria isso, se usaria da força física ou não. No fundo queria machucar Kells, mas toda vez que pensava que a mesma era a única que poderia ajudar Dhiren desistia, pois seu coração ainda gritava por ele.

******

Kelsey acordou lembrando-se da última conversa que teve na escola com Ren, ele estava preocupado com o tempo. Sempre olhava para a janela e encarava a neve como se ela tivesse algum poder hipnotizante sobre si, isso estava a incomodando como se algo quisesse dizer que aquela atitude do rapaz não era normal.

Kells, não queria ir para a escola hoje, pois Tifany iria querer explicações sobre os boatos que surgiram sobre ela ter ido sábado para o colégio no carro de Ren. Fany era uma boa amiga e como toda amiga suas reações eram mais exageradas do que a de outras pessoas.

Tomou um banho com a água mais quente do que o normal e se agasalhou com uma calça, mais duas meias nos pés e duas blusas de frio. Pegara a blusa de frio e o gorro de Dhiren e colocou na mochila, as peças ainda estava com o cheiro dele. A mesma olhou pela janela e viu que a neve não parava de cair e o jardim estava mais coberto do que na noite anterior.

Desceu e viu sua mãe deitada no sofá “embrulhada” em dois cobertores. Seu pai estava ao lado dela também com vários cobertores e com um cachecol verde escuro no pescoço, os dois viam o jornal da manhã e comentava sobre como o tempo estava esfriando mais a cada dia e que se soubessem que era assim na região, não teriam se mudado.

―Pai, já estou indo! – Kelsey exclamoudepois que bebeu o chá quente e o Sr. Hayes se levantou.

―Eu levo você, hoje meu patrão me liberou – ele falou com um sorriso no rosto - , me espera trocar de roupa?

―Claro, eu espero. Até por que não estou afim de ir nesse frio a pé para a escola.

Kelsey sentou no sofá ao lado de sua mãe para esperar o seu pai. A Sra. Hayes falava que passara no jornal que nunca nevou na cidade e que só foi possível nevar nessa época do ano por que o tempo estava frio e úmido. As duas conversaram sobre como era lindo o branco da neve e que quando Kells chegasse da escola iriam fazer bonecos de neve. Após alguns minutos escutaram a campanhia tocar, Kelsey se levantou e foi abrir a porta.

―Oi, Kells. – Dhiren falou sorrindo e tirando a neve do ombro.

―O-olá – ela falou gaguejando por sentir um arrepio na espinha quando viu os olhos dele.

―Posso te dar uma carona? – perguntou ainda sorrindo – Se quiser eu pergunto para o seu pai.

Kelsey ficou em silêncio, olhou em direção a sua mãe e depois voltou o olhar para Ren.

―Quem é filha? – Sra. Hayes perguntou se levantando para ter uma visão melhor da porta – Oi, Dhiren entra ai, deve estar congelando.

O rapaz entrou e fechou a porta, já que Kelsey estava paralisada e não conseguira se mover com naturalidade. Ela ficou o vendo ir até o sofá e cumprimentar sua mãe como se fosse de casa. Ele sentou e começou a conversar com a Sra. Hayes que a neve estava deixando as estradas escorregadias, mas que tinha colocado rodas no carro próprias para andar naquela situação.

―Está ocorrendo muitos acidentes, então se a senhora quiser eu posso levar Kelsey por enquanto. Acredito que o Sr. Hayes não vá achar ruim se falar sobre isso – Ren disse de forma amigável.

―Sabe isso não é má ideia e pelo que percebi parece ser um rapaz responsável, se Kelsey quiser ir com você não me importo. – a mãe de Kelsey concordou se deixando levar pelo sorriso e aparência dele.

―Kelsey? – Ren viu a garota o encarando ainda da porta.

―Por mim tudo bem – ela disse ruborizando e não entendendo por que sua mãe foi tão legal com ele.

―Pode ir então, porque se for para esperar seu pai se trocar vai se atrasar.

―Até mais – Ren disse a cumprimentando e pegando a mochila de Kelsey que estava ao lado da mulher.

Kells e Ren saíram da casa em silêncio, ela ainda estava confusa, pois pensava por que ele estava sendo tão gentil. Será que era somente porque ela servia para alguma coisa? Aquela interrogação ficou em sua mente. Dhiren abriu a porta do Lykan preto para ela e depois a fechou seguindo para o lado do motorista.

O mesmo sentou no banco e deu partida no carro, acelerando de forma lenta por causa da rua estar cheia de neve. Ficaram em silêncio por quase todo o trajeto. Kelsey estava com vergonha, não sabia o que dizer ou fazer, era como se, realmente, tivesse virado uma estátua humana.

―Kelsey está com medo de mim? – Ren a chamou a atenção.

―Na-não.

―Então porque tropeça nas palavras todas as vezes que conversamos?

―Não sei – ela suspirou de alivio por ele ter falado algo.

―Sabe, você deveria conversar mais comigo, coloco todas as minhas esperanças de uma vida normal em suas mãos. Concorda com isso?

―Sim – respondeu baixo e dando por vencida – Há quanto tempo você vive assim?

―Assim como? – ele sorriu se sentindo feliz por a garota ter conversado.

―Com o tigre? – Kelsey disse em um tom mediano.

―Há anos.

―Esses anos seriam quanto? – ela perguntou curiosa, mas com medo de estar invadindo a privacidade dele.

―Acho melhor conversamos disso noutro dia. É como se eu tivesse o pressentimento que, ai sim, você ficaria com medo de mim.

―Tu-tudo bem – interrompeu Ren quando percebeu que sim, ele estava incomodado com a pergunta – É por isso que costumo ficar calada – murmurou.

―Vamos sair hoje? Podemos conversar sobre isso.

―Sair? Mas, hoje... Não sei.

―Vou te dar o prazo de pensar até o final da aula. Acho melhor aceitar, porque gostaria de saber se conseguiu algo com o pergaminho.

Kelsey se lembrou que na noite anterior havia ficado horas olhando para o pedaço de papel sem sucesso algum. Tentara encostar o amuleto no pergaminho, só que única coisa que aconteceu foi a mudança de cor que acontecera também quando Sr. Kadam a contara a história inteira.

―Já vou deixar marcado de te pegar em casa sete horas da noite, só que tem um problema não vou poder ir de carro, então se agasalhe.

―Por que não vai poder ir de carro?

―Você vai saber – Ren sorriu e entrou no estacionamento da escola.

As pessoas olhavam para o Lykan apertando os olhos para ver quem estava dentro. Uma minoria sabia que aquele carro era de Ren, então muitos estavam curiosos. Kelsey abriu a porta e saiu, logo percebeu que as pessoas a encarava esperando a porta do motorista ser aberta. Ren, depois de desligar o automóvel, a abriu e a reação das pessoas fora de espanto com confusão.

―Vamos entrar Kelsey? – ele falou depois que ativou o alarme.

Kells assentiu e o seguiu.

―Como eu sabia hoje vai ser pior. Sério, acho que vão ter que se acostumar comigo e você juntos.

―Ju-juntos?

―Sim, somos parceiros agora – Ren parou de andar e a puxou para seu corpo - . Acho que assim vai ser mais fácil de todos verem que somos amigos.

―Acho que assim ninguém vai achar que somos amigos – Kelsey murmurou.

―Sabia que escuto muito bem? No meu primeiro dia de aula eu te escutei me xingando.

―Você o que? – interrogou ficando cada vez mais vermelha.

―Deixa para lá – ele sorriu e praticamente saiu arrastando Kelsey, pois ainda estava chocada pelo que escutou.

Entraram no prédio, Ren a soltou e avisou que ia falar com o Sr. Kadam e que ela poderia seguir sozinha para a sala. Kelsey fez o que ele disse, seguiu pelos corredores sendo acompanhada pelos olhares ainda curiosos. Sentiu se incomodada, nunca chamara tanta atenção como agora, Ren se tornara tão popular que parecia que as pessoas a encarava como se tivesse com ciúmes da garota.

Kells estava em pânico, então entrou no banheiro para esperar os alunos irem para as salas quando tocasse o sinal. Ficou ali dentro por vários minutos, já que chegara cedo. Escorou na parede com um espelho e ficou sozinha até o sinal o bater. Quando o sino soou lavou as mãos, escutou um barulho de porta, mas não olhou para ver quem havia entrado.

―Kelsey.

Uma voz feminina e diferente a chamou e por instinto Kells se virou, entretanto quando fez isso sentiu o seu rosto arder.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?? Espero que tenham gostado. Sábado (30/08) postarei o próximo capítulo ^^



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