Gotta Be Somebody escrita por MissLerman


Capítulo 1
Capítulo 1 Lost


Notas iniciais do capítulo

"Heeeeeeeeeey amores da minha vida, olha só quem está aqui mais uma vez. Poisé, postarei mais uma história. Foi só um surto criativo que tive agora de pouco e vou compartilhar com vocês.



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Minha cabeça girava. Qual fora a última vez que eu bebera tanto assim? Nunca. Mas sentia como se tivesse passado dias e mais dias dentro de um bar. Quando finalmente consegui abrir meus olhos, senti uma leve folhagem em minhas costas. Mas folhas? A última coisa que eu me recordava era de ter ido deitar mais cedo porque rumores de que algo atacara meu vilarejo novamente. Em pleno século XI e pessoas ainda acreditam em seres sobrenaturais. Ouvi muitos velhos dizerem que não era alguém, mas sim uma criatura.

Nunca fui supersticioso. Nunca acreditei em nada que as pessoas falassem. As histórias de fantasmas que meu pai contava para meu irmão mais novo me pareciam piadas sem graça. Tínhamos um determinado toque de recolher assim que o sol se punha. Mas isso nunca foi motivo para me deixar com medo. Diziam que a lua era algo sombrio. Algo que atraía seres malignos. Ridículo, em minha opinião. Chegava até a me dar vontade de rir. Porém, naquela noite, eu temia que minha opinião sobre isso mudasse.

Ainda estava deitado. Me sentia fraco, e faminto. Meu estômago revirava e gritava por comida. Então ouvi um sussurro. Era como se alguém chamasse por mim. "Perseu!", eu escutava. Me levantei então em um pulo, mas não completamente, porque senti uma fisgada em minha perna direita. Gemi de dor. Olhei para baixo e notei que minha calça havia sido rasgada. Eu ainda usava as mesmas roupas que antes, calças marrons, camisa branca, e botas. Porém, minha camisa já não estava mais branca, minha calça rasgada até o joelho e eu estava sem botas. 

Mesmo estando com dor, e mesmo querendo chorar e chamar por minha mãe, eu corri. Ou pelo menos tentei. Mancava muito, e estava doendo. Eu ainda sentia aquela voz, sussurrando e me chamando. Droga! Por que sempre tenho essa sorte? Percy Jackson é definitivamente o ser mais azarado de toda França. Com tantas cidades, moro em um vilarejo ao lado de uma floresta. Me perco na floresta, desmemoriado. E ainda por cima há isso em minha perna. Parte de mim já suspeitava do que se tratava, mas não me permitiria NUNCA acreditar no que meus pensamentos me diziam.

Continuei correndo, passando por entre árvores e tentando pular por pedras e outras coisas que sequer tive tempo de olhar e reparar no que se tratavam. Àquela altura, meus pés estavam completamente cortados e minha perna doía ainda mais. Me lembrei então do que meu pai me dizia quando eu me machucava ou me cortava. Ele sempre me disse para que eu me virasse sozinho, devia lavar o machucado, até tirar toda a sujeira que encontrasse. E devia olhar para o machucado, o que quer que fosse. Eu tinha um certo pavor de sangue, a ponto de vomitar e em seguida desmaiar. 

Recordando as palavras de meu pai, decidi parar de correr e olhar para aquilo, o que quer que fosse. Mas a voz. Aquela voz parecia estar perto. E eu sentia que me queria, o que quer que fosse. Por isso passei a ignorar ainda mais a dor e correr com todas as minhas forças. 

Quem exatamente eu era? Ninguém muito especial. Meu nome é Perseu Jackson, acabo de completar 18 anos e estou completamente perdido, sem saber ao certo para onde ir e se alguma hora chegarei a algum lugar minimamente conhecido. Minha mãe é comerciante, então é possível subentender que não tenho uma vida de luxo. Ela sempre deu o seu melhor para cuidar de mim e de Tyson, meu irmão mais novo. E meu pai? Bem, apesar de ter passado 15 anos com ele, não guardo somente lembranças boas. Ele saiu de casa e nunca mais voltou, nunca mais foi visto, ninguém nunca mais teve notícias de Poseidon Jackson.

Claro, todos ficamos arrasados, mas ninguém deixou de viver porque aquele homem o qual eu chamo de pai nos deixou para provavelmente viver com alguma qualquer por aí. Estava convicto disto.

Vivíamos em uma vila próxima de Paris. E eu as vezes me perguntava porque não vivíamos lá. Afinal, quem gostaria de morar ao lado de uma floresta como esta? Possivelmente, minha mãe. Ela se dava muito bem com a natureza e tudo mais. Mas a floresta parecia não ter fim. Era enorme, infinita ao meu ver. 

E, de tão infinita que a floresta me parecia, de repente me deparei com uma casa velha e um tanto caindo aos pedaços. "É pra lá mesmo", pensei. Apressei o passo e quase conseguia sentir uma cama quente comigo. Assim que cheguei na casa, senti a dor se intensificar. Agora era como se alguém tivesse cravado uma estava em minha pantorrilha. Quase chorei de tanta dor. Mas cheguei até a casa. 

Com uma força sobrenatural, abri a porta com um soco. Assim que entrei, não aguentei mais com o peso de meu corpo. Me joguei no chão e permaneci ali. Meus olhos estavam pesados. Estava quase os fechando quando me lembrei que tinha que cuidar daquele ferimento, seja lá o que fosse. 

Com mais força ainda, me levantei. Olhei em volta e a única coisa que vi foi algumas estantes empoeiradas. "Ótimo" pensei "espero que ninguém more aqui". Seja lá onde "aqui" significasse. 

A porta pela qual entrei me levou para uma espécie de sala, onde as estantes estavam. E, em um canto, avistei uma escada. Com a ajuda de alguns objetos que estavam por aqui e ali, me segurei e andei até a escada. A dor estava tremendamente horrível. Já não aguentava mais. Olhei para trás e vi uma enorme pista de sangue atrás de mim. Eu ia morrer, este fora meu único pensamento. 

Acordo no meio de uma floresta desconhecida, descalço e ferido, com fome e cansado. Fujo de uma voz que parece sussurrar em minha cabeça. E, para completar minha noite, morro em uma casa abandonada e suponho que ninguém nunca encontrará meu corpo. Tem como haver noite mais agradável? 

A última coisa da qual me lembro, foi de cair no chão de madeira, e permanecer ali, inerte. Torcendo para que alguém me encontrasse. 

Senti como se realmente tivesse morrido. Até que algo que cutucou na altura do abdômen.


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Notas finais do capítulo

Beeem gente, isso foi apenas para deixar um gostinho. Já da pra ter uma pequena ideia do que vai acontecer né? HEUHEUHUh ou não, veremos. Até mais, beijos e NHAC para todos :3



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