Férias um tanto... Diferentes escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 16
Travesti do caralho!


Notas iniciais do capítulo

Castigo T-T



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– Até que enfim voltaram... – Shikamaru disse assim que passamos pela porta. Ele estava sem camisa com uma bermuda de praia e uma toalha seca no pescoço. Não era nem de longe tão impressionante quanto ver Sasuke do mesmo jeito. Tinha o mesmo olhar de peixe morto de sempre e nos olhava como se dissesse “vocês não deveriam estar se comendo, porra?” o que é bastante estranho depois de saber o que acabou de acontecer.

Para quem não lembra – porque eu sei como são essas coisa de problema de memória, bipolaridade, problema mental... – o que aconteceu e do que eu estou falando foi o simples fato de eu tentar acordar esse bando de hienas e a Ino ser o começo de uma revolução contra a minha pessoa – depois de me tacar uma frigideira que eu tenho certeza que continua fincada na parede -, eu fugi deles e acabei nas costas de um lindo príncipe – sqn – que me levou até a torre encantada – sqn – para ser atacada pelo monstro malvado!

Acho que passamos de comédia romântica a contos de fadas em algumas fases, que legal!

Então, continuando, o lindo príncipe que me levou até lá, se mostrou ser na verdade uma linda princesa. Sério mano, ele preferiu defender o monstro malvado do que a mim. Esse aí dá ré na maquina de churros, certeza. Bem, vamos lá. Daí o monstro veio atrás de mim e vasculhou minha mente, lembrando que eu estava com medo da Ino-atiradora-de-frigideiras-em-paredes e se transformou magicamente em uma versão masculina da minha melhor amiga.

E depois tentou me tarar. Pois é, ele queria meu corpo nú, foi surreal. E foi então que o verdadeiro príncipe chegou e me salvou, marcando uma briga para o final do dia de hoje, ou seja, daqui a pouco. Isso é tão refinado! Digno de um príncipe! Uma briga de rua! Esse é pra casar!

– Itachi me obrigou a esperar vocês dois chegarem antes de poder sair e... – ele continuou explicando, mas foi interrompido por uma loira com 4 Maria chiquinhas pulando nas costas dele como um bicho atacando sua presa. Ele, como o cara forte e malhado que é, caiu no chão na hora.

– Porra Shikamaru! Nós já treinamos isso milhares de vezes! Quando você vai conseguir não cair? – ela berrou, batendo na cabeça dele. O garoto bufou.

– Quando você tirar da cabeça essa ideia estúpida de eu te carregar nas costas.

– Eu vi o Sasuke carregando a Sakura até aqui, por que você não pode ser fofo como ele? – corei com o comentário. Eles tinham visto...

– Porque eu não sou um Uchiha fodão com uma casa de praia e um monte de garotas babando por mim – conseguiu se levantar.

– Agora que chegaram, podemos sair – a loira falou. Sorriu maldosa. – Shikamaru, meu querido, venha até aqui – ela se levantou e subiu no sofá.

– Acha que eu sou idiota?

– VENHA AQUI!

Ele colocou o rabo entre as pernas e foi até ela. Temari subiu em suas costas e eu podia até ver as pernas dele tremendo quando começou a andar. Ele é magro e franzino demais para carregar alguém como ela. Não que ela seja gorda e nem nada, claro que não, Temari é linda pra caralho, tem um corpo bonito pra cacete, mas sinceramente? É areia demais pro caminhãozinho dele.

Talvez no final dessas férias ele vire homem de verdade e possam ficar juntos. Podem formar um casal bonito.

– HINATA! INO! O RESO DO POVO! – berrei para a escada. Nenhuma resposta. – Estamos sozinhos aqui então?

Sasuke deu um sorriso de lado. Sexy demais para eu resistir... Calma Sakura, essa coisa de não resistir à esse Uchiha está me dando sérios problemas psicológicos.

– Podemos nos divertir um pouco... – sua voz estava baixa e meio rouca. Eriçou até os pelinhos da nuca. Mordi o lábio inconscientemente e ele alargou o sorriso, se aproximando de mim. Ri.

– Eu não sabia que aqui tinha internet.

– Não foi desse tipo de diversão que eu falei. Estava pensando em algo mais... Quente – perto. Perto, perto, perto... Demais. Coloquei a mão em seu peito e o empurrei.

– Qual seu problema? – eu ri alto. – Deixa de ser pervertido e vai fazer um sanduiche para mim, inútil! – o virei e empurrei outra vez, mas agora na direção da cozinha. Ser premio de briga dá uma fome...

– Nossa, é assim que se apaga o fogo de um cara? – abriu a geladeira e pegou um monte de coisa.

– No seu caso, sim. Somos... – parei a frase na metade. Se controla querida, se controla... – Somos apenas amigos, lembra?

Ele se virou outra vez para mim. Pareceu me observar durante alguns segundos e eu acho que nunca tinha conseguido não ficar vermelha com um olhar como aquele antes, mas milagrosamente consegui. Ele abriu um pequeno sorriso – que poderia ser amarelo se tivesse dentes – e me entregou um sanduiche.

– Obrigada, escravo – agradeci como a pessoa educada que sou e fui para a sala. Liguei a TV e fiquei zapeando os canais.

Mas minha mente não estava em nenhum deles. Nem no eu sanduiche – que por sinal era de peio de peru e estava divino. Estava nos olhos dele segundos atrás. O que ele quis dizer com aquele olhar? Bem... Não pode ser nada de importante, não é? Se fosse algo que eu precise saber, ele me diria, não diria?

Porra, mas eu sou burra pra cacete! É claro que ele não diria nada, é um puta de um orgulhoso!

Ouvi a porta fechar atrás de mim e me virei a tempo de ver Itachi colocando o paletó no cabideiro. Ele viu que eu estava aqui e sorriu. Cara, eu não sei se conseguirei um dia me decidir entre qual dos dois é mais seduzente.

– Oi doçura, como foi seu dia? – ele disse, beijando minha testa e roubando meu sanduiche. – Nossa, isso aqui tá bom... Pode fazer outro?

– Quem fez foi o Sasuke e... Onde você estava?

– A família de Konan tinha um almoço de negócios no centro e ela tinha que ir com um acompanhante “a altura” como disse o pai dela. O cara queria que eu fosse, mas Yahiko foi no meu lugar e ficamos fazendo como fazem nos filmes, sabe? Eu digo a ele o que ele tem que dizer por escutas, ele repete, todo mundo pensa que foi ele quem disse e fica tudo bem... Mas quem parece não estar bem é você, o que aconteceu?

– Nada demais, perdida na praia, carregada, bichona, tarada, salva, briga marcada, canais chatos, VOCÊ COMEU MEU SANDUÍCHE!

– Espera aí, volta um pouco, como assim “briga marcada”?

– Ah, nada demais, o Sasuke me ajudou, mas para isso teve que marcar uma briga com o travesti loiro – ele ficou de pé, tinha uma expressão séria.

– De que travesti estamos falando, Sakura? – tentei lembrar o nome, mas não consegui. Ele colocou as duas mãos nos meus ombros e me fitou. Sério demais para ser ele. – Estamos falando de um assunto sério Sakura, quem é ele?

– De... Delaila? Demetria? Denise?

– Deidara?

– ISSO!

Ele se levantou de repente segurando meu pulso. Pegou as chaves, uma carteira e um celular, saindo da casa e me puxando.

– Para quando e onde estava marcada essa briga?

– As... Em... 19h.

– Onde porra, onde!?

– Naquela pedra – apontei. – Eu acho.

– Ai não, ai não...

O aperto dele no meu pulso só ficava mais forte. Ele saiu me puxando praia a baixo. Estava bem mais escuro do que deveria nesse horário. As ondas no mar estavam frias e escuras, refletindo o brilho sem vida da Lua. Olhei para a pedra para onde eu tinha apontado. Tinha uma única pessoa lá em cima. Apertei os olhos e olhei melhor.

Duas, duas pessoas. Uma delas tinha cabelo comprido, e deduzi ser a Delaila... Digo, Deidara. Em frente a ele estava Sasuke. Forte e lindo como sempre. Mas alguma coisa mudou, de trás de Delaila saíram outros três caras que tinham o dobro do tamanho de uma pessoa normal. Não, era só minha impressão. Um parecia ser azul. O outro era ruivo.

Ouvi uma gargalhada alta e aquilo começou. Os três partiram para cima de Sasuke de uma vez, não dando nem tempo de ele se defender. Mas ele era tão bom que conseguiu deixar o ruivo no chão com um só golpe, mas logo depois estava ao seu lado, agonizante. Eu não conseguia mais ver direito, estávamos cada vez mais perto, mas eu me sentia mais longe.

Era como se pudesse sentir as pancadas que ele estava levando. Sentia a mesma dor que ele estava sentindo. Mas para mim era pior, porque sabia que aquilo estava acontecendo com ele por minha causa. Se eu não tivesse dado uma de “donzela indefesa”, ele não teria ido me salvar e não estaria... Não estaria...

– DEIDARA! – Itachi berrou assim que chegamos perto deles. Eles pararam por alguns segundos e o loiro deu aquele mesmo sorriso nojento com a ponta da língua para fora. Eu estou prestes a arrancar essa língua, estou avisando!

– Ora, se não é o renegado do grupo!

– Pare de piadinhas imbecil, vamos, saiam daqui agora!

– Quem pensa que é para dar ordens para nós? Você não é ninguém aqui. Estou te dando a chance de ir embora ileso, mas não tenho certeza de que serei tão generoso por tanto tempo.

Senti meu sangue ferver e quando menos percebi meu punho já estava no meio da cara daquele desgraçado. Olhei para o lado quando ele caiu. Sasuke estava desmaiado, sangue por todo o lado. Rimou, mas ainda assim não é uma coisa legal. Eu já fiz um pouco de luta, sabiam? Minha tia Tsunade, a diretora da escola, era completamente pirada, fissurada em todo o tipo de luta, e tentou por muito tempo me transformar em uma mini versão dela. Bom, pelo menos agora isso vai servir para alguma coisa.

– Olha, ela sabe dar um soco... – ele mexeu o maxilar, logo depois sorrindo. – Já disse como prefiro as difíceis?

– Eu nunca matei ninguém, mas acho que você pode ser o primeiro e eu não vou me arrepender!

O imobilizei e prendi suas mãos atrás do corpo. O coloquei de joelhos no chão e prendi seu pescoço, o impedindo de respirar. Itachi se apressou a pegar os outros dois, o com cara de tubarão caiu da pedra, uns oito metros eu acho. Espero que morra afogado em solidão, infeliz!

O ruivo voou com um soco de Itachi. Cara, esse cara sabe o que faz. Delaila ficou mole no meu colo. Soltei-o e coloquei a mão no seu pescoço. Quebra-lo não seria difícil... Ele não faria falta nenhuma nesse mundo cheio de filhos da puta...

– Sakura, vamos – o Uchiha mais velho me tirou de meus devaneios assassinos. – Sei o que você está pensando, mas acredite em mim, não vale a pena, meu irmão precisa mais de você.

Olhei e Itachi tinha Sasuke nos braços. Não me lembro de tê-lo visto assi antes. Tão... Frágil. Vulnerável. Por minha culpa. Não consegui impedir de meus olhos ficarem cheios de água.

Me levantei e fui atrás dele.

– Gostando ou não Rosa, tínhamos um trato – Delaila voltou a falar. – Você era o premio. Você é minha.


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Notas finais do capítulo

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Cara, eu quero matar esse traveco de merda.... Nos vemos nos coments que agora eu to puta demais pra continuar escrevendo...