A Bruxa em Forks escrita por madu


Capítulo 8
Capítulo 8 La Bela Italia




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Cap. 8 La Bela Itália

    Edward me acompanhou até o restaurante e abriu a porta pra eu poder entrar. Como ele é cavalheiro, a gente não vê isso todo dia. A hostess passou mal quando o viu, ainda não tinha reparado na reação que ele causava nas pessoas, já que na escola ninguém reparava nos Cullens. Ela nos levou para uma mesa no centro do restaurante, mas ele fez que não quando já ia me sentando.

_ Um lugar mais reservado. – pediu pra hostes e, ela nos levou pra uma mesa menor, num canto mais afastado.

   Sentei e Edward se sentou logo depois, muito educado. Me pergunto de que época ele é. A hostess saiu com uma cara de deslumbrada, resolvi criticá-lo para provocar um pouco.

_ Você não devia fazer isso, não é muito justo. – olhei para ele o acusando

_ Fazer o quê? – perguntou confuso.

_ Deslumbrar as pessoas assim. – expliquei. Meu Deus, estou com ciúmes de verdade!

_ Eu deslumbro as pessoas? – estava curioso.

_ Sim, não é fácil pra todo mundo.

_ Eu te deslumbro?

_ Ah claro, né! O tempo todo. Mas vamos falar de outra coisa.

_ Só um momento.

    A garçonete anotou nossos pedidos e, depois que ela trouxe os refrigerantes, eu olhei pra ele tentando dizer: “É, agora você não me escapa.”

_ Então vamos começar, você sabe que hoje você vai ter que me falar tudo, não é? – disse-lhe

_ Vou? – ele estava me testando.

_ Como você me achou aqui? – comecei pelo que me deixava mais curiosa.

_ Essa é a mais fácil, manda outra.

_ Está certo, como você lê a mente das pessoas? – atirei logo de cara, não iria enrolar nada.

     Ele ficou me olhando sério, acho que se decidindo se me contaria a verdade.

_ Na maioria das vezes, é como se eu estivesse num corredor com muitas pessoas falando ao mesmo tempo, mas aí é só se concentrar numa voz conhecida e eu escuto o que a pessoa está pensando.

    Eu engoli seco e meu coração palpitou o que não passou despercebido por ele.

_ Você quer dizer o que você está pensando? – ele me olhou suplicando.

_ Pensei que você pudesse ler minha mente. – respondi confusa.

_ Posso ler a mente de todos, menos a sua. – eu abri um sorriso enorme, estava super feliz.

_ Parece que isso te agrada. – ele me deu um sorriso torto de deboche, meu coração de novo me entregando, argh.

_ Muito... Mas porque será que você não consegue me escutar? – perguntei, mas tenho certeza que minha voz transparecia alívio.

_ Não sei, talvez sua cabeça funcione numa freqüência diferente das outras pessoas. – fiquei pensativa, isso podia ser verdade.

_ É, talvez seja verdade, mas isso ainda é bom. Seria muito embaraçoso você ler minha mente, eu nunca mais pensaria perto de você. Deve ser ruim pra sua família, você não consegue controlar seu dom? - O enchi de perguntas.

    Ele riu e olhou pra cima, pois a garçonete chegou com o meu pedido.

_ Eles já se acostumaram. – respondeu depois que ela saiu.

_ Essa cor fica bonita em você. – ele me disse enquanto eu comia, corei como um tomate e meu coração palpitou, ele não devia fazer isso comigo.

_ Você nunca encontrou com outra pessoa que não pudesse ler os pensamentos?

_ Não. – respondeu e ficou mudo. Comi mais um pouco e continuei meu interrogatório.

_ Então, como você me achou? – continuei

_ Eu segui vocês, estava lendo os pensamentos da Jéssica quando notei que você não estava mais com elas, então comecei a te procurar como um louco. Tentei achar a livraria onde você podia ter ido, mas você não tinha entrado lá, então continuei até ver você na mente daqueles... – ele parou e escutei um rosnado querendo sair do seu peito.

    Eu estava tremendo. E se ele tivesse ido naquela livraria? Aquele livreiro louco poderia tê-lo machucado, tremi de novo só de imaginar. Ele pensou que eu estava com frio e me deu seu casaco. Que cheiro bom tinha nele.

_ Obrigada, é a segunda vez. – agradeci pegando na mão dele. Queria que ele pegasse na minha. Sou insana, minha mente me acusava, mas iria agir por instintos a partir de agora. Ele tirou suas mãos da minha.

_ Não vamos tentar uma terceira vez, não é? Estou curioso sobre uma coisa... O que você fez com o seu agressor? Ele pensou que você tivesse dado um choque nele. – fiquei pasma e congelei, o sangue fugiu do meu rosto.

    Tentei me fazer de desentendida. Se ele descobrisse o que eu sou, iria fugir de mim e não queria me separar dele agora. Respirei fundo e disse uma meia verdade.

_ Humm, hoje é seu dia de respostas. Se você confiar em mim, talvez eu confie em você. – dei-lhe uma piscada de olho pra despistar. Isso pareceu funcionar.

_ Está certo, já terminou? Podemos ir?

_ Sim, podemos ir.

    Ele pediu a conta, pagou e fomos para o carro dele. O cheiro dele estava no carro inteiro e como era gostoso, estava me deixando tonta e fraca. Suspirei quando ele entrou, em seguida ligou o carro e saiu.

_ Bom, agora vamos ao mais importante: diga-me o que você é. – falei olhando para o vidro do carro.

_ Antes quero saber se você tem uma teoria. – ele estava rindo. Bom, talvez ele fosse me dizer a verdade hoje, então eu podia brincar um pouco.

_ Já te disse eu não tenho teorias, mas eu posso já saber o que você é e estar esperando só você ter coragem de me contar. – atirei essa pra ele. Ele estava olhando pra estrada, estava pensando.

_ Se você já sabe, não precisa que eu conte. – ele estava tentando fugir de novo, eu não ia deixar.

_ É claro que não, mas se você não confiar em mim, nós não poderemos ser amigos de verdade, mas como você não está com vontade de se abrir, eu posso te ajudar. Eu te digo o que você é e você me conta os detalhes, eu não sei tudo estou curiosa sobre algumas coisas.

_ O que você acha que eu sou? – ele me olhou nos olhos de um jeito que esqueci até mesmo quem eu era.

_ Se você ficar me olhando assim não vou conseguir nem dizer meu nome. - ri um pouco, ele também.

_ Vamos, você esta me enrolando! – ele estava ficando impaciente.

_ Ok. – respirei fundo e disse – Você é um vampiro, Edward. – meu coração se acelerou um pouquinho, mas não por eu estar com medo, era de ansiedade.

   Ele ficou mudo, dava pra ver o aperto com que ele segurava o volante do carro. Deu vontade de brincar com ele, mas não o fiz, estava muito tenso.

_ Há quanto tempo você sabe? – ele não tentou mentir, sorri pra ele e ele virou os olhos.

_ Desde o primeiro dia, quando observei vocês no refeitório. – eu ainda estava encarando ele.

_ Você sabe desde o primeiro dia e ainda assim ficou do meu lado na sala? Não pior, está comigo num carro sozinha! – estava me olhando como se estivesse avaliando minha sanidade. Rolei os olhos e bufei.

_ Que eu saiba só tinha a carteira do seu lado vaga na sala, o que mais eu poderia fazer? Eu não tinha alternativa. – ele ainda me olhava como se eu fosse louca.

_ Eu não tenho medo de você. Bom, tive só no primeiro dia, você me olhou como se fosse me atacar.

_ Você estava todo esse tempo sabendo e não me disse nada. – ele estava me acusando agora.

_ Você não quis me contar. Eu queria que você confiasse em mim! – eu estava ficando um pouco brava.

_ Não te preocupa nossa alimentação? – agora ele me lançou um olhar de malícia. Ele tinha que parar com isso, já estava ficando constrangedor.

_ Ahm? Não entendi...

_ Nossa dieta não te preocupa? – explicou a pergunta de novo.

_ Ah sim, no primeiro dia sim, mas essa semana na praia, minha preocupações foram pro espaço. Existem as lendas Quileutes que falam de uns vampiros diferentes, que só se alimentem de animais. – menti, na verdade não me preocupei nada com isso, só pensei no assunto “comida” quando Jake comentou que eles eram diferentes.

_ E isso te convenceu? – ele estava falando alto.

_ Bom, na verdade eu já não me importava antes, mas depois disso fiquei aliviada.

_ Você não se importava? – ele estava praticamente gritando comigo.

    Encolhi-me, ele ficou bravo. O que ele quer que eu diga? Quer que eu minta?

_ Me desculpe, mas não consigo entender como você fica comigo e não se importa com o que eu me alimento.

_ E aí, a lenda fala verdade? – perguntei, queria que ele não ficasse bravo.

_ Sim, a lenda é verdadeira. – eu sorri, ele rolou os olhos, mas sorriu pra mim.

    Ficamos em silêncio por um tempo. Queria contar pra ele o que eu sou, mas hoje não. Quem sabe no sábado, no dia que a gente vai viajar juntos. Isso mesmo, no sábado, mas eu posso atormentar ele um pouco antes.

_ O que você está pensando? – ele perguntou. Deve ser difícil pra ele não ler meus pensamentos.

_ Estava pensando em te dizer uma coisa, mas não vou te dizer hoje, só no sábado.

_ O que você estava querendo me contar, hein? – lançou-me seu olhar deslumbrante, mas dessa vez não cedi.

_ Sim, vou te dar o que pensar. Já se perguntou por que você não pode ler a minha mente? Ou ainda mais, por que somente eu sei o que você é e como eu sei? Eu posso ser diferente como você. – joguei essa pra ele

_ Sim, penso nisso todos os dias. Estou com mil coisas na cabeça agora. Já me perguntei isso tudo hoje, mas você é Humana.

_ Ah sim, sou humana. – estava rindo, ele não tinha nem idéia do que eu sou. Estava sendo má, eu sei, mas estava gostoso brincar com ele. Ele me olhava frustrado.

_ Conta mais de você? – pedi pra poder mudar de assunto, ele bufou.

_ Isso que você está fazendo não é justo! – ele me acusou. Eu ainda estava rindo.

_ Não foi justo também o que você fez. Se eu não soubesse o que você é, estaria até agora com idéias absurdas na cabeça. – ele rolou os olhos.

_ O que você quer saber?

_ Por que vocês caçam animais?

_ Eu não quero ser um monstro.

_ Quantos anos você tem?

_ 17. – ele estava rindo agora, bufei.

_ Há quanto tempo você tem 17? – refiz minha pergunta.

_ Há um bom tempo. – desisti, ele não iria responder.

_ Certo, sua família também pode ler mentes?

_ Não, só eu. – fiz uma careta e ele me olhou curioso.

_ Esse seu dom não é nada legal! Eu não gostaria de estar na cabeça das pessoas.

_ É ruim, eu tento bloquear, mas às vezes é bem valido. Principalmente quando encontramos outros de nossa espécie.

_ Você conhece muitos outros vampiros?

_ Não muitos, mas quando a gente se esbarra é bom esse meu talento. – eu gargalhei com isso, ele bateu na cabeça com o dedo no final, foi engraçado.

_ Quando você ri é como se o sol se iluminasse. Adoro seu sorriso. – meu coração pulou no peito. Continuei rindo pra ele.

    Olhei pra frente um pouco, ele dirigia rápido, muito rápido. Olhei no mostrador, estava a 150 por hora.

_ Você dirige muito rápido. Está com pressa de se livrar de mim? – perguntei de um jeito divertido.

_ Todos nós gostamos de velocidade, não consigo dirigir devagar.

_ É, velocidade é bom. Eu gosto da liberdade, do vento batendo no rosto. – pensei em como eu adorava voar na minha vassoura. Já faz um tempo que não subo em uma.

_ Acabaram as suas perguntas? – ele me interrogava com o olhar.

_ Não, por que vocês não foram às aulas?

_ Não posso sair no sol. – respondeu com deboche. Não entendi.

_ Você sai na luz do dia todos os dias, o que o sol tem de diferente? – perguntei.

_ Um dia eu te mostro. – eu acenei com a cabeça concordando.

_ Você podia ter me visitado à noite, estava sentindo sua falta na escola. – ele não gostou do que eu disse.

_ Não quero que você fale essas coisas. – essas palavras me acertaram como um chicote e ele continuou:

_ Me desculpe, mas não quero que você se sinta assim. – ele me olhou com súplica pra que eu o atendesse.

_ Eu não controlo meus sentimentos. – fui dura também. Ele gemeu.

_ Bella, não dificulte as coisas. Uma coisa é eu me sentir assim, eu não sou bom pra você.

_ Para de falar isso. – agora quem estava falando alto era eu.

_ Para de falar o que?

_ Isso de que não é bom para mim, ou que é o vilão, ou que é melhor não sermos amigos, eu sei o que é melhor pra mim, se acostume com isso! – olhei pra ele mostrando que não adiantava dizer nada, eu tinha tomado minha decisão.

_ Você é muito teimosa. – ele estava só afirmando, mas seu rosto não estava mais sombrio. Reparei que estávamos na minha casa.

_ Acho melhor você descer. – ele me disse.

_ Você vai à escola amanha? – perguntei sem mudar minha expressão.

_ Vou. – respondeu.

_ Promete? – pedi.

_ Vou, eu também tenho que entregar um trabalho amanhã. – ele estava dizendo a verdade, então podia ir embora por hora.

_ OK, até amanhã então, mas amanhã ainda é minha vez. – falei rindo para ele.

_ Sua vez de quê?

_ Fazer perguntas, o que mais poderia ser? Boa noite Edward. – tirei a blusa dele e saí do carro.

_ Pode ficar com ela. – ele não queria que eu ficasse com frio.

_ Já estou em casa, não tem problema.

_ Boa noite Bella, durma bem. – ele disse baixinho enquanto eu me afastava.

    Fui pro meu quarto, estava eufórica. Ele confiava em mim, mas aí deu uma tristeza, sei que ele vai fugir de mim quando souber o que eu sou. Mas eu já tinha decidido contar pra ele e faria isso, se ele não quiser mais ficar perto de mim vou ter que conviver com isso.

    Dormi muito bem pela primeira vez, não tive pesadelos e acordei com uma e grande certeza: eu estou perdida e completamente apaixonada por Edward Cullen.

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N/A: Cap revisado pela Fer, valeu pelo trabalho!!!!

Então esta ai galera vai ser mesmo no cap da clareira. Mais ja esta perto vai ser especial voces vão ver OK! Reviews. Bjss

Madu

XD


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