Capitulo 09
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Passamos o restante da tarde enfiadas nas milhares de lojas do vilarejo. David nos acompanhou em cada uma delas e como um bom cavaleiro carregou as sacolas, coitado, acho que não imaginou que seria assim que passaria sua primeira tarde no Hawaii.
As 19:00 enfim consegui persuadir as garotas a acabar com a tortura de David, exaustas ambas resolveram aceitar minha sugestão.
Voltamos satisfeitas para o Hotel, David levou nossas sacolas para o quarto e o dispensamos para que aproveitasse o restante da noite.
Apos uma rápida chuveirada desabei ao lado das garotas no tapete do quarto. Janny cortou o silencio.
-O que podemos fazer agora?
O pensamento veio como um raio em minha mente.
-O que acham de irmos até a praia apreciar a noite?
-Ótima idéia, vou pegar uma das cangas que comprei hoje à tarde.
Nos arrumamos rapidamente e descemos o elevador mais uma vez. O ar fora do hotel era quente e reconfortante. Caminhamos por entre os coqueiros e palmeiras na entrada ate encontrar o caminho que levava a praia, passamos pelo quiosque recheado de pessoas e nos encaminhamos diretamente para a areia da praia, pudemos presenciar os últimos raios do sol sendo sugados pelas águas e a lua cheia tomando seu lugar no céu.
Era uma perfeita noite de Julho, uma brisa leve vinha das águas e agitava meus cabelos. Era o paraíso sem sombras de duvidas, após algum tempo no mais profundo silencio resolvi falar.
-Já viram imagem mais perfeita que está?
Ambas balançaram a cabeça em negativa.
Jully então sugeriu que nos fossemos ao bar tomar algo e assim fizemos.
Sentamos na bancada e fizemos o pedido, eu escolhi um coquetel tropical o qual o barmam garantiu ser perfeito, Janny escolheu uma batida de coco e Jully uma caipirinha de morango. Ergui meu copo e disse em voz alta.
-Um brinde a nossas férias.
Jully emendou.
-Um brinde a nos!
-E a nossa felicidade!
Com um sorriso bebi meu coquetel lentamente, e percebi que era realmente muito bom. Já estávamos na segunda rodada quando um rapaz com aparência despojada e beleza estonteante se aproximou e convidou Jully para dançar, ela aceitou e ambos foram para a pista de dança, Janny me olhou com uma interrogação no rosto.
-Eu pensei que ela estivesse se acertando com Evans...
-Somos duas.
-Essa minha irmã não tem jeito;
-Não, ela realmente não tem, mas fazer o que. Mas e você e o Tayler?
Percebi que ela corou lentamente a menção de meu cunhado mais novo.
-O que tem o Tayler e eu?
-Vocês estão se dando muito bem não?
-Ele é um cara muito gentil, ele tem me ajudado com aqueles problemas que eu tive, você sabe, em relação ao Frank e a loucura toda com a floresta, ele me ajudou a entender o que houve aquela noite.
-Mas é só isso mesmo?
-Claro que sim, o que mais poderia ser?
-Me diz você...
Ela suspirou e desviou o olhar, senti que devia insistir um pouco mais.
-Você tá gostando dele?
Ela tomou mais um gole de sua bebida tentando disfarçar seu desconforto. Apos alguns segundos ela simplesmente fez jorrar uma enxurrada de palavras, senti que ela estava realmente nervosa.
-Ally, eu sinceramente não sei, é tudo tão novo, tão recente, me sinto estranha com tudo o que aconteceu, nunca imaginei que fosse passar por experiências como estas, e ele é tão bom, e bonito, e gentil e todo o resto, e quando estou perto dele é como se não existisse mais problemas, ele me faz esquecer, só que eu sei que isso só existe em minha cabeça, por que não ah chance alguma que ele goste de uma garota tão sem graça e boba quanto eu...
Lagrimas brotaram em seus olhos e eu a abracei tentando de alguma forma reconfortá-la.
-Janny você não é boba e nem sem graça, você é linda, meiga, gentil, inteligente, afetuosa, você tem o dom de encantar as pessoas a sua volta, você irradia luz e esperança a todos, por favor acredite em mim. Sabe, vou te confessar uma coisa que acho que você ainda não percebeu, eu penso que Tayler sente algo muito forte por você, talvez se sentarem e conversarem poderão perceber que nasceram um pro outro.
-Você acha?
-Tenho certeza.
Ela deu um fraco sorriso e assentiu pra mim.
-Tudo bem, assim que voltarmos vou sentar com ele e conversar.
-Isso mesmo, é assim que se fala, afinal temos que correr atrás dos nossos interesses!
Ela enxugou as ultimas lagrimas e percebi que sua energia havia voltado, era questão de tempo até que ela e Tayler começassem um belo relacionamento, e eu feria o possível pra que isso fosse duradouro. Olhei pra pista de dança e avistei Jully agarrada ao garoto bonitão que a havia tirado pra dançar. Levantei bebendo o ultimo gole de meu coquetel e arrestei Janny para pista de dança. Deixei meu corpo balançar livremente no ritmo da musica, Janny fez o mesmo ao meu lado, dentro de alguns minutos depois o suor escorria por meu pescoço. O coquetel começou a fazer efeito, minha cabeça começava a pesar e minha visão a embaçar, foi assim que soube que era hora de voltar para o hotel.
Já passavam das 23:00 quando enfim saímos do bar cambaleando de cansaço e um pouco bêbadas, devo confessar. O caminho de volta foi repleto de tropeços e risadas, eu me sentia “caminhando em nuvens” ladeada pelas garotas. Com muito sacrifício conseguimos chegar sem hematomas ao quarto.
Deitamos as três na cama de casal e caímos no sono.