Eu me sentia altamente impaciente e irritada enquanto esperava a chegada de Jon na caverna, eu não havia pensado duas vezes antes de mandar uma mensagem a ele marcando um encontro em horário de aula, por sorte ele não questionou nada apenas disse que já estava vindo.
Na hora eu só senti que precisava vê-lo, sentir seus braços a meu redor, me protegendo, agora eu já não sabia se eu poderia esconder meus medos e receios sobre o aluno novo e suas amigas, comecei a repetir pra mim mesma que não era nada, que no fim eu estava um pouco paranóica de mais, que não faria diferença contar ou não, optei então por deixar o fato de lado...
O quarto continuava impecável, assim como em todas as outras visitas, deixei minha mente vagar por momentos felizes que tive ali, deitei na cama e abracei o travesseiro de Jon, respirei fundo e senti o leve aroma doce e inebriante, me enrolei ali quieta e em algum momento adormeci...
Acordei com um par de mãos em volta de mim e por um segundo me sobressaltei.
–Desculpe, acho que te acordei...
Senti meus músculos relaxando gradualmente ao ouvir sua voz. Elevei meu corpo ate que nossos lábios estivessem unidos, o momento era tão perfeito que choraminguei quando ele cortou o beijo, ele se sentou na cama e me puxou para seu colo, uma mão em minha cintura e a outra alisando meu cabelo. Era algo tão doce e perfeito que não pude deixar de me sentir completa e desejei que todos os dias de minha vida pudessem ser passados assim, mas no fundo eu sabia que em algum momento Jon desistiria de mim, a final o que um cara com juventude eterna iria querer com uma simples mortal?
Alheio a meus pensamentos apavorantes Jon resolveu me interrogar.
–E então? A senhorita não deveria estar no colégio?
–Bem, na verdade sim, mas quem se importa? Eu sou uma das melhores.
Ele gargalhou e meu corpo todo tremeu, tanto do impacto quanto de prazer.
Ergui minha cabeça de seu ombro e semicerrei meus olhos em sua direção.
–Como ousa rir de mim?
Ele mordeu o lábio tentando conter o riso, seu gesto enviou correntes elétricas por todo meu corpo, assim não vi alternativa que não jogar meu corpo contra o dele desajeitada mente unindo nossos lábios em um beijo feroz e faminto, um instante depois Jon já estava sobre mim, suas mãos em minha camisa, arrancando as camadas de tecidos entre nos sem nunca tirar seus lábios de meu corpo.
Gemi involuntariamente prevendo os acontecimentos que viriam a seguir, e foi assim que passamos o restante da tarde, um nos braços do outro, nos amando como se não existisse um amanha, mal sabia eu que talvez não houvesse...
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Despedi-me de Jon às 18h30min meu coração doía feito louco, eu não sabia explicar o por que só sabia que algo estava errado, fora do lugar, mas no fim já havíamos ficado tempo demais ali, e querendo ou não eu ainda era uma aluna e assim sendo alguém eventualmente acabaria por me procurar, decidi empurrar pra dentro de mim meus novos medos e não contei a Jon, pois sabia que ele ficaria preocupado e eu não queria ser responsável por afligi-lo à toa... Ele me levou ate próximo ao meu prédio e me deu um leve beijo na testa. Sorri pra ele e entrei. Caminhei pelo saguão vazio e já ia entrando no elevador quando lembrai que havia deixado meu trabalho de geometria em meu armário no outro prédio.
Dei meia volta e sai amaldiçoando minha falta de atenção...
–Mas que maldição, agora vou ter que correr pra buscá-lo.
Resolvi ir pela estrada ao invés das arvores, o caminho apesar de mais longo era bem mais iluminado.
No meio do caminho acabei encontrando com Ruby, conversamos um bom tempo e assim cheguei ao prédio principal cerca de 20h00min, por sorte o rapaz da limpeza ainda devia estar cuidando de alguma sala e assim as portas da frente estavam apenas encostadas.
Subi correndo as escadas e cheguei a meu armário. Peguei minhas coisas e desci de novo.
Eu já ia voltando pela estrada quando algo chamou minha atenção nos arbustos da floresta, parecia se tratar de uma pequena luz estranha e brilhante, uma parte de mim teve medo do desconhecido me lembrando dos problemas passados na floresta e a outra se sentia fascinada e hipnotizada, num segundo decidi verificar, a final que mal poderia haver em algo tão iluminado? Meus pés foram me levando pra dentro da floresta, a luz flutuou mais adentro e eu a segui ávida com curiosidade e fascínio.
Em determinado momento me virei pra traz e notei que já não podia mais avistar o prédio, nem mesmo as luzes dele, quando voltei minha atenção a pequena luz fui inundada por algo branco e brilhante com três seres em seu meio, meu susto foi tanto que acabei caindo na inconsciência.