The Rain That Make Us Warm escrita por Manu


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

A única coisa que vocês precisam saber é o que significa "Tadaima" e "Okaeri". Procurem no google, mi amores. SHAUSH Parágrafos em itálico: pensamentos de Juvia.



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Juvia não anda muito feliz ultimamente. Os dias têm sido muito frios, tanto climaticamente, quanto... Amorosamente. Gray-sama... Tem estado tão... Longe. Tão ausente.

Juvia agora só pega missões às vezes, para pelo menos ter com o que comer. Tudo tem estado tão triste, congelado. Nem todo dia chove, mas geralmente neva; cerca de três vezes por semana... E a Juvia? A Juvia apenas observa isso pela janela da guilda; a tarde inteira...

De meses em meses, Gray-sama aparece com seus amigos: Erza, Natsu, Happy e Lucy; mas fica pouco. Sempre que eles voltam, é para pegar outra missão. Não costumam nem ficar um dia sequer! E ainda mais, tem algo estranho que sempre acontece! Erza-san... Ela sempre cochicha algo para Gray-sama, particularmente. E ele sempre fica nervoso, calado, ou, Juvia até diria... Envergonhado! Juvia sempre fica pensando que... Será que eles têm um caso?! P-porque, além do mais...! Toda vez que Gray-sama volta para a guilda, ele praticamente tenta evitar Juvia ao máximo! E Juvia sempre se agarra nos pés dele, para que ele não parta novamente...

Juvia suspira.

— Gray-sama... A Juvia sente tanto a sua falta... — Suspirou a maga azulada debaixo do chuveiro.

Ela fecha o chuveiro, coloca uma toalha e se encaminha até o seu quarto com um ar triste. Abre a gaveta do guarda roupa e, com os olhos já lacrimejantes, pega sua camisola azul-claro e fecha a gaveta novamente.

Juvia senta na cama já não conseguindo conter suas lágrimas, que acabam pingando sobre sua camisola e a azulada desaba com o pano enterrado no rosto.

— J-juvia... Juvia está tão triste!

A maga chorava e chorava, até que ouviu um sussurro dizendo “não chore” seguido de um barulho estranho vindo da janela do quarto. Ela olhou assustada para o local no mesmo segundo. Nada havia ali.

— Q-quem? — Perguntou.

A atmosfera estava silenciosa. A maga caminhou até a janela e a abriu. Seu vaso de flores havia caído no chão. Ela olhou para os lados e nada viu; apenas a grama do seu jardim parecia estar ali. Era de noite, portanto, tudo estava escuro. Juvia observou mais um pouco o seu redor.

— Alguém? — Chamou.

Novamente o silêncio se fazia presente.

Uma ventania gelada atingiu Juvia, que abraçou a si mesma fechando os olhos para se proteger. Seus cabelos azuis deram um leve e curto voo. Não foi ouvido, mas um curto suspiro foi retirado de alguém que estava ali, boquiaberto e escondido no meio da grama e escuridão do jardim naquela noite. Alguém de cabelos escuros.

— Brrr! — A azulada tremeu de frio sutilmente e fechou logo aquela janela. — H-hoje o clima está extremamente congelante! — Comentou e vestiu logo sua camisola, que era, por sorte, de mangas longas. — Mas do que qualquer dia...

A noite seguiu fria, porém Juvia sempre dormia enrolada em seus cobertores azuis... E naquela noite não foi diferente. Como três cobertores não foram o suficiente, a maga usou quatro. E mesmo que quatro não a esquentassem o bastante... Ela não ligou muito. De algum modo, ela gostava de sentir um pouco de frio a noite. Não muito, só um pouco. Pelo menos... Um pouco. O frio para ela não era mau. Na verdade, a esquentava. Não literalmente, porque, aliás, o frio é frio... Não é nada quente. Mas o frio lhe fazia lembrar de uma pessoa. Uma pessoa de mãos frias a qual, apesar de tudo, ela amava.

Amar o frio é algo difícil. Poucas pessoas amam o frio. Porém, Juvia era diferente. Ela adorava sentir a brisa fria e calma da madrugada.

A noite se passou e Juvia acordou de manhã como que num susto, ofegante.

Ela corou ali mesmo, na cama, olhando para baixo. Havia sonhado com Gray. No sonho, ele acariciava o rosto dela suavemente com seu polegar. Um sonho curto, realmente curto. Entretanto que a levou à loucura. Imagine só se Gray-sama aparecesse na sua frente do nada e, quando chegasse mais perto, acariciasse sua bochecha? Era demais para ela, seu coração quase não se aguentou depois dessa visão.

Ela suspirou e se acalmou, jogando-se de volta na cama com os braços estendidos. Era impossível que aquilo acontecesse, aliás, Gray-sama nem na cidade estava... Em uma missão com Erza, Lucy, Happy e Natsu. Era lá que ele estava. Sim, era lá. Lá não-sabe-ela-onde. Apenas... Longe dela. Causando um sentimento de dor no coração dela, mesmo sem ter o consentimento disso.

E de que valia amar alguém que se não sabe se te ama? Nada. Mas quem ligava para isso? Ela não...

Juvia derramou algumas lágrimas sorrindo e, com certa lentidão, se vestiu e se encaminhou até a guilda.

Chegando lá, foi até a bancada de Mira e pediu um chá, que foi servido sem demora alguma.

— E então, como vão as coisas? — Perguntou a albina.

— O mesmo de sempre... — Respondeu com o copo nas mãos.

“O mesmo de sempre”. O mesmo dia vazio de sempre, ela talvez quisesse dizer.

— Hum... Entendo. — Disse Mira. — Mas, sabe, você deveria...

— Ora, ora! Essa cara triste de novo, Juvia-chan?! — Perguntou a já bêbada Cana Alberona aparecendo ali.

Juvia deu um sorriso fraco, sem ao menos mostrar os dentes.

— Ah... Que isso... — Disse ela singela.

— Que isso nada! Você deveria sorrir! Você é tão bonitinha e... — Cana interrompeu a própria fala para olhar para Mirajane. — É hoje, né? — Perguntou a morena com um sorriso brotado no rosto.

Mira deu um pequeno riso.

— É. — Respondeu simpaticamente.

Cana riu maliciosamente e voltou seu olhar para Juvia.

— Ei, você sabia... Que alguém vai voltar de uma missão hoje? — Perguntou.

— A-alguém? — Balbuciou a azulada.

— É... Digamos assim... — Ela tomou um gole de vinho e olhou para Mira. — Alguém de cabelos negros, olhos castanhos...

Mirajane riu.

— Marca da guilda no peitoral direito, tem a mania de tirar as roupas... — A Strauss riu por entrar na “brincadeira” de Cana.

— A-ah...! N-não pode ser! — Falou a azulada corada, derrubando o copo de chá sem querer.

Cana e Mirajane riram.

— Gray-sa... — Começaram as duas, até que as portas foram abertas por um chute de Natsu.

— Tadaima! — Gritou o Dragon Slayer.

— Não faça tanto barulho, Natsu! — Advertiu Lucy indignada.

— Okaeri! — Gritou o pessoal da guilda, a maioria levantando seus copos.

— ...ma. — Terminou a azulada, a frase anterior de Cana e Mira.

Lá estava ele. Logo atrás de Natsu e Lucy que brigavam verbalmente e ao lado de... Erza, que entrava solenemente, com um braço na cintura e outro nos ombros, trazendo seu carrinho cheio de bagagens.

Ela engoliu em seco aquela visão. Gray... O tão sonhado Gray coçava a cabeça olhando seu chão à esquerda enquanto resmungava algo como “Bando de barulhentos...”, “Por que tanto alvoroço?” ou coisas do tipo.

— Vai. Lá. — Sugeriu Mirajane pausadamente, sorrindo.

— É. Nós ficaremos bem aqui. — Incentivou Cana tomando outro gole de vinho e também sorrindo logo depois.

O coração de Juvia acelerou e ela não sabia o que fazer. Se ela fosse até ele... Gray-sama tentaria a evitar novamente?

A azulada levantou do banco lentamente, como se seu corpo ordenasse que ela fosse até ele. A pulsação se elevou mais ainda e ela caminhou devagar.

— Está na hora, Gray. — Disse Erza para o Mago do Gelo.

— J-já? ! — Perguntou o Fullbuster corando assustado.

— Mas é claro que sim. — Disse a ruiva empurrando-o para frente.

Juvia parou e nem estava sequer perto dele. Aqueles dois... Nos cochichos novamente?

Ela engoliu em seco outra vez. Talvez não devesse... Talvez ele nem queira mais vê-la!

A garota fechou os olhos violentamente com esse pensamento e saiu correndo para fora da guilda.

— H-hã? — Disse Gray sozinho olhando para os lados.

Juvia correu, correu o mais rápido que pôde. Mas é claro que aqueles dois teriam alguma coisa! Ela não era só mais uma rival no amor, ela era...! Ela era...!

Juvia correu mais rápido, dessa vez com o rosto coberto de lágrimas e com as duas mãos limpando-as.

— Gray-sama... Gray-sama! Gray-samaa! — Gritou ela, desesperada, enquanto corria para longe da guilda.

Após chegar a frente da porta de sua casa, ela desabou. Caiu de joelhos e chorou.

— Gray-sama nunca... — Ela fungou. — Nunca... Nunca amou a Juvia. — Ela fungou outra vez. — E... — A azulada engatinhou até a maçaneta da porta, chorando.

Chovia. Chovia muito. Chovia tanto quanto nunca havia chovido antes.

Ela abriu a porta, entrou e se jogou ali dentro mesmo, no meio da sala, sobre o carpete azul-escuro. E chorou. Chorou muito. Chorou apoiada nos seus próprios braços, de joelhos dobrados.

— Gray-sama... Gray-samaaa! — Gritou com a cabeça erguida e os braços abertos.

— Sim? — Perguntou uma voz que ela reconheceria em qualquer lugar, a qualquer momento.

Ela virou para trás calada e avistou um corpo molhado, um queixo pingando, uma camiseta desabotoada e aberta... Uma marca da Fairy Tail de cor azul no peitoral e aqueles velhos cabelos desgrenhados. Tudo, tudo isso na qual ela sempre sonhava bem na porta de sua casa.

— G-gray-sa...

— Por que... Por que me chama? — Perguntou ele ajoelhando em frente a ela.

Juvia não conseguiu nem reagir. Gray pôs sua mão sobre o rosto da azulada, o acariciando. Ela deu um suspiro assustado.

— Hein? Me diz. — Ele limpou uma das lágrimas da garota com sua própria mão.

— G-gray-s...

— Eu estou aqui. — Ele sorriu e encostou sua testa a dela. — E-eu... Estou aqui. — Repetiu derramando uma lágrima.

Ela sorriu e olhou para o mago com os olhos molhados.

— S-sabe, eu... — Começou o Fullbuster engolindo em seco, sem conseguir terminar a frase. — E-eu... — Ele respirou um pouco. — A Erza sempre me pressionou para dizer isso, já que eu não consigo, mas é que... É que... — Ele virou o rosto corado. — H-hã...

— Eu te amo, Gray-sama... — Disse a azulada.

— Ah! — Falou surpreso, corando feito um tomate. — É-é isso mesmo que eu queria dizer... M-mas com “J-juvia” no final...

Os dois riram com Gray coçando a cabeça outra vez.

Ela o abraçou.

— N-nunca mais me deixe sozinha, Gray-sa...

Ele riu, a interrompendo.

— Não deixarei, Juvia-sama...

Ela corou e fechou os olhos, aproveitando aquele frio abraço que tanto a esquentava.


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Notas finais do capítulo

E tudo se parece ilusão... Não? hahah. Espero que tenham gostando, beijossss a todos que leram até o final! Quem estiver a fim, favorita, manda review, recomenda... Faz o que cê quiser aí, meu bem! :v hahah. Só... Obrigada pela leitura, viu? Manu agradece s2 .



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