The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 1 escrita por Ana Katz


Capítulo 54
Capítulo 50 - Happy New Year and Happy Hunger Games


Notas iniciais do capítulo

Aqui gente, vem a nossa surpresinha.
Leiam e depois eu contarei para vocês.
Boa leitura



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No meio da noite, ainda tentando dormir, me levantei e fiquei sentada perto de uma janela, observando a paisagem, pensando na vida. De repente, fui surpreendida por Déniel, que apareceu e se sentou na minha frente.

–Não consegue dormir?

–Tipo isso. Eu estou tão nervosa. - disse, me virando para ele.

–Eu também. Mas seja o que tiver que ser, certo?

–Certíssimo. Isso tudo é tão errado. Eles nos tratam como...animais.

–O que?

–Nos tratam maravilhosamente bem para depois matarem todos nós.

–Há, boa comparação.

–Eu não quero ter que matar alguém. E o pior de tudo que temos que escolher entre salvar nos mesmos ou deixar de matar os outros.

–É, só espero ser o mesmo quando isso tudo acabar.

–O que?

–Ganhando ou não, espero que esse jogos não me mude para uma pessoa diferente, cruel e ruim. Eu não sou um assassino.

–Você é o tipo de pessoa que os outros tem orgulho. Você é um voluntário, está participando de um jogo de vida ou morte onde você tem pouquíssimas chances de sobreviver para salvar alguém importante. - dei um sorriso tímido. - Você é uma pessoa boa, e eles não vão poder mudar isso.

–Que bom que você acha isso. - nós sorrimos.

Houve uma pausa longa, eu me atrevi a quebrar o silêncio:

–Que horas será que são?

–Já deve estar tarde, acho que é melhor nós tentarmos dormir.

–É. Vejo você amanhã.

–Vejo você também.

Eu me levantei e fui me deitar. Fiquei olhando para o teto. Comecei a imaginar várias coisas. Morte, sangue. Tentei me dispersar daqueles pensamentos ruins. Tinha que descansar, principalmente por não sabe qual seria a próxima vez que faria isso.

***

Era de manhã. Eu e Gryn estávamos subindo um elevador que me levaria para o local onde estava o aeromóvel que me deixaria na arena. Enquanto isso, Gryn me dava umas últimas dicas.

–Eles colocaram vários suprimentos na frente. Bem na boca da cornucópia. Haverá um arco lá, assim como flechas, facas e outras coisas. Não vá buscá – lo. Muitas outras pessoas vão querer os pegar também e será um banho de sangue, eles querem que você vá para lá.

–Mesmo se eu achar que consigo?

–Mesmo assim. Esse não é o seu jogo. Saia correndo dali. Ache um local alto e que tenha água, ela será sua mais nova amiga, e uma das mais necessárias.

–Ok.

–E não saia do pedestal antes da hora, ou vão te explodir.

–Não vou.

O elevador parou. A porta se abriu, uma grande quantidade de luz entrou, e nós saímos.

No meio do caminho, Gryn me parou, me olhou nos olhos e disse:

–Ana, eu sei que você consegue. Você tem muito potencial. Não deixe que eles acabem com você.

–Pode ter certeza que eu não deixarei. Obrigada por tudo.

Eu sorri para ela, e fui na direção do aeromóvel.

Assim que entrei, me sentei. Assim, uma pacificadora se aproximou de um em um falando:

–Me dê o seu braço.

Quando ela me disse isso, eu perguntei, curiosa:

–O que é isso?

Assim que ela enfiou uma espécie de seringa, e uma coisinha brilhante apareceu no meu braço, ela respondeu:

–Seu rastreador.

Um pouco depois disso, as luzes brancas se apagaram. Depois outras luzes ligaram e senti que estávamos voando. Deu um maldito frio na barriga.

Assim que aterrissamos, fui levada por dois pacificadores até uma sala. Assim que entrei na sala, dei de cara com Kryn, e fui correndo na direção dele e lhe dei um abraço.

–Eu estou com tanto medo. - sussurrei em seu ouvido.

–Calma, tudo vai ficar bem.

Ele foi na direção de um suporte de roupas e tirou um casaco de um cabide. Depois ele colocou o casaco em mim. Eu estava com uma blusa preta com duas listras azuis – marinho (a cor dependia do distrito), calça petra e botas petras. Eu estava com uma trança embutida. O casaco, na verdade, era uma jaqueta preta e uma capa de chuva. A capa era dos mesmos tons da camisa, também tendo as duas listras azuis. No bolso da capa de chuva, Kryn discretamente colocou o broche de Fênix e piscou para mim. Depois, foi fechando a capa e a jaqueta.

–Obrigada. - sussurrei.

–Ok, agora me escute. Só vá para a cornucópia se sentir que pode. Não faça nada precipitado, mas pense rápido, eu estarei te observando. - ele sussurrou.

–30 segundos. - ouvimos uma máquina falar.

–E, lembre – se. Não use magia na frente deles, a não ser que seja o único jeito de salvar a sua vida. E, tome isto aqui. - ele discretamente despejou algo no meu bolso. - São cápsulas temporais. Elas podem te teletransportar para qualquer lugar que você lhes dizer ou pensar.

–20 segundos.

–A pessoa só precisa a esmagar para viajar. Não sei se vai conseguir sair da arena, mas pelo menos lhe dará uma saída. Só use se for necessário. Sempre que possível vou tentar falar com você. Entendido? - eu assenti positivamente. - Ok, agora vá. Você consegue ganhar todos eles, eu sei que consegue.

–10 segundos.

Eu o abracei uma última vez, e ele me deu um beijo na testa. Eu fui na direção de um tubo de vidro, e entrei nele. Assim que entrei, ele se fechou, e eu olhei para Kryn. Ele me olhou, fazendo um gesto que queria dizer “Está tudo bem.”. De repente, o fundo do tubo começou a subir, e em alguns segundos, eu estava em um pedestal.

Eu comecei a observar o ambiente. Estávamos em uma região de Pântano. Ao meu lado, em forma de semicírculo, estavam todos os outros tributos, também em pedestais. Na nossa frente, só um pouco longe, estava a cornucópia. Entre nós e ela estavam algumas poças de água lamacentas, mas rasas, pelo menos pareciam rasas aonde eu estava. Eu observei bem os itens. Enquanto isso, começou – se uma contagem regressiva do 50, que aparecia bem em cima da cornucópia.

–50, 49, 48, 47...

Haviam arcos, espadas, facas, flechas, machados...todo o tipo de arma. Também tinham mochilas e garrafas.

–39, 38, 37, 36...

Eu tinha que pegar alguma coisa, tinha. Nem que fosse uma mochilinha. Eu não teria muita chance sem nada. Eu sabia o que Gryn tinha dito, mas achava que valia tentar.

–31, 30, 29, 28, 27...

Meu coração batia no ritmo da contagem. Estava sentido o meu corpo tenso e pesado. Observei os arredores. Fora da área da cornucópia de metal, teria que adentrar a mata.

–20, 19, 18, 17, 16...

Estava quase no 10. Comecei a me preparar. Respirei fundo, alonguei o corpo, estalei os dedos e o pescoço. Fechei os olhos e respirei novamente. Os abri, estava chegando a hora. Várias pessoas estavam nos vendo em suas televisões, e lá estava eu, quase tendo um infarte.

–10, 9, 8, 7, 6 – podia ouvir as batidas profundamente, me coloquei em posição de corrida, assim como os outros tributos. Eu estava até contando baixinho o tempo. - 5, 4, 3, 2, 1...0.

A sorte tinha sido lançada.

Nesse momento, todos os tributos saíram correndo de seus pedestais, na direção da cornucópia, só um ou dois que foram na direção da mata, fugindo do banho de sangue.

Nunca corri tão rápido como naquele dia, nunca. Eu sempre fui uma lerda. Mas, naquele dia. Naquele dia eu fui uma das mais rápidas. Acho que estava tão nervosa que o nervosismo me fez correr mais rápido. Eu fui na direção de uma mochila que tinha ali, peguei ela e rapidamente enfiei o braço na alça. Armas, precisava de uma arma.

Quando fui pegar a primeira arma que vi, um facão, alguém simplesmente atirou uma faca na minha mão. Eu recuei rapidamente, mas a faca acertou o meu dedo, que agora estava sangrando.

Eu olhei para trás e vi uma garota correndo na minha direção, antes que pudesse lutar contra ela, vi outra pessoa, um garoto enorme, que estava levantando um machado, e assim que o percebi, ele o abaixou, eu desviei de uma forma quase inacreditável, e ele pareceu irado por causa disso.

Antes que eu pudesse revidar ou escapar, a garota atirou outra faca, que acertou o cara do machado, matando - o. Depois, atirou mais uma, e eu me protegi me virando, fazendo com que ela acertasse a mochila, e aproveitei para vestir a outra alça. Peguei o facão, e depois fui correndo na direção de um arco que estava jogado no chão, do lado de um morto. Peguei o arco, mas assim que fui pegar as flechas, outra pessoa apareceu e as pegou antes de mim. Eu fui atacar ela, mas ela mirou uma flecha, então tive que desviar.

Já estava bom demais, eu arranjava as flechas depois, o melhor a fazer era fugir agora. Tirei a faca da mochila e saí correndo na direção da mata. Tropecei em um galho e caí de cara na lama, e mais uma pessoa tentou me matar, dessa vez, aquele que tinha falado para lutar comigo. Eu lhe dei um chute na perna, o fazendo recuar, me levantei, e continuei correndo.

Entrei nas matas e continuei correndo. Escorreguei em uma ladeira e acabei caindo bem no fundo de um lamaçal. Mas não parei por aí. Corri mais e mais, até me sentir perfeitamente segura. Assim que não tinha mais ninguém por perto, me sentei em tronco caído de árvore, e tirei a mochila das minhas costas, e fui ver o que tinha dentro. Um gancho com corda, um lençol, bandagens para curativos, uma garrafinha de água, só que vazia, uma sacola, linha, um bloquinho com caneta, luvas sem dedo, que eu coloquei assim que as achei, e um coldre para facas, que prendi na perna e coloquei o facão.

Enrolei uma bandagem no meu pequeno ferimento do dedo, não era nada de mais, mas era bom se prevenir.

De repente, ouvi o canhão, na verdade, os canhões, que indicavam a morte dos tributos.

Foram 10 canhões, então, 10 tributos já tinham sido mortos. Fechei a mochila e continuei a andar. Tinha que achar um lugar para ficar, pelo menos durante a noite. Mas, primeiro, eu procurei por galhos, e com eles produzi flechas de madeira. Eram simples, mas seriam úteis. Nelas prendi folhas, como se fossem as penas. Peguei a sacola e a prendi junto à mochila, guardando as flechas lá.

Estava estabelecida. Agora, abrigo.

Era um pântano, e por isso, tinha bastantes cursos de água, e eu acabei dando de cara com um. Eu fui pulando de ilhazinha à ilhazinha, até chegar ao outro lado, depois aproveitei para procurar água limpa e encher a garrafa. Então, continuei andando.

Depois de um bom tempo, já estava ficando escuro. Escolhi uma árvore e a escalei. Ao chegar no topo, Me sentei em um galho grosso, me amarrei com a corda e me sentia aliviada. Eu estava viva.

Tinha uma câmera do meu lado. Isso era terrivelmente estranho. Me sentia sendo observada.

Algum tempo depois, quando já estava quase caindo no sono, de repente, começou a tocar uma música, e no horizonte eu pude ver as imagens dos tributos que haviam morrido e seus respectivos distritos.

Assim, sem que eu percebesse, sabe – se lá da onde, um envelope microscópico caiu em cima de mim. Eu o abri, discretamente, e lá estava escrito:

Feliz ano novo e feliz Jogos Vorazes. - K”

Então hoje começava um novo ano.


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Notas finais do capítulo

Ok, agora vem a surpresa.
Esse é o último capítulo *choro geral*
Calma, a história não acabou, mas esse é o último capítulo do Ano 1. Entrarei em mais detalhes. Agora, esperem só um pouco para eu postar a finalização. Não me perguntem o que é, só vejam ;)



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