The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 1 escrita por Ana Katz


Capítulo 36
Capítulo bônus - A História de Kryn


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!!!!
Aqui gente, mais um capítulo. Acredito ser o maior da história *QUASE 5000 PALAVRAS*. Eu postar o maior logo depois do menor...COINCIDENCE? I THINK NOT. Brincadeirinha.
Então muitos recados hoje.
Primeiro, esse capítulo conta mais sobre o Kryn, e por essa vida dele que ele é uma pessoa mais...sozinha, calada...que não gosta de conversar com os outros. Espero que gostem. Observação: a história dele é triste, dramática...preparem seus lenços. (?!)
Segundo, eu queria dedicar esse capítulo a 3 pessoas muito importantes. Eles não são leitores aqui do Nyah!, mas eles são pessoas importantes na minha vida, e que fizeram aniversário essa semana agora. Uma delas é uma amiga minha e da minha irmã, Ana Clara, a outra é o meu pai -que fez niver hoje mesmo- e o terceiro é um grande amigo meu, Alexandre.
Esse capítulo é especial, para vocês



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O Nascimento de Kryn

Final da primeira era de Cryostan, reino de Kryaian.

Imagine um mundo diferente. Diferente de tudo que você conhece. Esse mundo é o planeta de Cryostyan, onde vivia uma espécie chamada Crystel. Já que estão lendo isso, talvez já até pensem que sabem demais sobre eles, mas sempre saberão de menos. Eu sou um deles, somos ricos, não só de dinheiro. De dinheiro até que temos pouco para sustentar toda essa nação que somos. Somos ricos de sabedoria. Sabemos do início ao final da linha, pura, sem rabiscos e defeitos. Não sabemos tudo, mas sabemos o bastante. Somos uma das primeiras civilizações desse mundo. Eu, sou uma das primeiras e mais poderosas de minha espécie. E, caso queira que provemos o nosso poder, é só nos dizer, que diremos a você o que aconteceu e acontecerá com você, sem precisar mais de alguns minutos, se bobear, nem um minuto. Mas sobre nós, não devo mais contar, por isso, aqui vou parar.” - Lady Thanabyien _ 1098D*900M*1000A*1ªE

***

–Não está nada bem.

–Como assim?

–Nós não podemos ficar juntos! Eu não sei o que estava pensando quando fiquei junto de você...

–Você é o rei! Isso significa que pode escolher com quem quer casar, independentemente do que os outros acham!

–A vida não é assim! Eu sou o rei, você é uma camponesa. Se o povo souber sobre nos dois...

–O que é que tem? Você tem vergonha de se casar com uma camponesa? Se eu fosse uma camponesa... - disse a moça, ao perceber a realidade. - Você vai se casar com Arnyka, não é?

–Sim, vamos unir nossos dois reinos. O tratado começou com nossos pais, mas meu pai morreu e eu tive que assumir o trono. E o trato ainda vale.

–Você podia ter me contado!

–Eu estava esperando o momento certo...

–Esse momento já passou. Você não podia se prometer em casamento quando você já tem alguém!

–Eu sinto muito.

–Você sente muito? Você realmente não me merece. Agora eu entendo, e sempre entendi, eu nunca vou poder ficar com você. Mas você podia ter me contado. Agora eu vou ter que viver sabendo que fiquei com alguém que já estava prometido em casamento, e nunca vou conseguir abandonar essa culpa. - falou. - Espero que nunca mais tenha que olhar em seus olhos, para não ter que lembar como eu o amei.

O rei amava a moça, mas achava que tinha que honrar o trato do pai, e que tinha um dever com o povo.

–Yaryan!

–Não me chame assim. Meu nome verdadeiro você nunca saberá, mas também não quero que me chame de uma mentira. Shakumirt drakui nargorá eku vrow.

Assim, a moça sumiu do palácio. Foi parar na floresta. Saiu correndo, chorando. Em direção às grandes ruínas de Thanabyien, suas ruínas. Sim, ela era a grande Lady Thanabyien, mas o rei, seu amado, não sabia disso.

Lady Thanabyien? Sim, a líder dos guardiões, uma das mais antigas e mais poderosas dos Crystels. Ela podia ter visões poderosas e sua aparência era diferente da do resto. Ela andava disfarçada pela capital, e foi lá que conheceu o rei, que na época era só um príncipe, e os dois se apaixonaram, mas foi só um sonho.

Ao correr pelas escadarias das ruínas, ela tirava a peruca preta, e deixava seu cabelo azul claro e branco voar com o ar, desfazia o feitiço que mudava sua aparência, e deixava o seu rosto claro cheio de cristais ser mostrado para o mundo, e seus olhos quase brancos aparentes. Entrava em seu castelo, após passar pelo escudo mágico que o deixava invisível. Foi para os seus aposentos e lá se trancou. Com uma vontade de chorar. Não porque tinha perdido o seu amor. Se ele havia a deixado, significava que ele não a merecia. Ela queria chorar por saber que carregava seu filho. Não podia ficar lá. Todos os outros guardiões saberiam, tinha que deixar o lugar assim que possível.

***

Depois de um mês, a sua vida era diferente, havia fugido das ruínas e se escondeu nas profundezas da floresta, em uma caverna, onde ninguém poderia a encontrar. E decidiu lá ficar, até que tivesse o bebê.

Primeiro dia da segunda era de Cryostan, floresta de Thanabyien.

–Oi pequeninho. - falava Thanabyien, para o seu recém – nascido filho. -Kryptonarion, esse será o seu nome. Nós não podemos ficar juntos, não é? Isso os outros guardiões iram julgar.

Pouco depois da meia – noite, o horário que o garoto havia nascido, Thanabyien foi para o palácio dos guardiões, em busca de respostas.

–Thanabyien! Onde você estava esse tempo todo? - falou Theryan, seu irmão, que percebeu que a irmã levava em seus braços um pano azul, com algo dentro. - O que é isso?

–Theryan, eu preciso falar com o conselho.

Assim, o conselho se reuniu em uma sala, e Thanabyien, nervosa, como nunca antes, disse:

–Meus queridos amigos, por razões próprias eu passei um tempo fora. E foi, nessa meia noite que marca o início de uma nova era que eu achei essa criança, na floresta. Em dúvida, decidi voltar, e gostaria de saber se julgam sensato permanecermos com a criança.

–Me desculpa, minha cara Lady, mas o regulamento comanda que nenhuma criança, principalmente um bebê, posso fazer parte da nossa ordem, e o juramento dos guardiões não nos permite cuidar delas.

–Lorde Godryan está certo, irmã. Essa criança não pode ficar aqui, não temos condições de criá – la.

–Então o que faremos com ele?

–Um de nós deve ir à capital e achar uma família para ele.

–Então assim eu farei. - disse a Lady.

***

Ao chegar na porta da casa de uma família de camponeses, colocou uma pequena cesta na porta deles. A cesta tinha o bebê, envolvido em um pano, feito por sua mãe, que tinha o seu nome, Kryptonarion. Com ele também estava uma esfera. Uma das esferas do Inter – Worlds.

O Inter – Worlds era um poder antigo, muito antigo, realmente conhecido por poucos. Alguns podiam até o conhecer, mas não sabiam sua origem, seus propósitos, nem seu nome. Esse era o poder da viajem. A viajem para qualquer lugar. Não real ou real. Do passado, presente ou futuro. Podia – se viajar para qualquer mundo, dimensão, lugar. Esse poder funcionava de vários jeitos diferentes. Os que mais sabiam controlá – lo eram os Crystels e os Senhores do Tempo (porém esses últimos não sabiam realmente suas origens, mesmo controlando o maravilhosamente bem com suas máquinas de viajem no espaço – tempo).

Assim, Thanabyien hesitou. Depois de respirar fundo, bateu na porta dos camponeses, e assim foi embora.

–Krwnyn! Venha aqui! - falou a moça, ao abrir a porta e ver a cesta.

–O que é isso? Um bebê?

–Sim. Nós devíamos ficar com ele.

–É claro. Estar aqui com certeza não é culpa dele, certo?

–Certo. - falou, pegando a cesta. - Kryptonarion. Mais um para a família. - disse a mulher, sorrindo e fechando a porta da casa.

De longe, a bela Lady Thanabyien observava o seu filho, indo, esperando que um dia o visse novamente.

O Ataque de Renyan à Crystkyn

Dia 9999, mês 20, ano 4999. Segunda era de Cryostan, cidade de Crystkyn.

–Como é que vai a família?

–Vai bem. Parece que as crianças crescem cada vez mais a cada minuto que passa. Mas e você? Como é que vai a senhorita Katrisha, hein? - falou, dando um tapinha no ombro do amigo.

–Kryn, para. Você sabe que ela não gosta de quando você chama ela de senhorita, ela é uma lady da corte, e você tem que respeitar isso, ainda mais, você sabe que estou noivo de Khayrent.

–Mas você gosta da Katrisha que eu sei. - disse, rindo um pouco. -Calma, eu sou um homem casado, Kroyn. O que eu poderia fazer...

–Príncipe Kroyn! Senhor Kryn! Estamos sob ataque!

–O que?! - exclamou Kryn

–É o exército de Renyan!

–Aqueles malditos brutamontes. Vamos mostrar pra eles de onde nós somos. - falou Kryn, pegando uma espada.

–Vamos, antes que nos achem. Tenho que pegar as minhas armas. - falou o príncipe.

–Acho que já nos acharam. - falou Kryn, ao perceber que alguns soldados passavam pela porta, no andar inferior ao que eles estavam.

–Temos que bloquear a porta para que nenhum mais entre.

–Eu os distraio, e você fecha a porta.

–Ok.

Assim, o príncipe saiu correndo e se escondeu atrás de uma cômoda, que ficava perto da porta.

–Ei! Você aí! Cara de fumaça! - gritou Kryn, e todos os guardas rapidamente se viraram e foram andando na sua direção.

Nesse momento, Koryn aproveitou para fechar o portão, enquanto os guardas corriam atrás de Kryn que tentava fugir o mais rápido possível.

–Não podem me pegar!

O portão foi fechado, e assim, Kryn e Koryn atacaram os guardas como que em uma encruzilhada. Os guardas estavam destruídos.

–Rápido, só usar os poderes não ajudará. Tenho que pegar as minhas armas. - disse o príncipe.

Os dois foram correndo, subindo as escadarias, na direção do quarto de Koryn.

Ao entrarem no quarto, Koryn recolheu todas as suas armas.

–Vamos. - falou Koryn, se direcionando a saída, sem perceber que Kryn olhava para a bela espada de cavaleiro que estava no quarto do príncipe. - Kryn!

–Eu.

–Vamos. - falou, e Kryn foi junto ao amigo, se colocando em posição de combate.

Kryn e Koryn eram amigos desde...quase sempre. Desde que Kryn se entende como um ser vivo ele lembra de ser amigo do príncipe. Mas, como príncipe, este devia seguir com os seus deveres de herdeiro, e Kryn era uma pessoa muito mais simples. Como um soldado normal de Cryostyan, ele tinha uma espada, mas já que o general não havia o passado de nível, ele ficava em uma parte bem baixa do exército. Ele tinha um salário bem básico, seus armamentos eram simples. O que ninguém sabia era a tão grande importância de Kryn para a história daquele mundo. Kryn não queria só chegar a ser um dos grandes soldados do exército do Palácio de Cristal, ele queria ser um dos cavaleiros do rei. Na verdade, ele queria mesmo achar os guardiões, e, se possível, se tornar um deles.

Sim, os guardiões. Guardiões eram grandes e poderosos soldados. Não grandes de tamanho, mas de habilidade e sabedoria. Os guardiões podiam ter visões e tinham dons bem específicos, por isso não eram tantos, e viviam longe do resto das pessoas. Eram quase que uma lenda. Eram comandados por Lady Thanabyien, por isso existia a floresta de Thanabyien, onde um dia se podia ver o castelo deles. Até que houve uma guerra, que deixou o lugar em ruínas, e assim o castelo foi protegido, tão protegido que só um legítimo guardião podia o ver (mesmo com o feitiço) e só com a permissão dos líderes podia alguém lá entrar.

Poucas vezes os guardiões saiam para guerra, só nos casos que achassem realmente necessário. E, uma vez em cada ano, um grupo deles saía nas cidades de Cryostyan e procurava mais pessoas para se juntarem a eles.

Diz-se que existem guardiões, mensageiros e protetores, que viviam escondidos na capital, Crystkyn, e nas outras cidades, para as protegerem e darem as notícias sobre tudo o que estava acontecendo de importante.

Mas, voltando a guerra. Os dois saíram do palácio. Havia um fogo azul em todo o horizonte, o fogo de Renyan. Renyan era uma pessoa má. Mais frio que um assassino compulsivo, sombrio como as trevas e misterioso de uma forma inexplicável. Ele era, e todos acreditam que sempre foi, uma pessoa rude, egoísta, solitária e invejosa. Era o líder do exército de Tranyen, um planeta bem próximo de Cryostyan. Sua raça, os Turengar, eram altos, musculosos, tinham olhos claros, e alguns, como Renyan, tinham olhos que em volta eram da cor verde esmeralda, que mais para o centro se desmanchava em um azul piscina misturado com azul turquesa, bem vibrante e claro. Eram ameaçadores, e não mostravam muito seus rostos, geralmente os cobrindo com uma máscara cinza (por isso a piada “cara de fumaça”), e alguns, como os soldados, comandantes e etc, uma máscara prateada. Todos usavam a armadura da mesma cor da máscara e uma capa verde escura. Tinham cajados, também prateados, com um fogo azul na ponta. Usavam espadas e armas elétricas (que soltavam uma espécie de raio em seus alvos).

Os dois planetas não eram lá muito amigos, pelo contrário, se odiavam bastante, mas mantinham a paz entre si. Por isso, naquele dia, ninguém entendera porque houvera aquele ataque. Já tinham tido guerras entre si, mas tinham combinado um trato de não atacar um ao outro. Com aquela guerra, o trato havia sido rompido.

Os dois, Koryn e Kryn, foram procurar pelos outros soldados, até que os acharam, fazendo um cerco no portão, tentando evitar que mais inimigos entrassem. O cerco não adiantou, o exército de Renyan era muito forte.

Podia se ver soldados sendo decapitados, camponeses, queimados. O exército inimigo avançava.

–Koryn, eu tenho que achar Karyen e meus filhos, eles não podem ficar aqui.

–Você não pode ir, temos uma cidade para proteger!

–Me desculpa. - disse Kryn, correndo em direção a sua casa.

Ao chegar na casa, Kryn abriu a porta, vagarosamente, para evitar surpresas. Olhou para todos os lados e não viu ninguém. Colocou a mão na espada, sentia uma presença estranha.

Rapidamente, tirou a espada da bainha para se defender de um guarda que havia se escondido. Haviam uns 3 guardas dentro da casa. Depois de acabar com os três, se perguntou se sua esposa e seus filhos estavam vivos.

–Eles devem estar no porão. - murmurou. - Eles tem que estar no porão.

Foi correndo até o porão da casa. Ao fechar a porta, quase recebeu uma espada bem no meio da cara, da qual escapou por um triz.

–Ei! Sou eu! - falou Kryn, para a esposa, que não havia percebido que era Kryn que estava entrando no porão.

–Oh, Krypt. - falou Karyen, abraçando o marido. Karyen gostava de chamá – lo de Krypt, assim como o pai dele o chamava. Na primeira vez que conheceu o pai do moço, ele havia dito “Todos podem o chamar de Kryn, mas eu prefiro Krypt!”, e aí o nome pegou, afinal, o nome verdadeiro dele é Kryptonarion.

–Karyen. - falou, dando – lhe um beijo na testa. - Onde estão as crianças?

–Ali. - falou, conduzindo Kryn ao local.

–Por Crystkyn, pensei o pior quando não os achei em casa. - falou abraçando os filhos.

Kryn se levantou, e olhou sério para a mulher, dizendo:

–Vocês tem que sair daqui, agora.

–Não é seguro.

–Eu sei, mas ficar aqui também não será. Os guardas vão achar o porão abrirão essa porta e vão matar todos vocês!

–Mas, para onde nós iríamos?

–Ache o círculo de Thanabyien, use o Inter – Worlds e viaje para qualquer lugar, mais não fiquem aqui!

–Você sempre me disse para não usar o Inter – Worlds, nunca me disse por que, só que seria muito perigoso.

–É mais perigoso vocês ficarem aqui! Com o Inter – Worlds vocês tem mais chances de sobreviver!

–Mas e você? Vai ficar aqui para morrer? - falou, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

–Se eu morrer ou não, não importa. Você e as crianças tem que sobreviver! Não importa para onde vocês irão! Eu vou achar vocês! Você pode viajar para um dia em que essa guerra esteja acabada, e vir se encontrar comigo! Veja o amanhã, ou volte para viver o ontem uma última vez! Eu sou um soldado, e se morrer pelo meu planeta pelo menos será uma morte com honra, mas vocês não podem e não merecem morrer. Eu não conseguirei viver mais um dia se vocês morrerem!

Os dois se encaravam, com os olhos cheios de lágrimas. Kryn foi em direção à um baú, o destrancou, abriu e tirou um estranho objeto de dentro. O objeto era uma espécie de bola, dorada, cheia de mecanismos em volta e dentro. Tinha alguns cristais azuis, os cristais de Thanabyien.

–Vá. - falou Kryn, dando o objeto à sua esposa, que acenou positivamente com a cabeça.

Ela pegou suas armas e colocou uma capa. Se direcionou a porta, dizendo:

–Vamos filhos.

Antes de abrir a porta do porão, ela correu na direção do marido e o deu um último beijo, sussurrando algo no seu ouvido, que ninguém mais ouviu. Seja lá o que tinha sido, Kryn fez uma cara assustada e surpresa, respondida pela expressão triste que estava no rosto de Karyen. Os quatro saíram. Kryn escoltou a família por um tempo, até que estivessem um tanto longe do local de ataque.

–Vão, agora. Assim que achar o círculo, coloque a esfera bem no meio. Assim, você só precisa pensar para onde e quando quer ir. Lembre – se, a pessoa que colocar a esfera que tem que pensar no destino!

–Sim. Até que nossos caminhos se encontrem novamente. - disse Karyen, correndo para dentro da floresta.

Assim que a imagem de sua esposa sumiu, Kryn foi correndo, de volta para onde Koryn estava, perto do muro da cidade.

Lá, Koryn defendia grandiosamente a cidade, até que olhou para o lado e o viu, viu Renyan. Ele andava com dois de seus guardas ao lado, os quais correram na direção do príncipe, que os destruiu em poucos golpes. Assim, Renyan e Koryn começaram a lutar. Um dava um golpe que era defendido pelo outro. Batia – se espada com espada.

Koryn foi dar um golpe de finalização, mas errou, e então, Renyan o acertou bem no coração.

–Agora, você nunca vai poder ajudá – la. - falou Renyan, tirando a espada do corpo morto de Koryn.

Foi aí que Kryn apareceu. Ao ver o corpo do amigo caindo no chão, morto, correu na direção de Renyan, furioso.

–NÃO! - gritou continuamente.

Foi dar um golpe em Renyan, que o defendeu como se Kryn fosse só um verme.

–O que é isso? Um pequeno verme tentando me matar? - disse, rindo.

–Eu sou muito mais que um verme. - disse, atacando novamente.

–Vejamos. - disse, com um olhar intimidado para Kryn.

Os dois lutaram, até que seus braços se cansassem e suas pernas tremessem.

–Eu vou matar você! Ou vou achar alguém para isso!

–Eu não teria tanta certeza!

Quando parecia que Renyan iria matar Kryn, ele saiu da luta. Seu exército tinha causado um grande estrago, mas não tinha ganhado a guerra, depois de um bom tempo, estavam recuando. Então, Renyan saiu correndo em direção ao seu exército, com uma expressão de ira em seu rosto.

–Vá para o buraco de onde você veio! E NUNCA MAIS VOLTE! - gritou Kryn, enfurecido.

Depois disso, sentou – se ao lado do príncipe. O segurou nos braços. Sentiu sua dor, viu seu sofrimento. Uma forte chuva caía, e ele olhava para os céus se perguntando “O que eu fiz para merecer isso?”

***

O príncipe havia sido encontrado nos braços de Kryn e foi levado para dentro do palácio. Assim, Kryn se lembrou de Karyen, e foi se certificar que ela tinha partido e para onde.

Foi correndo em seu espaço – carro até as ruínas Thanabyien. Ao chegar lá, desceu do automóvel e viu, no chão, vários corpos. Todos eram de soldados de Renyan, menos um, que ainda estava vivo. Foi correndo até ele, era Karyen.

–Karyen! - falou Kryn, se ajoelhando para pegar o corpo da amada.

–Kryn. - falou Karyen, abrindo os olhos, com a voz falhando um pouco.

–Você está sangrando!

–Eu já estou morrendo Kryn...

–Não. Não pode ser! Isso não é real. Eu vou levar você aos médicos. Eles vão te salvar. - falou, já chorando.

–Não eles não vão. Isso é algo que ninguém pode parar. Se estou morrendo é porque tenho que morrer, e isso você tem que aceitar. A morte não é o fim, Kryn. É só um caminho, que todos nós temos que tomar. Um caminho para outro mundo. Agora poderei encontrar novamente com aqueles que perdi, e um dia eu e você nos veremos novamente.

–E as crianças?

–Eu consegui as mandar para... - falou Karyen, fechando os olhos.

Estava morta. Seu coração não batia mais, e ela não respirava mais.

–Não. Para onde? Por favor. Diga – me! - disse, mexendo o corpo da esposa.

Chorou, por um bom tempo. Depois, se levantou, carregando a amada em seus braços.

Encontrou um lugar adequado e cavou o túmulo da mulher. Depois de colocar ela lá, fechou o buraco. Com ela, enterrou o dispositivo do Inter – Worlds, para que nunca mais fosse usado. Em cima do local, enterrou uma semente, para marcar o túmulo. Uma semente de Fryanca, uma árvore rara e bela. Ele escolheu plantar aquela semente pois era de Fryanca que as vezes chamava a mulher, por achá – la tão bela e graciosa, assim como a árvore. Depois disso, retornou à capital.

Visões do futuro

Primeiro dia do 2º ano da 3ª era de Cryostan.

Depois daquele dia, Kryn não conseguia se segurar. Voltou a ter estranhas visões, como tinha quando era uma criança. Porém, agora as visões não eram só em sonhos. Do nada, ele começava a ver coisas.

Naquela mesma noite, foi dormir, e de repente começou a sonhar com o céu ficando todo escuro, e não era do anoitecer. Também não era o céu de Cryostan, mas não conseguia identificar de onde era. Acordou, perturbado. Pegou suas coisas, vestiu sua armadura e sua capa e pegou sua espada de cavaleiro. Sim, ele finalmente havia se tornado um cavaleiro. Foi por ter desafiado Renyan e com ele lutado. Mas agora, o príncipe estava morto, e Kryn não ligava mais tanto para esse tipo de coisa. Ele tinha se tornado uma pessoa triste e um livro fechado. Tinha perdido o melhor amigo, a mulher, e seus filhos estavam sumidos. Era (achava que era, na verdade) órfão de pai e de mãe.

Saiu da cidade, na calada da noite, e foi para as ruínas de Thanabyien. Lá, depois de um bom tempo procurando, decidiu se sentar no chão, derrotado. Ele estava a procura do palácio dos guardiões. Queria respostas. Não só por causa das visões, mas por causa de tudo. Ele também tinha poderes, que as vezes se manifestavam clandestinamente.

–Eu nunca serei um deles, não é? - falou, olhando para o céu.

Nesse momento ele quase jurou que pode ouvir uma voz dizendo “Eu te escuto, meu filho”. Estranhou, mas achou que fosse só uma alucinação dele. Olhou para o lado, e viu uma flor. Estranho aquela flor estar ali, ele pensou. Assim, viu uma, mais adiante, e decidiu seguir a trilha que elas formavam. No final da trilha, havia uma escadaria. Ele subiu, e no final, havia um estranho conjunto de estátuas. O rodeando, percebeu que havia algum tipo de combinação entre elas. Depois de as posicionar da forma certa, foi como se abrisse um novo caminho. No que parecia ser o nada, apareceu uma ponte, que ele atravessou.

Quando chegou ao final, olhou para trás, e jurou ter visto uma mulher com uma capa branca, mas ignorou. Deu mais um passo, e sentiu que tinha passado por um escudo, e de repente, viu um grande castelo, rodeado por um belo e longo jardim. Tinha finalmente achado os guardiões.

***

Ao entrar no castelo, contemplava os horizontes do local. De repente, deparou – se com uma pequena escadaria, e quando foi subir, viu um homem no topo dela.

–Lorde. - falou, se ajoelhando.

–Quem é você? - falou o homem.

–Eu sou Kryptonarion Krastylken.

–De onde você é?

–Sou de Crystkyn.

–O que está fazendo aqui?

–Eu estou em busca de respostas. - disse, se levantando.

–O que quer dizer?

–Eu quero dizer que... - começou Kryn, mas foi interrompido por outra voz.

–Você não deveria sair fazendo perguntas assim para as pessoas, irmão, vai assustar o garoto. - disse uma mulher, a qual Kryn havia jurado ver e ter ouvido antes de chegar ao castelo.

–Garoto? Ele já é um homem crescido pelo que consigo ver, se estou errado alguém me corrija por favor!

–Ele pode até ser crescido, mas só tem 10000 anos. Para um Crystel, isso é muito pouco. Na verdade, hoje mesmo ele faz aniversário, de 10001 anos.

–Irmã, você fala como se o conhece desde que nasceu. - disse. A mulher quase falou que o conhecia desde que nasceu, ora, ela era Lady Thanabyien, sua mãe.

Ela reconhecera o filho assim que tinha colocado seu pé na entrada da floresta.

–Mas, o que te traz aqui Kryn?

–Eu preciso de respostas.

A Visão de Thanabyien

Dia 99 do 2º ano da 3ª era de Cryostan.

Kryn tinha acabado de ser nomeado um guardião, e o castelo estava em festa.

–Hoje nós celebramos a entrada de mais um para nossa ordem. Espero ansiosa para o dia que provará seus valores e poderes... - disse Thanabyien, com o cálice na mão. Ela sentiu algo estranho. Um formigamento, seguido de calafrio, e suas mãos começaram a tremer. - Espero que... - ela hesitou, todos a olharam.

O cálice caiu no chão, o único barulho que podia se ouvir era o toque do objeto com o chão. Os olhos dela ficaram totalmente brancos, sem as pupilas, e ela, depois de um pouco de tempo, caiu no chão com os olhos fechados.

Os líderes a rodearam, tentando a tirar do coma. Até que ela mesma abriu os olhos e falou, assustada:

–Foi uma visão, eu tive uma visão.

–O que você viu?

–O fim do mundo.

A Reunião em Crystkyn

Dia 100 do 2º ano da 3ª era de Cryostan.

Kryn era agora um guardião, mas ninguém na cidade sabia, e mantinha seu posto como cavaleiro. Os guardiões decidiram que iriam intervir novamente na história do mundo, precisavam comunicar ao rei sobre a visão de Thanabyien.

Entraram escondidos na cidade. E, quando as pessoas acordaram, na manhã seguinte, ficaram totalmente assustados ao verem os guardiões, com suas longas capas e seus cajados, entrando no Palácio de Cristal. Thanabyien não queria ter que encontrar com o rei, mas era necessário, pelo bem do mundo.

Se reuniram então, os guardiões, o rei, os conselheiros e os cavaleiros.

No final, foi decidido que 1000 cavaleiros seriam mandados para diferentes lugares do mundo, para achar o tal escolhido da visão.

A visão de Thanabyien. Ela comprovava uma antiga e esquecida profecia. A profecia do, ou da, escolhido. Um dia, no futuro, uma grande guerra aconteceria, a 1ª Grande Guerra dos Mundos. E, para comandar o exército, o do bem, é claro, havia um escolhido. De onde era esse escolhido, ninguém sabia, por isso mandaram os 1000 cavaleiros.

*De volta ao castelo dos guardiões*

–Eu sinto que esses cavaleiros não serão o bastante para achar o tal escolhido. Nós devíamos mandar alguns dos nossos.

–Não irmão, isso causaria muito problema com o resto do reino, problemas que não estou a fim de enfrentar.

–Então o que faremos?

–Esperaremos. - disse a Lady, causando uma expressão impressionada no irmão. - Afinal de contas, temos um dos nossos na procura.

–Quem?

–Kryn.

A Escolhida

Dia 23 de dezembro, ano 1994, Terra.

Kryn, quase desistindo, decidiu se sentar na calçada. Era de noite, em Paris. Obviamente ele estava disfarçado para que ninguém visse sua real forma (os humanos iriam surtar ou achar que ele era algum maluco fantasiado se o realmente vissem). Já haviam se passado 2000 anos que ele tinha saído naquela procura, e nada.

De repente, uma mulher passou na sua frente, e ele sentiu algo, uma força estranha. Algum tipo de sinal. Por isso, ele seguiu a mulher.

Ela entrou em uma loja de antiquarias. Ele entrou também, e ficou observando os objetos, até ver uma esfera de cristal, escrito INTER-WORLDS em baixo, em dourado.

–Porque está escrito isso aqui? - disse Kryn, perguntando para uma vendedora da loja, e apontando para a bola de cristal.

–Eu não sei. Eu já perguntei isso também para o dono da loja. Ele disse que a bola está na família há tanto tempo que ele nem sabe.

–Interessante. - falou, e a vendedora sumiu.

Aproveitando um momento que ninguém estava vendo, Kryn se incorporou para dentro do objeto, e lá dentro se escondeu, esperando que a mulher comprasse a esfera. E ela comprou.

Dia 24 de dezembro.

Era véspera de Natal. Quando deu meia – noite, a moça deu de presente à sua sobrinha a tal esfera. E quando a garota tocou a esfera, Kryn sabia, ela era a escolhida. Mesmo sendo só uma criança, de 10 anos, ele sabia.

Já que era ainda nova demais, ele teria que esperar, até que ela fizesse 18 anos, mas isso não seria um problema.

Dia 18 de fevereiro, 2002.

Era finalmente o último dia de espera.

Quando o relógio juntou seus dois ponteiros pela última vez naquele dia, ele pensou “Finalmente, chegou a hora...

...nossa aventura começa aqui.”


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Notas finais do capítulo

Então? Acharam o que?
Alguém chorou? Brincadeirinha -autora trollando aqui-
Beijos, espero que tenham gostado!
Espero vocês nos próximos capítulos e comentários!
Ah, e não posso esquecer, tenham um bom começo de Junho amanhã! *daqui a 27 minutos u.u*



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