The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 1 escrita por Ana Katz


Capítulo 17
Capítulo 17 - Uma estranha doença


Notas iniciais do capítulo

Gente, mais um capítulo!!!
Me sinto decepcionada com o fato de que ninguém está comentando mais :'(
Esse (e o próximo) capítulo é (são) baseado(s) no 3º episódio da 1ª temporada de Merlin, "A marca de Nimueh".
Espero que gostem :)
Boa leitura!!!



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Mais um dia em Camelot, que, apesar de parecer totalmente normal, com certeza não seria. Já tinham se passado uns 4 dias desde o incidente com Valiant, e as coisas estavam muito normais para o meu gosto. Então, eu esperava que, pelo menos naquele dia, algo diferente acontecesse.

Estava andando pelo vilarejo, quando vi Merlin e Gaius, e este, estava ajoelhado no chão, perto de um homem, que parecia estar morto, e estava de barriga para baixo.Me aproximei um pouco, vagarosamente, sem que me percebessem.

–Não tem medo? - perguntou Merlin, para Gaius.

–De quê? - falou Gaius, levantando e olhando para Merlin.

–De pegar o que ele pegou. - explicou Merlin.

–Sou o médico da corte. Isso é parte do meu trabalho. Na maioria das vezes, não há do que ter medo. - falou, quando os dois se ajoelharam e se aproximaram do homem morto, virando seu corpo, e revelando algo assustador.

Ao virar o corpo do homem, podia se ver um rosto pálido e macabro. Os olhos do homem não tinham pupila, só eram completamente brancos, e podiam se ver várias veias no seu rosto. Por um segundo dei uma rápida recuada, como se algo fosse vir do rosto daquele homem na minha direção. O que me deixou melhor era saber que algo iria acontecer. Se estivesse certa, estaria acontecendo o 3º capítulo do 1º livro de Merlin, "A marca de Nimueh", o que significava que aquele homem havia sido envenenado pela água, que tinha sido afetada por causa do monstro do lago invocado por nem mais nem menos do que Nimueh.

Rapidamente, Gaius e Merlin se entreolharam, e Merlin disse:

–O que dizia?

–As pessoas não devem ver isso. Entrarão em pânico. - falou Gaius, olhando para os horizontes, quando Merlin foi correndo arranjar um pano, para cobrir o homem.

Os dois pegaram o pano e rapidamente cobriram o homem. Depois disso, arranjaram um carrinho de mão, onde colocaram o homem e foram o levar para os seus aposentos e examiná – lo. Depois disso, fui atrás deles e, assim, Gwen apareceu, e falou:

–O que está fazendo?

–Transportando uma coisa. - respondeu Merlin.

–Parece pesado. - afirmou Gwen.

–Não é nada. - falou Merlin, tentando disfarçar o corpo do homem, e percebendo que Gwen estava segurando várias flores. - Alguém lhe deu flores.

–Não. Quer uma? Uma roxa. - falou Gwen, tirando uma flor do buque. - Roxo cai bem em você. Não estou dizendo que vermelho não cai.

–Obrigado. Bem...- disse Merlin, colocando a florzinha no seu lenço de pescoço. - Até mais.

–Tchau. - falou Gwen, sorrindo.

Depois disso, decidi ir para o meu quarto.

***

Estava andando pelos corredores, despreocupada, quando passei por um corredor, onde vi um outro homem morto no chão, morto pela mesma razão que aquele outro homem que eu vi no vilarejo. Fui entrar na sala que ele estava, mas Gaius e Merlin entraram antes, quase me derrubando, mas ignorei a situação, devido ao fato de que era preciso que eles dois entrassem logo na sala. Então, após eles entrarem, eu entrei também, me deparando com várias pessoas, incluindo Arthur, Uther e outros nobres.

Ao entrar na sala, Gaius se ajoelhou na frente do homem, procurando ver a sua situação.

–O que aconteceu com ele? - perguntou Uther.

–Não sei, senhor. - respondeu Gaius. - É o segundo caso que vejo hoje.

–Por que não me informou? - falou Uther.

–Estava tentando achar a causa. - disse Gaius, se levantando.

–O que concluiu? - indagou Uther.

–Ainda não tirei conclusões. O processo científico é demorado. - afirmou Gaius.

–O que está escondendo de min? - disse Uther.

–Senhor, nunca vi nada assim. - respondeu Gaius. - As vítimas estão morrendo em 24 horas e está se espalhando rápido.

–Então, qual é a causa? - perguntou Uther.

–Acho que devo dizer que a causa, a causa mais provável, é feitiçaria. -disse Gaius.

–Vamos encontrar quem fez isso. - verbalizou Uther, impaciente.

–Encontrarei. - afirmou Arthur.

–Procure de porta em porta. Aumente sua presença na cidade. Dobre o número de guardas nos portões e empreste o seu servo ao médico. - disse Uther, para Arthur.

–Merlin? - falou Arthur.

–Precisamos que Gaius encontre a cura. Ele precisa de toda a ajuda possível. Se ele estiver certo, acredite, a cidade será exterminada. - explicou Uther. - Esse é o tipo de magia que questiona nossa autoridade, desafia tudo que fizemos. Se não controlarmos essa praga, o povo irá procurar um cura na magia. Precisamos encontrar o feiticeiro e rápido.

–Sim, pai. - disse Arthur, quando Uther saiu.

Os dois tinham conversando um tanto reservadamente mas, eu não sei como, eu conseguia ouvi – los claramente.

Assim, sai da sala e fui para o meu quarto, onde me fechei, sozinha. Eles com certeza, considerando, também, o fato de que eu estava a pouco tempo no castelo, iriam olhar no meu quarto em busca de provas de feitiçaria. Eu tinha certos objetos que, mesmo não sendo de feitiçaria, poderiam parecer, por isso, comecei uma varredura pelo quarto. Fui andando e olhando pelas minhas coisas, procurando qualquer coisa que pudesse parecer mágico e fui arranjando o meu jeito de esconder. Primeiro eu olhei a minha cômoda. Lá estava a bolsa, onde eu procurei tirar qualquer coisa com aparência mágica. Primeiramente, só vi a tal caixinha com a pedra. Pequei a pedrinha e guardei no bolso do vestido, e peguei uma pedrinha que servia de enfeite em um colar, e coloquei na caixinha, no lugar da pedra lilás. Guardei no bolso também, o bracelete. Parecia estar tudo em ordem.

Passei mais alguns minutos olhando pelo quarto, quando ouvi passos. Arthur e seus homens estavam vindo na direção do meu quarto. Despreocupadamente, olhei para o lado, onde ficava a minha penteadeira, e me deparei com o fato de que tinha esquecido de guardar a minha bola de cristal. Rapidamente, peguei a esfera de cristal, que, por sinal, continuava brilhando, e, percebendo que a porta do meu quarto estava se abrindo, segurei a bola de cristal, atrás de meu corpo, para que ninguém vesse.

Rapidamente, Arthur e seus homens entraram no quarto. Quando eu, disfarçadamente, olhei para trás do meu vestido, percebendo que eu tinha um bolso, na parte de trás do vestido. De repente Arthur perguntou – me:

–O que você está escondendo aí?

–Nada. - falei, jogando a esfera de cristal no bolso de trás do vestido, e mostrando as minhas mãos vazias para Arthur. - O que, exatamente, vocês estão fazendo no meu quarto?

–Nós temos que checar... - disse Arthur, porém eu intervi.

–Checar o que?

–Checar o seu quarto, para ver se achamos alguma prova de quem é o feiticeiro que causou a doença.

–Por que eu seria uma feiticeira? E se eu fosse, por que eu faria magia contra as pessoas? - perguntei, ironicamente. - Eu realmente tenho mais o que fazer. Você realmente acha que eu tenho cara de feiticeira?!

–Eu só estou fazendo o meu trabalho. - afirmou Arthur.

–Aff. - murmurei.

Eles continuaram a olhar pelo quarto e, nada achando, saíram.

***

No dia seguinte, estava normalmente andando pelos corredores, quando me deparei com Arthur, e dois guardas, que seguravam Guinevere pelos braços, enquanto ela gritava coisas como “Sou inocente!” e “Eu juro” “Me deixe ir!”, de um modo desesperado, enquanto lágrimas escorriam em seu rosto. De repente, vi Merlin se aproximar por trás, e Gwen gritou:

–Merlin! Merlin! Por favor, me ajude! Por que não me escutam?

Merlin foi na direção de Gwen, porem Gaius o segurou, levando ele para longe.

Assim, eu me aproximei, e disse, raivosamente:

–O que é isso, Arthur?

–Nós achamos um curativo mágico na casa dela.

–E? - disse.

–E que isso implica em ela ter usado feitiçaria. - falou Arthur.

–Por que teria sido ela?

–Não há outra explicação para o recuperamento do pai dela.

–Pode ter sido feitiçaria, mas por que teria sido ela?

–Porque ela era a única pessoa presente quando o pai dela ficou melhor. - explicou Arthur.

–Mas alguém poderia simplesmente ter entrado lá no meio da noite e ter curado ele! - exclamei.

–Não é o que parece. - disse Arthur, virando o corredor, me abandonando.

–Arthur! Ela é inocente! - gritei.

Depois disso, fui correndo atrás de Arthur, que entrou na sala do trono, para que ocorresse o julgamento de Gwen.

Ao entrar na sala, Gwen gritou:

–Por favor, escutem. Não fiz nada. Por favor. Eu juro, não fiz nada.

Os guardas, literalmente, a jogaram no meio da sala, e ela, olhava para os lados, desesperada, esperando que alguém fosse a ajudar.

–Bom trabalho. - disse Uther, olhando para Arthur.

–Por que ninguém acredita em min? - indagou Gwen, novamente, olhando para os lados. - Ele melhorou, só se recuperou. Eu não fiz nada!

–Eu acredito. - disse Morgana, se aproximando de Gwen.

–Eu também acredito. - disse, também me aproximando de Gwen.

–Talvez essa doença não seja sempre fatal. - disse Morgana. - Já pensou nisso? Talvez ele tenha recuperado naturalmente.

–E esse curativo que foi encontrado? - falou Uther.

–Que curativo? Não sei nada sobre isso. - falou Gwen.

–Encontramos em sua casa. - verbalizou Uther, se levantando de sua cadeira. - Quebre esse feitiço. Acabe com essa praga.

–Não posso.

–Não serei misericordioso.

–Eu não sou uma feiticeira! Não sei como parar a doença.

–Se não quebrar o feitiço, será condenada.

–Mas já disse que... - falou Gwen, porém Uther interveio.

–Tenho que declarar a sentença.

–Uther! - exclamei, chamando a atenção de todos. - Não se iluda! Ela não é a feiticeira! Como pode não perceber isso?

–Não se meta! - gritou Uther, me deixando terrivelmente irritada, com vontade de chegar bem na cara dele e lhe dar um soco bem forte, mas, infelizmente, se eu fizesse isso, eu é que seria condenada à morte.

Olhando novamente para Gwen, Uther continuou:

–Assim sendo, não tenho escolha, senão condená – la à morte.

–Não. - falou Gwen.

–Só espero que quando morrer, a praga desapareça também. - falou, virando – se um pouco. - Levem – na.

–Não! Por favor, não! Eu sou inocente! Por favor, não! - gritou Gwen, sendo arrastada para fora da sala. -Por favor, me ajudem! Por favor, estou implorando.

–Eu conheço a Gwen. Ela é minha serva, não uma feiticeira.

–Já viu alguma feiticeira? - perguntou Uther, virando – se para Morgana. - Acredite, não têm sinal de nascença, nenhuma marca. Não se vê a maldade nos olhos.

–Já vi como ela trabalha. - falou Morgana. - Os dedos estão gastos, as unhas estão quebradas. Se ela fosse feiticeira, por que ela faria isso? Por que se ajoelharia no chão gelado de pedra, dia após dia, se ela pudesse fazer as coisas com um estalar de dedos? Como um rei ocioso!

–Não tem o direito... - disse Uther, quando Morgana interveio.

–Você não tem o direito de fazer uma sentença dessas! - gritou Morgana.

–Tenho a responsabilidade de cuidar desse reino! - exclamou Uther. - Não sinto prazer nisso.

–Sentenciou a pessoa errada.

–Ela tem razão, pai. - disse Arthur. - Você ouve a palavra magia e deixa de escutar.

–Você mesmo viu. - falou Uther, se direcionando a Arthur. - Ela usou encantamentos.

–Sim, talvez. Mas para salvar o pai moribundo, isso não faz dela culpada por criar uma praga. Um é um ato de amor,m o outro é demoníaco. Não acredito que a maldade esteja no coração dela.

–Já testemunhei o que a bruxaria pode fazer. Já senti na minha pele. Não posso tomar riscos. Se houver a mínima dúvida sobre ela, ela deve morrer ou todo o reino se extinguirá. - falou Uther, se sentando novamente.

–Entendo isso. - disse Arthur.

–Um dia poderá ser rei. Aí entenderá. Certas decisões devem ser tomadas. Existem forças maléficas ameaçando o reino. - verbalizou Uther.

–Eu sei. - afirmou Arthur. - Bruxaria é maléfica, pai. A injustiça também é. Sim, serei rei e não sei que tipo de rei serei. Mas sei em que Camelot quero viver. Será onde a punição é adequada ao crime.

–Temo que tenha razão. - falou Uther, se levantando novamente. - Ela brincou com fogo. E infelizmente, ela tem que morrer queimada.

Quando Uther disse isso, se retirou da sala, e eu e Morgana também, causando em Arthur, uma cara de decepção. Ao entrar em meu quarto, fui pensar de que maneira eu ajudaria Merlin e Gaius, a descobrir a real causa da doença.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Comentários e sugestões são bem vindas, ok?
Bjs
Até os próximos capítulos!!!



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