Príncipes Não Choram escrita por Taty M


Capítulo 8
8.




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Foi fazer um chá antes de dormir, e Trunks ainda estava sala conversando com o pai. Não necessariamente conversando, já que Vegeta resmungava as respostas, só que encarava o filho sem desviar o contato uma só vez. E o menino falava incessantemente.

Então foi ficando tarde e Bulma sabia, por mais que fosse uma sexta feira, Trunks era apenas uma criança e não podia dormir tão tarde.

— Querido, acho que esta na hora de dormir.

— Ah não. Ah não mãe. Papai, fale com ela que vamos ficar mais um pouco, por favor. — o menino se apegou a ultima alternativa.

Vegeta olhou por um tempo para Bulma e voltou a encarar seu filho.

— Trunks, esta tarde. Obedeça a sua mãe.

— Ah paaaaaai. Que traidor! Pensei que estávamos do mesmo lado.

Ele disse fazendo Bulma segurar o riso. E ate mesmo Vegeta deu um sorriso de lado.

— Estamos do mesmo lado, se obedecer a sua mãe, domingo eu venho de novo. E talvez ate lá ela tenha te tirado do castigo de brinquedos.

Ele disse olhando para Bulma. Era um aviso. Ela sabia bem o jeito de Vegeta agir.

Nenhum dos dois tirava a autoridade do outro na frente de Trunks, mas tinham formas de se alertar quando era hora de parar determinada disciplina.

Essa era a forma de Vegeta advertir a Bulma que o castigo de Trunks tinha de chegar ao fim, e ao mesmo tempo, sem tirar a posto dela.

Trunks também contou a ele o motivo de seu castigo. E Vegeta apenas se limitou a ordenar que isso não se repetisse.

Bulma deu um beijo no rosto de Trunks quando o filho subiu correndo as escadas.

— Vegeta, sobre o que eu queria conversar...

— Não quero perder meu tempo e ainda estourar meus tímpanos te ouvindo Bulma.

— Certo. — ela abaixa a cabeça em derrota.

— Deixe a porta de sua varanda destrancada. — ele ordena. Sumindo rapidamente.

Bulma congelou.

Porta da varanda destrancada? Isso fazia sua mente ir ate quando Vegeta treinava incessantemente contra os androides que viriam.

Quando os dois passavam o dia se bicando e as noites transando feito louco. Era o aviso repetitivo de Vegeta: “deixar a porta da varanda destrancada”.

Queria dizer: vou te pegar de todos os jeitos essa noite, amanha vai estar satisfeita, relaxada e provavelmente não conseguindo andar ou sentar.

Ela tinha feito a oferta para ele, e foi rejeitada. Mas agora Vegeta tinha dito. Isso bastava para Bulma sentir a pulsação acelerar e um calor que começava bem debaixo de seu ventre, se alastrar por todo corpo.

Subiu com um pouco de pressa e destrancou a varanda. Foi correndo para o banheiro e resolveu voltar para o quarto.

Não só deixou a porta que a pouco tinha sido destrancada, como também a abriu. Então voltou para o banho.

Isso. Banho. Era o que precisava para abaixar o fogo que a invadia.

Quando terminou e retornou para o quarto enrolada numa toalha, Vegeta a esperava com braços cruzados, cenho fechado e pernas afastadas.

Bulma percebeu que de nada adiantou  o banho, já que o ardor tinha voltado por completo.

— Precisamos conversa Vegeta. Precisamos mesmo.

— Não vou conversar com você agora, esta de toalhas, só consigo pensar com o p...

— Preciso te dizer, eu errei Veg...

— Cala a boca Bulma. — ele a puxou, tirando a toalha.

Porque tinha que se combinar, Bulma era linda e altamente desejável, não funcionaria um bate papo, ela estava de toalha e com olhar de lascívia para cima dele.

Ele queria outra coisa agora. E sabia que ela queria o mesmo.

Os dois se beijaram com violência, a rapidinha de mais cedo parecia que nem tinha servido de nada. Ambos queriam se sentir, se tocar.

Vegeta adorava seu nome sendo pronunciado por Bulma, principalmente acompanhado de um gemido prazeroso.

— Vegeta, por favor...

— Ah Bulma...

Por outro lado, Bulma amava como as mãos dele estavam em todas as partes de seu corpo ao mesmo tempo, como ele era forte e gostoso, era capaz de se excitar apenas em ficar o olhando.

Durante o sexo ele dizia seu nome em forma de suplica. E ela nunca diria não. Para Vegeta seria sempre sim. O amava por completo.

Bulma estava deitada no peito dele, e com o dedo, tocava toda extensão de músculos definidos.

— Você é tão bonitão, onde meu dedo passa, o musculo vai ficando mais rígido.

— Hunf.

— Pare de resmungar, não percebe?

Ela desceu o dedo do peito ate a barriga sarada, onde os gomos ficaram mais evidentes e desceu o dedo ate seu membro.

— Bulma!

— Viu? Bem rijo.

— Sempre foi uma mulher vulgar!

— E você sempre gostou dessa vulgar aqui!

— Porque você era uma faladeira vulgar, com um corpo gostoso e só meu.

— Metido!

— Sei que nunca teve outro homem Bulma, não sou um terráqueo idiota.

— Egocêntrico! Acha importante a mulher ser ou não virgem?

— Não. Fiquei com você Bulma, isso respondeu sua pergunta.

Ela sentou-se na cama, sem se importar em estar nua.

— Não entendi. Eu era virgem, você acabou de afirmar que percebeu isso quando ficamos juntos pela primeira vez. Como isso pode explicar que você não se importa com uma virtude feminina?

— Porque qualquer homem que olha para você imagina que é mais rodada que o planeta Terra. Foi uma surpresa para mim, confesso que não esperava.

— É UM TREMENDO GROSSO! Como pode afirmar que ajo feito uma... Qualquer!

— Agia. Agia. Mudou bastante.

— Aff. E você nunca foi tão bom assim. Pare de sorrir desse jeito, é verdade!

Vegeta sorriu ainda mais.

— Ah claro, não sou tão bom assim. Quem era bom? Aquele perdedor do Yamcha? — o tom de voz dele alterava ao tocar no assunto do ex de Bulma.

— Você é melhor que Yamcha e ao mesmo tempo é péssimo.

— Tão péssimo que você sempre quer mais?

— Isso! Seu seu seu... Seu verme!

Dessa vez Vegeta não conseguiu se controlar, acabou soltando uma gargalhada que estava segurando a algum tempinho.

— Vegeta, me desculpe. — ela disse.

— Por me chamar de verme? Não seja estupida!

— Não por isso. Desculpe-me por tê-lo mandado embora de casa.

Ela disse envergonhada, Vegeta se sentou ao mesmo tempo, desconfortável com a mudança repentina de assunto.

— Eu fiquei muito triste ao ver Trunks daquele jeito, esqueci-me de como vocês dois se estranham e logo depois voltam a conversar normalmente. Não deveria ter feito aquilo.

— Não quero falar sobre isso Bulma.

— Seja relevante, não podemos fugir desse assunto.

— Se insistir, eu vou embora.

— É justamente por isso que quero insistir. Vegeta essa casa não é a mesma, Trunks ficou agressivo sem você aqui, sente sua falta. Eu também.

— Não perca tempo neste assunto, não vou voltar para essa casa.

Ela puxou o lençol e se cobriu, sentia-se exposta ao falar um assunto tão delicado estando nua.

— Sei que você é orgulhoso. Conheço-te Vegeta.

— Não sabe nada sobre mim. O máximo que sabe é minha raça e odesempenho na cama, nada mais Bulma. Não misture as coisas.

— Não seja frio. Eu te amo Vegeta, estou reconhecendo que fiz errado, me perdoe.

— É a ultima chance que estou dando para você mudar de assunto.

— Vamos apenas resolver isso. Por favor.

Ele ficou de pé e começou a vestir sua roupa.

— Chega! Dei opção, você quer insistir no assunto, então se ferre!

— Vegeta, não.

— Não vou voltar para essa casa. Envergonhou-me, me humilhou ao expulsar-me daqui. Eu, o príncipe dos sayajins tratado como um estorvo que vivia de favor! Não volto mais, é minha ultima palavra.

Disse saindo voando do quarto, deixando Bulma assustada, triste e mal. Muito mal.

Ela tentou concertar as coisas.

Mas percebeu que tinha atingido algo muito mais fundo do que poderia conter.

O que ela disse para Vegeta quando o expulsou chocou mais do que deveria.

Agora ele não retornaria, e o que seria de sua vida? Da vida de seu filho que ama tanto o pai?

Ela era um monstro, como tantos monstros que conheceu quando se aventurava com Goku e seus amigos atrás das esferas do dragão.

Ela era um monstro e tinha destruído a própria família.

E agora teria de fazer algo para restaurar o que seu erro fez perder.

Assim que acordou, foi ate o quarto de Trunks e ele não estava. Na sala, o filho se encontrava cabisbaixo e quieto. Nem mesmo a TV estava ligada.

— Ei lindo, por que essa carinha?

— Meu pai não me ama mesmo. — ele disse como se tivesse derrotado.

Como se tudo que acreditou antes fosse uma mentira.

— Amorzinho, por que isso agora?

— Olha mãe, ele nem se importou de levar o pacote de presente que lhe dei na escola. Olhe...

Ele apontou para o pacote que estava na extremidade do sofá. Era o embrulho azul que Trunks tinha dado, mesmo que sem jeito, ao pai durante a apresentação escolar.

Vegeta o tinha deixado para trás. Talvez nem tivesse se importado, era a cara dele.

Mas para Trunks era se extrema importância.

Bulma deu um sorriso forçado. Se errou antes, dessa vez tentaria fazer algo certo.

— Ei Trunks, será que não percebeu?

— Percebi o que?

— Com certeza Vegeta deixou o pacote de presente para trás de proposito, como desculpas para vir domingo te visitar.

— Ele já tinha me dito que viria domingo. Acho que na verdade ele esqueceu! — o menino disse com raiva.

Ela ergueu o rosto do filho.

— Sei que ele já tinha confirmado que viria domingo, mas meu filho, sabe como seu pai é durão. Tenho certeza que foi proposital.

— Acha mesmo mamãe? — ele perguntou, mais animado.

— Claro. — ela mentiu.

Afinal Vegeta nunca precisou fazer coisas de proposito ou arrumar desculpas. Ele já tinha avisado que veria Trunks no domingo. Com certeza o embrulho foi deixado porque o pai esqueceu.

Mas Bulma não se abalaria, não dessa vez.

— O que acha de fizermos um almoço de dia dos pais especial para Vegeta no domingo quando ele vier?

— Especial como?

— Venha, vou te explicar...

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