Rosa Adormecida escrita por Kuroi Namida


Capítulo 4
A Ira de Roza


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais uma vez agradecendo aos comentários do capítulo anterior e vindo postar mais um novinho recém saído do forno! Não betei (o outro também não foi betado, fui corrigir só no dia seguinte que postei notando que descrevi Adrian de duas maneiras diferentes, mas isso já foi corrigido) Espero que gostem! Não se preocupem que em breve Dimitri terá mais demonstrações de que sente a presença de rose de alguma forma! Isso já está ficando evidente em alguns momentos! bjus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397025/chapter/4

Naquele quarto sem ter sequer noção de quanto tempo havia se passado desde a noite do acidente até o dia em questão, Rosemarie permanecia sentada no piso no canto direito do cômodo com as costas contra a parede enquanto olhava para o teto e cantarolava uma música qualquer com as mãos sobre os joelhos:


Just Tonight – The Pretty Reckless


Sua atenção foi voltada para a porta assim que esta se abriu e por ela passou seu médico favorito. Dimitri adentrou ao quarto com sua expressão séria de sempre enquanto carregava sua prancheta e mais uma pasta que ele deixou sobre os pés da cama. Rose continuou cantando enquanto olhava para o rapaz. Dimitri andou de um lado para o outro, depois pegou seu estetoscópio* e o levou as orelhas logo aproximando a outra extremidade ao peito de Rose. Esta se levantou e disse ao lado da cama:

– Olha lá o que vai fazer com meus peitos doutor! –ela riu. – São de propriedade particular de Rose Hathaway! Nada de toques sem antes me pagar uma bebida, ou pelo menos me levar pra tomar um sorvete!

– Batimentos normais! –ele disse se afastando. – Vamos ver sua pressão...

– Você costuma falar sozinho sempre? –ela continuou sorrindo. – Por que eu faço isso o tempo todo. Às vezes discuto comigo mesma, e ainda discordo de mim! Acha que isso é normal?

– Está gelada Rose. –disse Dimitri ao tocar o braço de Rose.

Ele ergueu os belos olhos na direção do ar condicionado e torceu a boca. Afastou-se da cama, e apanhou um controle pequeno apontando para o aparelho. Depois sacudiu a cabeça negativamente e voltou ao que fazia apanhando o aparelho de medir pressão e envolvendo no braço da garota.

– Eu não entendo nada disso, mas esse trabalho não cabe às enfermeiras? –ela questionou curiosa. – Por que eu as vejo fazendo isso o tempo todo.

– Tudo normal! –ele disse com a respiração pesada. – Não sei por que você ainda não acordou Rose...

– Vai ver que tem alguma coisa quebrada dentro da minha cabeça! –ela disse batendo o dedo indicador na mesma.

– Talvez seja bom fazer mais uma bateria de exames. –disse Dimitri cruzando os braços em frente ao peito enquanto encarava a garota diante dele. [na cama] – Eu devo ver meus outros pacientes Rose! Mais tarde eu venho vê-la.

– Á vontade doutor! Eu não vou a lugar algum! –ela sorriu um riso amarelo e abanou os dedos pra ele.

Dimitri apanhou suas pastas cheias de folhas e se retirou do quarto.

– E lá vamos nós de novo pequena Roza! –disse ela tentando imitar o médico.

Algum tempo mais tarde Rose estava perambulando pelos corredores a procura de Dimitri. O motivo nem ela sabia só não queria ficar sozinha naquele quarto nem mais um minuto, e a companhia do seu médico maluquinho lhe fazia bem. Pelo menos ele falava com ela, coisa que nenhum dos outros que entravam naquela sala faziam. Com exceção de uma enfermeira que estava sempre muito bem humorada e cantarolava enquanto fazia sua higiene. Rose não se sentia nada bem vendo outra pessoa lhe dando banho, muito menos em cima daquela cama, era uma cena horrível de se ter em mente. Por esse motivo a garota sempre se retirava do quarto e ficava no corredor do lado de fora esperando que a mulher saísse. Enquanto voltava ao seu quarto Rose percebeu que alguém adentrara ao mesmo carregando um buque de rosas vermelhas em mãos.

– O que? –ela franziu a testa e correu até a porta.

Ao parar diante da mesma Rose viu Adrian muito bem vestido com suas roupas finas de filhinho de papai e de mamãe, enquanto este depositava as rosas sobre os pés da cama e se aproximava da garota. Rose entrou e se dirigiu a lateral de si mesma encarando Adrian com uma cara de indignação e desaprovação.

– Tá fazendo o que aqui? –disse ela.

– Rose... –disse ele tocando a mão de Hathaway. – Eu sinto muito, eu não pude vir antes...

– Estava ocupado tirando seu atraso com aquela vadia?

– Eu estava confuso, não sabia o que fazer e...

– Covarde como sempre fugindo das responsabilidades...

– Eu não pensei que você ficaria aqui... Quer dizer. Eu... –ele apertou os olhos.

– Ah não, você não vai chorar... Eu não admito que derrame uma lágrima sobre mim seu patife... – Rose apontava o indicador no nariz do rapaz.

– Eu sinto muito, eu deveria ter te ligado, dito que estava na cidade.

– É devia, mas não fez, e agora por sua causa eu estou nessa cama seu f...

– Queria poder voltar atrás. Só de pensar que isso pode ter sido culpa minha eu...

– FOI CULPA SUA. –ela disse aos berros. – Nem deveria estar aqui, eu não quero olhar na sua cara.

– Você pode me ouvir Rose?

– Infelizmente, e posso ver também essa sua cara fajuta de arrependimento... Como se me convencesse... Não é a primeira vez que você me apunha-la pelas costas Adrian. Pensei que depois da sua última você ia mudar um pouco, mas me enganei.

– Se estiver me ouvindo eu quero que saiba que eu sinto muito.

– Foda-se você e o seu arrependimento. Eu só queria ter forças pra poder dar um soco nessa sua cara. –ela disse apertando o punho.

– Eu tenho que ir, mas prometo que venho te ver amanhã.

– Não se atreva, eu dispenso a sua vizita.

– Eu trouxe rosas pra você! –ele disse ao apanhar as mesmas.

– Grande coisa... –esta cruzou os braços.

– São vermelhas! As suas favoritas...

– Não são minhas favoritas, idiota. Se me conhecesse bem saberia disso...

– Eu vou deixar elas bem aqui. –ele colocou sobre o criado mudo. – Espero que você fique boa logo meu amor. –ele tocou o rosto de Rose.

– Eu também espero, assim vou poder cuspir na sua cara...

– Tchau Rose... –ele depositou um selinho sobre os lábios da garota.

– Hey! –disse uma voz grave vindo das costas do rapaz. – O que tá fazendo? –era Dimitri.

– Graças a Deus! –disse Rose. – Dimitri tira esse paspalho daqui, por favor, já que eu não posso fazer isso por mim mesma. –ela andou na direção do médico.

– Eu... Me chamo Adrian... –disse o rapaz de olhos verdes estendendo a mão.

– Não perguntei seu nome, perguntei o que tá fazendo aqui... –respondeu Dimitri com uma expressão fechada de meter medo.

– Hum! Gostei isso aí Dimitri... –sorriu Hathaway.

– Eu sou namorado dela. –Adrian apontou para a cama.

– Hum. –disse Dimitri apertando os olhos. – O horário de visitas já acabou a dez minutos. –disse passando pelo rapaz e indo até a cama.

– Eu só estava me despedindo. Você é o médico dela?

– E é da sua conta? –Rose passou pelo mesmo.

– Sou. –respondia Dimitri sem muita simpatia.

– Pode me dizer como ela está.

– Em coma... –disse Rose. – Não tá vendo?

– Como pode ver... –disse Dimitri mantendo o mesmo tom um tanto quanto rude.

– Tem alguma coisa que eu deveria saber?

– Se quiser saber mais sobre o estado da paciente, sugiro que visite minha sala outra hora. Eu tenho muita coisa pra fazer por aqui agora e infelizmente não poderei ajudar em muita coisa. –concluiu Dimitri ajeitando um tipo de prendedor no polegar da moça.

– Tudo bem. Agradeço a ajuda... –disse Adrian percebendo a pouca vontade do médico e logo se retirando.

– Já vai tarde... –disse a garota.

Por alguma razão Dimitri apertou ainda mais os olhos ao ver o rapaz sair da sala, depois voltou ao que estava fazendo. Seus olhos ficaram focados e extremamente frios naquele momento mantendo sua expressão o mais neutra possível. Enquanto isso Rose se debruçou sobre os pés da cama e disse:

– Obrigado!

Dimitri franziu a testa e ergueu os olhos na direção onde Rose estava depois sacudiu a cabeça. Ela por sua vez franziu a sua testa e se manifestou:

– Ás vezes eu tenho a impressão de que você pode me ouvir sabia? –ela se aproximou indo até a cabeceira.

Dimitri continuava com o que estava fazendo.

– Ah! Que besteira, eu sou um maldito gasparzinho! Como poderia? –ela torceu a boca depois ficou em silencio apenas vendo-o trabalhar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado chato! Logo a coisa engrena um pouco mais! Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rosa Adormecida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.