Boo! Um Fantasma Em Minha Vida escrita por kanny


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, mais um pedaço da estória, ta vindo a prestação as ideias. Então conforme vier vou escrevendo. Larissa_Paaes e Ana Paula Souza, obrigada por favoritarem. Debora Lima, Camila Chociai e Camilinha, obrigada por comentarem. Beijos e até outra hora.



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Acordei sentindo um cheiro estranho próximo ao meu nariz, era forte e foi direto para minha cabeça me fazendo levantar. Senti uma leve tontura, voltei a deitar, só então me permiti ouvir e ver as coisas ao meu redor.

_ Ela está bem. Foi apenas uma queda de pressão. - alguém disse.

_ Obrigada Carly. - outra pessoa falou.

_ Dá pra acordar de uma vez, eu estou vendo seus olhos piscando. - a voz disse. A voz dele, oh céus! bati com a cabeça forte demais em algum lugar.

_ Larga do meu pé garoto chato! - resmunguei baixinho.

_ Primeiro, eu não sou nenhum garoto. Segundo, eu largaria se eu pudesse pegar! - ele disse aumento uma oitava em sua voz.

_ Bella? Que bom que acordou! - a voz que eu reconheci ser da enfermeira da escola falou. _ Sente alguma dor?

_ Não. Só esse cara chato que não para de falar no meu ouvido.

_ Que cara?

_ Esse daqui. - apontei para o lugar onde o garoto chato estava a pouco, encontrando o lugar completamente vazio.

_ Acho melhor você descansar um pouco Bella. Você ainda está um pouco confusa. Vá para casa.

_ Tudo bem. - Alice, a pedido da diretora foi comigo de táxi para casa. Eu estava um pouco cansada e não queria muito papo. Ela era uma menina legal. Delicada, quando queria, e muito espirituosa. Animava a todos os que estavam ao seu redor. Era o que eu precisava nesse momento. A dor ainda presente machucava cada dia mais o meu coração. A lembrança dos meus pais felizes, planejando uma nova lua de mel ainda era vivida. Parecia apenas que eles ainda estavam viajando e logo voltariam cheios de presentes e fotos românticas.

Mas tudo o que me restou foram lembranças. Minha casa havia sido alugada. Não consegui colocar meus pés naquele lugar cheio de lembranças. Os empregados foram a maioria dispensados de seus serviços, mas realocados na fábrica dos Swans. Minha fábrica de cosméticos, que agora comigo iria para a terceira geração da família. As lojas dos nossos produtos vendiam muito e era bem vista no país devido a qualidade e preço justo.

Carlisle cuidaria parcialmente de meu patrimônio enquanto eu ainda era menor de idade, mas logo queria me iterar dos negócios da família, que agora era só eu.

Subi diretamente para o meu quarto e quase infartei quando o vi deitados preguiçosamente em minha cama.

_ O que faz aqui? Como você conseguiu entrar nessa casa? - perguntei assustada.

_ Não sei. Apenas queria te ver e apareci aqui a poucos segundos. - ele disse alisando as fronhas dos travesseiros. _ Bonito quarto.

_ Saia imediatamente, caso contrário irei gritar. - ameacei.

_ Ótimo, vá em frente grite! AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH - ele berrou, precisei tapar os ouvidos. _ Ninguém me escuta! Eu já falei. Sou invisível para as outras pessoas.

Ninguém pareceu realmente escutar. A empregada, Lucy, que limpava o quarto ao lado nem ao menos se importou. Nenhum questionamento, susto, nada. Parecia mesmo que ninguém havia o ouvido.

_ Eu já disse. Estou morto. Há dias tento chamar atenção ou falar com alguém, mas ninguém nunca me vê. Então aparece você, e está aí conversando comigo. Você precisa me ajudar.

_ Acho que vou desmaiar de novo. - falei indo me sentar na cama. _ Ok, supondo que seja verdade, que ninguém te veja e que você esteja morto, por que eu? Não te conheço, não sei do seu passado, nunca falei com gente morta, e se fosse pra falar não seria com você, e provavelmente estou ficando louca. Ou pode ser efeito de desidratação ou anemia. Não tenho comido bem esses dias. Deve ser isso, tem que ser isso!

Ele revirou os olhos.

_ Eu também preferia que fosse outra pessoa. De preferência um pouco mais simpática, mas de alguma maneira só você me vê.

_ E como você sabe que está morto, supondo que seja verdade. - perguntei ainda cética. Era loucura demais para aceitar assim.

Ele nada falou apenas levantou-se e teatralmente me encarando andou pela cama. Não em cima da cama, mas através da cama.

_ Isso responde? Que eu saiba pessoas vivas não atravessam as coisas, elas tropeçam nas coisas! - ele disse voltando a se deitar na minha cama.

_ Oh, Deus! Preciso de um médico. – falei caindo deitada na cama.

_ E eu de ajuda.

_ Que tipo de ajuda? O que você quer de mim para deixar de me assombrar garoto?

_ Para de me chamar de garoto! E eu não sei. Não sei nada sobre mim. Sei apenas que uma hora eu não estava em lugar nenhum, e de repente estava naquela escola. Me parecia familiar, mas não consigo lembrar. Não sei meu nome, ou do que eu morri. Se tenho uma mãe chorando por mim, ou se também morreram. Deu pra entender. Eu preciso saber que eu sou!

_ E como eu vou te ajudar? Eu não te conhecia, e você não sabe seu nome.

_ Ah, isso eu não sei. Mas você é a única que me vê, se não me ajudar vou te assombrar para sempre.

Maravilha!



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