Cheguei em casa por volta das sete da noite. E logo fui atacada por minha madrinha toda estérica.

_ Isabella Swan. Nunca mais faça uma coisa dessas comigo! - Esme apareceu na sala agitada.

_ O que eu fiz? Acabei de chegar. - tentei me defender.

_ Bella, você sumiu a tarde toda. Liguei umas duzentas vezes para o seu celular e só dava desligado. Mais um pouco e eu chamaria a policia.

_ Desculpe madrinha. Não tinha visto que o celular tinha descarregado. - falei me aproximando dela. _ Estava dando uma volta. Fui visitar o túmulo dos meus pais e pensar um pouco na vida.

_ Tudo bem Bella. Desculpe o modo que eu falei. É que fiquei muito preocupada com você. Por favor, não suma mais assim. - ela pediu.

_ Eu prometo não fazer mais isso madrinha. Me desculpe. Eu vou subir para o meu quarto.

_ Certo, mas não demore, logo vou servir o jantar. - ela me deu um sorriso amigável e voltou para a cozinha.

Subi as escada que dava acesso ao primeiro andar da casa. Abri a porta branca do meu quarto. Acendi a luz, e tudo estava igual.

As paredes do fundo e de frente a cama pintadas num tom claro de azul. As outras paredes eram intensamente brancas. O piso de laminados de madeira tinha um tom muito claro. A cama de cabeceira alta na cor branca e grande o suficiente para dormir quatro de mim sem nos tocar durante a noite estava coberta com uma manta rosa salmão com a barra branca com bicos muito delicados. Algumas almofadas em azul e no mesmo tom da manta adornava a cama. Na parede da frente um móvel branco e de design moderno sustentava uma televisão relativamente grande e logo abaixo um Blu Ray. Algumas pranchas também brancas faziam um desenho geométrico ao redor do móvel. Havia também uma mesa de computador de vidro onde ficava o meu notebook. A cadeira era em um rosa pálido. Logo ao lado uma pequenas estante com dezenas de livros que trouxe da minha antiga casa. As cortinas brancas cobriam as grandes janelas na parede do fundo e logo abaixo tinha um pequeno sofá forrado com um tecido bem colorido, mas nos mesmo tons do quarto. Uma porta a direita dava para o closet e dentro dele outra para o banheiro do quarto. Não era tão grande quanto o da casa dos meus pais, mas era muito confortável.

Mas entrando no quarto sentia que faltava algo. Tudo parecia estar no seu devido lugar, mas parecia que algo havia sido tirado de lá. Me senti vazia. Um sentimento que eu já não sentia a alguns dias. Me senti só.

Parei de pensar um pouco nisso. Tomei um banho. Desci pra jantar e subindo voltei a sentir a mesma sensação de vazio. Troquei de roupa e me deitei. Tentei assistir algo, mas nada prendia minha atenção. E por mais absurdo que pudesse parecer para mim a única coisa que eu conseguia pensar é que queria Edward me assombrando naquela noite.