Reinventada escrita por Chloe Stangerson


Capítulo 2
Nervosa


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, minhas aulas começaram, dever de casa , meu pai tirando meu pc, blá blá blá, Mas aqui estou eu postando mais um capítulo. Acho que ta meio pequeno, mas o próximo vai ser maior :3
Espero que gostem.
Uma boa leitura <4



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Desci do ônibus e fui direto para meu quarto. Joguei minha mochila na cama e fui para o banheiro. Eu só tinha mais um dia para me acalmar. Tudo vai dar certo, eu dizia para mim mesma. Mas eu não tinha tanta certeza disso.

Me despi e senti a água molhando meu rosto. Ajudava a me acalmar e pensar mais claramente, como se ela levasse toda a angústia e o medo embora. Eu não precisava pensar a respeito, já que tinha certeza de onde era meu lugar. Mas aquilo estava me corroendo aos poucos de dentro para fora. E meu prazo para decidir estava acabando.

Uma parte de mim dizia para não me culpar, pois não sabia o que viria a acontecer amanhã, e a culpa não era minha se eu não me encaixava com minha família. Mas eu me culpava. E ninguém ia conseguir tirar isso de mim, principalmente se eu for para outra facção. Suspiro e desligo o chuveiro.

Me enrolo na toalha e vou a procura de alguma roupa simples para passar o resto do dia. Pego a primeira coisa que passa pelos meus olhos e visto. Tinha colocado um short preto e uma blusa branca. Como sempre, preto e branco. Saí do quarto e fui para a cozinha. Meus pais eram sempre muito ocupados, mas minha mãe sempre achava um tempo para fazer o almoço pelo menos duas vezes na semana, e sendo amanhã um dia muito importante como diz, ela escolheu hoje para preparar alguma coisa. Eu adorava quando ela tinha tempo para nós, então fui ajudá-la com a comida.

– Então, nervosa para amanhã? – ela me pergunta enquanto termina de colocar a comida à mesa.

– Um pouco

Ela da um sorriso encantador.

– Não se preocupe, amanhã só vai ser o dia que você vai saber sua aptidão.

– Mas depois vem a Cerimônia de Escolha – eu digo, e minha voz vacila um pouco. Ela olha para mim. Droga, eu penso. Não posso chorar aqui, muito menos mostrar que estou com muito mais medo do que parece.

Então ela da a volta a mesa e me dá um abraço. Fico surpresa, pois faz muito tempo desde a última vez que alguém nessa casa demonstra algum afeto. Retribuo o abraço.

– Não se preocupe, filha. Eu sei que você esta com medo. Eu também estava quando escolhi a franqueza. – ela me abraça mais forte cada vez que meus soluços aumentam – Sempre conte comigo, em todas as suas escolhas.

– Obrigada mãe – eu digo respirando fundo.

– Agora vá para seu quarto lave seu rosto, depois venha almoçar.

– Ok

Abri a porta do meu quarto e fui direto para o banheiro. Joguei um pouco de água no rosto e enxuguei. Quase não parecera que eu chorei. Tomara que ninguém note.

Atravessei o corredor e sentei na mesa. Todos já estavam lá e tinham começado a comer sem mim. Dei de ombros e sentei para comer.

Como sempre, a comida de minha mãe era uma delícia, mas ela quase não tinha tempo para cozinhar, o que era uma pena.

– Então, como foi o dia de vocês? – meu pai perguntou olhando para mim e Dayna.

– Foi ótimo – eu e Day falamos em uníssono.

Meu pai da um sorriso.

– Não mintam para mim – ele diz como se isso fosse normal comigo – vocês deveriam parar de fazer isso, mesmo que seja uma coisa idiota.

Seu sorriso era brincalhão, mas seus olhos eram severos, como se cada mentira que ouvisse doía-lhe por dentro. Eu sabia que ele não gostava de mentiras, nem que sejam pequenas, mas era quase impossível eu falar a verdade, não era natural para mim. E tinha um leve desconforto de que meu pai sabia disso.

– Tudo bem, o dia foi chato, aulas e mais aulas insuportáveis. Gente idiota pra todo o lado, principalmente aqueles da amizade, parecem bobões ambulantes – Dayna diz sem se importar se era indelicado ou não.

– Bom, agora sei que está falando a verdade – meu pai diz sem se importar – e o seu dia Melissa?

Ele me pegou de surpresa, não sabia que ele perguntaria para mim, quase nunca pergunta. Eu sabia que se falasse de meu dia, levaria até a hora em que eu estava pensando em meu teste de amanhã. E eu não conseguiria mentir.

Minha mãe pareceu ler minha mente. Me olhou cautelosamente como se falasse Cuidado com as palavras.

– Igual o de Dayna, chato – ele parecia insatisfeito –, mas eu aprendi que de todas as facções, a franqueza que mais comercializa, mas muitos da Erudição acham que a Abnegação está roubando os alimentos para benefício próprio, nos deixando...

– Tudo bem, já entedi. Seu dia foi chato

Reprimi um sorriso. Eu sabia que meu pai não tinha paciência para pessoas tagarelas, e isso era exatamente o que eu precisava fazer para fazer ele esquecer o meu dia. Minha mãe me da um sorriso quase imperceptível.

Depois disso, comemos em silêncio. Terminamos e fui lavar a louça espontaneamente. A maioria das pessoas dessa casa não faziam isso, e como eu não me importava, fui lavar.

Enquanto estava limpando os pratos, minha mente começou a vagar, e como sempre, na mesma coisa: Amanhã.

Quando percebi, já tinha terminado de lavar a louça. Fui para o meu quarto e sentei na cama para ler um pouco algum livro que tinha encontrado na biblioteca, e parecia bem legal. Caí no sono.

Acordei com Kat me chamando. Por que sempre ela tem que me sacudir?

– Ei acorda, to aqui – ela me diz enquanto ainda estou meio sonolenta. – O que nós vamos fazer? Andar por aí? Contar fofocas? Falar sobre amanha?

– Vamos dormir – eu digo colocando a cara no travesseiro de novo.

– Ah, nada disso. Se você não acordar agora eu jogo água em você.

– Primeiro dormir, depois água.

– Você não está entendendo? ACORDA – Kat me levanta da cama e grita na minha cara.

Eu dou um pulo de susto.

– Hãm? O quê? Já ta na hora da escola? Vamos logo...

– Mel, ainda não está na hora de ir pra escola. Lembra? Eu vinha para cá de tarde, para a gente fazer alguma coisa.

Eu penso por um tempo.

– Ahh, então eu dormir só por algumas horas?

– Sim

– O que vamos fazer agora então?

– Primeiramente, você vai lavar essa sua cara amassada.

Eu do um empurrão nela de brincadeira e vou para o banheiro. Jogo água no rosto uma, duas, três vezes até ter certeza de que eu não estou mais com sono. Volto para o quarto e Katina pegou o livro que eu estava lendo antes de dormir, e que acabei deixando cair no chão.

– Sobre o que é esse livro? “O matador de mundos” que nome mais estranho.

– É um romance, dá vontade de dormir

– Percebi

– Então, o que faremos agora?

– A gente pode conversar sobre coisas aleatórias.

– Tudo bem, vamos falar sobre a Lilian.

– Aquela ridícula que mente mais do que tira a roupa? Eu soube de uns boatos dela.

– Sério?

E nós passamos a tarde inteira zoando a Lilian, falando sobre livros, e num momento até falamos sobre o teste de amanhã, mas não fiquei tão nervosa quanto estava antes. Na verdade, eu não estou mais tão nervosa. Kat sempre me faz esquecer os problemas. Vai ser uma pena eu ter que me separar dela.


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Notas finais do capítulo

Ficou um pouco pequeno, mas vou recompensar com o próximo.
Reviews por favor? Podem dizer se gostaram ou não.
xoxo <4



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